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Posts Tagged ‘Pastorinhos’

CENTENÁRIO DAS APARIÇÕES | ESTAR EM CASA

No próximo sábado, 13 de maio, assinalam-se os 100 anos da primeira aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos, em Fátima. Presidirá à peregrinação o Papa Francisco, o 4.º Pontífice a visitar aquele Santuário nos últimos 50 anos e a cerimónias ficarão, também, marcadas pela canonização dos Beatos Francisco e Jacinta, dois dos videntes escolhidos pela Mãe do Céu para levarem ao mundo os “apelos do céu” com vista à oração e à conversão.

Ao longo das últimas semanas aqui foram sendo publicadas umas quantas palavras para assinalar a passagem do primeiro centenário. Mas não faltará literatura sobre o assunto para quem deseje aprofundar os seus conhecimentos.

Por outro lado, as actuais acessibilidades tornam Fátima um lugar de fácil acesso, possibilitando um conhecimento directo. Já lá vai o tempo em que ir àquele Santuário era uma aventura e conseguir ir algumas vezes uma proeza. Assim, cada um poderá “saborear” Fátima, percorrendo os espaços, contemplando tudo e todos, participando nas celebrações diárias, demorando-se onde se sente mais à vontade… Ler mais…

Nota Pastoral da CEP sobre os Pastorinhos

Os bispos portugueses emitiram uma nota pastoral sobre a canonização de Francisco e Jacinta Marto, realçando o desafio que a vida e o exemplo destas duas crianças representam para a Igreja Católica. E destacam a canonização, marcada para dia 13 de maio, em Fátima, como um momento de “júbilo” para toda a Igreja, reforçado pela presença do Papa Francisco.

Os membros da CEP sublinham depois que “a santidade de Francisco e Jacinta” deve “desafiar a Igreja Católica à conversão”, pelo modo como “cada um deles contemplou, assimilou e refletiu a imagem de Cristo”.

Primeiro, ao acolherem com uma “confiança total e disponível” as Aparições de Nossa Senhora em Fátima e não fecharem o seu coração aos apelos que receberam: o desafio de se “oferecerem” completamente a Deus, de rezarem a “favor da reconciliação dos pecadores e da paz no mundo”, e de intercederem pelos “mais vulneráveis”.

Para os bispos portugueses, “Francisco e Jacinta fazem, na sua espiritualidade, a síntese daquilo que a Igreja é continuamente chamada a ser: contemplativa e compassiva”.

Depois, por serem também exemplos de “coerência” na fé, de fidelidade aos acontecimentos que testemunharam na Cova da Iria, mesmo perante a ameaça e a prisão.

“Apesar da sua tenra idade, quando são instados a negar as aparições ou a revelar o que lhes fora confiado como segredo, permanecem fiéis à verdade, assumindo o sofrimento que a opção lhes causava”, pode ler-se.

Para os membros da CEP, o “exemplo” de Francisco e Jacinta Marto “evidencia que se pode testemunhar a fé em Cristo em qualquer condição de vida: de criança, de adulto ou de ancião; seja-se extrovertido ou tímido; no areópago da culta Atenas do primeiro século, no lugar de Aljustrel do início do século passado, ou hoje, no mundo global”.

“Sirva este exemplo como incentivo a uma pastoral capaz de revelar, desde a infância, a beleza da vida em Deus e a exigência do compromisso que dela resulta”, acrescentam os responsáveis católicos.

Francisco e Jacinta Marto, dois irmãos naturais de Aljustrel que, entre maio e outubro de 1917, presenciaram as Aparições de Nossa Senhora em Fátima juntamente com a prima Lúcia de Jesus, vão ser canonizados pelo Papa Francisco no próximo dia 13 de maio.

As duas crianças, que viram a sua vida encurtada pela doença, deixaram no entanto um legado que os bispos portugueses consideram “um precioso bem para a Igreja” e por isso merecedor de ser elevado à “glória da santidade”.

Além disso, a CEP frisa que “nos dois milénios de história da Igreja, Francisco e Jacinta Marto são as primeiras crianças não martirizadas a serem declaradas modelo de santidade”.

