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Editorial: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe» (Mt 2, 13)

É possível que esta edição da Voz de Lamego vos chegue às mãos já depois da solenidade da Imaculada Conceição. Ainda assim este é um acontecimento ímpar na vida da Igreja e do país! Em 1646, D. João IV coroou Nossa Senhora da Conceição como Padroeira e Rainha de Portugal. A partir dessa data, nem D. João IV nem qualquer outro rei usou a coroa. A coroa é pertença de Nossa Senhora! Portugal é terra de Santa Maria.
Por outro lado, conclui-se (ou concluiu-se) neste dia, 8 de dezembro, um ano especial dedicado a São José. Há 150 anos o Papa Pio IX declarava São José como Padroeiro da Igreja Católica e o Papa Francisco quis que durante um ano se refletisse sobre o esposo de Maria e Pai adotivo (e legal) de Jesus. Tal como cuidou de Maria e de Jesus, a certeza que São José cuida da Igreja e dos seus filhos. Relembra-nos o Papa: “Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade. São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação. A todos eles, dirijo uma palavra de reconhecimento e gratidão”.
Estas palavras do Papa são verdadeiramente encorajadoras, fazem-nos olhar para São José e para quantos, sem levantar ondas, se dedicam ao bem do seu semelhante, com alegria e generosidade. São José é como um anjo que Deus coloca na vida de Maria para cuidar d’Ela, para A proteger da maledicência e para A apoiar nas dificuldades que irá ter. Nos primeiros anos da vida de Jesus, José foi bênção, luz, guia, proteção, foi verdadeiramente Pai, esforçado, benevolente, silencioso e orante, predispondo-se a escutar os sinais de Deus no sono, no trabalho, na oração comunitária, na reunião familiar.
Procuramos (justamente!) racionalizar a fé, para a tornar mais luminosa, mais significativa e passível de ser apresentada sem passarmos por ingénuos. Retiramos à fé a espontaneidade, a novidade e as surpresas de Deus se manifestar, agir e transformar o mundo! Maria foi preparada desde sempre para ser a Mãe do Filho de Deus. Também São José foi preparado para falar com Deus, para falar de Deus, para proteger Deus, para fazer as vezes do “Pai das Misericórdias”. Podemos imitá-l’O.
Para a JMJ 2023, o Papa Francisco escolheu como tema: «Maria levantou-se e partiu apressadamente» (Lc 1, 39). Depois da anunciação, e sabendo que a sua primeira Isabel se encontra grávida, Maria apressa-se para ir ao seu encontro. O nosso Bispo, D. António, para este ano pastoral, escolheu outra perícope do Evangelho (Mt 26, 46): «Levantai-vos! Vamos!». No Jardim das Oliveiras, Jesus, depois da oração intensa, desperta os Seus discípulos para enfrentar, com bravura, o que vem pela frente.
Uma Igreja em caminho e em comunhão conta com todos, com os que peregrinam e com os que junto de Deus intercedem por nós. São José é um poderoso intercessor. Ele levanta-se connosco, apressa-se a cumprir a vontade de Deus. Não espera o amanhecer.
A finalizar a sua carta apostólica, Patris cordes, com que convocou este ano especial dedicado a São José, o Santo Padre diz-nos o propósito da carta e do ano: “aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo… Só nos resta implorar, de São José, a graça das graças: a nossa conversão. / Dirijamos-lhe a nossa oração: Salve, guardião do Redentor e esposo da Virgem Maria! / A vós, Deus confiou o seu Filho; em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco, Cristo tornou-Se homem. / Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós e guiai-nos no caminho da vida. / Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem, e defendei-nos de todo o mal. Ámen”.
Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 92/05, n.º 4636, 8 de dezembro de 2021
Editorial: Antes de Jerusalém, encontrar-nos-emos no Egito

Ponhamo-nos a caminho!
Se ainda estivermos na praça pública, ociosos, a ver o comboio passar e o Sol a levantar-Se, ergamo-nos, prontos para sair, para ir, para partir, já se vislumbra a cidade, já floresce a amendoeira, é tempo de esperança, o inverno já não apagará a nossa a chama, o fogo que nos arde no peito. Ergamo-nos, a salvação está a chegar, o dia a despontar, e a paz, finalmente pode voltar a desassossegar o meu e o teu coração! Esta paz que nem sempre o mundo nos dá, mas sempre Jesus nos traz e que nos queima a alma, nos inquieta o coração, nos faz ver que o outro está à espera, à espera que lhe levemos um pouco de calor, de sol e de amor.
Parece que vivemos embotados na neblina que não deixa o Sol surgir, pela madrugada, ou faz com que os dias anoiteçam muito mais cedo! Não é, ainda, novembro, mas quantos de nós sentirão os dias cada vez mais pequenos e as noites cada vez mais tenebrosas. A cada boa notícia, surge uma dúzia de más notícias, que geram dúvida, receio, recuo!
