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Unidos em fraterna oração e convívio, os consagrados em Advento
No passado dia 26 de Novembro, mais de vinte membros dos vários Institutos e Movimentos de Vida Consagrada, da diocese de Lamego, reuniram-se em oração. A recolecção decorreu no Lar das Filhas de S. Camilo de Lellis, em Lamego, e teve como orador o Padre Doutor José Fernando Saraiva Abrunhosa, Vigário Geral para os Consagrados.
Como, dentro de poucas horas, o Advento estava para se iniciar, o orador centrou-se em duas figuras importantes deste tempo litúrgico: João Batista e Nossa Senhora.
Disse-nos que Deus vem ao nosso encontro ao longo de todo o ano. Mas, o tempo de Advento é para avivar esta Vinda permanente, para que ela nos comova, nos limpe, pois, se não vivermos a Palavra, ela perde força e a nossa vida credibilidade.
Citando Ap. 3, 20 – “Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo.” -, o Padre Abrunhosa disse-nos que Deus bate, para abrirmos a nossa vida a um encontro, para nos sentarmos junto d’Ele, como Maria aos pés de Jesus.
Falando de João Batista, referiu-se ao profetismo como realidade através da qual Deus continua a vir ao encontro do Seu povo. Deus chama alguns para irem falar – não em seu nome, mas em nome de Deus – e que hoje é preciso, mais do que nunca, falar com a vida, sermos uma proposta nova para os outros, mostrar-lhes que a vida tem sentido. Necessitamos “de um dinamismo missionário que leve sal e luz ao mundo” (EG 81): o sal e a luz que exercem silenciosamente a sua missão.
O profeta é um homem de Deus. Tem que ter uma experiência muito íntima de Deus para o ouvir na oração e depois O proclamar. Não olha só para o céu, mas tem os pés assentes na terra, procura o porquê das situações problemáticas que hoje vivemos, está atento ao mundo que o rodeia para nele discernir os sinais dos tempos.
Pela pregação de João Batista vemos como tinha analisado o seu tempo e, pelas suas palavras e coerência de vida, propõe às pessoas do tempo e de hoje atitudes concretas de mudança radical da sua consciência (ver Luc 3, 11-14).
Depois, o Padre Abrunhosa apresentou-nos Maria como a Mulher do SIM a Deus (Luc 1, 26-38) e do serviço aos irmãos (Luc 1, 39-56). Na mensagem de Deus a Maria, fica claro que Deus tem um projecto de salvação, não para ela, mas para toda a humanidade. Inicia esse processo em Maria. Maria é modelo de quem sabe esperar atentamente o Senhor e Lhe abre a porta. Este projecto de Deus foi abalar os esquemas sobre os quais Maria tinha alicerçado a sua própria vida e comportava riscos para ela. Mas Maria aceitou esses riscos pois compreendeu que o projecto de salvação passava por ela. Quando Maria, no seu SIM, se chama “escrava do Senhor” já mostra que, na sua vida, dava plena prioridade à vontade de Deus, como figura do Servo de Iavé (Isaías). Aceita a escolha que Deus fez, e o projecto de Deus torna-se o seu projecto para sempre.
Depois, Maria parte para visitar a sua prima Santa Isabel que representa toda a humanidade. E parte apressadamente! E para o fundo do país, numa viagem incómoda e perigosa, testemunhando a coragem de sair do seu mundo tranquilo. E não foi uma visita rápida: ficou lá três meses! Não foi Isabel que a chamou, nem o anjo: intuiu por si mesma que alguém precisava dela. Maria é a mulher do serviço simples e humilde que, depois de olhar para o céu, olha para o mundo e corre em seu socorro.
O Padre Abrunhosa terminou a sua prelecção manifestando o desejo de que saibamos, com um coração disponível como o de Maria, sentir como nossas as dores, as necessidades, a solidão, o sofrimento dos outros, e que Jesus possa continuar a nascer no coração dos irmãos, pela nossa atenção, partilha e entrega.
Seguiu-se um espaço de oração em silêncio, que nos conduziu depois à celebração da eucaristia, em que todos unimos as nossas vozes, cantando ao Senhor, e O recebemos neste sacramento incomparável, para, fortalecidos, voltarmos à nossa missão.
Mas o encontro só terminou com o almoço que as Irmãs Camilianas fizeram questão de oferecer a todos, servido primorosamente pelos alegres funcionários da casa. Foi um espaço fraterno de estreitamento de laços entre todos.
