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Archive for Janeiro, 2018

CONSAGRADOS . PRESENÇA | Editorial Voz de Lamego | 29 de janeiro

CONSAGRADOS . PRESENÇA

Desde 1997 que, por iniciativa do Papa João Paulo II, o dia 02 de fevereiro é dedicado aos Consagrados, os baptizados que expressamente professaram votos de pobreza, obediência e castidade.

Os objectivos de então continuam presentes na 21.ª jornada que este ano se vive: dar graças a Deus pelo dom da vida consagrada, que enriquece e alegra a Igreja com a multiplicidade de carismas e a entrega de quem se doa totalmente ao Senhor; conhecer melhor e apreciar devidamente a vida consagrada; convidar os consagrados a celebrarem conjuntamente as maravilhas que o Senhor neles cumpre. Ou seja, uma oportunidade para reflectir sobre o dom recebido, para descobrir a beleza divina na forma de vida assumida e para se tomar consciência da missão dos Consagrados na Igreja para a vida do mundo.

O Dia do Consagrado é celebrado na data em que a Igreja festeja a Apresentação do Senhor no templo. Decorrendo da prescrição ritual da época, a apresentação anuncia o dom de Jesus aos homens, que culminará na oferta da Cruz. Também esta jornada tem uma importância particular para todos os Consagrados: inspirados pelo dom singular de Cristo, aspiram, por sua vez, a dar a vida e a tudo abandonar para seguir o Mestre.

E são muitos os exemplos de Consagrados que, em locais acessíveis ou recônditos e nas circunstâncias mais variadas, se doam por amor e servem com alegria, protagonizando vivências e testemunhos que elevam. É verdade que os seus rostos raramente são notícia e que a sua acção nem sempre é publicitada, mas quando deixam de estar ou de fazer, a ausência sente-se.

A nossa diocese já contou com mais Consagrados entre os seus membros, mas continua a beneficiar com a presença e o testemunho de quantos por aqui permanecem. Bem hajam.

P. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/09, n.º 4446, 30 de janeiro de 2018

ESCOLHER CUIDAR | Editorial Voz de Lamego | 23 de janeiro de 2018

ESCOLHER CUIDAR

No primeiro dia das recentes Jornadas de Formação do Clero, esteve entre nós um jovem padre dehoniano que, entre outras coisas, falou da importância e urgência de saber cuidar, bem como da arte do cuidador.

E foi no decorrer do encontros que desafiou os presentes a elaborarem, individualmente e em cinco minutos, uma lista com dez realidades que não gostariam de perder. Sem muito tempo para pensar ou justificar, quase por impulso, cada um lá escreveu o que quis. E todos sabiam que a lista não era para partilhar, o que favorecia a espontaneidade.

Depois, com a mesma simplicidade e rapidez, todos foram desafiados a “libertarem-na” de duas realidades, reduzindo-a a oito. E não foi fácil, pois todas haviam merecido o título de “importantes”. Mas o esforço aumentou: optar e riscar… No fim, apenas poderia ficar uma realidade!

A tarefa é fácil de enunciar, mas, quando feita com seriedade, exige esforço, já que obriga a discernir e a optar. No meio de tanto que nos é caro, é interpelante e desafiador elaborar uma lista com algumas realidades que não gostaríamos de perder. E o desafio aumenta quando exige desprendimento para ir deixando para trás o que se julgava fundamental.

No final, talvez o exercício, aparentemente infantil, surpreenda pelo que restou e ajude a concluir que nem sempre a atenção e o esforço são devidamente investidos ou que há confusão entre o essencial e o acessório…

Talvez a escolhas finais de cada um, de cada família, de cada grupo, de cada comunidade sirvam para hierarquizar prioridades e tarefas no meio de tanto que há para fazer; talvez motivem mudanças e ajudem escolher meios e modos para cuidar do que, realmente, é importante e não gostaríamos de perder.

Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/08, n.º 4445, 23 de janeiro de 2018

Almacave Jovem – “As Pressões que enfermam os jovens de hoje”

No passado dia 12 de janeiro de 2018, pelas 21h30, teve lugar no Centro Paroquial de Almacave uma conferência/debate intitulada “Pressão na vida dos Jovens, na escola e no trabalho”, no âmbito da Campanha Nacional que tem vindo a ser promovida pela Juventude Operária Católica e cujo tema deu nome a este debate e que se enquadra no lema do nosso Plano Pastoral. O encontro foi dinamizado por dois jovens orientadores membros da JOC.

