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Archive for the ‘Peregrinações’ Category

Editorial Voz de Lamego: Peregrinos da esperança

No ano de 1300, o Papa Bonifácio VIII instituiu o Ano Santo, evocando mais um centenário do nascimento de Jesus, segundo o calendário gregoriano. Posteriormente, em 1350, assumiu a dinâmica bíblica, passando o Jubileu a assinalar-se a cada cinquenta anos, por decisão do Papa Clemente VI. Por sua vez, o Papa Paulo II, com uma Bula de 1470, houve por bem determinar que os jubileus se celebrassem a cada vinte e cinco anos. O Jubileu de 2025 será o 27.º Jubileu Ordinário na História da Igreja. Tem havido outros anos santos extraordinários como o Ano da Fé ou, o mais recente, Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

Para este próximo Ano Santo, o Papa Francisco escolheu como tema: “Peregrinos da Esperança”. Com efeito, a vivência da fé, a vocação e missão cristãs, colocam-nos em modo de alegria e de esperança, confiando, com firmeza e clarividência, num Deus que nos é próximo, que caminha connosco e nos garante vida em abundância, no tempo e até à eternidade. A esperança como virtude teologal apoia-se nas promessas de Deus, sancionadas, comunicadas e plenizadas na vida de Jesus Cristo. O mistério da Encarnação traz Deus até nós, não como um estranho, mas entranhando-Se na humanidade e na história. Deus, não apenas nos procura, mas vem ao nosso encontro; não apenas Se insinua, mas deixa-Se ver; não apenas fica perto, mas faz-Se um de nós. É Deus connosco num momento determinado da história. Não é uma ideia abstrata! É Pessoa que enfrenta as fragilidades e as limitações do tempo e do espaço e da condição biológica. Não Se fica pelo difuso e universal, mas concretiza a Sua misericórdia e o Seu amor, em Jesus Cristo, no encontro com pessoas, de carne e osso, com os seus dramas e esperanças, com os seus sofrimentos e os seus sonhos. Jesus partilha a vida connosco. Vive no meio de nós. Carrega em Si os dramas da humanidade. Ensina-nos a humanizar as nossas opções, cumprindo e testemunhando, pela humanização, pela ternura e compaixão, os desígnios de Deus para nós.

No caminho de preparação, viveu-se o Jubileu da Misericórdia, diz o Papa, pois permitiu-nos “redescobrir toda a força e ternura do amor misericordioso do Pai a fim de, por nossa vez, sermos testemunhas do mesmo”.

Entretanto, o mundo foi surpreendido pela pandemia que modificou o nosso modo de viver, fazendo-nos tocar “o drama da morte na solidão, a incerteza e o caráter provisório da existência”. Fomos limitados em muitas liberdades pessoais, familiares, comunitárias; encerraram igrejas, escolas, fábricas, lojas, locais dedicados ao lazer. O sofrimento tornou-se mais visível, o medo, a dúvida e a perplexidade. Os homens e as mulheres da ciência rapidamente encontraram medicamentos de forma a superar a pandemia. Em Carta dirigida ao Arcebispo Rino Fisichella, o Papa manifesta confiança que “a epidemia possa ser superada e o mundo volte a ter os seus ritmos de relações pessoais e de vida social”. Mas avisa: “Tudo isto será possível se formos capazes de recuperar o sentido de fraternidade universal, se não fecharmos os olhos diante do drama da pobreza crescente… que as vozes dos pobres sejam escutadas”.

Uma das características dos jubileus, na Bíblia, era a restituição de bens e da liberdade. Os bens voltavam às famílias de origem, permitindo uma nova distribuição, e as dívidas dos que tinham sido feitos escravos ficavam sanadas, recuperando a liberdade. Por outro lado, o descanso da própria terra!

É tempo de renovar a esperança, de rezar a vida, de agradecer as oportunidades; é tempo de olhar o futuro com o coração aberto e a certeza que Deus nos ama e nos acompanha e fortalece a nossa opção pela verdade e pela caridade. É tempo de abrir as portas, escutar os corações, partilhar os sonhos, colocar os dons a render, condividir os sofrimentos e as alegrias. Parafraseando o Santo Padre, não deixemos que nos roubem a esperança! Construamos um mundo onde todos se sintam irmãos.

