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JUBILEU DA MISERICÓRDIA | SOLIDARIEDADE
O quarto princípio fundamental do ensinamento social da Igreja é o da solidariedade, realçando a unidade e a proximidade de todos os seres humanos. Isto é, todos devem sentir-se responsáveis por todos. Porque a caridade leva a que se faça o possível para construir uma convivência solidária e pluralista, que permita às pessoas e povos desenvolverem-se livremente, cada um com a sua identidade e originalidade.
Nos meios de comunicação social, nos discursos e intenções de muitos, nas práticas de indivíduos, organizações e instituições… encontramos a palavra “solidariedade” e o gesto solidário. E percebemos que o mesmo é sinónimo de bem, de caridade, de paz, de ajuda, de proximidade… Ler mais…
ARCIPRESTADO DE LAMEGO – FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS
No próximo dia 5 de Novembro decorrerá no Seminário Maior de Lamego uma ação de formação para catequistas.
Subordinada ao tema: “A Eucaristia centro da vida (comunidade) cristã”, será oportunidade para compreender melhor o sentido da Eucaristia, a sua relevância para a autenticidade da comunidade cristã, e as perspetivas de orientação da catequese numa relação mais cuidada com vivência da Eucaristia dominical. Os trabalhos começam às 9h30, terminando com o almoço, previsto para as 12h30.
Na orientação desta jornada estará, o P. Diamantino José Alvaíde Duarte, Presidente da Comissão Diocesana para a Missão e Nova Evangelização.
Organizada esta jornada a pensar nos (nas) catequistas do arciprestado de Lamego, está naturalmente aberta a catequistas de outros espaços pastorais. Agradece-se confirmação de presença, quanto possível, até ao dia 3 de Novembro.
Pe. José Manuel Melo, in Voz de Lamego, ano 86/48, n.º 4384, 25 de outubro de 2016
Pastoral Juvenil: novos desafios… Construir-se como pessoa!
Responsáveis da Pastoral Juvenil
debatem novos desafios à luz da antropologia cristã
Decorreram, no passado dia 15 de Outubro, em Fátima, as V Jornadas Nacionais da Pastoral Juvenil. Com cerca de uma centena de participantes, a iniciativa procurou reflectir sobre os desafios hoje colocados à pastoral juvenil pelas novas visões antropológicas e de família, tendo em conta as perspectivas e linhas de força sobre a pessoa humana lançadas pela tradição bíblica e pela teologia cristã.
Coube ao bispo de Lamego e biblista, D. António Couto, abrir a reflexão, tomando como ponto de partida o capítulo segundo do Livro de Daniel. Do inesperado sonho de Nabucodonosor, acontecido no contexto do cativeiro do povo de Israel da Babilónia, D. António Couto explorou os sentidos dos materiais associados à imagem referida no sonho (um homem com cabeça de ouro, peito de prata, ventre e pernas de bronze e ferro e os pés de barro) para mostrar a fragilidade da construção fundada em (contra)valores que fecham à relação, evocando sobretudo sentimentos de posse, de domínio, de poder, a busca incessante do ter e da satisfação do prazer imediato. A reconstrução da pessoa – na realidade, a sua conversão – foi proposta a partir dos sentimentos e atitudes associados pela tradição bíblica às diversas partes do corpo: a sensatez, a inteligência, a opção por ideais, um olhar límpido e atento ao bem, a escuta da Palavra, um coração sensível e atento, braços para levantar e acolher, entranhas de misericórdia, capazes de gerar vida, pés ágeis no anúncio e na alegria de amar. Relembrou, contudo, como esta construção não é nada se não é fundada em Deus, o primeiro grande construtor. Ler mais…
“BEIRA DOIRO” – Novo trabalho discográfico de Marcos Alvim
Foi apresentado, no passado mês de setembro, o novo trabalho discográfico de Marcos Alvim. Um disco com poemas de Fausto José (1903-1975), poeta de Aldeias, Concelho de Armamar (distrito de Viseu) e que contou com o apoio da Câmara Municipal de Armamar.
O concerto de apresentação do CD teve lugar na Praça da República, em frente ao edifício da Câmara Municipal.
“Beira Doiro” é um trabalho de homenagem ao poeta Fausto José e que conta com a participação de vozes juvenis e o Orfeão da Universidade Sénior de Armamar.
Este é o quinto trabalho discográfico de Marcos Alvim e que assinala dez anos de carreira artística deste jovem compositor, desde a edição do primeiro CD, em 2006.
Marcos Alvim é natural de Aldeias-Armamar, licenciado em Teologia e Mestre em Ensino da Música, compositor de música religiosa de inspiração cristã, litúrgica e de música profana. É professor de Música e Canto Coral na Universidade Sénior de Armamar, professor de Expressão Musical no Jardim de Infância de Armamar, professor de Formação Musical e Classe de Conjunto (Coro) no Conservatório Regional de Música de Ferreirim, Maestro do Coro da Catedral de Lamego e Diretor do Departamento de Música Sacra da Diocese de Lamego.