Irmã Teresa Maria de Frias
Secretária da equipa da CIRP/CNISP diocesana de Lamego
in Voz de Lamego, ano 87/04, n.º 4389, 29 de novembro de 2016
PROJETO COMPAIXÃO | Editorial Voz de Lamego | 29 de novembro
Iniciámos, no passado domingo, o tempo do Advento. A intensidade do Jubileu da Misericórdia, encerrado na solenidade de Cristo Rei, tem agora um novo tempo de compromisso. O Jubileu encerrou mas não a misericórdia. Os gestos assumidos durante o Ano Santo são para multiplicar ao longo do tempo. O Editorial da Voz de Lamego, do Pe. Joaquim Dionísio, nosso Diretor, faz ressonância da Carta Apostólica do Papa Francisco, Misericordia et Misera, publicada no encerramento do Jubileu, convocando a aprofundar as obras de misericórdia, com criatividade e audácia.
PROJETO COMPAIXÃO
A leitura regular e a escuta atenta do Evangelho levam-nos a descobrir o projecto de Jesus para a humanidade, nomeadamente pela maneira nova e original de entender e de viver a experiência de Deus, a convivência humana e a construção do mundo.
Acompanhando-O, vemos e ouvimos como Jesus faz da compaixão um princípio de acção que permitirá uma vida mais digna e liberta. Ao mesmo tempo, na sua missão de curar as pessoas e a convivência social, está sempre presente a oferta do perdão de Deus a todos os seus filhos. Ao contrário de outros líderes, Jesus não quer poder, riqueza e honras, mas justiça e compaixão, a começar pelos mais pobres, os últimos, os excluídos, os indefesos.
Jesus revela um Deus que é Pai e que quer o melhor para os seus filhos, muito distante do Deus justiceiro, vingativo, indiferente, frio ou desinteressado da humanidade. Deus é compassivo e espera, acolhe, tem paciência e perdoa.
A mais recente missiva papal, “Misericordia et mísera”, escrita e publicada para assinalar a conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia quer recordar-nos, novamente, a certeza do amor de Deus e da sua compaixão e a urgência dessa mesma compaixão entre os homens.
A misericórdia, lemos nesse texto do Papa Francisco, “não se pode reduzir a um parêntese na vida da Igreja, mas constitui a sua própria existência, que torna visível e palpável a verdade profunda do Evangelho. Tudo se revela na misericórdia; tudo se compendia no amor misericordioso do Pai” (n.º1).
Apesar das críticas, abertas ou camufladas, o Papa continua firme na sua convicção de ajudar a Igreja a servir a humanidade, qual “hospital de campanha” que está onde deve estar e faz o que deve fazer.
Trata-se, apenas e sempre, de tornar presente o projeto de Jesus.
in Voz de Lamego, ano 87/04, n.º 4389, 29 de novembro de 2016
Caminhada do Advento em Família – Primeira Semana
DEUS CONNOSCO PARA UMA HUMANIDADE NOVA
Quatro semanas vão ritmar o nosso tempo de espera, quatro semanas para preparar as nossas casas para este feliz acontecimento.
O Advento convida-nos a tocarmos no mais profundo das nossas esperanças e expectativas. A Humanidade inteira espera, desde sempre, um amanhã melhor.
O Advento é o momento oportuno para entrarmos em sintonia com todas as grandes esperanças dos homens, e reconhecer que aquilo que nos transforma radicalmente nos escapa e transcende. A novidade vem de fora, do Alto, do próprio Deus. É Deus que nos visita. É Deus quem nos traz a salvação. Deus visita-nos no Seu Filho e salva-nos.
O Plano Pastoral, sob o tema “À procura de Jesus, Aquele que cura as feridas da humanidade“, propõe que, à volta do mistério do Natal, as pessoas olhem as feridas da humanidade do nosso tempo, e se disponham a acolher Jesus como Aquele que cura e nos convida a construir com Ele um mundo novo.
Propomos, aqui, textos de reflexão (as feridas da humanidade hoje e a resposta que Jesus Cristo nos oferece) para integrar a Oração das Famílias nas semanas do Advento. Serão publicados antes de cada uma das semanas.
Segue a reflexão relativa à 1ª Semana:
Caminhada do Advento em Família
DEUS CONNOSCO PARA UMA HUMANIDADE NOVA
GUERRA – PAZ
Senhor!…
A guerra no mundo existe
e persiste.
Praticam-se horrores,
vive-se o terror!
