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Archive for Julho, 2014

Alegria da temperança | Editorial Voz de Lamego | 22 de julho | 2014

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Duas semanas de férias para a Voz de Lamego.

Porquanto a última edição do mês de julho, com diversos pontos de interesse: reflexão, eventos realizados e a realizar, o pulsar da vida na Diocese, da Região, no País e no Mundo, na Igreja e na Sociedade. Desperta logo a partir da primeira página o conflito que se acentua em Israel e Palestina, mas também, sinal de esperança, a Peregrinação dos Movimento da Mensagem de Fátima (MMF). No interior, uma página que fixará a atenção de muitos será, sem dúvida, a Nota da Vigararia Geral sobre as NOMEAÇÕES e dispensas que D. António Couto faz para o próximo ano pastoral.

Em tempo de férias, boas leituras ajudam-nos a não ficarmos tão rudes, a abrirmos a mente e o coração, a dispormo-nos a escutar os outros, a conhecer outras comunidades e outras realidades e, talvez quem sabe, a disponibilizar-nos para nos comprometermos em algum projeto eclesial, cultural, social, desportivo.

ALEGRIA DA TEMPERANÇA

Aprendemos que a virtude é mais do que uma aptidão, tratando-se de uma inclinação constante que leva para o bem. Como dizia Aristóteles, a virtude é uma disposição adquirida de fazer o bem que se aperfeiçoa com o hábito.

A virtude da temperança, como todas as virtudes, não passou de moda, mesmo que não receba elogios na praça pública. Em termos comuns e simples, diríamos que a temperança se compreende como uma certa austeridade (contra a tirania do desejo, do imediato e do mais fácil), guiada pelo bom senso e dando destaque à caridade. Porque importa saber colocar limites, assegurando um domínio da vontade sobre os instintos e proporcionando equilíbrio e moderação.

Uma temperança que nada tem que ver com “masoquismo”, já que Deus nos quer ver felizes, alegres, compartilhando, servindo, atentos e disponíveis para os outros, livres da obsessão por efémeras glórias. E entre os frutos está sempre a tranquilidade de consciência e, com isso, a alegria serena do dever cumprido.

“Não deixemos que nos roubem a alegria”, convida-nos o Papa. Uma alegria que nos vem da certeza de sermos amados e da obediência ao convite divino. Uma alegria que a pregação eclesial deve sublinhar e incentivar. Deus gosta dos nossos sorrisos e a fé também se diz e vê nas nossas festas, encontros, divertimentos… Nietzsche acusava os cristãos de saírem tristes das igrejas, ironizando sobre tais celebrações e desconfiando de tal fé.

A temperança é necessária, apesar da sua vivência nem sempre ser linear: a tradicional dificuldade em fazer coincidir vontade e acto (S. Paulo). Mas o equilíbrio por ela gerado é motivador da alegria que se recomenda.

Diretor, Pe. Joaquim Dionísio, VOZ DE LAMEGO, 22 de julho de 2014, n.º 4274, ano 84/36

Ecos do encontro do Conselho Diocesano de Pastoral

P1020154Há muito desejado na Diocese de Lamego, o Conselho Diocesano de Pastoral reuniu pela primeira vez no dia 26 de julho, na Casa de São José, em Lamego. Como habitualmente nos encontros entre crentes cristãos, o encontro iniciou-se com um momento de oração.

Como anunciado, o Conselho Pastoral da Diocese é presidido por D. António Couto. Nesta primeira ocasião, o senhor Bispo falou da importância e objetivos do Conselho Diocesano de Pastoral: “investigar e apreciar tudo o que diz respeito às atividades pastorais e formular conclusões práticas”. Um dos pontos da agenda previa a apresentação dos respetivos Estatutos e que foram aprovados ad experimentum. Nos próximos dois anos serão objeto de reflexão dentro dos vários departamentos e serviços da Diocese, para então serem aprovados definitivamente.

