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Archive for Abril, 2017

CENTENÁRIO DAS APARIÇÕES | ESCOLA DE FÉ

O ainda vivo Papa Bento XVI visitou apostolicamente o nosso país em 2010, passando também pelo Santuário de Fátima, como muitos recordarão. Apesar de ter sido essa a única vez que ali veio como responsável máximo pela Igreja, a verdade é que já peregrinara até este santuário noutras ocasiões. E também é verdade que conhecia bem a “mensagem de Fátima” já que, entre outros textos escritos, foi o autor do comentário teológico ao, assim denominado, “segredo de Fátima”, enquanto desempenhava a missão de Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Eleito Papa para suceder a João Paulo II, em 2005, recebeu os bispos portugueses em 2007, na visita “ad limina”. Foram notícia as suas palavras quando, no encontro final, pediu aos nossos bispos para se empenharem na renovação da pastoral das suas dioceses. Mas, entre o muito que disse, estavam também afirmações que, nas vésperas de comemorarmos o primeiro centenário das aparições, poderíamos recordar:

“Amados Bispos de Portugal, há quatro semanas encontrastes-vos no Santuário de Fátima com o Cardeal Secretário de Estado que lá enviei como meu Legado Especial no encerramento das celebrações pelos 90 anos das Aparições de Nossa Senhora. Apraz-me pensar em Fátima como escola de fé com a Virgem Maria por Mestra; lá ergueu Ela a sua cátedra para ensinar aos pequenos Videntes e depois às multidões as verdades eternas e a arte de orar, crer e amar. Na atitude humilde de alunos que necessitam de aprender a lição, confiem-se diariamente, a Mestra tão insigne e Mãe do Cristo total, todos e cada um de vós e os sacerdotes vossos directos colaboradores na condução do rebanho, os consagrados e consagradas que antecipam o Céu na terra e os fiéis leigos que moldam a terra à imagem do Céu. Sobre todos implorando, pelo valimento de Nossa Senhora de Fátima, a luz e a força do Espírito, concedo-lhes a minha Bênção Apostólica”.

Olhar para Fátima como “escola de fé” e para Maria como mestra é motivador e apresenta-se como oportunidade para caminhar e crescer como crente, indo muito além do mero espaço que se visita, da recordação que se compra, da fotografia que se guarda, da água que se bebe ou das pessoas que ali se encontram. Porque uma “escola” exige disponibilidade para escutar, humildade para aprender, vontade para cumprir, abertura à novidade e disponibilidade para mudar.

As celebrações do centenário, as canonizações anunciadas, a presença do Papa, as multidões esperadas… são factos singulares que ficarão na história humana e sempre serão notícia.

Mas, verdadeiramente, o mais importante será cada um olhar para Fátima com vontade de aprender e contemplar Maria com vontade de avançar.

JD, in Voz de Lamego, ano 87/24, n.º 4409, 25 de abril de 2017

FRAGMENTOS MEDIEVAIS: Vestígios do canto hispânico

Estas palavras foram título para se dar a conhecer nas páginas do nosso jornal uma preciosidade cultural, o exemplar único de um códice existente no Arquivo Diocesano de Lamego, documento que ali chegou como capa de um livro de registo de casamentos, algures na Diocese.

O comunicado/avisopara uma presença no acto de uma apresentação e explicação do que o documento representa não era bastante «chamativo» para essa presença, sobretudo uma presença numerosa na sessão que o explicou e deu a conhecer numa das salas de exposição do Museu Diocesano.

E no dia 20 de Abril não era realmente numeroso o grupo que ali marcou presença, para ouvir a Dra. Raquel Rojo Carrilo, venezuelana, que integra um grupo de estudiosos, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, que se dedica ao estudo de verdadeiras preciosidades histórico-culturais que se vão encontrando. E uma foi encontrada, por acaso ou sorte, no Arquivo Diocesano de Lamego. Ler mais…

OS CONSAGRADOS DA DIOCESE DE LAMEGO COM O SEU BISPO

Amor, Fé e Esperança

Na manhã de sábado do dia 22 de Abril de 2017, vinte e três consagrados/as reuniram-se, em formação, com o nosso Bispo, D. António Couto, no Colégio dos Padres Beneditinos, em Lamego. Estiveram representados os seguintes Institutos e Associações: Beneditinos, Discípulas de Nª Sª do Cenáculo, Filhas de S. Camilo, Filiação Cordimariana, Franciscanos, Franciscanas Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus, Religiosas do Sagrado Coração de Maria, Servas de Nª Sª de Fátima e Servos/as de Maria e do Coração de Jesus. Ler mais…

MMF – Dia Diocesano do Doente

O Movimento da Mensagem de Fátima organizou no passado sábado, 22 de abril, o Dia Diocesano do Doente. O encontro teve lugar no espaço do complexo do Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, com a orientação do Senhor Reitor do Santuário Padre Doutor João António Teixeira. Estiveram presentes mais de uma centena de doentes de vários pontos da diocese e de todas as idades.

