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Via Sacra na Senhora da Guia de Ferreirim
Tarde de domingo de Ramos e o povo de Ferreirim, tal como em anos anteriores, juntou–se e fez a celebração da Via Sacra no recinto de Nossa Senhora da Guia de longe ou dos arciprestes como é conhecida na região de Lamego.
Pelas 15.30 h do dia 25 de março de 2018, todos os caminhos da freguesia iam ter à Srª da Guia. A pé, de carro ou de outro qualquer meio de transporte, as gentes de Ferreirim e arredores marcaram presença naquele recinto sagrado.
Os atores lá se iam vestindo à época, na casa do peregrino, para às 16 h fazerem a representação das 14 estações, pelas quais Cristo passou, até chegar ao monte Calvário.
Cenário preparado, tudo a postes e o Sr. Padre Leal dá início à via-sacra às 16 h.
Todos sem exceção, atores e público “viveram” esta representação. O silêncio instalou-se e todos foram participantes e participativos nesta tarde na Srª da Guia na vivência desta encenação.
Este ano e dada a falta de figurantes que ano após ano se tem verificado, o Sr. padre alterou a representação e pessoalmente penso que todos saíram a lucrar.
Em anos anteriores não era audível a maioria das falas dos intervenientes e daí não “prender” o público que não conseguia compreender o que se estava a passar, muito embora soubessem que se tratava do caminho que Cristo seguiu até ao Calvário. Este ano ouvia-se perfeitamente tudo o que foi dito se ouviu, a mensagem passou e…o povo gostou.
Parabéns a todos os que de uma ou outra forma contribuíram para que esta encenação fosse representada no recinto da Srª da Guia.
Quando o povo de Ferreirim se une, sempre saem coisas bonitas.
Para o ano se Deus quiser, voltaremos a juntar-nos e mais uma vez havemos de representar o que Jesus sofreu para nossa remissão.
Zé Almeida, in Voz de Lamego, ano 88/17, n.º 4454, 27 de março de 2018
Via Sacra – Pendilhe 2017
A via-sacra, ou via crúcis (do latim Via Crucis, “caminho da cruz”) é o trajeto que Jesus seguiu, carregando a cruz, desde o Pretório ao Calvário. É um exercício muito usual no tempo da Quaresma que teve origem nas Cruzadas, quando os fiéis de então percorriam, na Terra Santa, a Via Dolorosa – rua pela qual se pensa ter passado Jesus carregando o madeiro. Os cristãos, querendo reproduzir, no Ocidente, a peregrinação feita em Jerusalém, começaram a definir estações ou passos em que poderiam meditar e que assinalavam os pontos marcantes da Paixão de Cristo, chegando eventualmente à estrutura que conhecemos atualmente, de catorze estações.
Na paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Pendilhe, a via-sacra é uma tradição bastante enraizada na vivência anual da Quaresma. Assim, no passado dia 14 de abril, Sexta-Feira Santa, o Grupo Cultural Católico Pendilhense organizou a via-crúcis das celebrações da Semana Santa da aldeia de Pendilhe. Com o tema “Doa a tua vida como Maria aos pés da cruz”, os fiéis da comunidade paroquial puderam seguir, refletir e meditar os passos da Paixão. Assim, nesta caminhada que se estende por cerca de 5km e cujas etapas são assinaladas por cruzes de pedra (antigamente cruzes temporárias de madeira repostas a cada ano), os presentes tiveram a oportunidade de viver mais intensamente o tempo de Quaresma, preparando, assim, o dia de Páscoa.
Esta foi, também, uma das primeiras iniciativas em que o GCCP tomou parte. Este grupo cultural de inspiração católica conta com uma história que remonta a mais de 30 anos, promovendo e tomando parte, desde a sua origem, de diversos eventos, atividades e iniciativas na aldeia de Pendilhe. No entanto, nos últimos anos esteve inativo. Assim, esta via-sacra assinalou, também, um dos primeiros “marcos” de um novo período da história do GCCP, como grupo que procura uma participação ativa na vida da paróquia e da aldeia em geral.
Ilídio M. C. Ferreira
in Voz de Lamego, ano 87/24, n.º 4409, 25 de abril de 2017
Via Sacra na Paróquia de Fornelos, de Cinfães
A Via Sacra é, por definição, uma oração que tem como objectivo meditar na paixão, morte e ressurreição de Cristo. É relembrar o caminho da dor e do sofrimento de Jesus, no percurso de sua Divina missão Redentora, quando demonstrou uma profunda obediência ao Pai eterno e um infinito Amor à humanidade de todas as gerações. É o reviver dos últimos momentos da sua vida na Terra.
Foi nesta linha que no passado dia 12 de Março, na Igreja Paroquial de Fornelos, o grupo de teatro amador “Mant’Art” constituído por pessoas da comunidade paroquial, nomeadamente, pais e catequizandos, levaram a cabo uma encenação teatral que teve como principal objectivo compreender melhor a pessoa de Jesus e o amor que teve por nós ao ponto de ter sido crucificado, sofrendo muito, para que aprendêssemos verdadeiramente o que é amar.
A encenação, que foi realizada com grande rigor e seriedade, mexeu com as emoções de toda a comunidade que, em grande número, assistia, levando muitas pessoas “às lágrimas”, fazendo, assim, com que revivessem na mente e no coração a grandeza do Amor de Deus.