D. António Couto sublinhou que a criação deste Conselho ia ao encontro do desafio que o Papa Francisco faz a toda a Igreja, mormente na Evangelii gaudium: “o objetivo dos processos participativos não há de ser principalmente a organização eclesial, mas o sonho missionário de chegar a todos “ (nº 31).  “A nossa missão – referiu ainda D. António Couto – é experimentar e testemunhar a comunhão, e trabalharmos juntos empenhadamente para acertarmos com os melhores caminhos para que o Evangelho possa chegar a todas as pessoas da nossa Diocese de Lamego”.

Um dos pressupostos dos Conselhos Pastorais é precisamente acolher propostas e iniciativas pastorais, coordenar as diferentes atividades, momentos, oportunidades, propor, canalizar esforços e instrumentos, testemunhar a comunhão eclesial. Foi com esta preocupação que os trabalhos continuaram, acentuando a dinâmica pastoral da Diocese de Lamego que seguirá sob o “Ide e Fazei Discípulos” no triénio que se segue, tendo como pano de fundo a Família, em comunhão com a toda a Igreja,com os olhos e a atenção colocados no Sínodo dos Bispos sobre a “Família e Evangelização” .

Próximos três anos:

  • 2014/2015 – Família;
  • 2015/2016 – Liturgia e Oração;
  • 2016/2017 – Palavra de Deus.

Relembram-se três momentos aglutinadores para o próximo ano pastoral, já refletido na reunião das Comissões, departamentos e serviços, no passado dia 12 de julho:

  • Um encontro aberto a todos os Agentes Pastorais Diocesanos para o dia 27 de setembro – Apresentação do Plano Pastoral;
  • Realização do Dia da Família Diocesana, no dia 27 de junho de 2015;
  • Realização de um Retiro para os Agentes Pastorais em meados de fevereiro de 2015.

Na próxima edição da Voz de Lamego, que durante estas duas semanas se encontra em momento pausa para férias, outras informações serão dadas sobre o Conselho Diocesano de Pastoral.

Nova edição “Pro Defunctis-Exéquias”, à venda

partitura1O Departamento Diocesano de Música Sacra tem vindo a fazer diversas sugestões, nomeadamente quanto à escolha de cânticos para cada através da Voz de Lamego, mas também divulgando e partilhando Cânticos, em conformidade com os tempos litúrgicos, e o povo de Deus a que se dirige, com a indicação cânticos e de livros de cânticos que vão surgindo. Disponibiliza agora uma nova edição do “Pro Defunctis-Exéquias”, com cânticos para a Missa, Ofício de Defuntos (3 esquemas de Laudes e Vésperas) e Responsórios. Apresenta variadas sugestões musicais para outros momentos litúrgicos da celebração exequial, bem como para procissões e oração nos cemitérios.

A edição está disponível na Gráfica de Lamego e no Paço Episcopal. Será muito útil para os colegas sacerdotes e Grupos Corais.
O responsável deste Departamento é o reverendo Pe. Marcos Alvim.
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Monsenhor Simão Morais Botelho | 1923 – 2014

10557245_779278932094389_3965459287590152797_nO Senhor, Deus Misericordioso e Bom, chamou para Si, neste dia 25 de julho de 2014, Festa do Apóstolo São Tiago (Maior), Monsenhor Simão Morais Botelho, nascido a 21 de dezembro de 1923, ordenado sacerdote em 8 de setembro de 1946.

O Senhor, Deus Misericordioso e Bom, chamou para Si, no dia 25 de julho de 2014, Festa do Apóstolo São Tiago (Maior), Monsenhor Simão Morais Botelho. O funeral realizou-se no dia seguinte, 26 de julho, pelas 17h00, na Igreja Paroquial de Alvarenga, onde residiu nos últimos tempos. A Eucaristia exequial foi presidida por D. Jacinto Botelho, Bispo Emérito de Lamego.

