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GRUPO ALMACAVE JOVEM | CONFERÊNCIA “ONDE ESTÁ DEUS”
Decorreu no passado dia 21 de Abril, no Centro Paroquial de Almacave, a apresentação da Conferência “Onde está Deus? Dor e Sofrimento do ponto de vista da Fé e da Esperança Humana” que congregou centenas de pessoas, ansiosas de ouvir a partilha dos conferencistas envolvidos, dada a sua biografia mas, acima de tudo, pela sua vasta experiência de vida.
A organização deste evento esteve a cargo do Grupo Almacave Jovem que não se poupou a esforços para a sua divulgação através dos mais diversos meios de comunicação.
A abertura foi realizada com uma intervenção de D. António Couto, Bispo de Lamego, que nos salientou que“a dor é para dizer”, nas nossas vidas e na vida dos que nos rodeiam, lembrando mesmo a sua ligação com as vitimas dos incidentes recentemente ocorridos no nosso Concelho ,a quem é necessária a ajuda material mas, mais ainda que se ouçam na sua dor. Ler mais…
Dor e Sofrimento. Onde está Deus?
No passado dia 21 de abril o grupo Almacave Jovem promoveu uma conferência subordinada à temática “Dor e Sofrimento”, no Auditório do Centro Paroquial. Foi um momento de partilha de conhecimentos e experiências em torno de questões importantes, como o conceito de dor total e a abordagem do sofrimento na perspetiva da Igreja e dos cuidados de saúde, apontando os cuidados paliativos como uma das respostas. A European Association for Palliative Care (EAPC) define cuidados paliativos como “cuidados ativos e totais do doente cuja doença não responde à terapêutica curativa, sendo primordial o controlo da dor e outros sintomas, problemas sociais, psicológicos e espirituais. São cuidados interdisciplinares que envolvem o doente, família e a comunidade nos seus objetivos e devem ser prestados onde quer que o doente deseje ser cuidado, seja em casa ou no hospital. Afirmam a vida e assumem a morte como um processo natural e, como tal, não antecipam nem adiam a morte. Procuram preservar a melhor qualidade de vida possível, prevenindo e aliviando o sofrimento evitável, ou seja, reconhecendo e melhorando a experiência da pessoa que sofre.
Cuidados às pessoas na fase final da sua vida, nomeadamente aos moribundos, foram sendo disponibilizados e efetuados desde os tempos mais remotos da História por personalidades individuais ou grupos, sobretudo religiosos. Embora não se possa nem deva retirar o mérito e importância a estes cuidados, que eram sobretudo cuidados de âmbito geral e caritativo, é importante não confundir com o Movimento Moderno dos Cuidados Paliativos, que se reporta aos anos 60, pela mão da Dame Cicely Saunders. Na sua perspetiva mais moderna, estes cuidados combinam cuidados clínicos, formação e investigação e são prestados no seio de uma equipa multidisciplinar constituída por médico, enfermeiro, assistente social, psicólogo, assistente operacional, fisioterapeuta, nutricionista, assistente espiritual, voluntário e outros que seja necessário envolver, de acordo com o plano individual e integral de cuidados. No centro da equipa está o doente e família. ”. Por forma a mitigar o sofrimento, os vários elementos da equipa desenham intervenções holísticas e compassivas que promovam a transição a uma nova circunstância de vida, reduzindo formas evitáveis de sofrimento e ansiedade e promovendo o bem-estar. Os cuidados devem refletir a coordenação, competência, acessibilidade, informação entendível, na quantidade adequada a cada pessoa e um rigoroso controlo sintomático e expressão emocional.
Em Portugal, a história dos cuidados paliativos modernos tem cerca de 25 anos. As primeiras equipas multidisciplinares estavam sediadas no IPO Porto (Professor Ferraz Gonçalves), no Hospital do Fundão (Dr Lourenço Marques) e no Centro de Saúde de Odivelas (Drª Isabel Galriça Neto. Para aceder ao número, localização, contactos e tipologia das equipas (intrahospitalar, comunitária de suporte e internamento) consulte informação em https://www.sns.gov.pt/sns/cuidados-paliativos/unidades-de-cuidados-paliativos/. Existem ainda equipas de cuidados paliativos em hospitais privados. O médico assistente, no hospital ou comunidade, é a pessoa mais bem colocada para facilitar o acesso a cuidados paliativos.
Catarina Simões (enfermeira de cuidados paliativos)
in Voz de Lamego, ano 87/24, n.º 4409, 25 de abril de 2017
D. António Couto em São João da Pesqueira: A Igreja em Missão
Citando Sua Santidade Papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, “O Bispo deve favorecer sempre a comunhão missionária na sua Igreja diocesana, seguindo o ideal das primeiras comunidades cristãs em que os crentes tinham um só coração e uma só alma. Para isso, às vezes pôr-se-á à frente para indicar a estrada e sustentar a esperança do povo, outras vezes, manter-se-á simplesmente no meio de todos com a sua proximidade simples e misericordiosa e, em certas circunstâncias, deverá caminhar atrás do povo para ajudar aqueles que se atrasaram e sobretudo porque o próprio rebanho possui o olfacto para encontrar novas estradas”.
Foi com estas palavras e grande regozijo que São João da Pesqueira, no dia 21 de janeiro, às 21:00 no Auditório da Biblioteca Municipal, deu as boas vindas a Sua Excelência Reverendíssima Senhor Bispo de Lamego, D. António Couto e ao Reverendíssimo Senhor Pró Vigário, Pe. João Carlos.
Coração do Douro, as suas gentes e o seu rebanho, que brinda com a formosa natureza e faz submergir na colossal beleza de compreender e, também, de aceitar a grandeza de um povo que com o suor no rosto, mãos calejadas, com a vontade e força por um mosto desbravou as montanhas e criou um lugar encantado, venerado e coroado. Ler mais…