“Somos convidados a olhar para o exemplo de vida destas crianças, cientes da semente de fé, esperança e amor que elas semeiam na história humana (…) Testemunhas da misericórdia de Deus, Francisco e Jacinta continuam a levedar a história com a força da caridade que transforma os corações”, concluem os bispos.

in Voz de Lamego, ano 87/26, n.º 4411, 9 de maio de 2017

FÁTIMA – SURPRESA | Editorial Voz de Lamego | 9 de maio de 2017

Em vésperas do Centenário das Aparições de Nossa Senhora aos Pastorinhos, em Fátima, com a Peregrinação do Papa Francisco ao Santuário e a Canonização dos Pastorinhos Francisco e Jacinta, a Voz de Lamego no seu conjunto, e o Editorial, do nosso Diretor, Pe. Joaquim Dionísio, não poderia deixar de fazer eco, nas notícias e nas reflexões… mas por certo encontramos outros pontos de interesse no Jornal Diocesano. Boa leitura.

FÁTIMA – SURPRESA

No próximo sábado, 13 de Maio, assinalam-se os cem anos da primeira aparição de Nossa Senhora a três humildes crianças, socialmente irrelevantes, numa localidade que, à época, estava longe de despertar a atenção. O nosso Deus surpreende-nos todos os dias!

Pouco a pouco, apesar das aparentes limitações dos pequenos videntes, das perseguições dos instalados, das dúvidas nos decisores e da habitual prudência eclesiástica, os peregrinos foram crescendo e formaram multidões. É verdade que a presença do Papa proporciona outra divulgação e motiva à participação, mas antes da primeira visita papal (1967) Fátima já era uma referência. Sem campanhas publicitárias, contra a vontade de alguns e apesar da indiferença de outros, Fátima aí está.

Os católicos sabem que Fátima nada acrescenta à Revelação e que poderão viver a sua fé e o seguimento do Ressuscitado sem nunca peregrinar até este lugar ou atender ao que ali se passa. Mas são muitos os que se sentem atraídos pela Mãe e através d’Ela se aproximam do Filho. Porque Fátima não estorva nem perturba a fé, antes promove a fidelidade ao “único Senhor da nossa vida”.

A celebração deste centenário motivou a vinda do Papa, o aumento de peregrinos e de notícias sobre o Santuário, a divulgação do acontecimento e da sua mensagem em livros e artigos, a realização de conferências e de filmes… E para alegria de todos, a tudo isto se junta a canonização dos beatos Francisco e Jacinta.

Nestas alturas festivas aparecem mais notícias, mas a verdade é que Fátima é uma boa notícia todos os dias, uma surpresa de Deus, um constante apelo da Mãe, um lugar de encontro em todos os momentos e um espaço de celebração da fé para todas as horas.

in Voz de Lamego, ano 87/26, n.º 4411, 9 de maio de 2017

CENTENÁRIO DAS APARIÇÕES | AINDA O SEGREDO

Na semana passada fizemos referência ao “segredo” de Fátima que, durante tantos anos, alimentou fantasias e “profecias catastrofistas”. Um “suspense” que durou até ao ano 2000, quando o Papa João Paulo II autorizou a sua divulgação e a Congregação para a Doutrina da Fé, pela voz do Card. J. Ratzinger, apresentou um comentário ao conteúdo até então desconhecido, a tal “terceira parte”. Recorde-se que as outras duas partes já tinham sido tornadas públicas em 1941.

Continuando uma breve apresentação, eis algumas palavras sobre as duas partes restantes.

A “segunda parte do segredo” refere-se à devoção ao Imaculado Coração de Maria. Para lá dos desastres da fome e da guerra, refere-se também à perseguição da Igreja. E é neste âmbito que surge a referência à Rússia e às más influências por ela provocadas, propondo o referido texto que se proceda à consagração daquele país.

Tal consagração foi concretizada por João Paulo II (25/03/1984), sem, contudo, se referir explicitamente àquele país. Os entendidos afirmam que a nomeação da Rússia quererá significar a existência de todos os países que perseguem os cristãos e procuram destruir a Igreja. Daí que João Paulo II consagre o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria.

A “terceira parte do segredo”, porque ainda não fora tornada pública, alimentava a curiosidade de muitos. Aquando da beatificação de Jacinta e Francisco (13/05/2000) e com João Paulo II presente na Cova da Iria pela terceira vez, o Secretário de Estado do Vaticano, tornou pública esta parte do “segredo”. Em Junho seguinte, o texto integral do “segredo” será  publicado, bem como um comentário do Card. J. Ratzinger.

No dizer do futuro Bento XVI, o texto até então guardado, faz referência ao sofrimento e às perseguições, aos conflitos bélicos e à destruição que marcaram grande parte do século passado. O próprio João Paulo II considerou que parte do texto se referia a si próprio e ao atentado que quase o vitimou, em 13/05/1981, atribuindo a Nossa Senhora o facto de ter sobrevivido.

