Arquivo
Entrevista com o Pároco de Penude, Pe. Adriano Cardoso
A Voz de Lamego foi até Penude para conhecer o projeto presidido pelo Padre Adriano, como pároco, à frente de uma das paróquias maiores da diocese, de um centro social paroquial que começou a funcionar há 10 anos (27 de julho de 2011), e a criação de uma vacaria. O Padre Adriano Cardoso contou-nos como tudo surgiu e a importância que dá à comunidade; cada passo dado é a pensar na mesma.
O que o levou a seguir a vocação?
O ambiente familiar, a forma como fui educado levou a que seguisse a vocação de padre. Comecei com uma longa etapa em Castro Daire com uma grande equipa, um projeto que me acrescentou muito, mas, ao fim de 25 anos, optei por mudar de paróquia, procurando novos desafios.
Penude era uma terra que tinha uma certa sedução, e recuando a 1996, tinha muita população e bons padres. Um grande padre que a população não esquece é o Sr. Padre Borges, depois disso, de 1978 até 1996, esteve cá o Sr. Padre Germano, um padre mais doce, mais suave. A minha vontade de me mudar para Penude surgiu muito pela ideia que tinha da terra, uma paróquia com fortes raízes religiosas, com uma prática cristã acentuada. Quando aqui cheguei o objetivo era inovar mentalidades, transformar e mexer com a comunidade.
Passados 25 anos, nota-se essa diferença?
Acho que sim, no entanto não consegui alcançar todos os objetivos que queria. A emigração aumentou bastante, os jovens, a maioria do sexo masculino, opta muito por sair do país e, mais recentemente, também os do sexo feminino, diminuindo assim a população residente.
De que modo a pandemia condicionou a paróquia de Penude?
A visão que temos da paróquia não é necessariamente a mesma. A dispensa da missa dominical é um dos exemplos. Com estas dificuldades também conseguimos tirar coisas boas como a notoriedade da fidelidade de muitos. Temos vindo a assistir a grandes mudanças, as paróquias estão totalmente diferentes na relação com a religião e com o padre.
Para lidar com as pessoas temos de respeitar o espaço de cada um, a liberdade, a construção, a opinião e a participação. Embora, hoje, se fale muito da igreja com uma base de construção laical, como esperamos todos, acho que ainda estamos longe porque, de algum modo, as pessoas ainda não falam com o à vontade que deviam nas reuniões para casamentos e batizados.
Tem vindo a notar, de certa forma, um afastamento da comunidade?
Eu acho que não, a aderência é praticamente a mesma, no entanto estes dois anos serviram para manifestar a autenticidade de muita outra gente que vai ultrapassando tudo, não abdicando da prática religiosa.
Uma novidade importante disto tudo é que as pessoas passaram de uma prática religiosa por legalismo, por obrigação, para a prática religiosa brotar como uma necessidade interior.
Há 25 anos, quando chegou a Penude, a prática religiosa passava de geração em geração, os avós passavam aos pais e netos e os pais faziam questão de manter esses costumes no seio familiar. Sentem que isso, hoje, ainda acontece?
Os avós, sem dúvida. Agora, a faixa etária dos pais, é a que mais emigra e dos mais novos, poucos são os que vão ficar cá na terra. O aspeto religioso tem de ter uma fibra interior, há uma volta que tem de se dar.
Estamos a chegar a uma atitude de maior verdade daquilo que somos. A religião já não é tão passada por gerações, vem do interior de cada um.
Temos de acreditar na verdade da igreja e Jesus Cristo. A felicidade das pessoas está, antes de mais nada, no conseguirem ser aquilo que desejam interiormente e não propriamente em ser a capa social e obrigatoriedade, há outro espaço de realização e identificação.
Tem outras ocupações para além da igreja?
Já tive, já fui professor. Procurei sempre ter uma autonomia de vida em relação à comunidade, isto é, ter sempre uma profissão de onde vem a estabilidade do meu viver, do meu presente e também garantir o futuro com a minha reforma. Vivi sempre de uma profissão paralela.
Como surgiu a ideia da vacaria? Que contratempos e vantagens dá à comunidade?