Nascido a 21 de dezembro de 1923, no Rio de Janeiro, filho de Hermínio Cardoso Botelho e de Emília Rosa Morais, veio ainda jovem para Portugal, frequentando então os Seminários diocesanos. No dia de São Pedro de 1946 foi ordenado Diácono, na capela do Seminário. Algum tempo depois, no dia 08 de Setembro de 1946, na mesma capela, foi ordenado Sacerdote, pelo bispo de então, D. Ernesto Sena de Oliveira. Celebrou a “Missa nova” na terra natal de seus pais, Alvarenga, no dia 10 de Setembro de 1946.

Aqui ficam alguns dados da sua missão sacerdotal:

– de 1946 a 1954 desempenhou as funções de prefeito e professor no Seminário Menor de Resende,

– de 1954 a 1961 foi prefeito e professor no Seminário Maior de Lamego,

– em 1954 foi nomeado Administrador do jornal diocesano “Voz de Lamego,

– de 1961 a 1971 foi Vice-Reitor do Seminário Maior de Lamego,

– em 1964 foi nomeado cónego honorário do Cabido da Sé de Lamego,

– em 1973 obtém a licenciatura em Teologia Pastoral pelo Instituto Superior de Pastoral de Madrid,

– de 1974 a 1977 desempenhou a missão de vice-pároco da Sé,

– de 1974 a 1990 foi director da Voz de Lamego e responsável pela Gráfica,

– em 30 de dezembro de 1978 foi nomeado pároco adjunto de Almacave,

– a 19 de maio de 1985 foi nomeado cónego capitular da Sé,

– em 1994 foi nomeado secretário de D. Américo do Couto Oliveira,

– em 1994 foi nomeado prelado de Sua Santidade, com o título de Monsenhor,

– desempenhou a missão de Deão do Cabido Catedralício

– a partir de 15 de maio de 2000 foi nomeado Secretário Geral da Diocese, que assumiu até ao limite das suas forças.

Depois de dispensado das suas funções, em virtude da diminuição da sua saúde, Mons. Simão viveu alguns anos na Casa de S. José. Depois foi residir em Alvarenga, em casa familiar, juntamente com seu irmão, Padre Rui Botelho, falecido há cerca de meio ano.

Louvamos o Senhor por esta vocação e por tudo quanto Mons. Simão fez em prol da nossa diocese, ao mesmo tempo que também sublinhamos o carinho e o cuidado com que a sua família o acompanhou sempre.

Monsenhor era irmão do Pe, Rui Morais Botelho, falecido há pouco tempo, de 7 para 8 de abril, conforme a notícia dada também AQUI.

Funeral a 26 de julho, pelas 17h00, na Igreja Paroquial de Alvarenga, de onde era natural e onde residiu nos últimos tempos. A Eucaristia será presidida por D. Jacinto Botelho, Bispo Emérito de Lamego, em representação de D. António Couto, Bispo de Lamego.

Aos familiares e amigos, mas também às pessoas das comunidades em que serviu como sacerdote, a nossa comunhão e oração, na certeza de um dia nos encontrarmos todos, em definitivo, no Coração de Deus, a quem agradecemos a Sua vida e o Seu ministério sacerdotal.

D. António Couto faz Nomeações

nomeaçõesNOTA DA VIGARARIA GERAL

 

Diocese de Lamego

A Vigararia Geral da Diocese de Lamego informa que o Sr. D. António José da Rocha Couto, perante as necessidades pastorais da Diocese e procurando responder às suas exigências, decidiu proceder às seguintes alterações:

