Arquivo
CAMINHADA QUARESMA-PÁSCOA | PENTECOSTES
Cumprem-se agora as promessas feitas por Jesus Cristo aos seus discípulos. A promessa de que não os deixaria órfãos; a promessa de os acompanhar na sua missão; a promessa de ficar com eles até ao fim dos tempos; a promessa de lhes enviar o Paráclito.
Na chegada ao meio dos discípulos deixo-lhes o que eles mais precisavam, dizendo-lhes A paz esteja convosco! Depois fez descer sobre eles o Espírito Santo.
É de paz que todos nós precisamos, e que o Espírito Santo nunca deixe de atuar em nós como outrora nos discípulos. Por isso, no último dia do tempo pascal e no termo da nossa caminhada da Páscoa, vamos colocar na Cruz florida da ressurreição os frutos do Espírito Santo, que queremos cultivar no nosso coração e fazer frutificar na relação com os nossos irmãos.
Domingo de Pentecostes |
|
Preparação: | – Construir pequenas línguas de fogo, escrever nelas os frutos do Espirito Santo, para serem penduradas na cruz. |
Momentos da Eucaristia: | – Ato penitencial;
– Glória; – Ofertório; – Paz; – Ação de graças. |
Gesto: |
– Em cada um destes momentos, pessoas diferentes (2 em cada um dos momentos), vão colocar na Cruz, alguns frutos do Espírito Santo (Gal 5, 22), desenhados em cartolina, em forma de línguas de fogo. |
Pe. Diamantino Alvaíde, in Voz de Lamego, ano 87/29, n.º 4414, 30 de maio de 2017
COMUNHÃO E SERVIÇO | Editorial Voz de Lamego | 30 de maio
Pe. Joaquim Dionísio, Diretor da Voz de Lamego, no editorial desta semana convida-nos a olhar para o próximo ano pastoral acolhendo as vivências do ano pastoral ainda em curso mas que se encaminha para o final. O desafio, para lá de todas as iniciativas, é “verdadeiro espírito de comunhão no serviço da missão e do Evangelho”.
COMUNHÃO E SERVIÇO
O ano pastoral caminha para o fim e já se começa a olhar para o próximo, assumindo o desejo de preparar atempadamente uma nova etapa e de agrupar iniciativas e propostas diversas em torno de um tema comum.
Numa altura em que as festas, os convívios, os passeios e as férias marcam o ritmo das famílias, das comunidades paroquiais, dos grupos e movimentos, não será de excluir a oportunidade para se reflectir, a sós e em grupo, sobre o caminho percorrido e as vivências conseguidas. Sempre com vontade de perceber, sem saudosismo ou euforias, a situação em que se está e sem perder de vista o Senhor que convoca e provoca para diante.
Tais momentos proporcionarão a escuta do Espírito, o diálogo e a partilha de ideias e visões assentes em diferentes sensibilidades, bem como a possibilidade para se sublinharem forças e fraquezas da vida comunitária. Porque a Igreja é um corpo com muitos membros, um “nós” que estará sempre acima de um qualquer “eu”, por mais lúcido, culto ou santo que seja.
Ao olharmos para as realidades que dão corpo à nossa diocese, não podemos deixar de sublinhar o dinamismo das suas comunidades, uma riqueza para a Igreja, apesar do envelhecimento dos protagonistas e do esvaziamento dos lugares. A generosidade e a fé que animam o compromisso de tantos baptizados mais empenhados revelam a vontade de servir a missão.
Mas encontramos também desafios. Por exemplo, o individualismo que se tornou norma na sociedade, onde a emergência de expectativas e de reivindicações pessoais originam situações e dificuldades, sobretudo aos párocos.
Ainda dentro desta linha, enquanto diocese, talvez o grande desafio seja o de passar da adição de iniciativas e de expectativas para um verdadeiro espírito de comunhão no serviço da missão e do Evangelho. Como conseguir?
in Voz de Lamego, ano 87/29, n.º 4414, 30 de maio de 2017
Dia Mundial das Comunicações Sociais: Esperança e confiança
“Num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção, e, por conseguinte, não é uma notícia, onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero”
Na mensagem publicada para este dia, “Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo”, o Papa Francisco desafiou os media e os jornalistas de todo o mundo a passar de uma lógica de “notícias más” para uma da “boa notícia”, rejeitando o sensacionalismo e a exploração dos dramas humanos.
“Creio que há necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e travar a espiral do medo, resultante do hábito de fixar a atenção nas ‘notícias más’ (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de falhanço nas vicissitudes humanas)”, referiu, na mensagem para o 51.º Dia Mundial das Comunicações Sociais.