Candidatámo-nos a um programa a nível nacional. Este projeto tinha um valor de um milhão e quinhentos mil euros, mas só nos financiavam seiscentos e cinquenta mil. Para conseguir seguir com o projeto tínhamos de arranjar forma de arrecadar o resto do dinheiro.
Os proprietários destes terrenos, terrenos baldios, tinham acabado de fazer um contrato com as eólicas, contrato de aluguer destes mesmos terrenos em que, durante trinta anos, iriam receber umas rendas que corresponderiam a, mais ou menos, um milhão e duzentos mil euros.
Com isto, eu reuni a comunidade, apresentei a proposta aos donos dos terrenos, apresentei o projeto, ao que, a comunidade votou favoravelmente. Assim nasceu este projeto em prol da comunidade.
O objetivo aqui é também retribuir à comunidade o seu gesto, fazendo com que os baldios de Penude ganhem dinâmica e também dar dinheiro, trabalho, desenvolvimento e também limpeza.
Havia a opção de reflorestação e da criação de gado. A reflorestação iria acrescentar pouco a Penude, ao longo de trinta anos não iria acrescentar nada à comunidade, correndo ainda o risco de os incêndios acabarem com todo o projeto e, no caso de correr bem, quem beneficiaria com isso seria o estado. Aqui o objetivo é o bem-estar da comunidade.
Este gado, é gado arouquês. No passado, em Penude, haviam mil ou mais vacas, cada família tinha três ou quatro. Volto a referir, isto é tudo pela comunidade.
Já gastámos mais de um milhão de euros no projeto, estamos ainda a pagar três ordenados anuais, o que resulta em despesas na ordem dos sessenta mil. Com a alimentação do gado e as restantes contas, resulta numa despesa de cento e vinte anuais e nós, por enquanto não atingimos esse valor em receitas.
Tudo começou com quarenta vacas e todos os machos são vendidos, isto quer dizer que, há um crescimento lento, todos os anos aumentamos o número de vacas em vinte ou trinta. Este ano já temos cento e vinte vacas, daqui a dois anos já teremos, eventualmente, cento e cinquenta. Temos licença parta ter duzentas e três, assim que atingirmos esse número, se ainda for eu a presidir o projeto, vou tentar ir para as quatrocentas.
Tudo isto é um processo, com cento e cinquenta vacas vamos conseguir cobrir os gatos anuais e, depois, com o aumentar do número de gado, vamos fazer deste projeto, um projeto rentável.
in Voz de Lamego, ano 91/38, n.º 4620, 4 de agosto de 2021
Lançamento do livro: Quintela de Penude
O Museu Diocesano de Lamego recebeu, no dia 25 de Novembro, a apresentação do livro: “QUINTELA DE PENUDE” de António Costa Gonçalves, feita brilhantemente pelo Dr. Agostinho Ribeiro. Fizeram ainda parte da mesa o Diretor do Museu Diocesano, Padre João Carlos Morgado e o Sr. Presidente da Câmara de Lamego, Dr. Ângelo Moura.
Em ambiente acolhedor de familiares e amigos, em sala cheia, ouvimos, com agrado, a explicação do conteúdo da obra, o que nos despertou o desejo da sua leitura.
António Costa Gonçalves, escritor de primeira viagem, viveu um momento único, acarinhado por todos. Cumpriu a sua tarefa e sentiu-se realizado, deixando aos vindouros a história da sua terra e das suas gentes. A ela ligado desde que nasceu, sentiu necessidade de, após cuidada pesquisa, passar a escrito a história de pessoas e lugares que sempre o enfeitiçaram. E fê-lo com rigor e curiosidade. Aqui, cumpre-me transcrever um pensamento de Jean-Jacques Rousseau: “Só se é curioso na proporção de quanto se é instruído “. E o António Costa Gonçalves é curioso, porque é instruído.
Foi também a saudade que o impeliu para a escrita desta obra. E, como grande amiga, quero dizer-lhe: ” Se me falares da tua saudade, entenderei, mas se escreveres sobre ela, eu a sentirei junto contigo “.