Certamente que o texto está disponível para leitura de todos os interessados, bem como o comentário teológico referido e tantos textos que se referem ao assunto. Mas, de forma breve e incompleta, talvez não seja descabido dizer que o “segredo” se inscreve no todo da mensagem de Fátima: o caminho do pecado, oposto ao de Deus, provoca sofrimento, afasta do Criador e leva à condenação; ao contrário, o caminho da conversão, para o qual muito contribuem a oração e a penitência, leva à comunhão com Deus e à paz entre todos.

Por isso, o melhor é procurar conhecer e valorizar a “mensagem de Fátima” no seu todo, não se fixando demasiado neste pormenor do “segredo” que tanta especulação alimentou. Afinal, Deus não tem segredos para nós. E todos sabem que o não assumir com responsabilidade a vida recebida ou o não respeitar da dignidade humana, em si e nos outros, leva à tentação de domínio, às perseguições e aos conflitos.

JD, in Voz de Lamego, ano 87/20, n.º 4405, 28 de março de 2017

Francisco Marto e Jacinta Marto vão ser canonizados muito em breve

 

O Bispo de Leiria-Fátima afirma que “o Centenário não estaria completo sem a canonização”.

Mal a notícia saiu das malhas da Santa Sé, a Comunicação Social passou a divulgá-la nos seus destaques habituais. Porém, osite do Santuário de Fátima e o da agência Ecclesia atrasaram-se um pouco. Entretanto, o Padre Manuel Barbosa, Secretário e Porta-voz da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa), publicou uma nota em que sublinha que a CEP se congratula com “a aprovação pelo Papa Francisco do milagre necessário para a canonização dos Beatos Francisco Marto e Jacinta Marto”. Realça a “feliz coincidência com a celebração do Centenário das Aparições de Nossa Senhora do Rosário aos pastorinhos em Fátima”. E porfia que se aguarda “com serena expectativa a marcação da data e local para a respetiva celebração, na qual Jacinta e Francisco serão propostos como modelo de santidade para toda a Igreja”.

Além disso, evoca a recente Carta Pastoral dos bispos portugueses para o Centenário em que salientam que “a fama de santidade de Francisco e de Jacinta cedo se espalhou pelo mundo inteiro”, sendo as primeiras crianças beatificadas não mártires – afirmação também feita hoje pela Irmã Ângela Coelho, já mencionada.

O Prelado sublinhou que ainda “falta uma etapa, decisiva, que compete ao Santo Padre: escolher a data e o local da canonização”. E, questionado se a canonização poderá acontecer já no próximo 13 de maio, respondeu: “Nada é impossível, mas é competência exclusiva do Papa”.

No atinente ao milagre, referiu que “envolve uma criança, brasileira, através de uma cura”. Ler mais…

CANONIZAÇÃO . CONFIANÇA | Editorial Voz de Lamego | 28 de março

A poucas semanas da Visita Apostólica do Papa Francisco como Peregrino de Fátima, o Editorial evoca este acontecimento importantíssimo para a Igreja em Portugal, com a notícia entretanto da aprovação-reconhecimento do milagre que permitirá a canonização dos Pastorinhos Francisco e Jacinta. É este o ponto de partida do Editorial do Pe. Joaquim Dionísio, mas também o ponto de partida da edição da Voz de Lamego desta semana.

CANONIZAÇÃO . CONFIANÇA

Os católicos portugueses alegraram-se quando, no dia 23, surgiu a notícia de que o Papa havia aprovado o milagre atribuído à intercessão dos Beatos Francisco e Jacinta, facto esperado para a sua canonização e consequente presença nos altares do mundo destas crianças lusas, escolhidas pela Mãe para acolherem e divulgarem os seus apelos.

O anúncio chega a poucas semanas da programada viagem do Papa Francisco ao nosso país para as celebrações do primeiro Centenário das Aparições (1917-2017). E apesar de pouco tempo para ultimar uma eventual canonização no dia 13 de Maio, esta seria como “a cereja no topo do bolo” (D. António Marto) nas comemorações em curso. Contudo, a data da canonização só será publicamente anunciada no dia 20 de Abril, quando reúne o próximo Consistório (reunião de Cardeais).

