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Editorial VL: Permanecer junto de Jesus para O testemunhar
Hoje é connosco, permanecer junto a Jesus, escutá-l’O, apreender a Sua mensagem e captá-la para o nosso tempo e para as circunstâncias atuais. Só poderemos partir para O testemunhar, para O transparecer, para anunciar a Sua Palavra, se permanecermos ligados, sintonizados, identificados com Ele. Quando mais próximos, mais aptos a IR e anunciar a Boa Nova a toda a criatura. Nisto consiste precisamente o sermos discípulos missionários. Não é possível separar as águas. Só os discípulos são missionários. Só sendo missionários permanecemos como discípulos.
Olhemos então para Jesus: nas palavras como na vida, apresenta-Se dócil, próximo, a favor dos mais desfavorecidos e da integração de todos no Reino de Deus, repudiando as injustiças, a sobranceria, as invejas e os ódios, promovendo o serviço, o amor e o perdão, contando connosco, comigo e contigo. Cada pessoa conta. Cada um de nós é assumido como irmão, filho bem-amado do Pai. Jesus não vem para derrubar o bem que existe, mas para desfazer os muros da incompreensão, do egoísmo, da intolerância, da violência, e contruir pontes, laços de entreajuda, de comunhão e de fraternidade.
Só O podemos anunciar se estivermos unidos a Ele como os ramos estão unidos à videira.
Dentro da Semana dos Seminários, a temática – Formar discípulos missionários –, como expectável, sincroniza-os com o Ano Missionário, vivido em Portugal, mas também com a dinâmica diocesana expressa no lema pastoral “Igreja de Lamego, chamada e enviada em missão”.
A mensagem do nosso Bispo, D. António Couto, por um lado, e a do João Miguel, por outro, ajudam-nos a refletir num compromisso pessoal, familiar e comunitário.
Já ouvimos, por certo, falar muitas vezes em “discípulos missionários”. É uma expressão muito querida ao Papa Francisco, pois foi na América Latina que começou a ser usada (com insistência). No Documento Final de Aparecida, cujo relator principal foi precisamente o Cardeal Jorge Mario Bergoglio (futuro Papa Francisco) a expressão é consagrada em definitivo. A mensagem inicial do Papa Bento XVI deixa claro que não é possível separar os discípulos dos missionários, nem na terminologia nem na vida. A perspetiva dos Bispos latino-americanos é que evangelizadores e evangelizados têm de coincidir. Todos os batizados são missionários. Mas também todos os missionários são discípulos. Não pode e não deve ser de outra maneira. Aqueles que são evangelizados tornam-se, a partir desse momento, evangelizadores. É a condição de todo o cristão, de todo o seguidor de Jesus.
Formar seminaristas, e cada cristão, é formar discípulos missionários. Seria errado pensar que um padre, quando é ordenado, deixa de ser discípulo. Não, também ele será sempre discípulo de Jesus e das pessoas a quem é enviado. Deixará de ser evangelizador, missionário, no momento em que se esquecer de ser discípulo, permanecendo perto de Jesus.
Pe. Manuel Gonçalves,
in Voz de Lamego, ano 88/48, n.º 4485, 13 de novembro de 2018
Animação Vocacional por terras de Armamar
No passado dia 12 de novembro, a comunidade do Seminário de Lamego foi em ação de promoção vocacional às paróquias do Sr. Pe. Leontino. Fomos até São Romão cujo padroeiro tem o mesmo nome, de seguida fomos até Tões, em que a padroeira é Santa Senhorinha, depois fomos até Queimada sendo padroeiros S. Pedro e S. Paulo e de onde é natural o Pedro, seminarista do 9ºano.
Na nossa eucaristia, o Tiago, seminarista do 12ºano, falou um pouco da sua ida para o Seminário e sobre o que era o Seminário. A irmã Claudina também enriqueceu a eucaristia com a sua história de vida.
De seguida, dirigimo-nos até ao lar de S. João Batista onde tivemos a oportunidade de conhecer o espaço e onde pudemos almoçar.
Agradecemos ao Sr. Pe. Leontino esta excelente oportunidade e esperamos regressar o mais brevemente possível.