O Papa sublinha que, graças ao progresso tecnológico, o acesso aos meios de comunicação possibilita a muitas pessoas ter conhecimento “quase instantâneo” das notícias, divulgando-as de várias maneiras. “Estas notícias podem ser boas ou más, verdadeiras ou falsas”, observa.
Francisco pede, por isso, que todos se empenhem na promoção de uma “comunicação construtiva” que rejeite os preconceitos e promova uma “cultura do encontro”.
“Num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção, e, por conseguinte, não é uma notícia, onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espectáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero”, alertou. Ler mais…
SEMANA MISSIONÁRIA | “Com Maria IDE por todo o mundo”
Durante quatro dias (18 a 21 de maio) as comunidades de Moimenta, Fornelos e Travanca (Cinfães) diocese de Lamego, acolheram e viveram a chamada semana missionária, dinamizada pelos padres Fabrício Pinheiro, pároco das comunidades e delegado diocesano para as Obras Pontifícias Missionárias, Francisco Costa, o Dehoniano, João Batista, Consolata, Joaquim Pinho, Boa Nova; e pelas Irmãs Zélia Esteves, Reparadora do Coração Jesus, Isabel, da Boa Nova, Aurora e Arlete, Combonianas. Os missionários, pertencentes a vários Institutos Religiosos Missionários Ad Gentes (missões fora do país), estão congregados numa associação chamada ANIMAG, que significa Animadores Missionários Ad Gentes e cujos objetivos são: partilhar o entusiasmo do seu «sim» a Jesus Cristo; partilhar a sua vocação e experiencias missionárias, animar a fé dos crentes; propor a todas as «periferias» existências e geográficas a Boa Nova da Redenção.
Foram quatro dias intensos e de partilhas de fé extraordinários. Unidos ao pároco e à diocese de Lamego, a equipa propôs-se rezar e celebrar a Eucaristia com as comunidades; visitar os doentes; partilhar experiências missionárias feitas no Brasil, Sudão, Moçambique e Angola; participar da atividade diocesana da Jornada da Juventude em Nespereira; encontrar-se com os alunos da escola de Travanca e com as catequeses da infância e da juventude de todas as comunidades. Foi uma bela experiência de fé e de Igreja! “Vale a pena ser cristão” ouvia-se de vez em quando. Foram bem patentes o acolhimento e a alegria das pessoas, a sede de Deus e o desejo de ser cada vez mais membro ativo da Igreja e o desejo de colaborar com a obra de Deus nos espaços que habitamos e na união com os que partem para as fronteiras da missão.
Cabe aqui uma palavra de gratidão ao Padre Fabrício que desde a primeira hora acolheu e acarinhou a proposta missionária e nos apoiou em tudo o que foi necessário. Um obrigado de todo o coração às comunidades de Moimenta, Fornelos e Travanca pela alegria, coração aberto e ternura com que nos acolheram e pela experiência de fé que a todos enriqueceu. Obrigado também à Irmandade do Senhor dos Enfermos que na pessoa do pároco e da professora Cristina nos concederam guarida e a delicadeza atenta para que não nos faltasse nada. Bem hajam!
Que a chama do Amor de Deus continue a brilhar nas vossas comunidades e ilumine todos os recantos da vida quotidiana. Obrigado|
Pelo Animag
Pe Francisco Costa, scj e Presidente Nacional
Dos Animadores Missionários Ad Gentes
in Voz de Lamego, ano 87/28, n.º 4413, 23 de maio de 2017
Primeira Comunhão na Comunidade de Almacave
Decorreu no dia 21 de Maio, no Auditório do Centro Paroquial de Almacave, a celebração da Festa da Eucaristia, de 51 crianças da Paróquia.
No seu percurso catequético contam já com 3 anos de caminhada de descoberta da beleza da Fé Cristã, que desta vez as levou até aos sacramentos da Penitência e da Eucaristia, no que têm sido acompanhadas pelas suas famílias que, como sempre, se fazem presentes em grande número nestes dias.
Tornam-se pequenos os espaços de celebração nestas ocasiões, nomeadamente pela participação cada vez mais acentuada de elementos do Coro de Pais e Filhos de Almacave, que cresce a olhos vistos e sempre participam com afeto e muita motivação na animação litúrgica, pela direção musical do Prof. Paulo Silva e, que vem embelezando cada vez mais os momentos celebrativos.
Foram vários os pais e familiares que se disponibilizaram a apoiar nos preparativos da cerimónia o que faz assim a demonstração do espirito de comunidade que se vive.