Teresa Taveira, in Voz de Lamego, ano 87/52, n.º 4438, 28 de novembro de 2017
Falecimento da Avó do Pe. Paulo Alves
Deus de Misericórdia Infinitiva, Pai de Bondade, fez regressar à Sua santa morada a Sra Alzira Alves Pereira, avó materna do reverendo Pe. Paulo Alves, a quem endereçamos as nossas sentidas condolências, extensíveis a toda a família. O Presbitério de Lamego, sob a orientação de D. António Couto, une-se na oração a Deus Pai. A certeza da Ressurreição de Cristo Jesus, faz-nos crer que esta nossa irmã, descansa agora na eternidade de Deus.
Missa Exequial, na Igreja Matriz de Penude, 3 de setembro de 2017, 16h00.
Entregando-a ao Senhor, agradeçamos a sua vida como dom e tarefa, na certeza que ora nos aproxima mais de Deus.
Padre José Filipe Ribeiro (1933 – 2017) | Ordenado para servir
Ao final da tarde do dia 9 deste mês, em Penude, Lamego, faleceu o Padre José Filipe Ribeiro que, no primeiro dia de dezembro, completara 83 anos de vida. O funeral realizou-se naquela paróquia, no dia 11, e o seu corpo foi sepultado no cemitério daquela freguesia.
Natural da Paróquia de São Pedro de Penude, do lugar da Matancinha, o Pe. José Filipe nasceu a 1 de dezembro de 1933 e era filho de Matias Ribeiro e de Maria Filomena. Depois de ter frequentado os Seminários da nossa diocese, foi ordenado diácono a 16/03/1957, na capela do Seminário, e presbítero a 15/08/1957, na Sé, por D. João da Silva Campos Neves.
A sua missão pastoral paroquial começou, nesse mesmo ano, por terras de S. João da Pesqueira, em Casais do Douro e Sarzedinho, ao mesmo tempo que assumia a tarefa de capelão da Quinta das Carvalhas. No mês de março de 1967 seguiu para a Guiné como capelão militar, donde voltou passado dois anos, assumindo então a Paróquia de Soutelo do Douto e, a partir de 22/07/1975, também a de Nagoselo, onde restaurou a Igreja paroquial. Em simultâneo, assumiu a leccionação de algumas aulas de EMRC, na escola preparatória de São João da Pesqueira. A partir de cá, promoveu a construção duma Capela no destacamento de Bale, na Guiné. Alguns anos depois, a partir de 1990, veio para mais perto da sua terra natal e assumiu a paroquialidade das paróquias de Figueira (arciprestado de Lamego), Queimada e Queimadela (arciprestado de Armamar). Com as limitações decorrentes da idade e da falta de saúde, foi diminuiu o espaço da missão, sendo Figueira a última paróquia a ser pastoralmente servida por ele, de onde saiu pelo ano de 2010. De então para cá residiu em Lamego e em casa de familiares, em Penude, sendo um sacerdote sempre disponível para auxiliar, nomeadamente no sacramento da reconciliação.
A saúde foi-se deteriorando e os tratamentos médicos foram-se sucedendo, intercalados com internamentos hospitalares. Nos últimos tempos, e tal como noticiado pelo nosso jornal, encontrava-se no Centro Social e Paroquial de Penude. E foi aqui que faleceu.
A Missa Exequial foi presidida por D. António Couto, acompanhado por D. Jacinto Botelho, por três dezenas de sacerdotes e muitos fiéis leigos, não apenas de Penude, mas também de outras terras onde o Pe. Filipe fora pároco.
Louvamos o Senhor da Vida e da Vocação por tudo quanto nos concedeu por intermédio deste nosso irmão sacerdote e por ele rezamos.
JD, in Voz de Lamego, ano 87/10, n.º 4395, 17 de janeiro de 2017
Falecimento do Pe. José Filipe Ribeiro | 1933-2017
(Pe. José Filipe em segundo plano, com o Pe. Vítor Rosa, em primeiro plano, na Assembleia do Clero, em 17 de setembro de 2012)
O Senhor Deus chamou à Sua presença o Pe. José Filipe Ribeiro.