Como recorda o Código de Direito Canónico,Para fomentar a santificação do povo de Deus, a Igreja recomenda à veneração peculiar e filial dos fiéis a Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe de Deus… e promove o verdadeiro e autêntico culto dos outros Santos, com cujo exemplo os fiéis se edificam e de cuja intercessão se valem” (c. 1186), determinando que  “Só é lícito venerar com culto público os servos de Deus, que foram incluídos pela autoridade da Igreja no álbum dos Santos ou Beatos” (c. 1187).

O reconhecimento eclesial das singulares virtudes que levam alguns a serem apontados como exemplo e a simultânea proclamação da sua intercessão junto de Deus são um dom para todos. Porque nos alegra a solicitude e providência divina e nos sossega a comunhão com os santos, nossos intercessores. Não estamos sozinhos, desamparados, esquecidos ou abandonados num “vale de lágrimas”, mas continuamente auxiliados e motivados pelos que nos antecederam na fé e pelo Criador.

in Voz de Lamego, ano 87/20, n.º 4405, 28 de março de 2017

Centenário das Aparições de Fátima em Moimenta da Beira

O auditório Pe. Bento da Guia, em Moimenta da Beira, apropriadamente adornado para o efeito, encheu com cerca de 200 pessoas, na passada sexta feira, dia 10 de março, para uma calorosa receção à Irmã Ângela Coelho, postuladora da causa de canonização dos Beatos Jacinta e Francisco Marto e vice-postuladora da causa da beatificação da Irmã Lúcia.

A iniciativa levada a cabo pelo Arciprestado de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço teve como objetivo uma maior formação e consciencialização da Mensagem e do fenómeno “ Fátima”, neste primeiro centenário das Aparições aos três Pastorinhos.

A criar a ambiência inicial esteve o grupo coral de Moimenta da Beira que interpretou canções de índole Mariana.

A apresentação da ilustre conferencista, freira e médica, coube ao Pe. Diamantino Alvaíde que traçou o seu perfil biográfico, académico e religioso.

“Sem Amor nenhuns olhos são videntes”. Foi a partir desta epígrafe torguiana que a Irmã Ângela construiu, em linguagem clara, viva e concisa, a sua preleção, advertindo que só com Amor se pode ir mais além. Ao apresentar a família dos Pastorinhos chamou a atenção para a importância dos pais e dos avós na educação dos valores da fé na vida das nossas crianças. Explicitou pormenorizadamente traços da infância dos Pastorinhos, da personalidade própria de cada um, um Francisco muito pacífico e a Jacinta muito “ rabita”, que foram mudando e moldando após o contacto com a “ Senhora mais brilhante que o sol”. Como na vida de todos, também neles se operou a conversão, dirigindo as suas vidas para o amor de Deus e da Humanidade, “os pobres pecadores”. Ler mais…

Formação sobre a Mensagem de Fátima, com a Irmã Ângela Coelho

No próximo sábado, dia 11 de Março, dia em que se assinala o aniversário do nascimento da Beata Jacinta Marto, tem lugar no Seminário Maior de Lamego um encontro de formação de aprofundamento da Mensagem de Fátima. Terá como convidada especial e principal interveniente a Irmã Ângela Coelho, da Congregação das Irmãs da Aliança de Santa Maria e postuladora da causa de canonização dos Beatos, Jacinta e Francisco Marto e vice-postuladora da causa de beatificação da Irmã Lúcia de Jesus.

Vem a Lamego no âmbito da concretização do plano pastoral diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima para este ano pastoral de 2016/2017.

Esta formação destina-se aos sacerdotes e a todos os que queiram conhecer e aprofundar, viver e divulgar a Mensagem da “Senhora mais brilhante do que o sol” que muito bem tem feito à Igreja em Portugal e no mundo. Nas palavras de S. João Paulo II esta mensagem assume relevância universal porque é, no essencial, reflexo do Evangelho: “Se a Igreja aceitou a Mensagem de Fátima é sobretudo porque contém uma verdade e um chamamento que, no seu conteúdo fundamental, são a verdade e o chamamento do próprio Evangelho” (Homilia no Santuário de Fátima, 13.05.1982).

Fica aqui este convite dirigido a todos no sentido de vivermos melhor este ano em que se comemora o 1.º Centenário das Aparições. É necessário conhecer e viver, para falarmos aos outros. Neste encontro haverá tempo para diálogo com a Irmã Ângela e para colocar algumas questões. Esperamos que seja muito útil e enriquecedor para todos os participantes.

