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Operação “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”
No passado dia 27 de Novembro de 2016, 1.º Domingo do Advento, na Eucaristia da Sé Catedral, às 10 h da manhã, presidida pelo Provigário da Diocese, Reverendíssimo Sr. Padre João Carlos Morgado, procedeu-se à cerimónia da entrega da Luz da Paz.
Com este ato simbólico procura dar-se, uma vez mais, ênfase ao projeto da Cáritas Portuguesa e consequentemente realçar a importância da Operação “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”, um compromisso com a Paz no Mundo.
Relembramos que com a venda das velas inerentes à campanha, pelo valor simbólico de 1€, pretende-se apoiar pessoas e famílias em situação de pobreza.
Na Noite de Natal, não nos esqueçamos de acender e colocar uma vela nas nossas janelas, que seja um gesto que reflita a importância de Partilha, Solidariedade e Paz no Mundo.
A Presidente da Cáritas Diocesana de Lamego
Isabel Duarte Mirandela da Costa
Nota: Todos os que, quiserem juntar-se à Cáritas, participando na sua missão de estar ao lado dos mais frágeis, poderão adquirir uma vela nas instalações da Cáritas Diocesana de Lamego, nas respetivas paróquias e Gráfica de Lamego ou em qualquer loja Pingo Doce, pelo valor simbólico de 1€; 65% do valor angariado destina-se a apoiar pessoas que contam com a ajuda da Rede Cáritas e 35% para auxiliar famílias de refugiados apoiadas pela Cáritas, na Grécia.
in Voz de Lamego, ano 87/05, n.º 4390, 6 de dezembro de 2016
COMUNHÃO PASCAL | HOSPITAL DE LAMEGO
Mais uma vez se cumpriu a tradição.
Sábado, 30 de Maio, o Hospital de Lamego entrou em festa, e mais uma vez corredores e átrios se encheram de flores em ramos, arranjos e magníficos tapetes que receberam todos quantos iam chegando para se juntar a doentes e funcionários e celebrar a Comunhão Pascal e o Dia do Hospital de Lamego.
Honrou-nos com a sua presença D. António Couto, acompanhado pelo Vigário Geral, Monsenhor Joaquim, pelo Pro-Vigário, Dr. João, Cónego José Ferreira, Pe. Joaquim Dionísio e o nosso capelão Pe. Ricardo, ainda convalescente de um grave acidente, mas a recuperar bem, graças a Deus.
A Leandra, acólita na Sé, deu mais uma vez o seu generoso contributo, disponível como uma boa cristã.
A sessão solene com que se deram as boas-vindas aos participantes contou com um emotivo tributo aos funcionários aposentados em 2014 e a algumas instituições que de modo especial colaboraram com o nosso hospital; um agradável momento musical fez a transição para uma interessantíssima conferência, proporcionada pelo Dr. José Pessoa, que de modo muito claro e que prendeu a atenção de toda a assembleia, nos falou sobre a história dos Hospitais e da Medicina em Portugal e, em particular, do Hospital de Lamego – fica o curioso facto de, nos tempos do Marquês de Pombal, um registo a pedido deste efetuado, revelar que o Hospital de Lamego, então a funcionar no edifício do atual Teatro Ribeiro Conceição, dispunha de “60 camas, 2 médicos e 2 cirurgiões em permanência, 4 enfermeiros e vários serviçais”…um grande hospital, tendo em conta que a população era bastante menor que a atual! Comovente o cuidado (registado!) da Misericórdia que todos os dias enviava um dos Irmãos para provar a comida que era servida aos doentes e vigiar a sua distribuição!
No início do séc. XIX inaugura-se o Hospital de D. Luís nas instalações do “Hospital Velho”, que nos serviu por mais de um século e que muitos dos lamecenses lembram com carinho e saudade – lá encontraram ajuda para os seus males e aflições, lá nasceram muitos deles e seus filhos, lá viram partir para o Pai os familiares que Ele entendeu levar…
Mantém intacta a estrutura inicial, influenciada pelo grande médico português Ribeiro Sanches (mais conhecido por ter sido o médico de confiança de Catarina da Rússia), com realce para os fabulosos azulejos do átrio da entrada que retratam vários personagens da religiosidade popular ligadas à cura e tratamento dos doentes e, entre as quais, em respeito às crenças locais, figura o Heitorzinho do Loureiro, pessoa de grande fé e bondade, que muitos consideram ser intercessor junto de Deus pela saúde dos seus conterrâneos; também as galerias de ferro forjado são dignas de admiração pela beleza e graciosidade com que emolduram o repousante jardim central, local de descanso e relaxe de muitos utentes (a quem a deambulação era possível) e dos seus familiares.