Da parte da manhã, que decorreu na Casa de Oração, o Senhor Padre João Teixeira falou de Nossa Senhora como Mãe de Jesus. Começou por estabelecer alguns paralelismos entre Nossa Senhora dos Remédios e Nossa Senhora de Fátima, não fora Ela a mesma Senhora. Neste ano em que se celebra o Centenário das Aparições, falou da Mensagem de Fátima com enorme conhecimento, mas também com muita fé e o encanto e ternura que lhe são peculiares. Fez reviver os acontecimentos das Aparições realçando o essencial, aquilo que devemos ter sempre presente como batizados. A luz de Deus que nos dá a vida e ilumina através do seu filho Cristo – vitamina “C” essencial às nossas vidas que nos conduz e salva e, o Coração Imaculado de Mãe que nos acolhe e conduz até Deus.

Pelas doze horas, o Senhor Bispo quis também manifestar o seu apoio a todos os doentes e Mensageiros celebrando a Eucaristia na igreja do Santuário.

Após uma refeição muito simples, em agradável convívio, encerrou-se este encontro como a Mãe mais gostaria – em oração. Depois do terço, foi com o beijo a Nossa Senhora, pelas mãos do Senhor Reitor do Santuário que todos se despediram.

Agradecemos a todos os que tornaram possível este dia. Que Nossa Senhora dos Remédios nos acompanhe sempre e continue a cuidar de nós.

O Secretariado Diocesano

in Voz de Lamego, ano 87/24, n.º 4409, 25 de abril de 2017

GRUPO ALMACAVE JOVEM | CONFERÊNCIA “ONDE ESTÁ DEUS”

Decorreu no passado dia 21 de Abril, no Centro Paroquial de Almacave, a apresentação da Conferência “Onde está Deus? Dor e Sofrimento do ponto de vista da Fé e da Esperança Humana” que congregou centenas de pessoas, ansiosas de ouvir a partilha dos conferencistas envolvidos, dada a sua biografia mas, acima de tudo, pela sua vasta experiência de vida.

A organização deste evento esteve a cargo do Grupo Almacave Jovem que não se poupou a esforços para a sua divulgação através dos mais diversos meios de comunicação.

A abertura foi realizada com uma intervenção de D. António Couto, Bispo de Lamego, que nos salientou que“a dor é para dizer”, nas nossas vidas e na vida dos que nos rodeiam, lembrando mesmo a sua ligação com as vitimas dos incidentes recentemente ocorridos no nosso Concelho ,a quem é necessária a ajuda material mas, mais ainda que se ouçam na sua dor. Ler mais…

Dor e Sofrimento. Onde está Deus?

No passado dia 21 de abril o grupo Almacave Jovem promoveu uma conferência subordinada à temática “Dor e Sofrimento”, no Auditório do Centro Paroquial. Foi um momento de partilha de conhecimentos e experiências em torno de questões importantes, como o conceito de dor total e a abordagem do sofrimento na perspetiva da Igreja e dos cuidados de saúde, apontando os cuidados paliativos como uma das respostas. A European Association for Palliative Care (EAPC) define cuidados paliativos como “cuidados ativos e totais do doente cuja doença não responde à terapêutica curativa, sendo primordial o controlo da dor e outros sintomas, problemas sociais, psicológicos e espirituais. São cuidados interdisciplinares que envolvem o doente, família e a comunidade nos seus objetivos e devem ser prestados onde quer que o doente deseje ser cuidado, seja em casa ou no hospital. Afirmam a vida e assumem a morte como um processo natural e, como tal, não antecipam nem adiam a morte. Procuram preservar a melhor qualidade de vida possível, prevenindo e aliviando o sofrimento evitável, ou seja, reconhecendo e melhorando a experiência da pessoa que sofre.