Natural da Paróquia de São Pedro de Penude, do lugar da Matancinha, o Pe. José Filipe nasceu a 1 de dezembro de 1933. Filho de Matias Ribeiro e de Maria Filomena.
Ordenado sacerdote a 15 de agosto de 1957. Começou por paroquiar em Casais do Douro e Sarzedinho, sendo capelão da Quinta das Carvalhas. No mês de março de 1967 seguiu para a Guiné como capelão militar. Dois anos volvidos, regressou à Diocese e assumiu a Paróquia de Soutelo do Douto e, em 22 de julho de 1975, a de Nagoselo, assumindo também a leccionação de algumas aulas de EMRC na escola preparatória de São João da Pesqueira. Neste tempo, promoveu a construção duma Capela no destacamento de Bale, na Guiné, e restaurou a Igreja de Nagoselo.
Posteriormente assumiu a paroquialidade das paróquias de Figueira, Queimada e Queimadela, no Arciprestado de Lamego.
Durante os últimos tempos encontrava-se no Centro Social e Paroquial de Penude, depois de um longo período de doença prolongada.
A Missa Exequial será celebrada na quarta-feira, dia 11 de janeiro, pelas 10h30, na Igreja Paroquial de Penude e será presidida por D. António Couto, Bispo de Lamego.
O Senhor Bispo, D. António Couto, em nome do Presbitério e da Diocese, manifesta as Suas condolências à família do reverendo Pe. José Filipe. Confiemo-lo à misericórdia de Deus.
(Fonte: M. GONÇALVES DA COSTA (1975). Paróquias Beiraltinas. Penude e Magueija. Lamego: Edição do autor).
Falecimento do Pe. Filipe Gonçalves da Fonseca
(Pe. Filipe, primeiro da direita para a esquerda)
O Senhor, na Sua Infinita misericórdia e sabedoria, chamou a Si o reverendo Pe. Filipe Gonçalves da Fonseca, natural de Penude, a viver em Tabuaço, zona pastoral onde exerceu grande parte do seu ministério sacerdotal.
Nos últimos dias, as condições de saúde degradaram-se acentuadamente. Na noite de domingo para segunda-feira, foi-lhe administrada a Santa Unção e na segunda-feira deu entrada nas Urgências do Centro Hospitalar, em Vila Real, ficando em observação e a realizar diversos exames.
(Pe. Filipe, primeiro da direita para a esquerda)
Nasceu a 14 de outubro 1932, na paróquia de São Pedro de Penude, no lugar do Granjal. Filho de Francisco Rodrigues da Fonseca e de Emília Gonçalves. Foi ordenado a 15 de agosto de 1955. Começou por ser pároco em Vale de Figueira a Velha, seguindo-se Pretarouca e Feirão.
Viria a fixar-se em Tabuaço, tendo sido pároco de Paradela, Távora, Granjinha e Sendim. Atualmente, era Capelão no Lar Maria Barradas, na paróquia de Barcos.
Faleceu na manhã de 6 de novembro de 2015.
O VELÓRIO far-se-á na Igreja Paroquial de Tabuaço
(Pe. Filipe, ao lado do Senhor D. Jacinto. Segundo sacerdote a contar da direita para a esquerda)
FUNERAL e celebrações:
dia 7 de novembro | sábado
9h00 – Missa exequial na Igreja Paroquial de Tabuaço
Seguirá para a sua terra natal, São Pedro de Penude.
11h00 – Missa Exequial na Igreja Paroquial de Penude, presidida pelo Senhor Bispo, D. António Couto.
A Diocese de Lamego une-se em oração à família, aos amigos, às comunidades em que serviu, e à paróquia natal, em oração, agradecendo a Deus o dom da sua vida e no seu ministério pastoral.
Visita Pastoral de D. António Couto na Paróquia de S. Pedro de Penude
Relato, relendo e memorizando o que ultrapassa as palavras.
No contexto da Visita Pastoral do Bispo da Diocese de Lamego, D. António Couto, à Paróquia de S. Pedro de Penude, celebrou-se a Festa do nosso Padroeiro, antecipada para o dia 28 de Junho, domingo.
