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Visita Pastoral de D. António Couto em Fráguas
1 – FRÁGUAS:
“VIM PARA VOS CONHECER COM OS OLHOS DO CORAÇÃO”
– disse o nosso Bispo ao Povo.
“A verdadeira Paróquia de Fráguas está na diocese de Evry, arredores de Paris. Aqui mora o “resto”, guardião da Fé, da tradição e do bairrismo e que necessita, tal como os judeus de Alexandria, de setenta sábios que traduzam para o francês toda esta sabedoria acumulada ao longo dos séculos”, afirmou o pároco convidando o senhor Bispo a vir presidir à celebração, no segundo domingo de Agosto, para sentir o pulsar da paróquia de Fráguas.
Na passada quinta-feira, dia 20, o nosso Bispo visitou as quatro capelas – Fráguas é a terra das capelas – todas arranjadinhas e a Igre; celebrou a Santa Missa dizendo: – “Ao entrar na Diocese afirmei que queria conhecer o vosso rosto. Hoje estou, aqui, na igreja, a casa de Deus no meio das vossas casas, para vos conhecer e amar. Conhecer-vos olhos nos olhos com os olhos do coração. Conhecer com os olhos do coração é ver no outro, um irmão. Procurai sentir-vos irmãos, uns dos outros porque Deus é Pai de todos”. Ler mais…
Passeio Paroquial Vila Nova de Paiva e Fráguas – 2016
A viagem decorreu com a normalidade característica destas viagens. Os dois autocarros encontraram-se junto ao restaurante «As Cubatas» junto a Albergaria-a-Velha para uma primeira paragem de descanso, café… e seguimos para o parque eo pequeno Santuário de La Salette, obra de há cerca de um século.
Mas este santuário é a sequência deu ma pequena capela construída em 1870 no mesmo local devido à interpretação como milagre, de uma chuvada, em Julho, no decorrer de uma procissão pedindo chuva. Só depois, devido à popularidade do culto na capelinha se construiu esta capela-santuário de que admirámos sobretudo as linhas góticas, os vitrais e a rosácea. Os vitrais, vistos do interior, são uma pequena maravilha.
À volta, ladeando a capela, um parque bem espaçoso em que não falta um lago com barquitos, patos, peixes… mesas de pedra, árvores exóticas e as apetecidas sombras neste tórrido mês de Julho.
Esperou-se que o santuário ficasse livre para que, pelas 12h30, fosse celebrada, pelo nosso pároco, a solene missa dominical.
Já as barrigas davam horas, o almoço soube a pouco. É a parte mais interessante, segundo muitos. À volta da mesa conversa-se, partilham-se as iguarias dos farnéis cuidadosamente embalados e trazidos. É este convívio que torna estas viagens mais interessantes aproximando as pessoas. Alguém dizia mesmo que, sem a partilha do farnel, o passeio paroquial quase não teria sentido. E isto leva o seu tempo! É que um lanche assim partilhado quer-se bem saboreado!
Daí que no trajecto seguinte, em direcção ao Mosteiro de Arouca, não faltasse quem cambaleasse embalado pelos solavancos do autocarro. Paragem rápida com visita à igreja convidando a uma visita mais demorada sobretudo ao museu de arte sacra.
A subida pachorrenta até à capela de Nossa Senhora da Mó fez calafrios a alguns pelos precipícios que rodeavam a estrada íngreme. De beleza medieval, nela se encontra pequena imagem, pensa-se que do século XVI, devidamente resguardada. Saliente-se aqui, tal como no Santuário de La Salette, a vista panorâmica.
E a viagem assumiria, a partir daqui, com um sentido mais apaixonado. Dividiam-se as opiniões. Enquanto uns achavam melhor continuar o convívio abrindo de novo os farnéis, o melhor da festa, outros já só pensavam em ver a final do Europeu 2016. Depois de várias tentativas de aparcamento não se descobriu um lugar apetecível e, depois de olharmos para os Passadiços do Paiva convidando a uma visita, acabámos por chegar ao destino bem a tempo de ver na TV o Portugal-França, a final do Europeu de Futebol.
Manuel Proença, in Voz de Lamego, ano 86/37, n.º 4373, 26 de julho de 2016