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 92/14, n.º 4645, 16 de fevereiro de 2022

Editorial da Voz de Lamego: Missionários do Coração de Jesus

No próximo dia 20 de outubro, Dia Mundial das Missões, realizar-se-á a Peregrinação Nacional do Apostolado de Oração, presente em muitas das nossas paróquias, e simultaneamente o Encerramento do Ano Missionário.

A propósito dos 175 anos do Apostolado de Oração, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) preparou uma Nota Pastoral que ajuda a perceber, a enquadrar e, não menos importante, a incentivar a devoção ao Sagrado Coração, numa estreita ligação ao Apostolado de Oração, movimento da Companhia de Jesus, mas também obra do papa e que atualmente se apresenta como Rede Mundial de Oração do Papa (RMOP). “É uma Obra Pontifícia confiada à Companhia de Jesus, com um Diretor Mundial nomeado pelo Santo Padre. Tem como missão sensibilizar e mobilizar os cristãos, a partir de uma relação pessoal com Jesus, e todos os homens e mulheres de boa vontade, para os desafios do mundo e da missão da Igreja que o Santo Padre expressa nas suas intenções mensais de oração”.

Na referida Nota Pastoral, do “Coração de Cristo para o Coração do Mundo”, a CEP traça a identidade desta rede: “Fazer da vida diária uma oração pelos outros, especialmente pelas pessoas e situações pelas quais o Santo Padre pede uma atenção particular, é um tesouro da espiritualidade desta Rede Mundial de Oração. Motivamos, por isso, os numerosos Centros do Apostolado da Oração a continuarem a renovar a sua entrega generosa e fiel, em estreita colaboração com os párocos, na oração pessoal de oferecimento do dia, na celebração das primeiras sextas-feiras, no culto eucarístico e na devoção ao Sagrado Coração Jesus, centro da nossa fé”.

Apóstolos (apostolado) da oração, pois esse é a primeira missão do cristão. A oração permitir-nos-á chegar ao coração de Cristo e deixar que o Seu Amor preencha o nosso coração e na nossa vida. A nossa fé é o amor de Deus acolhido, vivido e partilhado. Assim começa e se realiza a missão da Igreja. Vale a pena, mais uma vez, mastigarmos as palavras do Santo Padre: “Todo o homem e mulher é uma missão, e esta é a razão pela qual se encontra a viver na terra. Ser atraídos e ser enviados são os dois movimentos do nosso coração”.

Enraizámo-nos na vida, morte e ressurreição de Jesus.  “A partir da cruz de Jesus, aprendemos a lógica divina da oferta de nós mesmos (cf. 1 Cor 1, 17-25) como anúncio do Evangelho para a vida do mundo (cf. Jo 3, 16). Ser inflamados pelo amor de Cristo consome quem arde e faz crescer, ilumina e aquece a quem se ama (cf. 2 Cor 5, 14)… Esta transmissão da fé, coração da missão da Igreja, verifica-se através do «contágio» do amor, onde a alegria e o entusiasmo expressam o sentido reencontrado e a plenitude da vida. A propagação da fé por atração requer corações abertos, dilatados pelo amor. Ao amor, não se pode colocar limites: forte como a morte é o amor (cf. Ct 8, 6). E tal expansão gera o encontro, o testemunho, o anúncio; gera a partilha na caridade com todos… Toda a pobreza material e espiritual, toda a discriminação de irmãos e irmãs é sempre consequência da recusa de Deus e do seu amor”.

Será preciso dizer mais alguma coisa?

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 89/42, n.º 4529, 8 de outubro de 2019

OUSAR PEREGRINAR | Editorial Voz de Lamego | 22 de maio de 2018

OUSAR PEREGRINAR

Nos primeiros dias de maio, a passagem de milhares de peregrinos em direcção a Fátima proporciona notícias, imagens e sons de gente que caminha. Alguns espectadores, sentados no sofá e acomodados nas suas certezas, interrogam-se sobre a iniciativa e desvalorizam tamanho esforço. Mas mais importante do que a fundamentação das motivações e a verbalização da experiência, cada peregrino sabe porque caminha e porque quer chegar.