Esta reflexão pretende alertar para uma realidade que ainda tende a ser muito menosprezada pela sociedade: a pressão que é exercida sobre os jovens quer em ambiente familiar, estudantil quer profissional. Um outro objetivo é consciencializar que todos nós, Jovens ou menos jovens, temos um papel importante no combate e prevenção deste problema.

Numa primeira fase, os dinamizadores apresentaram-nos o seu método de ação perante este tipo de situações que consiste em três etapas fundamentais: o VER (analisar o problema), o JULGAR e o AGIR (para transformar). De seguida, todos os presentes foram convidados a partilhar uma experiência (pessoal ou não) que retratasse uma situação de pressão ou de sintomas de pressão. Ler mais…

INTERIORIDADE – ENCERRAMENTOS | Editorial Voz de Lamego | 16/01

INTERIORIDADE – ENCERRAMENTOS

Por estes dias foram várias as ocasiões em que se falou dos CTT (Correios), para informar que, em 2018, encerrarão alguns balcões e serão dispensados centenas de funcionários. Também não faltaram vozes de protesto, manifestações junto dos balcões a fechar, apelos aos governantes, testemunhos de quem vai perdendo o pouco que tem.

Recorde-se que o Estado alienou a empresa em 2014 (a concessão pode ser revertida até 2020), por recomendação da “troica”, e que os lucros se têm mantido. Mas se tais decisões são tomadas durante este período, como não será após 2020! Não se perspectivam melhorias.

Desta vez, os 22 encerramentos estão previstos, na sua maioria, para as zonas de Porto e Lisboa. Mas se o critério economicista imperar, é possível que se sigam alguns dos poucos balcões que ainda se mantêm na nossa região.

Mais uma vez, as populações são privadas de um serviço de proximidade, retirando-lhes qualidade de vida e aumentando o desconforto por permanecerem em zonas com pouca densidade populacional. Os que vão ficando têm que ir cada vez mais longe para obterem determinados serviços (saúde, banco, correio, pagamentos, reformas…).

A privatização deste serviço levou a esta situação, já que quem investe quer retirar dividendos do investimento feito. Acontece que, num país com povoamento e rendimentos tão assimétricos, nem sempre o lucro é possível. E é aí que o Estado deve intervir, para garantir igualdade de oportunidades. Se ao privado move o lucro, ao Estado incumbe não deixar ninguém para trás.

As populações do interior, sem expressividade para determinar eleições, maioritariamente idosas e sem capacidade reivindicativa vão-se conformando com estas estranhas medidas, que os afastam, cada vez mais, dos centros de decisão.

Apesar de pequeno, há regiões e populações do nosso país que continuam desconhecidas (esquecidas) por quem é mandatado para governar e servir todos.

Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/07, n.º 4444, 16 de janeiro de 2018

Um livro do nosso Diretor: AO RITMO DO TEMPO. Olhar a atualidade

Joaquim Dionísio decidiu-se pela publicação de um livro, pois «a vida de um jornal impresso é curta», diz ele na Abertura. Na verdade, um jornal lê-se e arruma-se quando não se lhe dá outro lugar menos próprio para o seu muito ou pouco valor; o livro lê-se e guarda-se na estante da casa, normalmente em lugar digno num escritório ou mesmo numa sala.

O leitor de VL vai lendo, certamente, em cada semana, o texto que facilmente se descobre como sendo da autoria do seu Director; só que, e acontece a todos, já não se lembrará do que ele nos quis dizer e comunicar; daí o nascer de uma decisão, agora tomada.

Chega até nós como verdadeira prenda de Natal e estamos certos de que muitos dos seus leitores o quererão ter ao seu lado, na mesa de trabalho e em lugar de fácil acesso, para uma leitura mais repousada e melhor aproveitamento de uma palavra, que se define como um olhar a atualidade, seguindo o ritmo do tempo.