Cuidados às pessoas na fase final da sua vida, nomeadamente aos moribundos, foram sendo disponibilizados e efetuados desde os tempos mais remotos da História por personalidades individuais ou grupos, sobretudo religiosos. Embora não se possa nem deva retirar o mérito e importância a estes cuidados, que eram sobretudo cuidados de âmbito geral e caritativo, é importante não confundir com o Movimento Moderno dos Cuidados Paliativos, que se reporta aos anos 60, pela mão da Dame Cicely Saunders. Na sua perspetiva mais moderna, estes cuidados combinam cuidados clínicos, formação e investigação e são prestados no seio de uma equipa multidisciplinar constituída por médico, enfermeiro, assistente social, psicólogo, assistente operacional, fisioterapeuta, nutricionista, assistente espiritual, voluntário e outros que seja necessário envolver, de acordo com o plano individual e integral de cuidados. No centro da equipa está o doente e família. ”. Por forma a mitigar o sofrimento, os vários elementos da equipa desenham intervenções holísticas e compassivas que promovam a transição a uma nova circunstância de vida, reduzindo formas evitáveis de sofrimento e ansiedade e promovendo o bem-estar. Os cuidados devem refletir a coordenação, competência, acessibilidade,  informação entendível, na quantidade adequada a cada pessoa e um rigoroso controlo sintomático e expressão emocional.

Em Portugal, a história dos cuidados paliativos modernos tem cerca de 25 anos. As primeiras equipas multidisciplinares estavam sediadas no IPO Porto (Professor Ferraz Gonçalves), no Hospital do Fundão (Dr Lourenço Marques) e no Centro de Saúde de Odivelas (Drª Isabel Galriça Neto. Para aceder ao número, localização, contactos e tipologia das equipas (intrahospitalar, comunitária de suporte e internamento) consulte informação em https://www.sns.gov.pt/sns/cuidados-paliativos/unidades-de-cuidados-paliativos/. Existem ainda equipas de cuidados paliativos em hospitais privados. O médico assistente, no hospital ou comunidade, é a pessoa mais bem colocada para facilitar o acesso a cuidados paliativos.

Catarina Simões (enfermeira de cuidados paliativos)

in Voz de Lamego, ano 87/24, n.º 4409, 25 de abril de 2017

Comunhão Pascal no Estabelecimento Prisional de Lamego

O Senhor Bispo de Lamego, acompanhado pelo Senhor Vigário Geral, Mons. Joaquim Rebelo, quis passar toda a manhã do dia do seu aniversário, 18 de abril, junto dos reclusos do estabelecimento Prisional de Lamego, presidindo também à celebração da Comunhão Pascal. Antes da Eucaristia, os reclusos tiveram a oportunidade de celebrar o Sacramento da Reconciliação.

Na homilia festiva da Comunhão Pascal, o Senhor D. António Couto começou por saudar afetuosamente todos os presentes, a Senhora Diretora, Dra. Maria José Ferreira, Chefe José Coelho e os Senhores Guardas, o Capelão P. Valdemar OSB, a Equipa sacerdotal da Paróquia de Almacave com o Diácono Luís Rafael, o grupo Almacave Jovem e os Escuteiros do Agr. 140 do CNE, que animaram liturgicamente a Eucaristia. Agradeceu ainda tanta abnegação em excesso que a Irmã Fernanda Antunes SNS, com a preciosa ajuda da D. Alcina Ferraz, tem dedicado, semanalmente, a todos estes homens que refazem a sua vida neste Estabelecimento Prisional. Ler mais…

Visita Pastoral de D. António Couto à Paróquia de Barrô

De 19 a 23 de Abril a paróquia de Santa Maria de Barrô recebeu, a Visita Pastoral de Sua Excelência Reverendíssima, o Senhor Bispo de Lamego, D. António Couto.
Nesta visita, o Senhor Bispo teve oportunidade de visitar todos os lugares de culto, visitar doentes, instituições e contactar com todos os grupos ligados à pastoral.
No dia 19, da parte da tarde pelas 15h30 começou por visitar doentes da parte alta da paróquia (Cêtos, Pataria e Seara). Pela 16h30, celebrou a Eucaristia e administrou o Sacramento da Santa Unção na Capela de São João Batista da Seara, onde vincou a ideia de que o sacramento da unção é uma verdadeira carícia do nosso Deus. Pelas 17h30, celebrou a Eucaristia e administrou o Sacramento da Santa Unção na Capela de São Domingos no mesmo lugar. Aqui o Senhor D. António inteirou-se de todas as obras ali realizadas e que deram uma beleza extraordinária a este local donde se avista uma paisagem belíssima sobre o rio Douro. A tarde deste dia terminou com a visita ao Clube de Caçadores das Quelhas onde jantou e confraternizou com todos os presentes. Ler mais…