Chegaremos a Jerusalém, mas temos um longo caminho a percorrer, um caminho que é do tamanho da nossa vida, da nossa história, do tempo que Deus nos dá. Estamos a viver o Ano de São José! Se calhar, já nem nos lembrávamos! São José, o Pai de Jesus, Aquele que custodia a vida de Maria e de Jesus. Cuida, proporciona casa, tona-se suporte para a Mãe e para o Filho, em Belém e em Nazaré, no Egito e nas ruas de Jerusalém. Quarenta dias depois do nascimento, José leva Jesus e Maria ao Templo. O Menino é apresentado ao Senhor Deus, colocado sob a Sua proteção. Maria completa os dias de Purificação. Pode, doravante, participar novamente eventos públicos e religiosos.
Não muito tempo depois, José faz como o seu antepassado, o Patriarca José, Filho de Jacob. As semelhanças são curiosas, até no nome dos respetivos pais: Jacob. O primeiro José foi vendido como escravo. Com o passar dos anos, será ele a garantir a salvação do seu povo que recorre ao Egito em tempo de fome. Mais tarde, o povo tornar-se-á escravo e Moisés conduzi-lo-á, em nome de Deus, de regresso à terra prometida (onde corre leite e mel).
Perante a ameaça que recai sobre o Menino Jesus, a Sagrada Família põe-se em fuga, em direção ao Egito, onde ficará até que Deus lhe dê sinais de que é seguro regressar a Belém. Entre os sinais que Deus dá e e interpretação (prática) de José, fixam-se em Nazaré. O Egito serve os tempos conturbados, de emigração e refúgio. Um pouco a época atual. Porém, a nossa pátria não é aqui. E o facto de sabermos que Jerusalém nos espera, faz com que não desanimemos, mas também que não nos prendamos em demasia. Jerusalém está-nos na retina! E no coração. Muitas vezes teremos que descer ao Egito, mas sempre que isso acontecer, Deus acompanha-nos, vela para que não nos percamos e não nos falte a luz e a esperança para regressarmos.
«Enquanto o país não descontou os seus sábados, esteve num sábado contínuo, durante todo o tempo da sua desolação, até que se completaram setenta anos» (2 Cr 36,14-16). É uma página da Sagrada Escritura que faz uma leitura religiosa da adversidade, não já em jeito de lamento, mas de esperança e gratidão por saber que, em todo o tempo, Deus não afastou o Seu favor.
Quando São José desceu ao Egito e lá permaneceu, viveu na fidelidade ao que Deus lhe revelou em sonhos, partiu apressadamente, sabendo que regressaria. Mas não partiu sozinho! Levou a família, deixou-se guiar por Deus.
Façamos o mesmo, a caminho do Egito, na estadia e no regresso à cidade de David, permaneçamos unidos, e não deixemos que nos roubem a esperança que nos vem de Deus.
Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 91/42, n.º 4624, 15 de setembro de 2021
Editorial da Voz de Lamego: São José, Padroeiro Universal da Igreja
O Santo Padre tem, nos seus aposentos, na Casa de Santa Marta, uma imagem de São José a dormir. Completam-se amanhã, 13 de março, 6 anos da Sua eleição para Papa. O Papa argentino marcou o início do seu pontificado para a solenidade de São José, a 19 de março, que caiu a uma terça-feira, tal como em 2019. Dessa forma, quis assinalar a importância de São José na vida de Jesus e de Maria, e na vida da Igreja.
Na parte inferior do seu brasão episcopal, atualizado para brasão papal, “estão a estrela e a flor de nardo. A estrela, segundo a antiga tradição heráldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja; a flor de nardo indica são José, padroeiro da Igreja universal. Com efeito, na tradição iconográfica hispânica, São José é representado com um ramo de nardo na mão. Colocando estas imagens no seu brasão, o Papa pretendeu expressar a sua devoção particular à Virgem Santíssima e a são José”.
Na imagem que mandou vir da Argentina, São José dorme, sonha, escuta Deus, vigia a Igreja. Quando tem que tomar alguma decisão importante, o Papa coloca um papelinho debaixo da imagem, pedindo a solicitude de São José. E, assim, quando chega a altura de decidir, sabe que está bem orientado.