Aquilino Pinto, in Voz de Lamego, ano 86/48, n.º 4384, 25 de outubro de 2016
Visita Pastoral de D. António Couto a Vila Nova de Paiva
2 – VILA NOVA DE PAIVA ACARINHOU O SEU BISPO.
Manda o CDC 396,§1º que “o Bispo está obrigado a visitar todos os anos, no todo ou em parte” os seus diocesanos e o cânon 398 apela para que “visita pastoral seja efetuada com devida diligência”. Foi isso mesmo que fez o nosso bispo.
Na carta enviada às paróquias afirmou que, através da Visita Pastoral, quer ser “transparência pura de Jesus Cristo e ajudar a encher de mais alegria a família de Deus espalhada pelas seis paróquias de Vila Nova de Paiva. (…) Quer despertar para o mistério de mais amor, graça e proximidade. (…) Quer dizer que, nas nossas paróquias, não deve haver ninguém de braços cruzados, sem nenhuma missão atribuída, sem nada que fazer”, porque todos são “protagonistas da Evangelização”. Por isso “ a primeira palavra do lema da nossa diocese continua a ser: – IDE”. Ler mais…
Visita Pastoral de D. António Couto em Fráguas
1 – FRÁGUAS:
“VIM PARA VOS CONHECER COM OS OLHOS DO CORAÇÃO”
– disse o nosso Bispo ao Povo.
“A verdadeira Paróquia de Fráguas está na diocese de Evry, arredores de Paris. Aqui mora o “resto”, guardião da Fé, da tradição e do bairrismo e que necessita, tal como os judeus de Alexandria, de setenta sábios que traduzam para o francês toda esta sabedoria acumulada ao longo dos séculos”, afirmou o pároco convidando o senhor Bispo a vir presidir à celebração, no segundo domingo de Agosto, para sentir o pulsar da paróquia de Fráguas.
Na passada quinta-feira, dia 20, o nosso Bispo visitou as quatro capelas – Fráguas é a terra das capelas – todas arranjadinhas e a Igre; celebrou a Santa Missa dizendo: – “Ao entrar na Diocese afirmei que queria conhecer o vosso rosto. Hoje estou, aqui, na igreja, a casa de Deus no meio das vossas casas, para vos conhecer e amar. Conhecer-vos olhos nos olhos com os olhos do coração. Conhecer com os olhos do coração é ver no outro, um irmão. Procurai sentir-vos irmãos, uns dos outros porque Deus é Pai de todos”. Ler mais…
Jornadas Nacionais de Catequistas sobre papel de Maria na família
«Fazei tudo o que Ele vos disser» é o tema das Jornadas Nacionais de Catequistas 2016 que o Centro Paulo VI, em Fátima, vai receber de 28 a 30 de outubro de 2016.
A formação, destinada a Catequistas de todo o país, acontece no encerramento da Semana Nacional da Educação Cristã e tem como ponto de partida a Exortação pós- sinodal Amoris Laetitia propondo uma ligação entre o centenário das aparições da Cova da Iria com a figura central de Maria na educação de Jesus e como primeira anunciadora.
Programa das JNC2016
As Jornadas iniciam-se dia 28 de outubro, pelas 21h15, com a sessão da abertura dos trabalhos a cargo da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF). Ler mais…
TESTEMUNHO DE FÉ DO ENG. FERNANDO SANTOS
O arciprestado de Meda, Penedono, São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa teve a oportunidade, na passada 6ª feira, dia 21 de outubro, de vivenciar um excelente momento de reflexão e partilha através do belo testemunho de fé dado pelo Eng. Fernando Santos. Esta actividade arcipretal decorreu no Salão Polivalente do Patronato de Meda, o qual esteve totalmente repleto de cristãos oriundos das mais diversas paróquias do nosso arciprestado e de outras comunidades cristãs da nossa diocese de Lamego, que se quiseram reunir, para juntos reflectirmos e tomarmos consciência, desta necessidade de sermos missionários, onde quer que nos encontremos e independentemente da missão que desempenhemos. Para lá do selecionador nacional de futebol, tivemos a honra de ter connosco D. António Couto, Bispo da nossa diocese de Lamego, os sacerdotes do nosso arciprestado e de outros arciprestados da diocese, como sinal de comunhão eclesial, salientando ainda a presença de alguns seminaristas do Seminário Maior de Lamego e sobretudo de muitos jovens e adolescentes. Ler mais…
SANTOS ANÓNIMOS | Editorial Voz de Lamego | 25 de outubro
Nas páginas centrais da edição da Voz de Lamego desta semana, o destaque para as Visitas Pastorais em Fráguas e em Vila Nova de Paiva, bem como o testemunho de fé e de vivência cristã do Selecionador Nacional, Eng. Fernando Santos, no Arciprestado da Mêda, Penedono, São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa. A abrir o jornal, o destaque a solenidade de Todos os Santos e dos Fiéis defuntos. É também esta a temática proposta pelo nosso Diretor, Pe. Joaquim Dionísio.
