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Tabuaço: Formação coral-litúrgica com o Padre Marcos Alvim

No passado dia 4 de novembro, na paróquia de Tabuaço realizou-se um encontro de formação coral-litúrgica com o Pe. Marcos Alvim, responsável pelo Departamento Diocesano de Música Sacra. O encontro destinava-se sobretudo aos membros do grupo coral, mas aberto a toda a comunidade. O Pe. Marcos explicou a importância destes encontros de formação, o lugar do grupo coral na assembleia, a preocupação de celebrar a fé e de ajudar a celebrar e a testemunhar a fé. O grupo coral nasce da assembleia e é parte da assembleia. Na celebração o coro deve ajudar a assembleia, de que faz parte, a cantar melhor, a sentir-se mais segura, com alegria, com preparação adequada, sem atropelos, transparecendo a melodia e a letra, que pertence à Sagrada Escritura ou nela é inspirada.

O Pe. Marcos lembrou alguns vícios ou tentações do grupo coral: de se sentir à parte, fora da assembleia, dos seus membros quererem fazer sobressair a voz acima dos companheiros, de pertencerem ao coro para uma exibição pessoal ou quererem que a participação coral seja sobretudo um concerto e não a vivência e celebração da fé. Os membros do coro, antes de mais, são cristãos que vivem a fé. A inserção no grupo coral há de ser natural ao crescimento da fé.

Entre outros aspetos sublinhou também a necessidade de preparar bem os cânticos, respeitar os ritmos e o sentido dos cânticos, cantar harmoniosamente, nem muito lento nem muito apressado, não martelar as palavras, mas que o texto saia límpido, que os cânticos sejam escolhidos de acordo com o tema da liturgia da palavra e com os tempos litúrgicos. A postura corporal de quem canta, a respiração, a projeção da voz foram outros aspetos sublinhados. O uso dos instrumentos como apoio à voz e não para se sobreporem e a abafarem; tal como o coro é apoio à assembleia, pelo que os cânticos hão de facilitar a participação da assembleia, também os instrumentos são apoio à voz, à melodia, ao texto.

Salmos, cânticos e hinos de louvor, com a harpa e com a lira… Num dos momentos, o Pe. Marcos fez-nos percorrer a Sagrada Escritura (Antigo e Novo Testamento), mostrando como a Bíblia estava ritmada pela música, mormente nos Salmos. A propósito, o salmo 150, referiu, é uma verdadeira orquestra… Quando um solista canta deve lembrar-se que a Palavra não é sua, pelo que a deve pronunciar bem, para que os outros A compreendam e A possam acolher.

Uma das notas bem sublinhadas foi que o grupo coral é um ministério, um serviço em Igreja, está ao serviço da celebração da fé. Os membros do grupo coral têm como missão, antes de mais louvar a Deus em e com a comunidade reunida em assembleia.

No final do encontro a certeza da necessidade de outros encontros de formação, agradecendo ao Pe. Marcos a disponibilidade, a presença e os desafios que nos deixou.

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 87/49, n.º 4435, 7 de novembro de 2017

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