Diogo Ferreira, 9.º ano,
in Voz de Lamego, ano 87/50, n.º 4436, 14 de novembro de 2017
Seminário Maior de Lamego: Casa de todos e para todos
Entre os dias 12 e 19 deste mês, decorre, a nível nacional, a Semana dos Seminários, motivando as nossas comunidades cristãs a rezarem e a interessarem-se por esta realidade diocesana, a quem o último Concílio chamou “coração da diocese”.
A nossa diocese mantém aberto o Seminário de Lamego e participa no projecto do Seminário interdiocesano de S. José, em Braga, juntamente com as dioceses vizinhas de Bragança, Guarda e Viseu. Ali vivem os seminaristas mais velhos, frequentando o curso teológico na Faculdade de Teologia da Universidade Católica.
No presente ano lectivo, frequentam o Seminário interdiocesano três seminaristas de Lamego. No Seminário de Lamego acolhemos e acompanhamos sete seminaristas: seis que transitaram de Resende (quatro no 9.º ano e dois no 12.º ano) e um finalista, que frequenta o Ano Pastoral (VI ano). A acompanhar estes seminaristas está uma equipa formadora com quatro sacerdotes: um Formador em Braga, o Reitor e um Formador em Lamego (com a paroquialidade de Britiande, entre outros trabalhos) e o Director Espiritual, pároco em diversas paróquias da zona pastoral de Sernancelhe.
Mas o edifício do Seminário de Lamego não acolhe apenas os seminaristas diocesanos. Cada vez mais se assume como centro de encontro e de formação para todos os diocesanos, mercê da localização, das dimensões e, cada vez mais, das condições que oferece. Os investimentos já feitos e aqueles que se projectam foram motivados, também, por esta nova realidade. Um esforço, de resto, já concretizado noutras dioceses que, antes de nós, se prepararam para dar uso aos espaços não ocupados pelos seminaristas.
Apesar da remodelação já efectuada no rés do chão, há necessidade de continuar a dotar o edifício de condições que lhe permitam continuar a acolher seminaristas e sacerdotes, mas também a dar resposta à procura que, até agora, era direccionada para a Casa de S. José. O objectivo é estar ao serviço de todos os diocesanos e ser uma casa aberta e cómoda que contribui para a vida e o ritmo da diocese. Sem deixar de cumprir a missão para que foi construído, o Seminário prepara-se para alargar tal missão, como casa viva que contribui para a vida cristã da diocese.
E porque é para todos, também de todos espera a ajuda indispensável para avançar. Foi assim para nascer, será assim para continuar.
Pe. Joaquim Dionísio
Reitor,
in Voz de Lamego, ano 87/50, n.º 4436, 14 de novembro de 2017
SERVIDORES DA FESTA | Editorial Voz de Lamego | 14 de novembro
SERVIDORES DA FESTA
Estamos a viver a Semana dos Seminários, este ano sob o lema “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
Conhecemos estas palavras do episódio bíblico das “bodas de Caná”. São proferidas por Maria, a Mãe de Jesus, e dirigidas aos serventes presentes na festa. Não sabemos os seus nomes, nem se todos foram diligentes a obedecer. A verdade é que, logo a seguir, a bebida chegou às mesas e surpreendeu pela qualidade. O vinho novo é obra do Senhor, mas foram os discretos serventes que o distribuíram aos convivas.
Os nossos padres também andam por aí, quais serventes, a esforçarem-se por estar junto de quem lhes foi confiado, a cumprir o que deles se espera, a obedecer ao Senhor que os chamou e enviou, a servir a humanidade… De vez em quando alguns são notícia, mas a grande maioria continuará anónima.
Apesar dos limites e tentações, dos muitos ou poucos talentos, em meios mais ou menos acolhedores e gratos, com sorrisos e também com lágrimas, a verdade é que os nossos sacerdotes contribuem decisivamente para o anúncio da Palavra, a celebração da Fé e o testemunho da Caridade.
Como os serventes de Caná, podem ser discretos e anónimos, mas contribuem para a festa e para a alegria dos convivas, distribuindo as graças de Deus.
E os Seminários alegram-se com isso, porque, de alguma maneira, foram decisivos para a existência destes humildes servidores, a quem acolheu quando jovens, a quem formou e preparou, a quem continua a acompanhar e por quem continuamente reza para serem os “serventes” a quem o Senhor Se confia e entrega para chegar à vida e à mesa de todos.
Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 87/50, n.º 4436, 14 de novembro de 2017
Mensagem de D. António Couto para a Semana dos Seminários 2017
- Acabados de sair da celebração do centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, mas sem perder de vista a figura tutelar de Maria, eis-nos já outra vez à entrada da Semana dos Seminários que, neste ano da graça de 2017, se celebra de 12 a 19 de novembro, e surge subordinada ao tema «Fazei o que Ele vos disser».
- Trata-se de um dizer de Mãe atenta, da Mãe de Jesus que, no decurso das bodas de Caná e numa situação de falta de vinho, que afetaria negativamente o andamento da festa, indica aos serventes (diákonoi), isto é, aos discípulos de ontem e de hoje, a quem devem estar atentos, para quem devem olhar, a quem devem escutar, que ordens devem cumprir. É claro que ela fala para os discípulos, mas aponta para Jesus, em quem devem pôr toda a atenção, porque é Ele que tem a solução para aquele problema e para todos os problemas.
- Estava lá a «Mãe de Jesus», a quem Jesus trata por «Mulher», para a vincular à Mulher da esperança, esposa de Deus e mãe dos filhos de Deus, que atravessa em contraluz a Escritura inteira. E estavam lá também «seis talhas», grandes e vazias, que representam o velho judaísmo e os seus rituais de purificação, tudo vazio, à espera do tempo novo da realização da esperança. Mãe e Mulher da esperança, talhas vazias, mas que, por ordem de Jesus, os serventes, os discípulos, encherão de esperança até ao cimo, até transbordar. É delas que, dando cumprimento às ordens novas de Jesus, jorrará o vinho novo e bom, até agora guardado para nós. Tempo novo e pleno do Amor de Deus, que manda agora servir o banquete de carnes suculentas e vinhos deliciosos, já anunciado em Isaías 25,6. É claro que o «chefe-se-mesa», que representa o velho e vazio judaísmo não podia compreender «de onde» vinha este vinho novo. Nem o noivo antigo. A quem se dirige. Só o sabem o Noivo novo, que é Jesus, e os seus discípulos ou serventes.
- Aí está então o banquete Novo, Bom e Último do Reino de Deus, com o Vinho Bom e Último, até agora guardado na esperança, e que é agora cuidadosamente servido. É sabido que a tradição judaica descrevia com muito vinho o tempo da vinda do Messias, referindo que, nesse tempo, cada videira teria mil ramos, cada ramo mil cachos, cada cacho mil bagos, cada bago daria 460 litros de vinho! Que saber e sabor é o nosso? Sabemos e saboreamos a Alegria do Banquete nupcial? Servimos para servir este Amor, esta Alegria? Não esqueçamos que é este o «terceiro Dia!» (João 2,1), que agrafa esta Alegria à Alegria nova da Ressurreição ao «terceiro Dia», «sinal» para a Glória e para a Fé (João 2,11). E os serventes são os discípulos, cuja missão é servir esta Alegria.
- É para preparar estes serventes ou discípulos que servem os nossos Seminários. E esta semana, de 12 a 19 de novembro, serve para voltarmos os nossos corações para os nossos Seminários, e para pedirmos ao nosso bom Deus, Senhor do banquete e do vinho novo da Alegria, e a Jesus, o Noivo novo, que faz jorrar o vinho novo e bom, e a Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, que olhem para os nossos seminaristas com particular desvelo, e os «arrastem com carinho» (cf. Jeremias 31,3; João 6,44) pela vida fora.
- Os nossos seminaristas frequentam, de momento, o Seminário de Lamego e o Seminário Interdiocesano de S. José, sediado em Braga, para possibilitar aos nossos Seminaristas poder frequentar a Faculdade de Teologia da Universidade Católica.
- Lembro ainda que estão a decorrer obras no nosso Seminário de Lamego, para podermos também transformar alguns dos seus espaços numa casa aberta e acolhedora, capaz de oferecer aos fiéis leigos da nossa Diocese mais e melhores tempos de formação, convívio e oração.
