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Falecimento da Irmã do Padre Ildo de Jesus

Deus, Pai de Bondade, chamou a Si a D. Lídia Alice Silva, irmã do reverendo Padre Ildo Aníbal da Silva, pároco de Chavães e de Arcos na Zona Pastoral de Tabuaço.

D. António Couto, Bispo de Lamego, em comunhão com todo o Presbitério, une-se ao luto dos irmãos, familiares e amigos e, na oração, confia a Deus a vida desta nossa Irmã, que nos precede na morte, na esperança da vida eterna.

Celebrações eucarísticas (com o corpo presente), esta sexta-feira, 16 de março:

14h00 – Paróquia de Chavães

16h00 – Paróquia de Cedovim

Que o Deus da Vida lhe conceda o prémio dos justos, na eternidade.

Seminaristas do 6.º Ano de Teologia por terras de Tabuaço

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O sexto ano do seminário apresenta-se como o “salto” entre o curso teológico e a vida pastoral. De facto, se este ano contempla uma formação com alguns aspetos teóricos (embora sem um peso académico), procura sobretudo dar a conhecer ao seminarista a realidade diocesana, através dos vários aspetos que contém. A experiência dos professores, aliada ao seu saber é importante para ajudar os que se preparam para o sacerdócio, mas é igualmente importante a descoberta que o seminarista faz por si in loco, apercebendo-se da realidade que um dia o espera.

Assim, no passado dia três de maio, nós, os dois finalistas do Seminário Maior de Lamego, juntamente com o Reitor, Pe. Joaquim Dionísio e o Pró-Vigário Geral, Pe. João Carlos, rumámos até Tabuaço, onde fomos recebidos pelo Pe. Ildo Silva, o pároco mais velho da nossa Diocese, que partilhou connosco a sua experiência pastoral. Tivemos oportunidade de conhecer a sua história de vida, multifacetada, pois começou por ser missionário Espiritano e somente depois de vários anos nas Missões em vários países africanos, regressou à Diocese para ser pároco das paróquias de Arcos e Chavães onde se manteve até hoje. Depois de nos ter falado de si, da sua experiência pastoral, fomos com o Pe. Ildo a Chavães, onde nos mostrou a Residência Paroquial e a bela Igreja Paroquial dedicada a S. Martinho. Na despedida, recomendou-nos que não tivéssemos medo das dificuldades, pois o Senhor Jesus está sempre connosco como nos  prometeu no Evangelho.

Como estávamos perto, aproveitámos para visitar S. Pedro das Águias, um eremitério que se situa ao fundo da Granjinha num vale junto ao rio Távora e que remonta já ao período da Reconquista, envolvido na lenda da princesa Ardínia e do Cavaleiro D. Tedo. Aqui o Pe. João Carlos explicou-nos a importância da ordem Cisterciense que esteve presente em Portugal na nossa Diocese e que fundou este eremitério. Nos dias de hoje existe apenas a capela, envolvida pelo silêncio trespassado apenas pelo murmurar das águas do rio Távora. Nela pudemos observar a sua sobriedade e austeridade tão própria do estilo românico.

Aproveitamos para agradecer ao Sr. Padre Ildo a sua disponibilidade e vontade em nos acolher, bem como ao Pe. João Carlos por ter sido o nosso guia nestas terras para ele tão conhecidas.

Diogo Rodrigues e Luís Rafael,

in Voz de Lamego, ano 86/23, n.º 4362, 10 de maio de 2016

ENTREVISTA COM O PADRE ILDO DE JESUS

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À conversa com… Pe. Ildo Aníbal de Jesus Silva

Na zona pastoral de Tabuaço, desde há 47 anos a esta parte, encontramos o Pe. Ildo como pároco de Chavães e de Arcos. Membro da Congregação dos Missionários do espírito Santo, ordenado presbítero a 30 de Setembro de 1951, em Viana do Castelo, passou por terras de Angola antes de se fixar entre nós. Esta breve conversa, para lá de nos dar a conhecer o seu percurso, é também uma singela homenagem ao decano dos nossos párocos.

O Padre IIdo é natural da nossa Diocese, da paróquia de Cedovim, Vila Nova de Foz Côa, mas a sua formação e ordenação aconteceram na Congregação das Missionárias do Espírito Santo. Como foi esse percurso?

Sou um dos onze filhos de Adelino A. Silva e de Felisbela Ramos. Ainda ao colo do primeiro, o Antoninho, subi ao campanário para aprender a tocar às Almas. Ao cuidado do segundo, a Violinda, aprendi a ajudar à Missa em latim. Recordo o elogio do sr. P.e Guerra na descida do cemitério, após um funeral.

Estando a ajudar o quarto, o Zé, que trabalhava numa obra de serralharia – profissão do pai – lembrei-me de dizer que queria ir para a escola – «vai já dizer ao pai que te compre o livro». E quase no termo do ano escolar, de facto, levou-me ao sr. Prof. Patrício, que me endossou aos da quarta classe.

Tive um interregno de Escola durante mais de um ano, porque ficámos sem professor.

A Violinda, por tudo e por nada, inculcava-me o Seminário. Em 1937 ingressei na Congregação do Espírito Santo, na Guarda-Gare. Findo o ano, acompanhei um colega de Vale de Ladrões – hoje Valflor – que me apresentou à s.ra D. Carminho, na Meda. Só me deixou sair quando a Violinda me foi buscar num macho. Cotejando as notas do fim do ano, recebi os parabéns do rev. P.e Marques. Mas os livros que eram da Congregação, tiveram descanso.

No termo das férias, recebi uma comunicação da Guarda-Gare: «como deve saber pela sua mãe, só pode entrar em Godim, depois das ordens do oftalmologista, Dr. Pôncio. Ao fim de um ano, sem medicação alguma, recebi carta branca. Já as aulas tinham começado há uma semana, quando entrei em Godim.

Embora sem qualquer negativa, no Natal mandaram-me repetir o primeiro ano na Silva – Barcelos…. Sem me aplicar demasiado, tive sempre notas positivas, salvo numa Páscoa em que a puberdade explodiu. Ler mais…