Espera-se agora que não haja desistências neste caminhar até ao Crisma, pois apenas pelo reforçar da Educação Cristã podermos ter crianças e jovens imbuídos de uma fé convicta e esclarecida, no cumprimento da Tradição da Igreja.
A catequese passa assim ao seu período de encerramento que terá o seu ponto de convívio já no próximo sábado, dia 27 de Maio no Parque Isidoro Guedes, onde a animação e a diversão sempre se fazem presentes nestas situações.
Isolina Guerra
in Voz de Lamego, ano 87/28, n.º 4413, 23 de maio de 2017
Jornada Diocesana da Juventude | Ressonância
E finalmente, depois de tanto tempo de espera, chega o tal dia aguardado. Sim, estou mesmo a falar da jornada diocesana da juventude de 2017, uma jornada cheia de sorrisos, de boa disposição e claro sempre na melhor companhia.
Este dia começa por volta das 8 horas da manhã, onde esperava o autocarro que iria levar o grupo de jovens da sé até Nespereira-Cinfães. Como sempre, nem sequer o cansaço de uma árdua semana de trabalho conseguiu atrapalhar a boa disposição deste fantástico grupo.
Começou aí o início de uma grande aventura. Ao chegar ao recinto do encontro fomos logo acolhidos pela incrível organização, que fez um excelente trabalho, e iniciámos assim uma longa caminhada.
A nossa caminhada foi em busca de uma palavra. Ou seja, ao longo do caminho fizemos várias dinâmicas e assistimos a algumas encenações, e no fim de cada atividade foi entregue a cada um de nós uma letra que formaria a palavra “sim”, sendo que o objetivo da jornada era poder dizer sim como Maria.
Acabamos ainda por assistir a alguns workshops nos quais pudemos aprender como rezar o terço, e ainda como nos confessar. Depois assistimos à celebração de uma missa à qual contou com a participação de vários jovens das varias paróquias.
Como na vida não é só orar, tivemos a nossa pausa de almoço, que para mim serviu ainda para reencontrar amigos de outras paróquias. Seguiu-se um concerto feito pela diocese de Aveiro, que conseguiu animar todos os jovens que se encontravam derrotados pelo cansaço. Digamos que foi um dia bastante cansativo. Seguiu-se por fim a oração de envio na qual foi anunciada a paróquia que organizará a jornada do próximo ano. E qual será?
É isso mesmo, para o ano Lamego organizará a jornada. Bom no meio de tanta alegria chega por fim a hora do envio e regressámos todos a Lamego com o sentido de responsabilidade de que para o ano seremos nós a organizar a tão esperada jornada.
Por fim, e não desfazendo outras paróquias, quero apenas agradecer ao grupo de jovens da sé por me conseguir sempre surpreender ao longo do ano. Obrigado a esta grande família.
Júlia Rocha, in Voz de Lamego, ano 87/28, n.º 4413, 23 de maio de 2017
CAMINHADA QUARESMA-PÁSCOA | ASCENSÃO DO SENHOR
O monte é continuamente o lugar do encontro e das revelações. Era lá que Moisés se dirigia para ter os seus mais importantes contactos com Deus e d’Ele receber as mais preciosas indicações para a condução do povo à Terra Prometida.
Jesus Cristo continuamente sobre ao monte para orar, para estar a sós com Pai, para intimamente se encontrar Consigo próprio. É no cimo do monte que também que acontecem as maiores revelações, desde o Tabor ao Calvário.
Agora volta ao monte pela última vez. Pede aos discípulos que vão lá ter. E depois de lhes deixar o maior de todos os mandatos missionários: “Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, elevou-se ao Céu, prometendo continuar com eles, e connosco, até ao fim dos tempos.
Domingo da Ascensão |
|
Preparação: |
– Arranjar velas de copo, pequenas e baratas, para serem distribuídas; |
Momentos da Eucaristia: |
– Antes da missa e
– Após a homilia |
Gesto: |
– Á entrada da igreja distribuir pelas pessoas uma vela pequena, – Depois da homilia acender as velas e fazer a renovação das promessas batismais. No final colocar na cruz a flor com a palavra: IDE. |
Pe. Diamantino Alvaíde, in Voz de Lamego, ano 87/28, n.º 4413, 23 de maio de 2017
COMUNICAR e PARTILHAR | Editorial Voz de Lamego | 23 de maio
COMUNICAR e PARTILHAR
No próximo domingo celebramos a Ascensão do Senhor, data proposta pela Igreja para assinalar mais um Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social, para o qual o Papa Francisco escreveu a mensagem “Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo”.