A paz no mundo é importante,
mas distante!…
Em algumas famílias
há quezílias,
desentendimentos,
dias tensos,
sem harmonia,
sem alegria;
dias sombrios
frios…
Pedimos-Te Senhor a PAZ,
a que o Teu amor traz.
Paz dentro de nós
para ouvirmos a Tua voz,
a voz do Teu clamor,
o Teu amor, Senhor!
Quim Simões
Pelo Departamento Diocesano da Pastoral Familiar
in Voz de Lamego, ano 87/52, n.º 4388, 22 de novembro de 2016
Formação dos membros do Movimento da Mensagem de Fátima
MOVIMENTO DA MENSAGEM DE FÁTIMA
Em Família, vamos às fontes da Mensagem de Fátima
O Movimento da Mensagem de Fátima realizou em Fátima, no último fim-de-semana, 19 a 20 de novembro, um curso de formação sobre a Mensagem de Fátima. Este ação tem como finalidade que os membros do Movimento adquiram conhecimento consistente sobre a Mensagem de Fátima, para que conhecendo-a vivam com fidelidade e alegria e vivendo-a a possam divulgar pelo testemunho credível e pelo anúncio esclarecido e comprometido.
Pela Diocese de Lamego estiveram presentes cinco Mensageiros que têm a missão de divulgar localmente a Mensagem de Fátima. Para este fim, oportunamente serão realizadas ações, na diocese, onde esperamos contar com a participação de todos os membros do MMF e outras pessoas interessadas.
Estamos a viver o Centenário das Aparições de Nossa Senhora, em Fátima. Este é o tempo de reviver e refletir sobre os acontecimentos, já não muito recentes mas, pela pertinência da sua Mensagem, muito atuais. “O Senhor fez maravilhas”, é o título do Boletim deste ano que, foi concebido de forma a nos ajudar nesta vivência, e que está disponível, para todos os que o queiram adquirir no Secretariado Diocesano.
A Senhora da Mensagem pede-nos que trabalhemos pela nossa conversão e pela conversão do nosso próximo. Saibamos responder como Ela merece!
O Secretariado Diocesano,
in Voz de Lamego, ano 87/03, n.º 4388, 22 de novembro de 2016
Encontro do Pré Seminário em Resende e em Lamego
Pré-Seminário no Seminário de Resende
Decorreu no passado fim de semana, tal como foi anunciado, o pré-seminário no Seminário Menor de Resende. Recebemos os adolescentes que se inscreveram, no sábado de manhã. Entre nós esteve, o Tiago e o Ivo da paróquia da Penajóia, o Pedro da paróquia de Tendais, o Leandro da paróquia de Cinfães e o António da paróquia de S. Tiago de Piães.
Todos conheciam o Seminário. Uns já o frequentaram, outros estão a viver de uma forma diferente a sua vida de seminaristas, no seio da sua família. Outros vieram ao Seminário com as suas paróquias.
No sábado de manhã tivemos um encontro com os seminaristas do 8º ano do Seminário. Falamos da vida do Seminário, vimos uns vídeos do youtube alusivos ao Seminário e à vocação e terminamos este primeiro encontro com a visualização de um pequeno filme sobre o martírio de um dos últimos Santos canonizados pelo Papa Francisco, S. José Sanchez del Rio e de seguida celebramos a Eucaristia antes do almoço. Depois do almoço houve tempo de convívio e tempo de desporto. Seguiu-se a oração do terço e até um tempo de estudo. No fim do jantar e para terminar este primeiro dia ainda nos deslocamos até Lamego para participamos na Igreja de Almacave no tempo de Oração Taizé que tinha como finalidade rezar pelo jovens que no dia seguinte iam ser ordenados Diáconos. Ler mais…
Workshop . Lectio Divina . Formação de Catequistas – 3.dezembro.2016
Caro colega e catequista
Em todas a paróquias a catequese já vai lançada. Há entusiasmo, há ideias novas, há alegria em colaborar com Deus nesta tarefa de partilhar o Evangelho com os mais novos.
Daqui (departamento diocesano da catequese), também sente esse mesmo entusiasmo e também a responsabilidade de estar à altura das necessidades dos nossos catequisandos e catequistas.
Atendendo a esta consciência e dando marcha ao programa apresentado para este ano pastoral, informo a próxima atividade.
Solicito divulgação entre os catequistas e apelo na participação.