A peregrinação é uma iniciativa que tem um sentido, um objectivo, uma motivação e apresenta-se como oportunidade para “pôr em causa”, interrogar, agradecer, buscar…

O termo “peregrino” designa aquele que vai “através dos campos” e, por conseguinte, se torna um estrangeiro face ao seu contexto de vida, aos seus hábitos, às suas preocupações quotidianas, distanciando-se do seu porto seguro, das suas certezas, das ideias recebidas e nem sempre vividas.

Numa linguagem mais próxima, peregrinar será deixar a “zona de conforto” e confrontar-se com a busca de respostas e metas. E se o habitual é percorrer distâncias para chegar a algum local sagrado, a verdade é que a vida pode ser descrita como uma peregrinação e, então, fazer-se peregrino será ousar questionar-se e buscar um sentido: Porque existo? Qual o meu lugar no universo? O que posso fazer ou dar ao meio onde vivo? Como partilhar, transmitir o que recebi? Como realizar a minha vida o melhor possível? Uma peregrinação de horas, semanas, meses pode ajudar a compreender o sentido e dar-lhe uma direcção.

Também por estes dias, em diversas zonas pastorais, há peregrinações que se organizam e recomenda-se a participação.

Mas se “ir” é importante, não o será menos “sair”: de si, da rotina, do sofá, da facilidade, da bancada… e ousar. Porque, peregrinar é próprio de quem não quer acomodar-se e protagoniza um sadio inconformismo.

Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/25, n.º 44591, 22 de maio de 2018

Acólitos da Sé de Lamego na Peregrinação Nacional

Foi um dia de festa e  reencontro o que viveram os acólitos da paróquia da Sé a 1 de Maio.

Reencontro com a Sra de Fátima e os milhares de acólitos portugueses que se reuniram no local que Ela escolheu para nos visitar. Foi a Peregrinação Anual dos Acólitos Portugueses.

São Pedro brindou-nos com um dia de sol, mas não muito quente, perfeito quer para a viagem quer para as atividades realizadas no recinto.

Após uma viagem animada em que a conversa nos aproximou mais como irmãos e amigos e afastou os últimos vestígios de sono, chegamos ao centro Paulo VI tinha justamente sido iniciado o acolhimento e animação – com cânticos e anedotas fomos ficando todos super animados e respondemos entusiasticamente á chamada pelas nossas dioceses ( o grupo da Sé foi um digno representante da diocese de Lamego, mas esperamos ter a companhia de muitas mais paróquias em próximas peregrinações…). Ler mais…

Peregrinação Diocesano do MMF à Lapa – Temos Mãe

No passado sábado, dia 14 de Outubro, o Movimento da Mensagem de Fátima viveu a sua habitual Peregrinação Diocesana ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa. Como sempre, mais uma multidão veio dos diversos recantos e paróquias da Diocese juntamente com os seus párocos e outros sacerdotes, Diácono, seminaristas, e Irmãs religiosas, que quiseram estar presentes, participando e colaborando neste evento tão marcante e muito significativo para o MMF. Vieram tomar parte também nesta nossa peregrinação o Assistente Espiritual Nacional do Movimento, Padre Manuel Antunes, juntamento com mais dois responsáveis do Secretariado Nacional. Infelizmente não pode estar presente a Presidente do Secretariado Diocesano, Maria Isabel Figueiredo, por motivos familiares.

Depois da saudação a Nossa Senhora, no Santuário, preparada e apresentada por alguns adolescentes e adultos da paróquia de Mezio, Castro Daire, seguiu-se a caminhada em direção ao recinto da celebração da Eucaristia, rezando e reflectindo à volta de algumas dimensões mais relevantes de todo o conteúdo e espiritualidade da Mensagem de Fátima. A Eucaristia, presidida pelo Bispo Emérito, D. Jacinto, foi introduzida por uma admonição geral, saudando e dando as boas vindas a todos os Mensageiros e outros, fazendo o enquadramento e contexto em que acontece esta Peregrinação. Destacou-se a vivência do Ano Centenário das Aparições em Fátima e que teve o seu termo no dia 13 deste mês. Salientou-se, neste particular, a Peregrinação dos dias 12 e 13 de Maio, com a vinda o Papa Francisco a Fátima, como Peregrino “da esperança e da paz” e a canonização dos Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto. Fez-se referência ao plano diocesano para o novo ano pastoral de 2017/2018, lembrando o convite que D. António Couto faz a todos os diocesanos, partindo da parábola do Bom Samaritano: “Vai, e faz tu também do mesmo modo!” Ler mais…