O Assistente Diocesano

P. Vasco Pedrinho,

in Voz de Lamego, ano 87/17, n.º 4402, 7 de março de 2017

Centenário das Aparições | Viver a Mensagem

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Na semana passada escreveu-se aqui sobre os “apelos do Céu”, apontando para as aparições e para o que nelas foi ensinado. Isto porque se, inicialmente, o que mais impressionará serão determinados prodígios (visões e milagres), a verdade é que, o mais importante será sempre o ensinamento, a tal “mensagem” que deve ser escutada e acolhida. A “mensagem de Fátima” interpela e convida para uma vivência evangélica.

Olhando assim para Fátima, facilmente compreendemos que, mais do que as estruturas levantadas, as peregrinações habituais, os relatos que se fazem, as imagens dos peregrinos que se propagam, a presença de protagonistas mais ou menos conhecidos… o mais importante será sempre a “mensagem” e o apelo à sua vivência.

O Santuário de Fátima, enquanto espaço, é uma referência mundial e incontornável ponto de encontro da Igreja em Portugal, mas cada peregrino que ali acorre deve empenhar-se em conhecer a sua “mensagem” e esforçar-se no seu cumprimento, porque por ali ecoam ensinamentos e apelos do Evangelho.

Afinal, que destaques reter da Mensagem de Fátima? Eis alguns…

Apelo à conversão. Num tempo em que o eterno é esquecido, todos são destinatários do convite para colocar Deus no centro, deixando-se guiar pelo Evangelho. A conversão é objectivo de toda a vida e condição de acesso ao Reino de Deus. Um convite que se torna mais urgente quanto maior é o risco de fugir de Deus, tratar a fé como algo supérfluo e cair na indiferença. E sabemos como a conversão de uns poderá beneficiar outros, porque o testemunho é visto e o exemplo pode ser seguido.

Penitência. Na vida do cristão estará sempre presente a cruz. Não porque se busque, já que o sacrifício não tem valor em si mesmo, mas porque a felicidade não se alcança com facilidade e tal iniciativa pode contribuir para a afirmação da vontade, o fortalecimento da determinação e fidelidade, para enfrentar o facilitismo e desenvolver a atitude de serviço. O sacrifício, a penitência, a expulsão do pecado da nossa vida pessoal de que se fala em Fátima, está ao serviço do caminho da cruz que se percorre para chegar à salvação. A luta contra o pecado é contínua, porque permanente é também a certeza da misericórdia de Deus.

Oração. Repetidamente, Nossa Senhora, na sua mensagem, uniu estreitamente, a penitência à oração do rosário, uma popular devoção que proporciona a contemplação de importantes passagens evangélicas e sintetiza, nas suas orações, importantes ensinamentos do Senhor. Rezar é estar diante de Deus e em comunhão com os irmãos. Desde as aparições do Anjo, em 1916, que Fátima apela à oração de adoração e do rosário. Em ambiente litúrgico, em assembleia ou a sós contribui para uma maior proximidade com Deus e com os outros, vencendo as tentações e ajudando no crescimento e perseverança do crente.

Continuaremos…

JD, in Voz de Lamego, ano 87/15, n.º 4400, 21 de fevereiro de 2017

Centenário das Aparições | Protagonistas

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Numa Europa marcada pelos horrores da guerra e num país a digerir ainda uma revolução que instaurou a República e pôs fim à Monarquia, num pequeno canto esquecido do nosso país, três crianças anunciam terem sido contempladas com a visão de Nossa Senhora.

O anúncio surpreendeu todos, as perguntas multiplicaram-se, as respostas e os devotos foram aparecendo, as dúvidas de muitos persistiram, a Igreja foi observando e discernindo… Apesar dos limitados meios de comunicação e do ambiente político adverso, os factos difundem-se e serão aos milhares os peregrinos e curiosos que rapidamente aparecem. Um movimento que não mais parou.

Mas no início de tudo encontramos três crianças…

No dia 13 de Maio de 1917, um domingo, Lúcia (10 anos), Francisco (9 anos) e Jacinta (7 anos) guardam algumas ovelhas nuns terrenos pobres da Cova da Iria, pertencentes ao pai de Lúcia, onde se vêem algumas oliveiras e carrasqueiras / azinheiras. Num tempo de pouca escolarização, estas crianças seguem o ritmo de tantas outras, participando nos trabalhos agrícolas e contribuindo para a economia familiar. Enquanto não têm idade nem forças para trabalhos mais exigentes, acompanham e guardam as ovelhas. Ler mais…