No dia 24, o Senhor D. António percorreu a Paróquia, visitando nas suas casas cerca de trinta velhinhos e doentes a quem deu o Sacramento da Santa Unção. O tempo que estava previsto para esta ação era de duas horas e meia, acabou por se alargar quase para o dobro. O calor humano e cristão traduziu-se na exuberante alegria dos destinatários e suas famílias;
No dia 25 celebrou a Eucaristia no Lar, tendo administrado igualmente o sacramento da Santa Unção, participado na refeição comum e convívio com o pessoal e idosos;
No dia 26 celebrou a Eucaristia em Quintela e deixou-se envolver no convívio singelo, mas cheio de significado, com os moradores e não residentes que quiseram manifestar a sua ligação à terra; à noite, desse mesmo dia, partilhou com os representantes dos diferentes serviços pastorais uma alegre experiência da organização dos serviços missionários em terras de Moçambique, mostrando a juventude e alegria que as nossas comunidades podem saborear, através da responsabilização comunitária e pessoal ao serviço do Evangelho. Compete a cada um descobrir e concretizar a sua forma de serviço às pessoas e à comunidade. A grande resultante, a alegria daquilo que somos e dos caminhos que vamos trilhando, conduzidos pelo Espírito, dá-nos a certeza de que vale bem assumir o compromisso evangélico do ser cristãos.
O Dia 27 será marcado pela Eucaristia e os momentos de proximidade e convívio nas Comunidades que se reúnem à volta da capela da Senhora do Rosário (Outeiro) e de Santa Cruz (Matancinha).
O dia 28 funcionou como o dia de concentração em unidade paroquial, celebrando o dom da fé na precaridade do nosso ser humano, tendo bem presente essa figura ímpar (S. Pedro) e tão igual a nós na fraqueza, mas também tão espontânea, generosa e confiante, como cada um deseja assumir, no dia a dia, através da resposta viva das suas concretizações e entregas. A festa, a modos populares, com música, foguetes, mas também com os andores e a representação simbólica das figuras que povoam as respostas variadas, mas complementares, dadas pela multidão daqueles que no «mesmo sentir », que caracterizava a unidade e sonho das primeiras comunidades cristãs, vão salpicando a caminhada histórica dos discípulos de Cristo, presentes no mundo, fortificados por esse dar-se ao serviço e por amor de todos que sentimos amados e bafejados pela ternura do Deus. Na homília da celebração eucarística, D. António Couto quis deixar bem marcada uma postura fundamental para o ser cristão hoje: Como Pedro e Paulo que nos deixemos fascinar por Cristo que causa diante dos nossos olhos e inteligência um verdadeiro espanto. Este espanto gera entrega e motiva-nos
para a missão de O dar a conhecer pelo “Dizer”pessoal de cada um, como resposta à pergunta fundamental: «e vós quem dizeis que Eu Sou»?
Obrigado D. António, a sua presença no meio de nós, fez-nos bem e, assim o esperamos, tornar-se-á salutar e eficaz no empenho das nossas vidas ao serviço de todos os que nos rodeiam.
Porque é justo, não podemos deixar de aplaudir e agradecer à Comissão de Festas de São Pedro que contribuiu, a seu modo, para que a Visita Pastoral do Nosso Bispo, à Paróquia de Penude, se concretizasse em ambiente festivo e popular, igual atitude queremos tomar em relação as comunidades das diferentes partes da Paróquia que num excesso de brio e amor manifestaram a riqueza dos seus sentimentos e evidenciaram o que o fé é para as suas vidas..
Pe. Adriano in Voz de Lamego, n.º 4320, ano 85/33, de 30 de junho de 2015
Sacramento do Crisma | Paróquia de Santa Maria de Almacave
“… Designou 72 discípulos e enviou-os dois a dois…” (Lc 10)
No dia 31 de Maio, Solenidade da Santíssima Trindade, a Paróquia de Almacave viveu o seu dia de Festa da Confirmação de 72 crismados, dividindo-se em jovens com o percurso de 10 anos de Catequese, das paróquias de Almacave e Penude e adultos que fizeram o seu percurso catequético em diversas paróquias, de onde vieram transferidos.
