Arquivo

Archive for the ‘Padroeiros’ Category

Editorial da Voz de Lamego: São José, Padroeiro Universal da Igreja

O Santo Padre tem, nos seus aposentos, na Casa de Santa Marta, uma imagem de São José a dormir. Completam-se amanhã, 13 de março, 6 anos da Sua eleição para Papa. O Papa argentino marcou o início do seu pontificado para a solenidade de São José, a 19 de março, que caiu a uma terça-feira, tal como em 2019. Dessa forma, quis assinalar a importância de São José na vida de Jesus e de Maria, e na vida da Igreja.

Na parte inferior do seu brasão episcopal, atualizado para brasão papal, “estão a estrela e a flor de nardo. A estrela, segundo a antiga tradição heráldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja; a flor de nardo indica são José, padroeiro da Igreja universal. Com efeito, na tradição iconográfica hispânica, São José é representado com um ramo de nardo na mão. Colocando estas imagens no seu brasão, o Papa pretendeu expressar a sua devoção particular à Virgem Santíssima e a são José”.

Na imagem que mandou vir da Argentina, São José dorme, sonha, escuta Deus, vigia a Igreja. Quando tem que tomar alguma decisão importante, o Papa coloca um papelinho debaixo da imagem, pedindo a solicitude de São José. E, assim, quando chega a altura de decidir, sabe que está bem orientado.

No Evangelho, São José não aparece muitas vezes. E não conhecemos que palavras poderá ter proferido. Mas não é de estranhar, pois o Evangelho refere-se a Jesus Cristo, fundamentalmente à Sua paixão redentora a desembocar na Páscoa. Ele é o centro e o ponto de onde irradia toda a missão. Os apóstolos surgem ligados a Ele, como os ramos da videira à respetiva cepa. Maria, Sua Mãe, aparece em alguns momentos, sempre referida a Jessu. Tendo-Lhe sobrevivido, acompanhando-O até ao Calvário, permanecendo junto à Cruz, é óbvio que a visibilidade de Maria é mais notória, sendo que também a Sua missão é diferente. Contudo, há dados significativos em relação a São José que importa sublinhar e imitar.

Extrapolando um pouco, quando Jesus fala do Pai, da Sua bondade e da Sua misericórdia, da Sua ternura e do Seu amor, certamente que se inspira no Seu Pai adotivo, São José. Na perda e encontro de Jesus no Templo, Maria dá-nos conta da preocupação comum, sua e do esposo (cf. Lc 2, 41-51). Antes, no quadro do nascimento de Jesus (cf. Mt 1, 18-24), revela-se a sua sensatez: tomando consciência da gravidez de Maria, sem que tivesse convivido com Ela, decide repudiá-la em segredo, evitando difamá-la e açambarcando com a responsabilidade. Mas Deus, através do sonho, desafio-o a fazer mais, a ser cuidador de Maria e Jesus, protegendo-os com o seu nome e com a sua vida.

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 89/15, n.º 4501, 12 de março de 2019

São Sebastião… contra fome, a guerra e a peste

Em tempos idos, era muito frequente, nas nossas casas, após a recitação do Terço, invocar São Sebastião para interceder aos céus que nos livrasse da fome, da guerra e da peste. Por causa de toda esta devoção, este santo tornou-se muito popular embora a sua vida seja pouco conhecida. Há muitas igrejas, capelas e ermidas que lhe são dedicadas e são inúmeras as festas que lhe são promovidas. Foi sobretudo por alturas das pestes do século XVI que a sua fama começou a difundir-se. As cidades de Milão, em 1575, e de Lisboa, em 1569, acometidas por este flagelo, viram-se livres dele após atos públicos de súplica a este grande mártir.

Conta-se que, quando terminou a peste que assolou a capital portuguesa, o rei D. Sebastião mandou erigir um templo em sua honra, sendo a primeira pedra lançada junto à margem do Tejo, no Terreiro do Paço. Quatro anos depois (1573), o Papa enviou-lhe de Roma uma das setas com que o santo foi martirizado.