- Enquanto erguemos o nosso coração em oração até este Pai bom misericordioso, levando até ao coração de Deus os nossos seminaristas, peçamos-lhe também, com insistência, por intercessão de Maria, nossa Mãe sempre atenta, que «arraste» outros jovens para os nossos Seminários, para que amanhã não nos faltem os sacerdotes de que necessitamos para servir da melhor maneira o vinho nova da Alegria ao Povo de Deus da nossa Diocese de Lamego e da Igreja inteira.
- Peço, então, uma vez mais que, sendo generosos na oração, o sejamos também na dádiva de nós próprios, concretizada no ofertório de Domingo, dia 19, que será destinado, na sua inteireza, para as necessidades dos nossos Seminários que, neste tempo, servem, não apenas os seminaristas, mas também os fiéis leigos. Isto é, servem o Povo de Deus.
Que Deus nos abençoe e guarde em cada dia, e faça frutificar o labor dos nossos Seminários.
Lamego, 1 de novembro de 2017, Solenidade de Todos os Santos
+ António, vosso bispo e irmão
Notas sobre a Semana dos Seminários 2016
A semana que acabamos de viver, de 06 a 13 de novembro, foi toda ela dedicada aos seminários, com o tema «Movidos pela misericórdia de Deus».
O nosso bispo, D. António Couto, na sua mensagem para esta semana pede que rezemos com insistência não só pelos seminaristas da nossa diocese, mas também para que outros jovens possam vir a entrar nos nossos seminários. Bem sabemos que cada vez são menos os jovens que se querem entregar totalmente nas mãos de Deus, mas também sabemos que muitos são aqueles que ao longo de todo o ano rezam não só pelos seminaristas, mas por todos quantos vivem e colaboram nos seminários. Foi com este sentido de oração e também de gratidão que o Seminário Maior de Lamego decidiu “ir” a algumas paróquias da nossa diocese para viver esta semana com maior intensidade. Ler mais…
Vigília de Oração pelos Seminários – 12 de novembro em Arneirós
Neste Domingo teve início a Semana de Oração pelos Seminários. Este ano o tema é: MOVIDOS PELA MISERICÓRDIA DE DEUS. Desde já se convida para a oração individual ou comunitária em cada casa e em cada Paróquia pelos nossos Seminários e pelos nossos Seminaristas.
Outro convite que fazemos é para a Vigília de Oração que acontecerá dia 12 de Novembro pelas 21h na Igreja de Arneirós (Vila Nova de Souto D,El Rei). Além da presença e participação dos nossos Seminaristas dos dois Seminários (Maior de Lamego e Menor de Resende), estará connosco presidindo o Sr. D. António Couto, nosso Bispo. Desde já a todos o nosso obrigado pelo amor, pela dedicação e pela generosidade que têm para com os nossos Seminários.
in Voz de Lamego, ano 86/50, n.º 4386, 8 de novembro de 2016
Mensagem de D. António Couto para a Semana dos Seminários 2016
MOVIDOS PELA MISERICÓRDIA DE DEUS
Com o jubileu da misericórdia ainda sobre a mesa, e com a figura maternal de Maria já a entrar-nos em casa com a celebração do centenário das Aparições em Fátima, eis-nos outra vez à entrada da Semana das Vocações e dos Seminários, que neste ano da graça de 2016 acontece de 06 a 13 de novembro, subordinada ao tema «Movidos pela misericórdia de Deus»
A raiz, o tronco, os ramos, as folhas, as flores e os frutos da temática desta Semana assentam no chão da conhecida «parábola da misericórdia» de Lucas 15, 1-32, que põe em destaque a figura de um Pai que se desfaz em misericórdia, e que corre ao encontro dos seus filhos pecadores, abraça-os e beija-os, sem nos fazer nenhuma advertência, nenhuma condição, apenas perdão, não dito, mas em ação, pura misericórdia envolvente, ao ritmo da comoção instintiva das suas entranhas maternais, fazendo irromper dentro de nós um vulcão de amor, tudo para lá daquelas situações em que simplesmente nos vêm as lágrimas aos olhos.
É-nos pedido, então, neste Semana, que ergamos o nosso coração em oração até este Pai misericordioso, para que «arraste com carinho» (cf. Jeremias 31,3; João 6,44) os seminaristas que frequentam os nossos Seminários de Resende, Lamego e Interdiocesano de S. José, sediado em Braga, para possibilitar aos nossos Seminaristas frequentar a Faculdade de Teologia da Universidade Católica.