Após a inauguração de um “pequeno museu” no hall de entrada que permitirá o contacto dos visitantes com o passado do Hospital e das instalações da Casa do Pessoal, há muito aguardadas, teve início a Eucaristia celebrada por D. António Couto, concelebrada pelos senhores Padres anteriormente referidos e abrilhantada pelo Coro dos Funcionários do Hospital com ajuda vocal e instrumental de jovens voluntários da cidade. Foi para todos tocante a homilia de D. António Couto que, com notável compreensão do papel, por vezes muito difícil, de quem trabalha neste tipo de instituições, conseguiu fazer-nos pensar no papel que o Espírito Santo tem no coração e na inteligência de cada um de nós ao tornar-nos agentes de compaixão e amor, ao fazer nos ver a Deus no Outro que sofre, olhar e admirar O filho de Deus no doente, vê-lo nosso irmão e adorar a Deus através da nossa atuação, da nossa doação, dando apoio, carinho e felicidade a quem só tinha dor; fazer deste local, inicialmente de sofrimento, um local de confiança e felicidade, de EUTROPIA!
Estimulados e entusiasmados com estas palavras, o nosso trabalho será mais leve, pois sabemos que o fazemos por Ele, ABBA!
Por Ti Pai, trazemos o Amor e a Ternura da Igreja todos os dias para dentro deste Hospital!
Podíamos ser apenas funcionários, fazer apenas a nossa obrigação, cumprir apenas os nossos contratos…mas os nossos irmãos merecem mais! E por Amor a Deus, vamos dar-lhes o Amor que Ele nos deu a nós! Com esta certeza fortalecida, enchemos os corredores, saímos da capela e, envoltos em cânticos de louvor, seguimos a imagem de Cristo e o nosso Bispo para visitarmos com renovado ânimo os doentes e seus familiares, que receberam Deus com alegria comovente.
Com a felicidade de uma tarde tão bem passada, as conversas e comentários trocaram-se acompanhados por um apetitoso lanche servido no nosso refeitório e que encerrou do melhor modo esta confraternização anual que é, com estas características, única a nível hospitalar.
Até para o ano, e esperamos contar novamente com todos os que estiveram e com muitos mais lamecenses que a nós se quiserem juntar.
Esta é a CASA de todos!
I.M., in Voz de Lamego, n.º 4316, ano 85/29, de 2 de junho de 2015
Ano de Vida Consagrada
Celebraremos o dia dos consagrados, no próximo dia 08 de fevereiro de 2015, na Igreja catedral de Lamego (Sé), na eucaristia das 11.30h, com todo o povo de Deus. Presidirá a esta celebração, o Senhor D. António Couto, Bispo de Lamego.
Lembramos a todas as comunidades da Diocese, para a necessidade de nos conhecermos cada vez melhor, e, isto só será possível se sairmos um pouco e participarmos nestes encontros, encorajamo-nos uns com os outros nesta caminhada, como pedras vivas da Igreja de Cristo.
É na diferença de cada consagrado, na sua fidelidade ao Instituo ou ordem, a que pertencemos, no seguimento de Cristo que construímos a comunidade na obediência e renuncia, que seremos testemunhos do Reino de deus, que queremos implantar no meio do povo de Deus.
Recordamos a festa da Apresentação do Senhor no Templo.
O texto de Malaquias: “e imediatamente entrará no seu santuário o Senhor que vós procurais… ei-lo que chega!” (Mal. 3,1). O Menino trazido nos braços de Maria e José, entra como qualquer criança de quarenta dias, com o fim de cumprir o que a Lei de Moisés prescrevia. Trazem-no ao templo como tantas outras crianças israelitas: um filho de gente pobre. Ele entra, então, sem chamar atenção de ninguém, sem que ninguém o espere. “Deus abscônditos…” Na verdade, vós sois um Deus escondido (Is. 45,15).
Maria traz o seu filho nos braços. Mas, mesmo nessa altura, Jesus á luz das nossas almas, a luz que ilumina as trevas do conhecimento e da existência humana, da inteligência e da consciência.
“ Eles deixaram tudo e seguiram Jesus” (lc. 5, 1-11).
Jesus está no meio da multidão. Fala. Escutam-no. Lucas indica-nos que é a primeira atitude da Igreja a pregação. É o que a Igreja deve fazer. Foi Jesus que a começou. Esta é um prolongamento daquela de Jesus, e tem o mesmo conteúdo. Senhor torna-nos capazes de escutar a Tua palavra.
“Jesus subiu para uma barca, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra”. Jesus já não ensina na sinagoga, mas nas margens do lago. A barca encontra-se a uma distância entre jesus e a multidão, sublinhando uma certa autoridade de Jesus: o simbolismo é evidente: a barca representa a comunidade cristã.
É esse o único lugar onde ressoa a voz do Mestre, é dela e não de outros púlpitos que se devem aproximar os que desejam receber luz, consolação e esperança.