No Evangelho, São José não aparece muitas vezes. E não conhecemos que palavras poderá ter proferido. Mas não é de estranhar, pois o Evangelho refere-se a Jesus Cristo, fundamentalmente à Sua paixão redentora a desembocar na Páscoa. Ele é o centro e o ponto de onde irradia toda a missão. Os apóstolos surgem ligados a Ele, como os ramos da videira à respetiva cepa. Maria, Sua Mãe, aparece em alguns momentos, sempre referida a Jessu. Tendo-Lhe sobrevivido, acompanhando-O até ao Calvário, permanecendo junto à Cruz, é óbvio que a visibilidade de Maria é mais notória, sendo que também a Sua missão é diferente. Contudo, há dados significativos em relação a São José que importa sublinhar e imitar.
Extrapolando um pouco, quando Jesus fala do Pai, da Sua bondade e da Sua misericórdia, da Sua ternura e do Seu amor, certamente que se inspira no Seu Pai adotivo, São José. Na perda e encontro de Jesus no Templo, Maria dá-nos conta da preocupação comum, sua e do esposo (cf. Lc 2, 41-51). Antes, no quadro do nascimento de Jesus (cf. Mt 1, 18-24), revela-se a sua sensatez: tomando consciência da gravidez de Maria, sem que tivesse convivido com Ela, decide repudiá-la em segredo, evitando difamá-la e açambarcando com a responsabilidade. Mas Deus, através do sonho, desafio-o a fazer mais, a ser cuidador de Maria e Jesus, protegendo-os com o seu nome e com a sua vida.
Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 89/15, n.º 4501, 12 de março de 2019
DIGNIDADE DOS TRABALHADORES | Editorial Voz de Lamego
DIGNIDADE DOS TRABALHADORES
A exemplo do que acontece noutros países, também os portugueses param para viver a festa dos trabalhadores, no primeiro dia de Maio, recordando as lutas sociais e a repressão sangrenta que nesse dia, em 1886, aconteceu nos EUA.
A Igreja não poderia deixar de participar nesta jornada. Por isso, em 1955, Pio XII instituiu a festa de S. José Operário, convidando à dignificação do trabalho e de todos os trabalhadores, bem como à contemplação de José, aquele a quem Deus confiou Jesus.
E José nem será uma referência se atendermos apenas à performance do trabalho por muitos defendida: o mais rápido, o mais forte, o que ultrapassa os outros. Na carpintaria de Nazaré estamos longe do culto da competitividade, dos objectivos sobre-humanos, da idolatria da carreira, do êxito profissional a todo o custo… Isso levaria apenas ao stress ou às intermináveis horas suplementares nem sempre pagas, com as consequências negativas desse modo de vida profissional: famílias abandonadas, ausência face aos filhos, desgaste e perda de saúde, depressões… Uma carreira profissional merecerá tais sacrifícios? No fim, o que fica?
Os evangelhos dizem pouca coisa sobre José e, ele próprio, nada diz. Mas adivinhamos facilmente que ele faz o seu trabalho, sem correrias, obcecado com o sucesso ou o lucro. José é um trabalhador comum, “um bom pai de família”, no que isso tem de mais simples. Educou Jesus, ensinou-lhe a sua profissão, proporcionou-lhe uma existência tranquila, não particularmente rica, mas não necessariamente pobre. Um modelo pacífico e acessível, muito longe do culto da performance dos tempos modernos.
A idolatria do trabalho é a antítese do trabalho tal como o exemplifica S. José. O trabalho é alegria e sofrimento, serviço da comunidade e aproximação de Deus: eis o que podemos aprender na escola de Nazaré.
Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/21, n.º 44587, 24 de abril de 2018
PROXIMIDADE – AUTORIDADE | Editorial Voz de Lamego | 13-03-2018
PROXIMIDADE – AUTORIDADE
Na próxima segunda-feira, dia 19, evocamos a figura de S. José, patrono da Igreja universal, e celebramos o Dia do Pai, atendendo a que José foi o escolhido por Deus para guiar o Filho segundo a carne, na caminhada da Sua humanidade.
A propósito, os bispos portugueses dirigiram uma mensagem de saudação a todos os pais, enaltecendo a sua missão e agradecendo todo o empenho na tarefa, nem sempre fácil, de educadores. E apontam a proximidade como forma de concretizarem a missão com doçura e firmeza. Porque é preciso estar perto para escutar, ver, ajudar, acompanhar, ensinar, corrigir, testemunhar…
A figura do pai é desconsiderada em certos ambientes, originando uma crise que abrange jovens criados em famílias monoparentais e em lares divididos, e que é motivada por pais ausentes, desqualificados, que se comportam como “irmãos mais velhos” e descartam a figura de autoridade, mas também pela diversidade de referências paternas (o que gera, o que educa, o que abandonou, o que adopta) e a erosão de tantos casamentos. E como a paternidade tem um efeito cumulativo de uma geração à outra, quem não teve um verdadeiro pai terá mais dificuldade em assumir-se na missão paterna.