Enquanto erguemos o nosso coração em oração até este Pai misericordioso, levando até ao coração de Deus os nossos Seminaristas, peçamos-lhe também, com insistência que «arraste» outros jovens para os nossos Seminários, para que amanhã não nos faltem sacerdotes de que necessitamos para servir da melhor maneira o Povo de Deus da nossa Diocese de Lamego e da Igreja inteira.
Peço, então, uma vez mais que, sendo generosos na oração, o sejamos também na dádiva de nós próprios, concretizada no Ofertório de Domingo, dia 13, que será destinado, na sua inteireza, para as necessidades dos nossos Seminários.
Que Deus nos abençoe e guarde em cada dia, e faça frutificar o labor dos nossos Seminários.
Lamego, 1 de novembro de 2016, Solenidade de Todos os Santos
+ António, vosso bispo e irmão
SEMANA DOS SEMINÁRIOS | Editorial Voz de Lamego | 8 de novembro
Vivemos a Semana dos Seminários. O Diretor da Voz de Lamego, Pe. Joaquim Dionísio, escolheu esta temática para o Editorial da edição desta semana, onde se podem encontrar outros temas como, por exemplo, a Visita Pastoral de D. António à Paróquia do Touro, ou a Formação de Catequistas no Arciprestado de Lamego, ou o Conselho Diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima, ou a apresentação do Plano de Pastoral do triénio 2017/2020 na Paróquia de Santa Maria de Almacave.
Par abrir a leitura, o Editorial:
Estamos a viver, de 06 a 13 de novembro e a nível nacional, a Semana dos Seminários, sob o mote “Movidos pela Misericórdia de Deus”.
Assumindo o Jubileu em curso e destacando a importância da misericórdia no desenvolvimento das vocações, esta semana quer sublinhar os seminários como lugares onde os jovens aprendem “a misericórdia do Pai” para depois se poderem entregar “ao serviço dos outros”.
Na nossa diocese, apesar de contarem com muitos menos seminaristas, continuam abertos o Seminário Menor de Nossa Senhora de Lourdes, em Resende, e o Seminário Maior Jesus, Maria e Ana, em Lamego. Por questões académicas, Lamego é parte integrante, juntamente com Bragança, Guarda e Viseu, do Seminário Maior Interdiocesano de S. José, em Braga.
Como habitualmente, nesta semana apela-se à oração e à partilha, mas não pode descuidar-se o convite à participação na pastoral vocacional. Porque todos podem velar pelas vocações sacerdotais, não apenas rezando ou oferecendo dádivas, mas também pelo testemunho, pelo questionamento, pela escuta e pelo convite.
Ao escutarmos o testemunho vocacional dos sacerdotes, certamente os ouviremos referir pessoas e factos que os influenciaram no despertar da sua vocação e no assumir da sua decisão: familiares, sacerdotes de passagem, párocos, catequistas, vida de algum santo, professores, retiros, convívios, iniciativas pastorais, encontros de formação, etc. E vemos então como o Senhor da Messe se serve também de nós para se manifestar, convidar, provocar, acompanhar…
Se é verdade que o organograma diocesano refere responsáveis pela animação vocacional, a verdade é que esta sempre beneficiará da palavra, do testemunho e da proximidade de todos.
A crise de respostas não pode ser fruto da ausência de convites.
in Voz de Lamego, ano 86/50, n.º 4386, 8 de novembro de 2016
Semana dos Seminários: MOVIDOS PELA MISERICÓRDIA DE DEUS
“Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado”
Deus é misericórdia
Celebramos este ano a Semana dos Seminários durante o Jubileu da Misericórdia. Este facto ajuda-nos a compreender com mais clareza qual a origem de todas as vocações na Igreja, qual a fonte da vocação sacerdotal: Deus, rico de misericórdia.
As três parábolas do Evangelho de S. Lucas, no capítulo XV, da dracma perdida, da ovelha perdida e do filho perdido ou do filho pródigo, mostram-nos a alegria do reencontro do pai, rico de misericórdia, com aquilo que perdera. De um modo extraordinário vemos a alegria do pai que reencontra o filho perdido, caído na desgraça, que desceu às portas da morte. Tinha de fazer uma festa, pois o filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado. Ler mais…