Por motivos de logística e almoços para quem o pretenda, necessitamos das respectivas inscrições para o seguintes contactos:
Email: catequese.lamego@gmail.com
Pe. Filipe Rosa – Telm. 963460554
Votos de Bom trabalho pastoral
Abraço fraterno,
Pe Filipe Rosa
(Departamento diocesano da Catequese)
in Voz de Lamego, ano 87/52, n.º 4388, 22 de novembro de 2016
Mensagem de D. António Couto ao Departamento da Família
DEPARTAMENTO DIOCESANO DA PASTORAL DA FAMÍLIA
- Não posso deixar de me congratular com a constituição do Departamento Diocesano da Pastoral da Família, que aparece integrado na Comissão Diocesana do Laicado e Família. Este órgão de participação, comunhão e evangelização faltava na nossa Diocese.
- Alegro-me também porque as pessoas que integram este Departamento o fazem com clara determinação e luminoso entusiasmo, e acalentam o projeto belo e o sonho realizável de dar à família e às famílias da nossa Diocese o envolvimento necessário e o lugar eclesial que merecem e a que têm direito.
- Apelo, pois, a todos os párocos e agentes de pastoral das 223 paróquias da nossa Diocese que acarinhem este Departamento, acolham com alegria os seus apelos e projetos, e respondam e correspondam às suas solicitações e iniciativas. É de todos sabido que este órgão Diocesano vai precisar de implantação no chão dos nossos Arciprestados, Zonas Pastorais e Paróquias. Renovo, portanto, o meu apelo a que sejamos acolhedores e nos sintamos corresponsáveis e mobilizados para que esta sementinha acabada de nascer possa germinar, crescer, florescer e frutificar no chão da nossa Diocese.
- Enquanto esta rede se vai estendendo de paróquia em paróquia, de família em família, de mão em mão, eis já uma bela iniciativa, que temos o dever e a alegria de acolher e de abraçar. Trata-se da Oração pela Vida Nascente, que acontecerá no próximo Domingo, dia 27, às 17h00, na nossa Igreja Catedral. Desde Homero, séc. VIII a.C., que os seres humanos vêm sendo qualificados como «mortais». É chegada a altura, dando seguimento à sugestão de Hannah Arendt (1906-1975), filósofa alemã, de origem judaica, de os começarmos a qualificar como «natais», e de pautarmos por esta música toda a vida humana.
- Apoiemos, pois, esta bela iniciativa, que contará também com a Bênção das Grávidas e das figuras tradicionalmente usadas nos presépios.
Lamego, 20 de novembro de 2016, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
+ António, vosso bispo e irmão
in Voz de Lamego, ano 87/52, n.º 4388, 22 de novembro de 2016
Diocese de Lamego em festa | Ordenação diaconal
A catedral de Lamego encheu-se com os muitos fiéis que ali acorreram no passado domingo para celebrarem a Solenidade de Cristo Rei do Universo e testemunharem o encerramento da porta jubilar do Ano da Misericórdia. No pontifical presidido por D. António Couto foram também ordenados três diáconos para a nossa diocese que, assim o esperamos e desejamos, serão ordenados presbíteros em julho próximo.
Apesar do encerramento do Ano da Misericórdia estar previsto, fora de Roma, para o dia 13 de novembro, a nossa diocese adiou a cerimónia por uma semana, atendendo aos acontecimentos previstos para o dia 20. Com efeito, no domingo que marca o encerramento do ano litúrgico, a nossa diocese assinala mais um aniversário da Dedicação da sua Catedral. Mas importante foi, também, saber que, nesse dia, três jovens iriam ser ordenados diáconos. Ler mais…
Conselho Geral da Cáritas | 10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz
Conselho Geral da Cáritas Portuguesa
Operação “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz
Sob a orientação do Dr. Eugénio da Fonseca, Presidente de Direção da Cáritas Portuguesa, decorreu este fim de semana em Fátima, o Conselho Geral da Cáritas, dias 19 e 20, no qual marcaram presença dezanove das vinte Cáritas Diocesanas do nosso país.
Nestes dois dias foram abordados vários assuntos relacionados com a atuação da Cáritas em Portugal, nomeadamente os projetos que tem vindo a abraçar a nível nacional, internacional, bem como a aprovação do seu Plano Estratégico “Uma Só Família Humana” para os anos 2017- 2020.
Importa ainda salientar a presença do Sr. D. José Traquina, membro da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana, responsável pela Cáritas, o qual, na sua intervenção, salientou a “importância da caridade e do amor na missão que a Cáritas desempenha”.