SANTOS ANÓNIMOS
Os católicos iniciam o penúltimo mês do ano com uma festa em honra dos que passaram pela vida “fazendo o bem”. No dia 1 de novembro celebramos a Solenidade de Todos os Santos, com origens no séc. IV e que, depois de várias datas, foi fixada neste dia, no séc. IX.
A festa da santidade enaltece o testemunho responsável e livre. Por isso, lembrar os santos não é apenas recordar exemplos de vida, mas também comprometer-se com uma resposta ao chamamento divino. A santidade é para todos e está ao alcance de todos.
Um teólogo católico do século passado falou de “cristãos anónimos” para referir todos os homens e mulheres de boa vontade que, não tendo tido acesso à revelação de Jesus Cristo, vivem a sua vida de acordo com os princípios evangélicos. A intuição valeu-lhe muitas críticas, mas serviu também para alargar horizontes.
Na festa da santidade, poderíamos também falar dos “santos anónimos”, aqueles de quem não sabemos o nome, que nada escreveram e que jazem em campa rasa, mas que neste dia honramos e que, na comunhão dos santos, nos acompanham:
- os que se fizeram próximos de todos;
- os pais que, com maior ou menor dificuldade, se empenharam na defesa e promoção da vida;
- os fiéis leigos que, vencendo o comodismo, se esforçaram na transmissão da fé e na edificação das comunidades;
- os ministros ordenados que se doaram ao povo que lhes foi confiado;
- crianças, jovens e adultos a quem a doença abreviou a vida e que, sem culparem Deus, permaneceram fiéis;
- as vítimas da intolerância, do egoísmo, da exploração e da indiferença que viveram sem sorrisos e sem liberdade…
Porque a santidade não é resultado de um processo canónico, mas fruto de uma vida singular.
in Voz de Lamego, ano 86/48, n.º 4384, 25 de outubro de 2016
JUBILEU DA MISERICÓRDIA | PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE
No ensinamento social da Igreja, que aqui apresentamos muito brevemente, encontramos também o princípio da subsidiariedade.
Ao contrário do que se poderia pensar ao ouvir tal palavra, não se trata de cultivar uma “cultura do subsídio” ou de manter uma prática assistencialista que desresponsabiliza. A ideia de subsídio anda por lá, mas para sublinhar uma “atitude de ajuda”, de apoio e promoção de instâncias menores, de modo a que estas possam cumprir a sua parte ou o que lhes compete, concretizando uma certa corresponsabilização.
O princípio da subsidiariedade é necessário para promover a dignidade e os direitos da pessoa e construir uma sociedade solidária e pluralista, onde a família e as comunidades particulares (grupos, associações, instituições) sejam valorizadas pelas comunidades mais amplas (a região, o Estado).
Na Encíclica “Quadragesimo anno”, já o Papa Pio XI escrevera: “Como é ilícito impedir que cada pessoa realize o que deve fazer por suas próprias forças e tirar-lhe a iniciativa pessoal para entregá-las à comunidade, assim também é injusto confiar a uma sociedade maior e mais desenvolvida o que pode ser feito pela comunidade mais pequena e menos desenvolvida” (n.º 72). A autêntica subsidiariedade afasta-se tanto do individualismo como do colectivismo; valoriza a família e as comunidades particulares, em que as pessoas se envolvem mais de perto.
Tal como ensina o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, “o princípio da subsidiariedade protege as pessoas dos abusos das instâncias sociais superiores e chama estas últimas a ajudar os indivíduos e os corpos intermédios a desempenhar as próprias funções. Este princípio impõe-se porque cada pessoa, família e corpo intermédio tem algo de original para oferecer à comunidade” (n.º 187).
Assim, a concretização deste princípio permite afastar algumas situações que, de vez em quando, são apresentadas como obstáculo ao desenvolvimento local e à iniciativa privada: centralização, burocratização, assistencialismo, presença injustificada e excessiva do Estado e do aparato público. Quem é que nunca ouviu (ou experimentou) queixas contra a morosidade ou excessiva burocracia para resolver algo? E quantas vezes o centralismo das decisões e aprovações adia soluções? E quantas iniciativas demonstram que, numa escala mais próxima e reduzida, se prestam melhores serviços e se encontram soluções adequadas? Apetece dizer que, em muitas situações, o grande incentivo por parte da administração pública poderia estar mais nos obstáculos a remover do que nos subsídios a conceder!
A concretização deste princípio exige o reconhecimento da pessoa e das famílias, mas também a valorização das associações / organizações e incentivos que promovam o serviço ao bem comum, a articulação pluralista ou a descentralização burocrática e administrativa.
Como facilmente se constata, este princípio exige e valoriza a participação dos indivíduos, associações, grupos, família… A tal sociedade civil de que se ouve falar muito em certas ocasiões!
Por outro lado, a participação na vida comunitária é uma aspiração do cidadão e um pilar da democracia.
JD, in Voz de Lamego, ano 86/47, n.º 4383, 18 de outubro de 2016