Jubileu Jovem no Santuário de Fátima

No dia 9 e 10 de setembro, o santuário de Fátima dinamizou pela primeira vez o Jubileu Jovem 2017, com o tema O segredo da paz, o caminho do coração. Esta peregrinação juntou cerca de 3000 jovens de todo o país, na casa da Mãe, com a intenção de que cada um de nós pudesse percorrer durante aqueles dois dias o caminho para a paz, que é sem dúvida o caminho do coração. Foi um encontro com muitos jovens mas acima de tudo um encontro com nós mesmos.

O santuário de Fátima durante esses dois dias disponibilizou vários encontros/ atividades que nos ajudavam a percorrer melhor o caminho do coração. No sábado, dia 9 quando chegámos a Fátima  fomos acolhidos no Centro Pastoral de Paulo VI onde nos foram dadas algumas orientações, durante a tarde tivemos à disposição vários encontros que podíamos frequentar, como por exemplo o sacramento da reconciliação, adoração eucarística entre outros, foi uma espécie de iniciação do nosso caminho… tivemos também a oportunidade de ouvir uma Irmã que nos falou e explicou, o que é afinal isto de encontrar a paz… A Irmã disse que para ter paz, não era simplesmente não nos aborrecermos com nada, ou dizer “Deixa-me em paz” que alcançaremos a paz. Então falou-nos que há cem anos atrás Nossa Senhora apareceu ali, para pedir a paz e ensinou aos Pastorinhos como a alcançar, acima de tudo temos que confiar Nele, mesmo que as vezes tudo pareça incerto, porque Deus está sempre connosco e chama-nos todos os dias ao amor e esse é certamente o caminho. Ler mais…

Peregrinação da Zona Pastoral da Pesqueira ao Santuário de Fátima

Na data prevista, dia 17 de junho, devido à falta de autocarros disponíveis,os fiéis da Zona Pastoral de S. João da Pesqueira não puderam viver,com os demais fiéis da nossa Diocese, o Dia da Família Diocesana em ano do Centenário das Aparições.

Neste sentido, os párocos dessas comunidades agendaram uma data posterior e, no passado dia 23 de julho, peregrinaram até ao Santuário de Fátima para assim viverem esse dia em espírito de comunidade e para o celebrar com Jesus e na presença da Mãe de Deus.

Saídos das diversas comunidades e chegados ao Altar do Mundo, pude presenciar, com imensa alegria, a ânsia que todos tinham de, em primeiro lugar, visitar a Mãe, rezar ao Senhor, cumprir as suas promessas ou agradecer todas as graças concedidas, até à hora da Eucaristia, prevista para as 12h 30 min. Ler mais…

Peregrinação Nacional do Movimento da Mensagem a Fátima

O homem é um peregrino sobre a Terra.

A Peregrinação é uma experiência religiosa universal, é a expressão típica da religiosidade popular. Pressupõe uma caminhada de conversão em direção a Deus, desde a sua preparação à viagem e, por fim após a chegada, ao dia a dia e vida daquele que a fez – o peregrino.

As suas raízes encontram-se na própria Bíblia. Desde Abraão que deixa a sua terra, a casa paterna e se põe a caminho para o lugar que Deus lhe indica, a terra de Canaã. O Povo de Deus caminhou em direção à terra prometida. O fenómeno das peregrinações está presente em toda a história do cristianismo. Nos nossos dias faz-se, sobretudo, em direção aos santuários. Ler mais…

CAMINHO E DETERMINAÇÃO | Editorial Voz de Lamego | 18 de julho

Na próxima semana, dia 25, a Igreja convida a celebrar a memória de São Tiago, o Apóstolo que, segundo a tradição, está sepultado em Compostela e que tantas peregrinações motivou desde o século IX. Com efeito, ao longo dos séculos, muitos foram os que para lá caminharam, tornando possíveis e famosos os “Caminhos de Santiago”, dando a este destino um lugar cimeiro, só ultrapassado por Jerusalém e Roma.

