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Falecimento da Mãe do Padre António Júlio
Deus Pai, Senhor da Vida e da Morte, na Sua infinita Sabedoria, fez regressar à Sua presença a Senhora D. Idalina da Costa Fernandes, Mãe do reverendo Pe. António Júlio, Pároco de Cedovim, de Custóias, da Horta e de de Numão e Administrador Paroquial de Vale de Figueira a Velha, na zona pastoral de São João da Pesqueira.
O Senhor Bispo, D. António Couto, em comunhão com o seu presbitério, une-se nas condolências e na oração ao Padre António Júlio e aos seus familiares e amigos, confiante que prevalecerá a misericórdia de Deus e que na eternidade esta nossa irmã contemplará a gloriosa Luz da eternidade, integrando agora a Igreja celestial.
O Funeral realizar-se-á em Domingo, 31 de dezembro, Festa da Sagrada Família de Nazaré, na Capela do Pocinho, Zona Pastoral de Foz Côa, pelas 15h30.
Que o Senhor Deus lhe dê o eterno descanso e a nós a audácia de marcarmos o tempo ao ritmo da paz, da partilha solidária, da comunhão fraternal, para sermos, já agora, verdadeira família de Deus.
Comunidade do Seminário em Penedono: um dia histórico
A convite do Pe. Luciano Moreira, pároco de Penedono, Penela da Beira, Granja e Póvoa de Penela, no passado dia 27 de junho, a comunidade do Seminário Maior de Lamego teve a oportunidade de visitar algumas comunidades da nossa diocese.
Chegamos a Penedono por volta das 9h e o primeiro local a visitar foi a capela da Ssenhora do Viso, em Custóias, Vila Nova de Foz Côa. Aqui tivemos a oportunidade de vislumbrar a magnífica paisagem do Douro Vinhateiro. Seguimos viagem por Olas e Arnozelo e fomos até Numão. Depois do “café da manhã” oferecido pelo Pe. António Júlio, na residência paroquial, visitámos o castelo desta mesma localidade.
Após uma pausa para o almoço deslocamo-nos até à Estação Arqueológica do Prazo, que é mais um verdadeiro exemplar de uma Vila Romana que teve a sua ocupação entre o séc. I e o início do séc. V d.C. Como o tempo ia passando, a visita prosseguiu até à Coriscada, mais precisamente ao sítio arqueológico do Vale da Moura. Atrever-me-ia a dizer que é um local ainda desconhecido para muitos, uma vez que as escavações iniciaram apenas no ano de 2003. Mas, depois de descoberto, as palavras faltam-nos para descrever a beleza que ali podemos encontrar: vestígios de balneários romanos, cerâmicas e diz-se ainda que foram já encontradas bastantes moedas. Passamos ainda em Marialva, aldeia com um significado histórico bastante profundo e relevante, uma vez que as suas origens remontam aproximadamente ao séc. VI a.C.
Regressamos a Penedono e dirigimo-nos ao Santuário de Santa Eufémia, onde tivemos a oportunidade não só de visitar, mas também de rezar diante da imagem da virgem e mártir, agradecendo ao Senhor o dia que nos proporcionou. Após uma visita rápida ao castelo da vila dirigimo-nos para a igreja paroquial onde celebramos a Eucaristia. Nesta celebração, para além de outras intenções, recordamos o Pe. Manuel João, sacerdote natural desta paróquia, que faleceu a 22 de setembro de 2015 com 30 anos. Seguidamente visitamos ainda Penela da Beira nomeadamente o dólmen da capela de Nossa Senhora do Monte. O nosso dia de visita terminou com o jantar no hotel rural de Penedono.
Desde já agradecemos ao Pe. Luciano Moreira não só pelo convite que nos fez, mas sobretudo pelo dia que nos proporcionou. Um dos objetivos propostos para os alunos do 6.ºano de Teologia é precisamente o “sair”, para visitar as comunidades da nossa diocese, “ir” ao encontro dos párocos e ouvir as suas histórias e experiências. Foi um dia cheio, cheio de história, cheio de descobertas.
Vítor Teixeira Carreira, in Voz de Lamego, ano 87/35, n.º 4420, 11 de julho 2017
Zona Pastoral de São João da Pesqueira | Tomadas de Posse
No passado domingo, dia 25 de Outubro, tomaram posse do espaço pastoral deixado vago pelo falecimento do P. Manuel João, os padres Manuel Abrunhosa, António Júlio e José Filipe Pereira. O Pe. Adelino tomou posse, como administrador paroquial, da parte da manhã, das paróquias de Pereiros, Vilarouco e Valongo dos Azeites; de tarde, o P. António Júlio tomou posse, também como administrador paroquial, de Vale de Figueira a Velha e o P. José Filipe como vigário paroquial da mesma, com o encargo pastoral de Vale de Vila. Os administradores paroquiais foram apresentados pelo P. João Carlos Morgado, em representação do senhor bispo.
A memória e a gratidão da vida e do ministério do Pe. Manuel João esteve sempre presente na mente e nas palavras dos intervenientes nas celebrações. Nas palavras de saudação ao novo pastor, Filipa Almeida em nome do Povo de Valongo dos Azeites assim se expressou: “Nesta hora de alegria em que o recebemos de coração e braços abertos, não podemos deixar de prestar a nossa mais sentida homenagem ao seu antecessor, Pe. Manuel João Nogueira Amaral que, embora esteja já na presença de Deus, estará sempre nos nossos corações, lugar que conquistou pela sua bondade, alegria, humildade, dedicação e estima pelo povo valonguense. E até ao reencontro será sempre recordado com amor, carinho e gratidão”. E apontando para o futuro e para o Pe. Manuel Abrunhosa, continuou: “Sabemos e temos noção da importância que a sua vinda tem no seio da nossa comunidade paroquial a fim de nos ajudar a fortalecer na fé que nos guia até ao Bom Pastor, Jesus Cristo.”
A maturidade e serenidade das comunidades diante dos desígnios da Providência que motivaram esta movimentação do clero, esteve patente também na saudação de Heloísa Varela que, desta forma, saudou o P. António Júlio: “Os paroquianos da paróquia de Nossa Senhora do Rosário, de Vale de Figueira juntam-se a mim para lhe dar as boas vindas. Temos total certeza que o seu nome já estava escrito nos planos de Deus para hoje estar no meio de nós, para connosco caminhar, sendo aquele que nos orientará a partir de hoje.”
O Pe. Manuel Abrunhosa manifestou a sua alegria por regressar à zona pastoral onde há 45 anos começou o seu ministério sacerdotal. Prontificou-se a respeitar as tradições dos povos na medida das suas forças e do tempo disponível que os outros encargos pastorais o permitam. A mesma disponibilidade foi manifestada pelos padres António Júlio e José Filipe Pereira, cuja proximidade geográfica os fazia já conhecidos e estimados pelos povos que os acolheram e onde já pontualmente ajudavam o seu antecessor.
Estão pois de parabéns estas comunidades pela maturidade que manifestaram nestes tempos difíceis da sua história, em que em menos de cinco anos viveram o luto de dois dos seus párocos e pela forma familiar, simples e disponível com que acolheram os seus novos responsáveis espirituais. A diocese está reconhecida aos sacerdotes que, já sobrecarregados de trabalho, manifestaram sentido de Igreja e aceitam servir o Povo de Deus que peregrina nestas populações.
in Voz de Lamego, ano 85/48, n.º 4335, 27 de outubro