A missão do pai é fazer viver, crescer, iniciar. O pai não é um “especialista” nem a paternidade uma profissão que assenta numa técnica, mas um caminhar juntos que se aprende e se realiza no tempo, por osmose (pelo exemplo), transmitindo uma arte de viver.
E toda a paternidade se funda sobre um princípio educativo que é o da autoridade. Mas uma autoridade de serviço, muito mais que um abuso de poder ou realidade castradora.
A paternidade é uma passagem de testemunho. O mundo precisa de ser guiado pelo exemplo.
Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/15, n.º 4452, 13 de março de 2018
Solenidade de São José no Seminário Maior de Lamego
Na passada sexta-feira, dia 18 de março, a comunidade do Seminário Maior de Lamego celebrou, embora vespertinamente, a Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria.
Na Eucaristia, presidida pelo nosso bispo, D. António Couto, estiveram presentes os párocos dos seminaristas, os orientadores dos estágios pastorais, algumas irmãs religiosas, assim como os familiares dos mesmos seminaristas.
Na homilia, o nosso bispo referiu-se a São José como a “figura grande da Escritura e da Igreja”, um homem simples, sábio, justo, silencioso e ao mesmo tempo atento à Palavra.
A partir do Evangelho escutado neste dia (relato da perda de Jesus no Templo – Lc. 2, 41-51a), o nosso bispo afirmou que na nossa vida sempre que nos dermos conta que deixamos Jesus para trás, ou seja sempre que não andar na nossa caravana, tenhamos a coragem de voltar e, tal como José e Maria, ir ao seu encontro.
Ainda nesta celebração, o nosso colega Diogo Martinho, do IV ano de Teologia, foi admitido às Sagradas Ordens. D. António Couto deu graças a Deus pelo dom da vida deste nosso amigo, aproveitando para lembrar, não só o nosso Seminário Maior de Lamego, mas também o Seminário Interdiocesano de São José, em Braga. O nosso bispo apontou ainda que tal como São José foi considerado o homem justo, também a nossa vida deve ser pautada por esta justiça de Deus, assim como na nossa vida, a nossa ocupação deve estar voltada para as coisas de Deus, nosso Pai.
Terminada a Eucaristia seguiu-se o jantar, momento de alegria, de convívio e de partilha entre famílias.
Vítor Teixeira Carreira, 5º Ano, in Voz de Lamego, ano 86/18, n.º 4355, 22 de março de 2016
ELOQUÊNCIA DISCRETA | Editorial Voz de Lamego | 15 de março
Em vésperas da Solenidade de São José, a Voz de Lamego assinala, pondo em destaque na primeira página, a figura de São José. O editorial, do Pe. Joaquim Dionísio, Diretor do Jornal Diocesano, faz-nos olhar atentamente para São José, Patrono da Igreja Católica, cuja discrição não é apagamento mas serviço.
ELOQUÊNCIA DISCRETA
No próximo sábado, 19 de março, o calendário litúrgico recorda São José, o pai adoptivo de Jesus, a quem Pio IX declarou Patrono da Igreja católica, em 1870.
Apesar de silencioso nos evangelhos, José é a figura discreta que prega com a vida e se torna eloquente pela forma fiel com que cumpriu a sua missão até ao fim.
São José, a quem a escuta fiel e atenta permite obedecer, percorre um caminho de santificação a partir do quotidiano, praticando o que é comum, simples, autêntico. Mas, como escreveu João Paulo II, “esse silêncio de José tem uma especial eloquência: graças a tal atitude, pode captar-se perfeitamente a verdade contida no juízo que dele nos dá o Evangelho: o ‘justo’ (Mt 1, 19)” (A figura de S. José na vida de Cristo e da Igreja, n.º17).
Por isso, falar de José é fazer referência ao crente que se disponibiliza para servir e seguir a Deus, obedecendo e cumprindo a sua missão. Mas é também tornar presente o pai atento e solícito, o marido presente e dedicado, o profissional cumpridor e competente.
Num tempo em é necessário gritar ou protagonizar atitudes menos próprias para ser notícia, José permanece uma referência: não precisa de ruído para ser ouvido, de cartazes provocadores para ser notado, de gestos impróprios para mostrar que existe. Mas está lá, cumpre e “desaparece de cena” sem nos avisar, quando todos os olhares estão voltados para Jesus.
A nossa admiração e estima por todos quantos, como S. José, de forma discreta e eficiente, tornam a vida dos outros mais fácil e alegre, o convívio mais agradável, o trabalho menos árduo, o lar mais acolhedor, a família mais unida, a simplicidade mais visível… Sem lutas, agressões, bicos de pés e sem se julgarem insubstituíveis.
in Voz de Lamego, ano 86/17, n.º 4354, 15 de março de 2016