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Editorial Voz de Lamego: Igreja em comunhão
Prefiro uma Igreja acidentada por sair, que uma Igreja “raquítica” por permanecer encerrada por medo ou por comodismo. São palavras do Papa Francisco que nos ajudaram a refletir sobre o lema pastoral da Diocese de Lamego para 2019/2020: “Igreja em caminho. Igreja em comunhão”. Enquanto esperamos pela Carta Pastoral do nosso Bispo, a apresentar a 28 de setembro, partiremos novamente das palavras do Santo Padre para refletirmos sobre a acentuação sinodal da Igreja.
Não basta partir! Partimos para levar Jesus, para dar Jesus aos outros, para transparecer Jesus, para, como Ele, cuidarmos dos mais frágeis. Não vamos sós. Não vamos em nosso nome. Mas em nome da comunidade, em nome da Igreja. Acentuação lunar da Igreja que reflete Jesus, a verdadeira Luz, assim como a Lua reflete a luz do Sol. Como membros da Igreja, também nós havemos de refletir a Vida de Jesus.
Em muitas das suas intervenções, o Papa junta dois vocábulos: caminhar e juntos. Não basta caminhar, mas caminhar juntos, inseridos na comunidade. Esta, à imagem da Santíssima Trindade, faz-nos avançar, ajuda-nos a não nos fecharmos sobre nós e não nos iludirmos com as nossas verdades! Juntos, apoiamo-nos, ajudamos a transportar a cruz uns dos outros. Pertencemo-nos, somos responsáveis pelos outros e eles por nós. Em Jesus, acentua-se a irmandade/fraternidade. Ele vem como Filho (de Deus) e logo Se assume como (nosso) Irmão. “Meu e Vosso Pai”. A oração que nos ensina é preenchida pela primeira invocação: Pai-nosso. Não Pai meu ou Pai teu, mas nosso. Colocamo-nos sob a mesma paternidade, assumimos a mesma filiação. Não é possível viver Cristo sem a comunidade, sem a Igreja, pois esta é o Seu Corpo, é no Corpo de Cristo que nos reconhecemos como irmãos uns dos outros e como filhos do mesmo Pai do Céu.
Outra das insistências do Papa é precisamente a construção da civilização do amor. Expressão muito cara aos seus Predecessores. Para isso, a aposta terá que ser na cultura do diálogo e do encontro, na opção pela ternura e pelo amor. E, como é óbvio, o encontro dá-se entre pessoas que se colocam em situação de igualdade e, de preferência, em situação de pertença mútua. Assim o diálogo, assim o amor. Vive-se. Partilha-se. Enriquece-se em comunidade, em família.
Jesus chama 12 Apóstolos que simbolicamente representam todo o povo. Ou chama e envia 72 discípulos, chama discípulos de todas as nações para os enviar a todas as nações. Vão dois a dois. Partem da comunidade e seguem ligados à comunidade. Não vão sós. Individualmente. Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles. Sós, podemos equivocar-nos, perder-nos no caminho, desanimar…
Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 89/34, n.º 4522, 20 de agosto de 2019
Convocado Conselho Pastoral Diocesano – 26 de julho
Com a redefinição dos Arciprestados, que passarem a ser 6, com o novo organograma da Diocese de Lamego, que se traduz em Comissões, Departamentos e Serviços, similar ao da Conferência Episcopal Portuguesa e que se vai adaptando nos Arciprestados, é agora tempo de agilizar esforços, iniciativas, coordenando todas as estruturas para que estas sirvam as pessoas e as comunidades desta porção do Povo de Deus, a Diocese, anunciando o Evangelho, testemunhando a pertença a Cristo, amadurecendo a vivência da fé, promovendo uma maior participação e uma melhor formação humana e cristã. Para o efeito, está agendada a primeira reunião do CONSELHO PASTORAL DIOCESANO, para o dia 26 de julho, a partir das 9h30, na Casa de São José, em Lamego.
Será um importante instrumento para uma participação mais alargada das pessoas e das comunidades na elaboração de um Plano Pastoral Diocesano que responda aos desafios do tempo e mundo atuais, para que a fé seja luz, sentido e sal para os mais novos e para os mais velhos, para que o Evangelho de Jesus Cristo continue vivo e atuante, contando com todos, despertando novos métodos, novo ardor, para uma nova (ou primeira) evangelização.
D. António Couto presidirá ao Conselho Pastoral Diocesano, onde estarão representados os Arciprestados, as Comissões, Departamentos, Serviços, as Instituições e realidade eclesiais, de forma que as iniciativas pastorais encontrem uma terreno fértil, preparado ou em preparação.
A preocupação não é aumentar os organismos pastorais, mas agilizar ferramentas, serviços, departamentos, coordenar, para ser vir o Evangelho em pessoas concretas, indo ao encontro dos seus anseios, para lhes testemunhar esta BOA NOTÍCIA: Jesus vive em mim, vive em ti, vive em nós. O alegre júbilo do amor de Deus que nos irmana e nos compromete na transformação do mundo.
A NÃO ESQUECER: 26 de julho de 2014 | 9h30 | Casa de São José | Lamego