“Quando acabou de falar, disse a Simão: faz-te ao largo a lançai as redes para a pesca…”
Perante a palavra do Senhor, que convida a lançar as redes em pleno dia. Simão pensa que a ordem recebida é ilógica, insensata e que o esforço que lhe é pedido é inútil e ridículo. E, todavia, embora a palavra do mestre vai contra a sua lógica, ele obedece confia e, no fim, obtêm um resultado imprevisto e extraordinário.
Em Pedro revemo-nos todos nós. A nossa sabedoria leva-nos recusar. Mas, o Senhor convida-nos a lançar as redes, novamente e novamente…
“Deixaram tudo e seguiram Jesus…”
O verdadeiro milagre não é a pesca no alto mar, é no coração dos homens, é quando se aceita o grande risco da fé e, deixando tudo, se segue Jesus. Os discípulos deixaram suas velhas barcas e umas redes rotas; era tudo o que possuíam, e nós seremos capazes de ter o mesmo gesto corajoso e radical?
Desejo a todas as comunidades um bom trabalho, neste ano dedicado aos consagrados. Que nos tronemos visíveis e atuantes, nesta porção do povo de Deus. Façamos um esforço para estar presente na Igreja Mãe, no dia 08/02 de 2015, para celebrarmos a nossa eucaristia e renovarmos os votos outrora feitos. Não esqueçamos que somos uma comunidade de peregrinos, a caminho da casa do pai.
Que o Senhor da vinha a todos recompense e conforte.
Pe. Avelino Martins da Silva osb., in VOZ DE LAMEGO, n.º 4299, ano 85/12, de 3 de fevereiro de 2015
Início das VISITAS PASTORAIS no Arciprestado de Lamego
No dia 25 de Janeiro, pelas 16 horas, ocorreu mais um evento de preparação das Visitas Pastorais às paróquias do Arciprestado de Lamego. Reuniram-se os membros dos Conselhos Pastorais Paroquiais e do Conselho Pastoral Arciprestal, no anfiteatro do Museu Diocesano, para participarem numa conferência de D. António Couto, Bispo de Lamego sobre “Visitas Pastorais”. O Arcipreste de Lamego, Pe. Joaquim Assunção, começou por saudar os presentes, cerca de oito dezenas de membros destes Conselhos, com uma palavra de introdução alusiva à natureza e finalidade desta actividade arciprestal, a decorrer entre Fevereiro e Julho de 2015.
“A visita pastoral é uma das formas, corroborada pela experiência de séculos, com a qual o Bispo mantém contactos pessoais com o povo de Deus, reavivando as energias das comunidades cristãs e dos intervenientes na missão da Igreja, encorajando e chamando todos os fiéis à renovação da fé e da vida cristã bem como a uma actividade apostólica eficaz e de acordo com as exigências atuais”.
Em seguida, o sr. Bispo, proferiu uma bela e rica alocução, citando o Diretório para o Ministério Pastoral dos Bispos, e diversas passagens bíblicas do Novo Testamento, para explicitar o sentido da palavra “visita”. “A Visita Pastoral é um acontecimento de graça que, de algum modo, reflete aquela tão especial visita com a qual o Supremo Pastor (1 Pedro 5,4) Jesus Cristo, visitou e redimiu o seu povo (Lucas 1, 68) (n.º220)”.
Fez notar ainda que a palavra “bispo”, no texto grego, desenha um olhar de cima para baixo, mas que não é um olhar de superioridade mas antes “um olhar maternal e paternal, um olhar de graça”. Nesta ordem de ideias, mais adiante afirmou: “Pondo as coisas neste grau de beleza e de exigência, a mim com vosso bispo, compete-me através da visita pastoral, ser no meio de vós a transparência pura de Jesus Cristo, e encher de mais amor e alegria a família de Deus espalhada pelas 24 Paróquias deste Arciprestado de Lamego”.
Com a sala do museu diocesano a transbordar, e perante uma assembleia recheada de muitos fiéis leigos, a representar as suas Paróquias, dirigiu-se-lhes de modo particular nestes termos: “Quero que esta Visita pastoral sirva também para vos dizer que vós sois protagonistas da Evangelização, e que a vossa missão de evangelizadores é necessária e fundamental para a renovação do tecido reticular da nossa Diocese de Lamego, toda unida e reunida à volta de Jesus Cristo”.
Terminada a Conferência, os participantes dirigiram-se ao Centro Social e Paroquial da Sé, para um frugal lanche/convívio. Terminou a jornada com a Eucaristia na Sé Catedral, presidida por D. António Couto e concelebrada pelos sacerdotes do Arciprestado, que contou com a numerosa participação destes membros dos Conselhos de Pastoral, a assinalar, deste modo, o início oficial das Visitas Pastorais no Arciprestado de Lamego.
Pe. Joaquim Assunção Ferreira, Arcipreste
in VOZ DE LAMEGO, n.º 4298, ano 85/11, de 20 de janeiro de 2015