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Archive for Agosto, 2016

SANTIDADE E SERVIÇO | Editorial Voz de Lamego | 30 de agosto

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O Jornal Diocesano, Voz de Lamego, regressa de férias e em vésperas da canonização de Madre Teresa de Calcutá, o nosso Diretor, Pe. Joaquim Dionísio, partindo do seu exemplo, para que nos procuremos ser santos. É uma vocação comum a todos, independentemente o estado de vida e/ou das circunstâncias pessoais, familiares, profissionais. Pequena e frágil, mas de uma grandeza humana e cristã inexcedível.

SANTIDADE E SERVIÇO

No próximo domingo, 04 de setembro, em Roma, o Papa presidirá à canonização de Madre Teresa de Calcutá (1910 – 1997) e a Igreja colocará, diante de todos, a figura frágil e discreta desta mulher, convidando à imitação do seu exemplo de vida e à confiança na sua intercessão junto do Senhor da Vida.

Cerimónias destas são comuns e sempre divulgadas, mas a contemporaneidade desta religiosa de origem albanesa (nasceu na Macedónia) faz a diferença, já que a sua fé, obra, testemunho e ensinamento marcaram a segunda metade do século passado.

Ao contrário de tantos santos que nos são temporalmente distantes, a proximidade da fundadora das Missionárias da Caridade (1950) motiva a uma maior atenção, graças também aos meios que registaram a sua fisionomia, guardaram a sua voz e divulgaram a sua acção.

Servir foi a sua divisa, destacando-se pelo serviço humilde aos “mais pobres entre os pobres”, aos que viviam em ruas esquecidas pelo poder ou em favor de gente socialmente irrelevante.

Teresa de Calcutá é exemplo quando ensina a acolher sem distinção ou quando serve sem esperar honras, mas também o é quando denuncia a falta de amor ao próximo e o egoísmo que impede de nascer ou quando desafia os poderosos a fazer diferente. E não deixa de ser grande quando, na opinião de alguns, tem desabafos que poderão evidenciar alguma dúvida. A Bíblia mostra-nos exemplos de crentes que, sem duvidarem da sua fé e de Deus, não deixaram de questionar-se diante do mistério da vida ou do aparente silêncio de Deus.

A santidade é transversal e pode ser atingida no silêncio orante de um mosteiro, nas ruas sujas de Calcutá existentes noutros países, à volta das panelas de uma cozinha ou num qualquer trabalho honesto.

Afinal, a santidade é fruto do serviço.

in Voz de Lamego, ano 86/40, n.º 4376, 30 de agosto de 2016

SANTO AGOSTINHO | Padroeiro secundário | DIOCESE DE LAMEGO

santo-agostinho-de-hiponaSanto Agostinho, Bispo e Doutor da Igreja, é o Padroeiro Secundário da nossa Diocese de Lamego. Recorde-se que o Padroeiro Principal é São Sebastião, Mártir.

Santo Agostinho, um dos personagens mais importantes da história do cristianismo, mormente no que concerne à filosofia e teologia cristãs.
Agostinho de Hipona, nasceu em Tagaste
, no dia 13 de novembro de 354. Foi bispo, escritor, teólogo, filósofo, Doutor da Igreja, conhecido como o Doutor da Graça. É uma das figuras mais importantes da história da Igreja.
Aos 11 anos de idade, foi enviado para uma escola, em Madaura, familiarizando-se com a literatura latina, e com as práticas e crenças pagãs. E aos 17 anos, o pai, enviou-o para Cartago, para aí continuar a sua educação na retórica.

Resistiu sempre a santa Mónica, sua mãe, para se converter ao cristianismo. Juntou-se a uma mulher, de quem teve um filho, Adeodato. Entretanto, foi para Milão, onde viria a mudar de vida.

Santo Ambrósio,
Bispo de Milão, de quem Santa Mónica tomava conselhos, teve uma influência decisiva na conversão de Agostinho. Nesse tempo, Agostinho mandou a amada de volta para a África e deveria esperar dois anos para contrair casamento legal, mas não esperou, ligando-se a uma segunda concubina.
Durante o Verão de 386, leu um relato da vida de Santo António do Deserto e de Santo Atanásio de Alexandria, deixando-se inspirar por eles. Um dia enquanto passeava nos seus jardins em Milão ouviu uma voz: “Tolle, lege”; “tolle, lege”, ou seja, “toma e ler”; “toma e ler”. Abriu a Bíblia ao acaso e leu a passagem de Romanos 13,13-14: nada de comezainas e bebedeiras, nada de devassidão e libertinagens, nada de discórdias e invejas. Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não vos entregueis às coisas da carne, satisfazendo os seus desejos.
Na Vigília Pascal, do ano de 387, fez-se baptizar, por Santo Ambrósio, Bispo de Milão, juntamente como o filho. Regressa a África. No caminho morre a mãe e pouco tempo depois o filho. Vendeu o património e distribuiu pelos pobres. Foi ordenado sacerdote em 391 e em 396 eleito bispo coadjutor de Hipona, donde se tornou Bispo pouco tempo depois.