E a experiência continua. De todas as idades, crentes e não crentes, seguindo percursos diversos, a sós ou em grupo, para rezar ou descansar, pela fé ou pelo desejo de aventura, etc, os caminhos continuam a ser percorridos, Santiago de Compostela continua a ser procurado e são muitos os que não se cansam de relatar e aconselhar a experiência.

O Senhor convida a caminhar, a assumir a vida, a procurar chegar mais longe. E Ele próprio caminha connosco (Emaús). Daí que uma peregrinação, cujas motivações (legítimas) podem ser culturais ou turísticas, no sentido cristão e histórico do termo, seja um tempo de procura e nunca de fuga. Porque a peregrinação exige um pouco mais e deve promover um encontro, respostas, inquietações…

A grande peregrinação será sempre a própria vida e Deus a grande meta. E todas estas peregrinações a lugares de referência cristã só têm sentido se contribuírem para singularizar a grande e universal peregrinação que assumimos e protagonizamos entre o nascimento e a passagem definitiva para Deus.

Uma palavra de louvor a quantos se dispõem a caminhar até Compostela para crescer, mas, sobretudo, uma palavra de estímulo a quantos não desistem de caminhar na vida. Porque, diante de Deus, conta mais a determinação e a responsabilidade com que se assume a vida recebida do que os quilómetros que se registam.

Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 87/36, n.º 4421, 18 de julho 2017

PEREGRINAÇÃO DIOCESANA | Editorial Voz de Lamego | 13 de junho

A Diocese de Lamego tem encontro marcado para Fátima, no próximo sábado, 17 de junho, para a 3.ª Edição da Família Diocesana. Depois do Santuário dos Remédios, do Santuário da Lapa, chega agora a vez do Santuário de Fátima, em ano de Centenário das Aparições.

O Pe. Joaquim Dionísio, Diretor da Voz de Lamego, no seu editorial, convida-nos à festa, à vivência da fé, ao estreitar dos laços que nos unem como Igreja, afinando a caminhada comum.

PEREGRINAÇÃO DIOCESANA

No próximo sábado, 17 de junho, milhares de fiéis da nossa diocese estarão a caminho do Santuário de Nossa Senhora de Fátima para viver o Dia da Família Diocesana, no âmbito da celebração do Centenário das Aparições.

As previsões apontam para uma presença de alguns milhares de peregrinos, o que ilustra o carinho dos nossos diocesanos pela Mãe, bem como o sentido de pertença a esta “porção do Povo de Deus”. Embora dispersos pelas 223 paróquias, com ritmos distintos e marcados pelas diferenças de cada zona, partilhamos a mesma fé e alegramo-nos com o encontro fraterno.

A festa da Família Diocesana tem como objectivo congregar, quase no término do ano pastoral, paroquianos de todas as idades, membros de Movimentos e Grupos, responsáveis de serviços, ministros ordenados e instituições para celebrar, com Jesus Cristo e na presença da Mãe de Deus, a comunhão e experimentar a catolicidade.

Nem todos poderão participar (data, afazeres, distância, idade, saúde, transporte), mas os que forem poderão testemunhar depois a alegria vivida e o desejo de avançarmos na mesma direcção. Afinal, a diocese é um “nós” a caminho de Deus que se esforça por viver e anunciar o Evangelho, concretizando, neste chão, a Igreja de Jesus Cristo.

Assim, o Dia da Família Diocesana é uma oportunidade para suplicar e agradecer as bênçãos de Deus, invocar a intercessão de Maria, testemunhar a fé, celebrar uma pertença, louvar a generosidade de tantos baptizados comprometidos e empenhados na missão, bem como para sublinhar o dinamismo das nossas comunidades e dos seus pastores.

Mas é, também, ocasião para aprofundar a unidade e afinar a caminhada comum, tendo sempre como horizonte o serviço ao Evangelho, a edificação da Igreja e a salvação de todos.

Porque é o Senhor que nos move, nos acompanha e nos espera mais à frente.

in Voz de Lamego, ano 87/31, n.º 4416, 13 de junho 2017