Começa a ser muito frequente na Paróquia a procura do Sacramento do Crisma por adultos que assim demandam completar um percurso de vida que lhes dê respostas a necessidades inerentes ao ser padrinhos mas também, alguns que procuram aprofundar a sua fé, pelo que há já a concretização de uma formação catequética globalizante e que permita em pouco tempo fazer a formação necessária.
O Sr D. António, que presidiu a esta Cerimónia, incidiu a sua homilia na centralidade do Dom do Espírito recebido nesta Celebração e no simbolismo da oferta de uma flor que não necessita de palavras entre quem a dá e a recebe pois o silêncio tudo expressa, para aludir ao mesmo Dom que cada crismado recebe de forma impercetível, no seu Crisma. O número de crismandos, 72, levou a que a passagem de Lucas 10 fosse citada para o convite a que os Crismados assumissem a sua missão a partir de agora.
Assim, terminou mais um percurso catequético que inúmeros jovens fizeram ao longo dos 10 anos, com diversos catequistas que procuraram fazer o seu acompanhamento ainda que, com a cada vez maior dificuldade em motivar a sua participação, a cada ano que passa.
A participação no Retiro em Resende que os crismados fizeram em conjunto com o Grupo Almacave Jovem, foi um passo para a adesão de muitos deles às atividades que o Grupo realiza e que se espera seja a melhor forma de atratividade à Mensagem de Jesus Cristo.
Esperemos agora que a semente lançada venha a dar frutos e que sejam em abundância na Messe do Senhor, pois o trabalho dos “semeadores” foi feito e agora cabe ao Espírito do Senhor e à Providência Divina a abertura dos caminhos de todos os 72 crismados.
Isolina Guerra, in Voz de Lamego, n.º 4316, ano 85/29, de 2 de junho de 2015
Bodas de Prata Sacerdotais | Pe. LEONEL CLARO, comboniano
Reflexão pelo jubileu de prata sacerdotal | Penude 24 de agosto de 2014.
25 anos de sacerdócio. É muito e ao mesmo tempo é tão pouco. Uma parte da minha reflexão por esta data já está publicada na folha dominical. Não a vou repetir. Podeis lê-la tranquilamente em casa.
Quero simplesmente partilhar convosco um pequeno resumo, pelo menos alguns aspectos, do que foram estes 25 anos de consagração presbiteral.
Foram certamente 25 anos de Fé:
Humanamente, para ser padre é necessário uma boa dose de maluqueira, temperado com algum espírito de aventura; mas sobretudo carradas de fé e confiança no autor da vida, da vocação e da missão. Porque uma consagração religiosa só sobrevive, permanece, pela e na fé. Fé que não estou só; que eu sou mero gestor dos dons e das tarefas que me são confiadas; fé que mesmo quando nada se passa como programamos, pensamos ou desejamos, o Senhor faz germinar vida. Fé nas pessoas com quem trabalho e para quem trabalho, os jovens sobretudo; fé quando tanta gente à minha volta não acredita no trabalho que me foi confiado e procuro realizar com alegria e entusiasmo.
Foram 25 anos de juventude:
Todos os meus anos em Portugal foram dedicados, aos adolescentes e aos jovens. Claro que houve muitos outros momentos, com adultos, crianças; mas a maior parte, as melhores energias, a melhor dedicação foram sobretudo para os adolescentes do seminário combonianos em família, em Famalicão e agora para os jovens do Fé e Missão, do JIM e outros. Isso, creio, ajudou-me a manter um espírito desperto, mesmo se por vezes o físico prega algumas partidas.
Foram 25 Anos de encontros
Quantas crianças, adolescentes, jovens tenho encontrado em escolas, paróquias, grupos e movimentos. Com eles encontram-se os pais e familiares, os amigos; depois os párocos de inúmeras paróquias frequentadas, onde rezei, celebrei, caminhei,… e assim por diante. A vida é feita de encontros, e a minha vida está repleta deles, o que a faz mais rica e plena.