Morreu em 430, pelo dia 28 de Agosto.

Oração (de coleta):

Renovai, Senhor, na vossa Igreja o espírito com que enriquecestes o bispo Santo Agostinho, para que, animados pelo mesmo espírito, tenhamos sede só de Vós, única fonte de sabedoria, e só em Vós, origem do verdadeiro amor, descanse o nosso coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Das Confissões de Santo Agostinho, bispo

Oh eterna verdade, verdadeira caridade, cara eternidade!

Sentindo-me estimulado a reentrar dentro de mim, recolhi-me na intimidade do meu coração, conduzido por Vós, e pude fazê-lo porque fostes Vós o meu auxílio. Entrei e vi, com o olhar da minha alma, uma luz imutável que brilhava acima do meu olhar interior e acima da minha inteligência. Não era como a luz terrena e visível a todo o ser humano. Diria muito pouco se afirmasse apenas que era uma luz muito mais forte do que a comum, ou tão intensa que penetrava todas as coisas. Não era deste género aquela luz; era completamente distinta de todas as luzes do mundo criado. Não estava acima da minha inteligência como o azeite sobre a água nem como o céu sobre a terra; era uma luz absolutamente superior, porque foi ela que me criou; e eu sou inferior porque fui criado por ela. Quem conhece a verdade, conhece esta luz.

Oh eterna verdade, verdadeira caridade e cara eternidade! Vós sois o meus Deus; por Vós suspiro dia e noite. Quando Vos conheci pela primeira vez, elevastes me para Vós, a fim de que eu pudesse apreender a existência do que via, e que, por mim só, não seria capaz de ver. Deslumbrastes a fraqueza da minha vista com a intensidade da vossa luz; e tremi com amor e horror. Encontrava me longe de Vós numa região desconhecida, como se ouvisse a voz lá do alto: «Eu sou o pão dos fortes; cresce e comer-Me-ás. Não Me transformarás em ti como o alimento do teu corpo, mas tu é que serás transformado em Mim».

Eu procurava o caminho onde pudesse adquirir a força necessária para saborear a vossa presença; mas não o encontraria enquanto não me abraçasse ao Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, que está acima de todas as coisas, Deus bendito pelos séculos dos séculos, que me chamava e dizia: «Eu sou o caminho da verdade e a vida»; não o encontraria enquanto não tomasse aquele Alimento, que era demasiado forte para a minha fraqueza, mas que Se uniu à carne – porque o Verbo Se fez carne – a fim de que a vossa Sabedoria, pela qual criastes todas as coisas, Se tornasse o leite da nossa infância.

Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós. Chamastes, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume: aspirei o profundamente, e agora suspiro por Vós. Saboreei Vos, e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes me e agora desejo ardentemente a vossa paz.

FONTE: Secretariado Nacional da Liturgia.

Para aprofundar: REFLEXÕES de BENTO XVI sobre SANTO AGOSTINHO, em 2008,

nas Audiências Gerais das Quartas-feiras, por exemplo AQUI.

Falecimento da Irmã do Pe. Luís Ribeiro da Silva

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Deus, na Sua infinita Sabedoria e Misericórdia, chamou à Sua presença, a D. Noémia Ribeiro da Silva, irmã do reverendo Pe. Luís Ribeiro da Silva, Pároco de Barcos, Adorigo e Santa Leocádia e Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Tabuaço, natural de São Tiago de Magueija.

A D. Noémia já se encontrava muito fragilizada, cujo estado de saúde se deteriorou nos últimos dias.

O FUNERAL realizar-se-á, amanhã, 17 de agosto de 2016, pelas 17h00, na Igreja Paroquial de Santiago de Magueija. D. António Couto presidirá à Eucaristia Exequial.

O presbitério de Lamego, sob presidência de D. António Couto, manifesta o seu pesar a toda a família, na pessoa do reverendo Pe. Luís, associando-se neste momento de luto, na amizade e na oração. Certamente também a oração e a presença espiritual das comunidades paroquiais sob o cuidado do Pe. Luís.

Agradeçamos, uma vez mais, e sempre, o dom da vida, ao Senhor Deus, Pai de bondade infinita. Que na Sua paz eterna, esta nossa irmã, descubra a Luz sem fim, o Amor Infinito de Deus e junto de Deus interceda para nós todo o bem.