Não querendo fazer trocadilhos com as palavras do título, lembro um professor estrangeiro que dizia que o título de um livro devia ser sempre apelativo; aqui, o apelo está feito pela realidade do jornal, onde o Diretor segue o ritmo do tempo para estar em sintonia com os seus leitores.

Ao começar pela história do automobilista que segue em contramão, mas não se importa com os que lhe buzinam, pois se crê fazer a viagem pela pista certa, diz que «às vezes, nos comportamos como este condutor incauto»,e aí encontra o motivo para as duas primeiras páginas, onde nos diz que o Advento nos coloca no rumo certo, enquanto «tempo de espera atenta e activa…, na certeza de que a vida está sempre adiante».

A partir daí, cabe ao leitor descobrir o rumo a tomar numa vida que não se quer ao acaso, mas segura, porque se segue na via certa que nos leva onde queremos chegar.

Podemos orientar-nos na caminhada pelo «ritmo» indicado no título do livro. Aceite, amigo, a leitura deste livro, pelo qual damos os parabéns a Joaquim Dionísio, o Diretor de VL, que entra no rumo e no ritmo de quem quer ser útil aos seus leitores. Começar é difícil; continuar é mais fácil e isso vai acontecer, certamente; o saber e a força de vontade que norteiam  Joaquim Dionísio em ajudar os outros , num tempo em que as dúvidas aparecem de todos os lados, é garantia de que estamos em presença  de um autor que não deixará os seus trabalhos em favor e ao serviço da comunidade onde estamos inseridos.

Por isso e mais uma vez, os parabéns ao autor.

P.e Armando Ribeiro, in Voz de Lamego, ano 88/06, n.º 4443, 9 de janeiro de 2018

Livro do Pe. Fabrício: Pastoral do Encontro e nova Evangelização

Análise da Paróquia de Penajóia

Vivemos num tempo marcado pela pobreza relacional onde o anonimato, a solidão, a individualidade e a incomunicabilidade se fazem sentir.

No trabalho (livro) apresentado pelo bispo da nossa Diocese, D. António Couto), no passado dia 16 de dezembro, tive como objetivo, abordar a Nova Evangelização como a capacidade de ir ao encontro de todos, dos homens e das mulheres do nosso tempo, para dar continuidade ao anúncio de Jesus Cristo.

Para tal tive a preocupação de analisar alguns conceitos que deveremos ter em conta, nomeadamente, o conceito de Ação Pastoral, de Evangelização e de Encontro. Conceitos estes que, de algum modo, são para nós desafios, os quais, nos foram propostos pelo Concílio Vaticano II e que nunca chegarão ao seu termo, pois são estímulos que devem estar sempre em constante desenvolvimento e atualização, em permanente aggiornamento como tão, belamente, caracterizava Sua Santidade João XXIII.

A Ação Pastoral e, neste caso, a Pastoral do Encontro é a ação de quem tem de guiar, de abrir caminhos, de orientar, de velar, de cuidar, de acolher e de preservar o homem e o mundo como nos diz o Papa Francisco na sua última Carta Encíclica Laudato Si.

Num último momento do trabalho apresento algo mais concreto de uma realidade particular que é a Análise à realidade da Paróquia de Santíssimo Salvador de Penajóia, no desejo de dar a conhecer os seus vários dinamismos, os seus vários vetores de ação pastoral no que diz respeito à prática da Pastoral do Encontro à Nova Evangelização.

É necessária uma grande atitude de humildade e de abertura à renovação da Igreja, sem medos nem preconceitos, é urgente uma transformação do coração do Homem para que este possa, aberta e alegremente aderir a novas renovações que o futuro possa proporcionar.

O Encontro de ontem não é o mesmo de hoje, nem será o mesmo de amanhã. O Encontro deve acompanhar sinais dos tempos, de modo a que prolifere as ações necessárias à Nova Evangelização.

O meu contributo neste trabalho é apenas abrir horizontes de reflexão e ajudar a entender o modo como devemos estar sempre atentos às realidades que nos circundam, de tal forma que sejamos capazes de conseguir fazer chegar a todos os corações a verdadeira Palavra da Salvação que, pela Fé acreditamos ser o próprio Jesus Cristo Encarnado para todos e por cada um de nós.