Como habitualmente, o ponto alto deste Conselho Geral foi a Eucaristia, celebrada na Igreja da Santíssima Trindade, presidida pelo Sr. D. José Traquina e que marcou o início da Operação “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”, compromisso que, anualmente, a Cáritas pretende que seja partilhado por todos os portugueses – um compromisso com a Paz no Mundo. As Cáritas Diocesanas presentes receberam a Vela que simboliza a “Luz da Paz”, este ano com um símbolo especial para assinalar os 60 Anos da Cáritas Portuguesa, numa cerimónia especial no final da Eucaristia, para posteriormente procederem à sua entrega nas respetivas dioceses.
Em Lamego a disseminação da “Luz da Paz” será no próximo dia 27 de Novembro, 1.º Domingo do Advento, na Missa das 10 horas, na Sé Catedral.
Que cada vela acesa na Noite de Natal seja um gesto que reflita a importância de Partilha, Solidariedade e Paz no Mundo.
A Presidente da Cáritas Diocesana de Lamego
Isabel Duarte Mirandela da Costa
Nota: Todos os que, quiserem juntar-se à Cáritas, participando na sua missão de estar ao lado dos mais frágeis, poderão adquirir uma vela nas instalações da Cáritas Diocesana de Lamego, nas respetivas paróquias e Gráfica de Lamego ou em qualquer loja Pingo Doce, pelo valor simbólico de 1€; 65% do valor angariado destina-se a apoiar pessoas que contam com a ajuda da Rede Cáritas e 35% para auxiliar famílias de refugiados apoiadas pela Cáritas, na Grécia.
in Voz de Lamego, ano 87/52, n.º 4388, 22 de novembro de 2016
TESTEMUNHAR A MISERICÓRDIA | EDITORIAL VOZ DE LAMEGO
No dia 20 de novembro de 2016, a Diocese de Lamego viveu um grande DIA, sublinhando várias celebrações no Pontifical da Sé presidido pelo Senhor Bispo, D. António Couto: Encerramento do Jubileu da Misericórdia, Ordenações Diaconais, Dia da Igreja Catedral e 5 anos da nomeação de D. António para a Diocese de Lamego.
A edição da Voz de Lamego desta semana faz eco deste acontecimento celebrativo, bem como a ponte para outras notícias da Igreja e do mundo. O desafio, que o nosso Diretor, Pe. Joaquim Dionísio, assume no Editorial, é viver e testemunhar a misericórdia além do Ano Santo Extraordinário, que decorreu entre 8 de dezembro de 2015 e 20de novembro de 2016…
TESTEMUNHAR A MISERICÓRDIA
A porta santa da basílica de S. Pedro, aberta nos anos jubilares, foi encerrada pelo Papa Francisco neste domingo, no mesmo dia em que também a porta jubilar do Ano da Misericórdia da nossa catedral se fechou, a exemplo do que fora feito no mundo católico na semana anterior.
O encerramento teve menor visibilidade e menos adereços, ao contrário da abertura há quase um ano. E com razão. Afinal, a misericórdia pode e deve continuar aberta. O que fechou foi um determinado acesso físico ao espaço de culto, mas a misericórdia deve continuar a ser experimentada e testemunhada. A cada um caberá manter aberta a porta da misericórdia nos espaços em que vive e junto daqueles com quem convive.
A misericórdia não se encerra.
Afinal, Deus promete “apenas” misericórdia aos misericordiosos. Não promete prémios nem carreiras, prestígio ou destaque, notícias ou tempo de antena… Apenas misericórdia! Mas não será a misericórdia o maior dom a que podemos aspirar para manter vida a esperança?
Ao longo do ano, com maior ou menor visibilidade, quantos gestos, palavras, olhares ou silêncios não protagonizaram misericórdia? E quanta mudança, alegria, proximidade e esperança inundaram o coração de tantos que “andavam perdidos e se encontraram”?
O jubileu que agora finda terá valido a pena se a porta da misericórdia continuar aberta. Um esforço a que todos os baptizados são chamados e que deve ter o exemplo dos que na Igreja mais responsabilidades assumem. Porque se a misericórdia se fecha é o Evangelho que se esconde.
Será importante “pegar” na porta jubilar da misericórdia e instalá-la no coração, de forma a estar disponível e aberta para a vida, para os outros, para o mundo.
in Voz de Lamego, ano 87/52, n.º 4388, 22 de novembro de 2016