  • DISPENSAR o Rev. Pe. Jorge Manuel dos Santos Freitas, da Paroquialidade de Nossa Senhora da Corredoura de Alhais, Nossa Senhora das Neves do Granjal, Nossa Senhora da Conceição de Lamosa, São Martinho de Segões, e da função de Vigário Paroquial de São João Baptista de Quintela da Lapa;
  • DISPENSAR o Rev. Pe. João Martins Fernandes, da Paroquialidade de São Cristóvão de Nogueira;
  • DISPENSAR o Rev. Pe. José Alfredo Gonçalves Patrício, do Departamento para as Comunicações Sociais, Gabinete de Imprensa e Publicações;
  • DISPENSAR o Rev. Pe. Vítor José Taveira Pinto, da Paroquialidade de São Martinho de Fornelos e de Santa Leocádia de Travanca, e NOMEÁ-LO Pároco de São Cristóvão de Nogueira e de São Tiago de Piães;
  • DISPENSAR o Rev. Pe. Tiago André Bernardino Cardoso da paroquialidade de  de São Pedro de Ester e de São João Baptista de Parada de Ester, e NOMEÁ-LO Pároco de Nossa Senhora da Corredoura de Alhais, Nossa Senhora das Neves do Granjal, Nossa Senhora da Conceição de Lamosa, São Martinho de Segões, e Vigário Paroquial de São João Baptista de Quintela da Lapa;
  • NOMEAR o Rev. Pe. António de Almeida Morgado, Pároco de Santa Leocádia de Travanca;
  • NOMEAR o Rev. Pe. José Augusto Rodrigues Cardoso, Pároco de São Martinho de Fornelos;
  • DISPENSAR o Rev. Pe. Jorge Henrique Gomes Saraiva, da Paroquialidade de São Martinho de Faia, de São Sebastião de Penso, de Nossa Senhora do Ameal de Vila da Ponte e de São Pelágio de Vila da Rua, e NOMEÁ-LO Pároco de São Pedro de Ester e de São João Baptista de Parada de Ester;
  • DISPENSAR o Rev. Pe. André Filipe Mendes Pereira, da Paroquialidade de Santa Catarina de Barreira, de Nossa Senhora dos Prazeres de Carvalhal, de São Caetano de Chãs, de Santo António de Coriscada, de Santíssima Trindade de Gateira, de Santa Maria Madalena de Muxagata, de São Paulo de Rabaçal, de Nossa Senhora dos Prazeres de Santa Comba e de São Pedro de Valflor, e NOMEÁ-LO Pároco de São Martinho de Faia, de São Sebastião de Penso, de Nossa Senhora do Ameal de Vila da Ponte e de São Pelágio de Vila da Rua;
  • NOMEAR o Rev. Pe. José Fonseca Soares, Pároco in solidum (com o Rev. Pe. Bernardo Maria Furtado de Mendonça Gago Magalhães, mantendo este a função de Moderador) de Santa Catarina de Barreira, de Nossa Senhora dos Prazeres de Carvalhal, de São Caetano de Chãs, de Santo António de Coriscada, de Santíssima Trindade de Gateira, de Santa Maria Madalena de Muxagata, de São Paulo de Rabaçal, de Nossa Senhora dos Prazeres de Santa Comba e de São Pedro de Valflor;
  • DISPENSAR o Rev. Pe. Joaquim Proença Dionísio, das funções de Director do Centro Diocesano de Promoção Social e NOMEÁ-LO Director do Departamento das Comunicações Sociais, Gabinete de Imprensa e Publicações e, na qualidade de Presidente da Comissão Diocesana de Vocações e Ministérios, confiar-lhe a missão de acompanhar os sacerdotes mais novos;
  • NOMEAR o Rev. Cón. José Manuel Pereira de Melo, Pároco de Nossa Senhora da Piedade de Queimadela, em substituição do cargo de Administrador Paroquial;
  • NOMEAR o Rev. Cón. Manuel Jorge Leal Domingues, Director do Centro Diocesano de Promoção Social.

Nos casos em que não se mencione o contrário, os sacerdotes mantêm as funções que já exerciam.

A Diocese agradece a generosidade e a dedicação de todos os sacerdotes, bem como a sua disponibilidade para assumirem as novas funções que lhes são confiadas.