 

O Autor do Livro: Pe. Fabrício Pinheiro,

in Voz de Lamego, ano 88/06, n.º 4443, 9 de janeiro de 2018

Falecimento do Pai dos Padres Francisco e José Augusto Marques

O Senhor, nosso Deus, Pai de Bondade Infinita, chamou à Sua presença, na eternidade, o Sr. António Almeida Marques, Pai dos nossos irmãos no sacerdócio Padre Francisco, pároco de Cinfães, e Padre José Augusto Marques, Pároco de Resende e Felgueiras.

O Senhor Bispo, D. António Couto, em comunhão com o presbitério de Lamego e com a Diocese, une-se nas condolências e na oração aos reverendos Padres José Augusto e Francisco Marques e aos demais familiares e amigos. O sr. Bispo, ao pesar, pelo falecimento, agrafa a oração confiante, agradecendo a Deus o dom da vida do Sr. António Marques, certo que o bem que nele Deus operou continuará a prosperar nos seus descendentes.

A missa Exequial celebrar-se-á a 11 de janeiro de 2018, pelas 15h00, na Igreja Matriz de Pinheiro, concelho e zona pastoral de Castro Daire.

Que o Senhor Deus, Pai de misericórdia, lhe conceda o descanso eterno na companhia dos santos e dos anjos, e a nós conceda o discernimento e a fortaleza para configuramos a nossa vida com a do Seu Filho Jesus Cristo, na docilidade e acolhimento do Espírito Santo.

PATRONO- HUMANIDADE | Editorial Voz de Lamego | 9 de janeiro

PATRONO- HUMANIDADE

O Governo brasileiro proclamou D. Helder Câmara, antigo bispo de Olinda e Recife, “patrono dos direitos humanos”. A escolha, oportuna e justa diante da vida e missão episcopal do destemido bispo, poderá ser interesseira, numa tentativa de aproximação da hierarquia católica, bastante crítica da corrupção reinante.

Num tempo em que alguns saudosistas promovem bispos que se pavoneiam com grandes caudas e algumas notícias divulgam fraquezas de outros, será sempre oportuno recordar pastores como D. Hélder Câmara, que não vergaram diante da ditadura política nem da crítica injusta.

Nomeado bispo por Paulo VI, em 1964, participou no Concílio Vaticano II e destacou-se por convidar a Igreja a uma maior atenção ao social, dando o exemplo (pacto das catacumbas). Denunciou a ditadura do seu país, alertou o mundo para as perseguições e foi acusado de ser infiel ao Evangelho. Resignou quando atingiu os 75 anos, em 1985, e morreu em 1999, com 90 anos.

Quem o conheceu dizia que facilmente se enfastiava com a “pompa excessiva” e o alheamento da Igreja diante das questões sociais. A este propósito, disse um dia: “Quando dou de comer a um pobre, chamam-me santo. Mas quando digo que os pobres não têm que comer, chamam-me comunista”.

Numa das suas passagens pelo Seminário de Lamego, D. Manuel Martins, então bispo de Setúbal e também ele alvo de críticas por causa das denúncias sociais que fazia em defesa de muitos diocesanos, também citou aquele bispo brasileiro: “Ninguém deve pedir com chapéu na mão, aquilo a que tem direito de obter com o chapéu na cabeça”.

Longe das querelas partidárias ou escolhas interesseiras, o Evangelho defende e promove sempre a vida, a começar pelos mais fracos. E não faltam discípulos de Jesus Cristo, ontem e hoje, a protagonizar tais opções. Mas todos eles, mais do que publicamente louvados, merecem ser imitados.

Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/06, n.º 4443, 9 de janeiro de 2018

Uma vida dedicada ao Senhor: Pe. Timóteo Pereira | 1923 – 2018

O Padre Timóteo Pereira, membro do nosso presbitério, faleceu no passado sábado, dia 06 de janeiro, em virtude de uma queda, com 94 anos de idade (faria 95 em meados deste ano), no Porto, onde residia desde 1975 e onde colaborava pastoralmente.

Era filho de Timóteo Pereira e de Maria de Oliveira Rocha e nasceu em Cambres, Lamego, no dia 08 de julho de 1923. Frequentou os Seminários da nossa diocese e foi ordenado diácono a 29 de junho de 1946, na capela do Seminário, e presbítero a 14 de julho de 1946, na Sé de Lamego, por D. Ernesto Sena de Oliveira. Dentre os seus condiscípulos, recorde-se, por exemplo, Mons. Simão Botelho, antigo Director do nosso jornal.