JUBILEU DA MISERICÓRDIA | OBRA SOCIAL DA IGREJA

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A missão da Igreja, sempre a realizar-se no tempo e nunca acabada, concretiza-se em três grandes áreas: anúncio da Palavra de Deus, celebração dos Sacramentos e serviço da Caridade.

As instituições de ação sociocaritativa ligadas à Igreja são expressão desse serviço da Caridade e integram-se numa ampla dinâmica da Igreja, em que o serviço aos outros é parte irrenunciável.

Neste serviço da caridade protagonizado pelas instituições sociocaritativas são estruturantes os princípios fundamentais da Doutrina Social da Igreja: os princípios da dignidade da pessoa humana, como criatura à imagem de Deus e a igual dignidade de todas as pessoas, do respeito à vida humana, da solidariedade, do bem comum, da subsidiariedade, da opção preferencial pelos pobres, da destinação universal dos bens e da participação.

No nosso país há 1 618 instituições eclesiais que desenvolvem esta acção sociocaritativa, cooperando com o Estado que, por sua vez, as reconhece como Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e lhes fornece normas de actuação. As instituições ligadas às Igreja representam 41% de todas as IPSS existentes.

As respostas sociais oferecidas por estas instituições abrangem o apoio à família, a crianças e a jovens e à integração social e comunitária, a educação e a saúde, bem como a formação profissional dos cidadãos e a protecção destes na velhice.

Para a infância e juventude (creche, CATL, lares juvenis), as instituições da Igreja, em todo o território nacional, dispõem de um total de 1 194 equipamentos que apoiam 45 739 utentes. Para a população mais idosa (Centros de Convívio, de Dia, Lares e Serviço de Apoio Domiciliário), dispõem de um total de 2 480 equipamentos para servir um total de 88 182 utentes.

Tais respostas sociais possibilitam que, diariamente, cerca de 250 000 pessoas frequentem as instituições da Igreja, onde crescem harmoniosamente ou encontram condições para viver com dignidade, onde beneficiam de apoio ou recuperam na sua saúde, onde se educam, formam ou se sentem protegidas, onde desfrutam do serviço que carecem ou de um ambiente familiar que as faz sorrir.

Sem quantificar o voluntariado envolvido nesta vasta obra social, poderá reconhecer-se ser a Igreja um significativo mercado de emprego, com os mais de 80 000 trabalhadores que estas instituições empregam. Graças a esta possibilidade há famílias que se fixaram e não partiram, há valorização dos trabalhadores locais, há agregados familiares com outros meios.

Por outro lado, a proximidade às populações é evidente e a rede assim criada uma realidade, com respostas inovadoras e em leal cooperação.

A Obra Social da Igreja, sendo fruto da acção de muitos, está aí, cooperando na valorização e dignificação de todos. Também por aqui se concretiza a missão da Igreja e se testemunha, todos os dias, em todo o lado, a misericórdia.

JD, in Voz de Lamego, ano 86/39, n.º 4375, 9 de agosto de 2016

Bodas de Ouro Sacerdotais do Padre José Augusto Alves de Sousa

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Saudação inicial do Pároco, Pe. Hermínio Manuel Lopes

 

Como pároco de S. Tiago de Magueija, saúdo todos os presentes que aqui acorreram para celebrar a sua fé, mas de um modo especial, neste dia, para fazer festa e agradecer a Deus o Dom da Vida e da Vocação dos Irmãos Padres Sousa.

Há 50 anos, Magueija rejubilava com a ordenação e missa nova do P. José Augusto, sacerdote missionário da Companhia de Jesus (Jesuíta), logo enviado para a missão de Fonte Boa e depois cidade da Beira, Moçambique, onde esteve até 2004.

Não me esquecem as palavras oportunas, sinceras e amigas do seu camarada P. Francisco Rodrigues, aqui presente, aquando da apresentação do belo livro “1960 – 2004 – Memórias de um Jesuíta Missionário em Moçambique”, a 18 de setembro, no Centro Hospitalar Cova da Beira, cidade da Covilhã, e que passo a citar (permita-me P. Francisco): “O discípulo de Cristo e camarada Sousa, no peito levando uma cruz, e no coração o que disse Jesus, partiu, aterrou e encarnou (ou numa linguagem mais moderna, inculturou-se durante 44 anos) participou e marcou a história de Moçambique, num antes, num durante e num depois. Regressou, e agora habita entre nós, sem deixar de viver o que viveu: isto é: com os pés na terra onde está, o coração em Deus e a mente no (seu) mundo! Por isso aqui o temos e com ele, esta preciosa obra reflexo da sua vida boa ainda que quase nunca, boa vida!” Ler mais…

CENTRO SOCIAL FILHAS DE SÃO CAMILO | Festa ao Padroeiro

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A manhã do dia 14 de Julho apareceu iluminada pela glória de nosso pai São Camilo.