Lamego, 16 de Julho de 2014, dia de Nossa Senhora do Carmo.

Pe.  Joaquim Dias Rebelo, Vigário Geral

Autoreferência: SOL e LUA | Editorial Voz de Lamego | 15 de julho | 2014

sol_e_luaEdição do Jornal da Diocese de Lamego, edição de 15 de julho, já disponível. Esta semana, e partindo da primeira página, o destaque vai para a celebração do Sacramento do Crisma / CONFIRMAÇÃO em várias paróquias: São Pedro de Penude, São Pedro de Castro Daire, São Bento da Mêda. Mas outros motivos de interesse para folhear e para ler, reflexões, notícias, reflexão dominical, a Missa Nova do Pe. José Fonseca Soares, a Clericus Cup, a Jornada Pastoral, de que aqui já republicamos a notícia, acontecimentos da região, ténis de mesa, novenas e festas, de Santa Helena da Cruz, de Nossa Senhora da Ouvida, agenda episcopal.

O texto do Diretor será uma forma de entrarmos dentro das preocupações do Jornal e da Igreja, ambientando para uma leitura refrescante e desafiadora, refrescante pela variedade, provocadora pelos desafios que lança, ajudando a refletir, a aproximar pessoas e comunidades, dando a conhecer realidades, promovendo a região.

AUTOREFERÊNCIA: SOL E LUA

Uma das possíveis chaves de leitura/compreensão para o muito que nos chega do Papa Francisco será a noção de “autoreferência”. Nas suas intervenções, orais ou escritas, continuamente convida a colocar Cristo no centro, denunciando estruturas e comportamento que dificultam, escondem ou ignoram tal centralidade.

Longe da Igreja a pretensão de não ver para lá de si mesma ou de encarar a sua organização como um fim perfeito, tudo fazendo para manter o existente sem se confrontar com a sua fonte e a sua meta que é Cristo. Da mesma forma, nenhuma diocese, paróquia, grupo ou movimento pode olhar-se como referência última ou viver como se de uma ilha se tratasse, sem buscar uma participação alargada. Avançando ainda mais, nenhum baptizado pode pretender viver isoladamente, no seu mundo ou espaço de conforto, sendo autoreferencial, sem a preocupação de ouvir e de aprender com os outros.

Uma das imagens utilizadas pelo Papa para ilustrar tal realidade, quando fala da relação de Cristo e da Igreja, é a do sol e da lua. A lua (Igreja) não tem luz própria; vem-lhe do sol (Cristo). Pretender ocupar o centro (ser autoreferência) é sinónimo de escuridão e imobilismo, porque se perde a luz e se fica sem caminho.

Seja qual for a realidade eclesial onde nos inserimos, vivendo pessoal e comunitariamente a fé, importa assumir um espírito e um estilo cristãos, que se conseguem quando se evita ser autoreferencial, se busca uma maior participação e há vontade de ouvir e de aprender (EG 26).

Isto é fundamental para nos compreendermos eclesialmente como um “nós”, nos assumirmos como discípulos e progredirmos na santidade. Porque, cultivar a autoreferência, será sinónimo de não ver muito mais do que o seu umbigo.

Diretor, Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, n.º 4372, ano 84/35

Jornada Pastoral | Encontro de Comissões, Departamentos e Serviços

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No passado dia 12 de Julho, na Casa de S. José, em Lamego, decorreu uma Jornada Pastoral, promovido pela Coordenação Pastoral da Diocese, envolvendo os responsáveis pelas Comissões, Departamentos, Serviços e Movimentos Diocesanos.