Em virtude do progresso tecnológico, a sociedade lança o individuo numa rede de comunicação alargada e exigente que lhe permite relacionar-se, dizer-se e informar-se, determinando a qualidade das relações humanas, já que comunicar é, também, partilhar.
E é sobre a partilha que se faz das notícias que surgem que a mensagem papal trata, alertando para a superficialidade e negatividade que tendem em impor-se quando se deixa de lado a exigência de uma comunicação sadia que, sem cair no optimismo ingénuo, não esconde o mal nem perde a oportunidade de promover o bem.
Daí o apelo papal aos que usam a comunicação social para informar: é preciso quebrar o “círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo” e não ficar apenas no drama e no sofrimento. Numa abordagem “propositiva e responsável” e num estilo comunicador aberto e criativo.
O cristão deve ler a realidade à luz do Evangelho, a Boa Notícia que traz e oferece um sentido à vida, que recorda a cada um o quanto é amado e como todos se podem realizar através do bem que podem fazer na passagem pelo mundo.
A esperança e a confiança, tão arredados de certos ambientes, são realidades que urge assumir e divulgar. Ao seu lado, há protagonistas e factos que não merecem tanta atenção e assuntos tão pouco relevantes e efémeros que não deveriam propagar-se, apesar da curiosidade e atracção que despertam.
A jornada que se anuncia pode ajudar-nos a fixar critérios e opções sobre o que lemos e ouvimos, o que partilhamos e ajudamos a difundir, os meios que utilizamos e os assuntos que tratamos. E, já agora, a maneira como nos expomos.
in Voz de Lamego, ano 87/28, n.º 4413, 23 de maio de 2017
Peregrinação do Arciprestado de Lamego aos Remédios: 28 de maio
Este ano, a peregrinação enquadra-se no Centenário das aparições de Fátima.
Começa na Sé Catedral às 16h e seguirá o percurso habitual até ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.
O exemplo de um peregrino, como o papa Francisco, estará subjacente como estímulo e inspiração, nesta manifestação de devoção mariana dos fiéis do Arciprestado de Lamego.
Na capelinha das Aparições, no dia 12 de Maio, interpelou todos os peregrinos com uma provocação. “Que Mãe vamos visitar? A Bendita por ter acreditado ou a “Santinha” a quem se recorre para obter favores a baixo preço?
Certamente que o nosso Arciprestado vai expressar a sua fé n’Aquela que acreditou. Desde a procissão, aos cânticos, à liturgia, à recitação do Rosário e à participação na Eucaristia no recinto do Santuário, tudo será um meio ao nosso alcance, para honrarmos a nossa Mãe do Céu.
Maria não esquece os seus filhos que caminham como Ela outrora na peregrinação da fé; pelo contrário, como dizia Paulo VI no cinquentenário das aparições, em 1967: “Contemplando-os em Deus e conhecendo bem as suas necessidades… deles (seus filhos) se constitui Advogada, Auxiliadora, Amparo e Medianeira”.
Ela nos convoca. “Temos uma Mãe Admirável”. É a Senhora do SIM.
P. Joaquim de Assunção Ferreira (Arcipreste de Lamego),
in Voz de Lamego, ano 87/27, n.º 4412, 16 de maio de 2017
Papa Francisco entre nós
Os portugueses rejubilaram com a presença, as palavras e os gestos do Papa Francisco e, certamente, que o Sumo Pontífice se sentiu bem entre nós e não se arrependeu de ter vivido um dia do seu pontificado em terras lusas, à sombra de Nossa Senhora de Fátima e na companhia de milhares e milhares de peregrinos.
O povo crente acorreu, indiferente ao frio e à chuva, à falta de espaços para pernoitar ou às possíveis ameaças terroristas e encheu o Santuário, as ruas de Fátima e os acessos àquela cidade. A Mãe contemplou o amor dos filhos devotos, o mundo testemunhou o fervor das multidões e o Papa sentiu-se em casa.
Depois da breve oração e do silêncio que se seguiram à sua chegada ao Santuário, o Papa regressou para a recitação do Terço, antes da procissão de velas, e proferiu uma alocução onde convidava os crentes a bem situarem o lugar de Maria na Igreja e na vida do crente. Apontando para o único Senhor, Maria deve ser vista como Mãe solícita que leva a Jesus Cristo, como modelo de fé que mantém viva a esperança, como exemplo de discípula que assume a missão e se compromete com a humanidade. Maria é a Mãe que não cessa de convidar para a oração e de apelar à conversão, ao mesmo tempo que convoca todos para caminhos de paz e para o seguimento do Filho.
JD, in Voz de Lamego, ano 87/27, n.º 4412, 16 de maio de 2017