Via Sacra – Pendilhe 2017

A via-sacra, ou via crúcis (do latim Via Crucis, “caminho da cruz”) é o trajeto que Jesus seguiu, carregando a cruz, desde o Pretório ao Calvário. É um exercício muito usual no tempo da Quaresma que teve origem nas Cruzadas, quando os fiéis de então percorriam, na Terra Santa, a Via Dolorosa – rua pela qual se pensa ter passado Jesus carregando o madeiro. Os cristãos, querendo reproduzir, no Ocidente, a peregrinação feita em Jerusalém, começaram a definir estações ou passos em que poderiam meditar e que assinalavam os pontos marcantes da Paixão de Cristo, chegando eventualmente à estrutura que conhecemos atualmente, de catorze estações.

Na paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Pendilhe, a via-sacra é uma tradição bastante enraizada na vivência anual da Quaresma. Assim, no passado dia 14 de abril, Sexta-Feira Santa, o Grupo Cultural Católico Pendilhense organizou a via-crúcis das celebrações da Semana Santa da aldeia de Pendilhe. Com o tema “Doa a tua vida como Maria aos pés da cruz”, os fiéis da comunidade paroquial puderam seguir, refletir e meditar os passos da Paixão. Assim, nesta caminhada que se estende por cerca de 5km e cujas etapas são assinaladas por cruzes de pedra (antigamente cruzes temporárias de madeira repostas a cada ano), os presentes tiveram a oportunidade de viver mais intensamente o tempo de Quaresma, preparando, assim, o dia de Páscoa.

Esta foi, também, uma das primeiras iniciativas em que o GCCP tomou parte. Este grupo cultural de inspiração católica conta com uma história que remonta a mais de 30 anos, promovendo e tomando parte, desde a sua origem, de diversos eventos, atividades e iniciativas na aldeia de Pendilhe. No entanto, nos últimos anos esteve inativo. Assim, esta via-sacra assinalou, também, um dos primeiros “marcos” de um novo período da história do GCCP, como grupo que procura uma participação ativa na vida da paróquia e da aldeia em geral.

Ilídio M. C. Ferreira

in Voz de Lamego, ano 87/24, n.º 4409, 25 de abril de 2017

CAMINHADA QUARESMA-PÁSCOA | 3.º Domingo de Páscoa

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As aparições do Ressuscitado continuam a acontecer. Desta vez é aos discípulos que iam a caminho de Emaús, e que entre si discutiam o que tinha acontecido em Jerusalém. A sua viagem e a sua conversa são intercetadas por um estranho, que aparenta desconhecer o que se passou na última festa Páscoa judaica, em Jerusalém.

É ao partir do pão que este ‘estranho’ revela a sua verdadeira identidade. E a partir de tantas revelações do Ressuscitado que os discípulos começam a perder o medo de sair para a rua e anunciar publicamente a sua alegria por Cristo estar de novo vivo, e agora vivo para sempre.

Assim, a proposta para este domingo da Páscoa é que se distribua pão partido, que nos remete para a fração do pão feita por Jesus Cristo e para a Eucaristia.

3.º DOMINGO DA PÁSCOA

Preparação:

– Comprar pão, ou pedir a alguém que coza, para depois ser partido em pequeninos pedaços e embrulhado em película aderente, ou outro material que o conserve algum tempo;

– Colar em cada pedaço de pão uma das seguintes frases:

“Reconheram-n’O ao partir do pão!”

ou

“E tu? Reconhece-l’O ao partir do pão?”

Momentos da Eucaristia:

– Fim da leitura do Evangelho

– Ofertório

Gesto:

– Depois da leitura do Evangelho, colocar na cruz a flor com a palavra: PÃO

– No momento do ofertório, distribuir pelas pessoas o pedaço de pão, embrulhado, com a mensagem colada.

Pe. Diamantino Alvaíde, in Voz de Lamego, ano 87/24, n.º 4409, 25 de abril de 2017