Depois de um momento de oração, pelas 09.45, a dar uma tonalidade espiritual à vivência da jornada, seguiram-se dois momentos de reflexão. O primeiro orientado pelo P. João Carlos Morgado, Pró-Vigário Geral sobre as perspetivas pastorais a partir da Evangelii Gaudium. Na sua exposição, fazendo eco da temática abordada nas jornadas pastorais do episcopado português, relevou a relação entre a Evangelli Gaudium e o Documento da Aparecida, da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caraíbe, cujo presidente do comité de redação do documento final foi o então cardeal Bergoglio, atual Papa Francisco, e a urgência de assumirmos a consciência de que não estando numa época de cristandade, somos desafiados a ser uma “Igreja em saída”, capaz de chegar a “todos”, de ir “às periferias”… “Este ir pode ser o estar”, o estar com as “portas abertas”.

O P. José Manuel Melo, no segundo momento de reflexão, fez eco do sentir do Conselho de Presbíteros, e do Conselho de Arciprestes relativamente ao caminhar pastoral da nossa diocese, apresentando as linhas de orientação para o próximo ano pastoral. Estas terão como base o imperativo missionário do ano pastoral que está a acabar “Ide e fazei discípulos”, assumido na tonalidade da família.

Após um pequeno intervalo, todos tiveram oportunidade de intervir, apresentando sugestões, ou acentuando algum aspeto considerado importante.

Esta Jornada teve por objetivo pôr os diversos organismos e agentes pastorais em sintonia com os caminhos a percorrer no próximo ano pastoral, colhendo e canalizando, quanto possível, as sinergias de todos, para um caminhar comum. Pode considerar-se bastante conseguido. Não só pelas presenças, ou por algumas ausências justificadas, mas sobretudo pelo acolhimento em relação às seguintes propostas:

  1. Um encontro aberto a todos os Agentes Pastorais Diocesanos para o dia 27 de setembro – Apresentação do Plano Pastoral;

  2. Realização do Dia da Família Diocesana, no dia 27 de junho de 2015;

  3. Realização de um Retiro para os Agentes Pastorais em meados de fevereiro de 2015.

Por último, os presentes foram informados das diligências que estão a ser feitas para que no próximo dia 26 de Julho se realize a primeira assembleia do Conselho Pastoral Diocesano.

Dentro dessa linha procedeu-se à informação/indicação dos representantes dos departamentos e serviços diocesanos para esse organismo tão importante. A jornada terminou com o almoço.

Pe. José Manuel Melo, in Voz de Lamego, 15 de julho de 2014, ano 84/35, n.º 4273

Convocado Conselho Pastoral Diocesano – 26 de julho

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Com a redefinição dos Arciprestados, que passarem a ser 6, com o novo organograma da Diocese de Lamego, que se traduz em Comissões, Departamentos e Serviços, similar ao da Conferência Episcopal Portuguesa e que se vai adaptando nos Arciprestados, é agora tempo de agilizar esforços, iniciativas, coordenando todas as estruturas para que estas sirvam as pessoas e as comunidades desta porção do Povo de Deus, a Diocese, anunciando o Evangelho, testemunhando a pertença a Cristo, amadurecendo a vivência da fé, promovendo uma maior participação e uma melhor formação humana e cristã. Para o efeito, está agendada a primeira reunião do CONSELHO PASTORAL DIOCESANO, para o dia 26 de julho, a partir das 9h30, na Casa de São José, em Lamego.

Será um importante instrumento para uma participação mais alargada das pessoas e das comunidades na elaboração de um Plano Pastoral Diocesano que responda aos desafios do tempo e mundo atuais, para que a fé seja luz, sentido e sal para os mais novos e para os mais velhos, para que o Evangelho de Jesus Cristo continue vivo e atuante, contando com todos, despertando novos métodos, novo ardor, para uma nova (ou primeira) evangelização.

D. António Couto presidirá ao Conselho Pastoral Diocesano, onde estarão representados os Arciprestados, as Comissões, Departamentos, Serviços, as Instituições e realidade eclesiais, de forma que as iniciativas pastorais encontrem uma terreno fértil, preparado ou em preparação.