Após a ordenação sacerdotal foi nomeado como pároco para Ferreirim, no arciprestado de Lamego e, em 1952, assumiu pastoralmente as paróquias de Ucanha, Gouviães e Salzedas. Em 1975 obteve licença para se ausentar da diocese e foi residir na cidade do Porto, onde colaborou, na Capela de Nossa Senhora da Saúde.

Louvamos o Senhor pelo dom da vida e da vocação, rezamos pelo descanso eterno deste nosso irmão e agradecemos tudo quanto o senhor Padre Timóteo viveu e testemunhou no exercício do seu ministério sacerdotal.

Funeral no dia 10 de janeiro, na Igreja do Bonfim, cidade e diocese do Porto.

JD, in Voz de Lamego, ano 88/06, n.º 4443, 9 de janeiro de 2018

ALMACAVE JOVEM – Natal na “Estrada de Jericó”

Quando pensamos no Natal, o nosso imaginário transporta-nos, inevitavelmente, para as luzes de Natal que cintilam nas nossa casas e nas ruas da cidade, para o sabor das iguarias da consoada e do calor das nossas casas. Mas, para muitos, a imagem do Natal carrega consigo sentimentos de tristeza, de solidão e até mesmo de doença e abandono. Pessoas que sentem o “frio” não só pela falta da lareira, mas sim, também, pela falta de um abraço ou de uma simples conversa ou presença.

Foi para contrariar esta tendência redutora de viver o Natal, cada vez mais entranhada na nossa sociedade que, durante o Advento, nós, Grupo de Jovens, quisemos preparar o Natal através da vivência da caridade decalcada na Parábola do Bom Samaritano que serve de suporte ao nosso Plano Pastoral diocesano e paroquial. Domingo após domingo, também toda comunidade paroquial foi desafiada a transformar o lema, “ Vai, e faz tu do mesmo modo” em atitudes concretas na prática do amor e a recriar modelos de atuação através da proximidade a dispensar a todos aqueles que na nossa paróquia são empurrados para os valados da frieza da indiferença e da insensibilidade.

Foi a pensar nessas pessoas, que o nosso grupo de jovens agendou, também, visitas aos doentes da Paróquia, aos lares de idosos, ao Hospital de Lamego. Tentámos levar connosco a alegria da Boa Nova do nascimento de Jesus, um pouco mais de conforto e de calor natalício com o auxílio da música, da oração e também com um pezinho de dança.

Não é fácil deixarmos as nossas agendas preenchidas, tantas vezes com afazeres supérfluos, e vencer o cansaço de um semestre com frequências à porta, sair do conforto da nossa casa, ir ao encontro dos outros e determo-nos nas casas dos doentes, dos mais fragilizados e dos que vivem sós ou em lares, e daqueles a quem lhes foi roubada a esperança.

Também, como tem acontecido já em anos anteriores, quisemos terminar o ano de 2017 com os reclusos do Estabelecimento Prisional de Lamego. Uma greve imprevista obrigou-nos a antecipar este esta obra de misericórdia para o dia 30 de dezembro. O encontrou iniciou-se com a celebração festiva da Eucaristia animada liturgicamente por nós e também pelos reclusos participantes, seguindo-se um tempo de convívio onde não faltaram os doces típicos desta época e canções de Natal.

Para os que participámos nesta aventura de ir ao encontro dos outros, de quem somos próximos, sentimos profundamente que, quando o fazemos com a determinação de levar a mensagem do Amor e da Alegria do Nascimento de Jesus, somos sempre nós que ficamos com o coração mais aquecido.

Acabámos a semana  do Natal com uma bênção especial  a seis mães  grávidas e seus bebés, na Eucaristia da família Paroquial no dia da Festa da Sagrada Família, para que se sintam amadas e protegidas por Jesus Cristo e Sua Mãe, que também deu à luz o seu filho, o mistério da Encarnaçao  que celebramos festivamente neste tempo de Natal.

 

Claresse Reis – Grupo Almacave Jovem,

in Voz de Lamego, ano 88/05, n.º 4442, 2 de janeiro de 2018