Cumpriu-se portanto o objectivo principal da actividade que era recordar o percurso doloroso de Jesus desde a sua condenação até à sua morte e ressurreição, levando toda a comunidade a fazer uma introspecção relembrando que durante a vida devemos retirar dos nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem ao nosso amor a Deus e aos irmãos.
Assim, a cruz de Cristo simboliza o amor e ensina a olhar para o outro com misericórdia, sobretudo para quem sofre, quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto. A Cruz convida a que sejamos capazes de sair de nós mesmos para ir ao encontro de quem mais precisa.
Foi então desta forma que a Comunidade Paroquial de Fornelos abriu as portas à semana santa que se aproxima, uma semana de particular intensidade e importância para os seus cristãos, assim como, para os cristãos do mundo inteiro.
Paróquia de Fornelos, Cinfães
Pelo Grupo de Teatro “Mant’Art”, in Voz de Lamego, ano 86/18, n.º 4355, 22 de março de 2016
Dia Mundial da Juventude em Lamego | NADA TE TURBE
No passado dia 29 de março, realizou-se o Dia Mundial da Juventude.
Lema desta jornada, em Lamego: “NADA TE TURBE”.
Contou com a participação de algumas paróquias da nossa diocese.
Ao longo da tarde foram realizadas algumas atividades, propostas e coordenadas pelo SDPJ de Lamego.
Dentro dessa mesmas atividades, destaco a prova de confiança, que consistia em ter olhos vendados e ser guiados por um colega de outra paróquia que nos não conhecíamos. Esta atividade realizou-se ao longo do largo e até ao início do escadório dos Remédios.
Chegados ao escadório, leitura do Evangelho que narra o Lava-pés. Nova atividade: lavar os pés uns aos outros, como Jesus fez aos seus discípulos. Não foi muito fácil, talvez pela vergonha ou falta de confiança nos outros.
De seguida, a Via-Sacra, na qual relembramos o sofrimento de Jesus nos últimos dias da sua vida, que, sendo o Rei dos Reis, o filho de Deus, quis demonstrar-nos que também era homem semelhante. E, por outro lado, mostra o quanto Deus Pai nos ama ao entregar-nos Jesus, cuja o oferenda o leva à morte e morte de cruz.
Durante as 14 estações, fomos carregando uma pequena cruz (simbólica). Pelo percurso, algumas propostas: escrever palavras relacionadas com amor, escrever num papel os nossos defeitos…
No final a celebração da Eucaristia, memorial de entrega de Jesus por nós, que se torna presente no Seu Corpo e Sangue. A Eucaristia foi presidida pelo senhor pró Vigário, Pe. João Carlos, que nos tocou muito com as suas breves palavras, durante a homilia.
No início da noite, o jantar, depois do qual ainda tempo para a oração inspirada em Taizé, oração com cânticos em várias línguas para louvar e bendizer o Senhor.
Um dia diferente com Jesus. Como diz Papa Francisco, um cristão deve ser alegre e deve transmitir essa mesma alegria aos outros e não podemos ser cristãos de pastelaria, devemos demonstrar a nossa fé apesar da nossa cruz ser mais ou menos pesada…
Filipe Sequeira, Grupo de Jovens de Valdigem
Este encontro foi um sucesso, onde participaram vários grupos de jovens, foi uma tarde cheia de boa disposição, com louvor, música e atividades. Foi realmente uma tarde abençoada, onde foi notória a presença do Espírito Santo e a união entre nós.
Não é por acaso que a Primavera acolhe, cada ano, a notícia da Ressurreição. Também o nosso coração se deve vestir com a mesma vitalidade e as mesmas cores, para podermos testemunhar a esperança e o amor àqueles que sofrem ao nosso lado.
Vivamos a Primavera da Ressurreição!
Marcos Rebelo
in Voz de Lamego, n.º 4308, ano 85/21, de 7 de abril de 2015
Via Sacra no Mosteiro das Irmãs Dominicanas em Lamego
No tempo quaresmal a Via Sacra é um dos exercícios de piedade mais aperciado pelos cristãos. “Entre os actos de piedade com que os fiéis veneram a Paixão do Senhor poucos são tão amados como a Via-Sacra. Através deste exercício de piedade, os fiéis repercorrem com afecto participante o último trajecto da cominhada percorrida por Jesus durante a sua vida terrena: desde o Monte das Oliveiras, onde numa propriedade chamada Getsémani, o Senhor ficou cheio de angústia, até ao Monte Calvário, onde foi crucificado entre dois malfeitores, ao jardim onde foi deposto num sepulcro novo, escavado na rocha” (Diretório sobre a piedade popular e Liturgia, n.133).
Desta forma, no passado dia treze realizou-se a Via Sacra no Mosteiro das Irmãs Dominicanas em Lamego, juntamente com a Irmandade Militar da Senhora da Conceição e o Seminário Maior de Lamego. Foi um momento de encontro e oração como já tem sido habitual. Fazer Via Sacra é recordar o caminho do Amor, é estar junto da cruz como o fez Maria, Mãe de Jesus.
Joel Valente, SML, in Voz de Lamego, n.º 4305, ano 85/18, de 17 de março de 2015