Tudo na casa cantava a festa e todos esperavam o melhor para o dia do padroeiro e protetor do nosso Centro Social.

Preparados para viver o dia jubilar com a presença do nosso querido Bispo D. António Couto, utentes, irmãs e funcionários  aguardaram ansiosos e contentes por algo muito especial.

Aproximando a hora da celebração sua Excelência o Sr. Bispo D. António juntamente com o Sr. Vigário geral Sr. Padre Joaquim Dias Rebelo e o Sr. Padre José Abrunhosa foram recebidos em festa na porta da capela da Instituição pelas irmãs, utentes e funcionários. A todos o Sr Bispo abençoou e cumprimentou pessoalmente. Ler mais…

JMJ 2016 | Testemunho | Inês Montenegro: Famílias de Acolhimento

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Não é pouco o que há a dizer sobre as Jornadas Mundiais da Juventude de 2016, em Cracóvia. Num evento com uma magnitude e adesão inigualáveis, torna-se apenas natural que surja uma diversidade de prismas, vivências, experiências e mensagens. Por consequência, torna-se também natural a hesitação sobre qual deles focar este texto, que desde já se afirma como pessoal. O cerne das Jornadas é, sem dúvida, a comunhão entre si de jovens cristãos oriundos das mais diversas culturas, bem como a sua comunhão com o Santo Padre. As mensagens que o Papa Francisco deixou nas suas homilias – e que tão certeiras foram a quem o escutou – são, por conseguinte, o pilar desta experiência. No entanto, escrever aqui sobre elas afigura-se-me como algo oco: as palavras do Papa foram claras e o seu desafio é lançado directamente a cada um de nós. Poderia desenvolver a minha recepção a esse desafio, o meu sentimento. Não o desejo, contudo, fazer por palavras (diz que o vento as leva): talvez ainda o possam vir a reconhecer nas acções, tanto minhas como de quantos o aceitaram. Ler mais…

JMJ 2016 | Joana Neto | Grupo de Jovens da Sé

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Não é nada fácil deixar a nossa terra por 3 semanas para ir em peregrinação. Não é fácil passar 3 dias num autocarro para ir, sabe-se lá em que condições, muitas vezes sem destino apenas com as coordenadas geográficas “JESUS CRISTO”. E foi nesta direção que o Grupo de Jovens da Sé (GJS) partiu para a Polónia.

“Um peregrino sabe simplesmente às horas a que se levanta, não controlando o seu dia-a-dia e, principalmente, não controlando as horas de deitar”. Foi a frase que mais caracterizou a estadia destes jovens num país que vive Jesus Cristo de uma maneira tão acesa como tradicional. A cultura polaca surpreendeu-nos logo nas pré-jornadas passadas em Psów uma cidade pequenina não muito longe de Cracóvia. Fomos todos muito bem recebidos por famílias de acolhimento que “Dando acolhimento a peregrinos” cumpriram esta obra de misericórdia da maneira que melhor sabiam. A gratidão para com todas as famílias não consegue suplantar tudo aquilo que fizeram por nós: comida, cama, banho,… e o mais que podiam, faziam! Enfim, nós éramos os peregrinos mas sentimo-nos reis e rainhas num ambiente que poucas horas depois de chegarmos se tornou logo muito familiar e poucas horas depois de os deixarmos começaram logo a apertar as saudades de todas as experiências, todo o carinho, toda a comunhão com Cristo. Ler mais…

JMJ 2016 | Testemunho | Inês Gonçalves – Almacave Jovem

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Apesar de ter tido a oportunidade de vivenciar em 2011 as JMJ em Madrid, não sabia muito bem o que esperar desta vez. Tão longe de casa, comida diferente pelo que diziam, pessoas mais frias, mas o motivo que me movia era maior do que qualquer receio que pudesse ter!

Logo há chegada de Katowice, onde permanecemos nas pré-jornadas, percebemos de imediato que estávamos em boas mãos e ansiosamente esperávamos que chamassem o nosso nome para nos dirigirmos para aquela que ia ser a nossa família de acolhimento. Assim foi, e posso dizer que para mim, não podia ter sido melhor! Aquela calorosa família com dois filhos ainda pequeninos, não só abriu as portas da sua casa, mas das suas vidas e do seu coração. Apenas a nossa “mãe” falava inglês, não fluentemente, mas a língua nunca foi um entrave para nós, porque há coisas que não se explicam, e a ligação que criamos com eles é uma delas. Em vez de estranhas, passamos a ser membros da família e não deixaram que nada nos faltasse ao ponto de dormirem no chão para nós podermos descansar numa cama! Como é que é possível que alguém consiga ser tão acolhedor e mostrar tanto amor e carinho por alguém que acabou de conhecer? Isso sem dúvida deixou uma grande marca em mim que nunca vou esquecer! Ler mais…