A preocupação não é aumentar os organismos pastorais, mas agilizar ferramentas, serviços, departamentos, coordenar, para ser vir o Evangelho em pessoas concretas, indo ao encontro dos seus anseios, para lhes testemunhar esta BOA NOTÍCIA: Jesus vive em mim, vive em ti, vive em nós. O alegre júbilo do amor de Deus que nos irmana e nos compromete na transformação do mundo.

A NÃO ESQUECER: 26 de julho de 2014 | 9h30 | Casa de São José | Lamego

Faleceu o Pai do Pe. Agostinho Ramalho

morte-ressurreiçãoO Senhor Deus, Pai de Misericórdia, chamou à Sua presença o Pai do reverendo Pe. Agostinho Ramalho, o senhor Vasco Matança.

O funeral realiza-se na segunda-feira, dia 14 de julho, pelas 9h30, na Igreja Paroquial de Bigorne, no concelho e Zona Pastoral de Castro Daire.

Ao Pe. Agostinho Ramalho, Pároco de Lalim, Lazarim e Cepões, no Arciprestado de Lamego e Capelão da Polícia de Segurança Pública (PSP), e a todos os seus familiares e amigos, a nossa comunhão, associando-nos a este momento de dor e separação, unindo-nos na oração e na confiança em Deus em Quem repousa agora, eternamente, o Sr. Vasco.

ROSTOS – o Tio Malhadinhas

Na mais recente edição da Voz de Lamego, uma das leituras que prende a nossa atenção, esta história que se passou em Fráguas, contada pelo seu pároco, Pe. José Justino Lopes, sobre o Tio António Malhadinhas, que morreu num incêndio há muitos anos atrás.

Curiosamente, na mesma página do jornal, página 6, a comemoração dos 80 anos dos Bombeiros Voluntários de V. N. Foz Côa. Isto por falar em incêndios e no trabalho dedicado de muitas gerações de Bombeiros.

Vamos à história, narrada pelo reverendo Pe. Justino:

transferirNão, não era, nem familiar do célebre Malhadinhas, também de nome ‘António’ mas ‘da Rocha Malhada’, natural de Barrelas e tão bem romanceado pelo mestre Aquilino. O tio António ‘Malhadinhas’ de Fráguas estava registado com o nome de António da Costa Morgado. ‘Malhadinhas’ era uma alcunha que ele assumia, alegremente, e que herdara de seu pai. Por ser natural do lugar da Malhada da vila de Mões e casar em Fráguas foi, logo, ‘crismado’ de ‘Malhadinhas’ pelos “Carapuças” que, em alcunhas, são uns pimpões. Têm o guerrilha, o pardal, o missas, o joia, o botelho, o bicho, o alfaiate, o peras, o carolino, o figueira, a carriça como tiveram  o catulas, o vermelho, o migalhas etc. O tio António não sabia donde lhe viera o sobrenome “da Costa Morgado” pois seus pais chamavam-se Manuel Rodrigues Pinto e Antónia Martins. ‘Costa’ era o sobrenome do padrinho, e ‘Morgado’? Mas… deixemos essa troca de nomes, muito comum naqueles tempos.

Era de baixa estatura mas os homens não se medem aos palmos. Medem-se, como dizia o meu vice-reitor, mais tarde bispo de Bragança-Miranda, ao pulso e explicava – medem-se pela sua dignidade, honestidade, seriedade, sentido de justiça, de retidão, de respeito pelos outros e cumpridor dos ‘Mandamentos da Lei de Deus’. Essas qualidades possuía-as, manifestava-as no seu dia- a- dia e ensinara-as aos filhos.

Trôpego das pernas devido às molhadelas que a vida trabalhosa e dura do campo lhe deu; sorriso a fugir para o triste talvez pela falta da sua “cara- metade” que Deus levara muitos anos antes. Geraram uma novena de filhos respeitadores e respeitados que souberam fazer cadeado circular à volta do pai – ficou-me a imagem na retina – quando a mãe faltou. Ler mais…

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