A sua popularidade pode ser avaliada pelas largas dezenas de povoações de que é padroeiro. D. Sebastião foi, aliás, baptizado com o seu nome, em 1554, por ter nascido a 20 de Janeiro, dia em que se assinala a morte do mártir.

O braço de São Sebastião, conforme refere a Crónica do Padre Amador Rebelo, terá sido furtado em Itália. Foi, depois oferecido, em 1527, por Carlos V, Imperador da Alemanha, a D. João II, que o mandou depositar no Mosteiro de São Vicente de Fora,

São Sebastião nasceu em Narvonne, na actual França, no final do século III. Desde muito cedo, os seus pais ter-se-ão mudado para Milão. Seguindo o exemplo da mãe, Sebastião revelou-se forte e piedoso na fé.

Ao chegar à maioridade, alistou-se nas legiões de Diocleciano, que ignorava que Sebastião era cristão.

A prudência e a coragem do jovem militar impressionaram de tal modo o Imperador que o nomeou comandante da sua guarda pessoal.

Nesta posição, Sebastião viria a tornar-se o grande defensor e protector dos cristãos detidos em Roma naquele tempo.

Visitava com frequência as vítimas do ódio anticristão, e, com palavras de ânimo, consolava os candidatos ao martírio aqui na terra, dizendo-lhes que receberiam a coroa de glória no Céu.

Secretamente, conseguiu converter muitas pessoas. Até o governador de Roma, Cromácio, e o seu filho Tibúrcio foram convertidos.

Acontece que acabou por ser denunciado por estar a contrariar o seu dever de oficial da lei romana. Teve, então, que comparecer diante do Imperador.

Diocleciano sentiu-se traído e ficou perplexo ao ouvir Sebastião declarar-se cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao Cristianismo, mas Sebastião defendeu-se com firmeza.

O Imperador, enfurecido diante dos argumentos, terá ordenado aos seus soldados que o matassem a golpes de flecha. Tal ordem foi imediatamente executada. Num descampado, os soldados despiram-no, amarraram-no a um tronco de árvore e atiraram sobre ele uma chuva de flechas. Depois, tê-lo-ão abandonado para que sangrasse até à morte.

À noite, Irene, esposa do mártir Castulo, foi, com algumas amigas, ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que ele ainda estava vivo. Desamarraram-no e Irene escondeu-o em sua casa, cuidando das suas feridas.

Passado algum tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar a missão evangelizadora. Em vez de se esconder, apresentou-se de novo ao Imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos.

Diocleciano ignorou olimpicamente as advertências de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos e determinou que fosse espancado até a morte.

Para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, atiraram-no para o esgoto público de Roma. Só que uma piedosa mulher, Luciana, sepultou-o nas catacumbas.

Tudo isto aconteceu no dia 20 de Janeiro de 287. Mais tarde, em 680, as suas relíquias foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje.

Naquela época, uma terrível peste devastava Roma, vitimando muitas pessoas. Desapareceu completamente a partir do momento da trasladação dos restos mortais deste mártir, que passou a ser venerado como o padroeiro contra a peste, a fome e a guerra.

 

Pe. João António Pinheiro Teixeira, in Voz de Lamego, ano 89/07, n.º 4493, 15 de janeiro de 2019

Editorial Voz de Lamego: São Sebastião, nosso Padroeiro

No dia 20 de janeiro celebraremos a Solenidade do Mártir São Sebastião, Padroeiro Principal da Diocese de Lamego. Ainda que seja uma figura dos primeiros tempos da Igreja, sendo o Padroeiro, continua (deve continuar) a ser uma referência para a Igreja que vive em Lamego.

Por certo que todos já tivemos oportunidade de verificar a existência de imagens de São Sebastião nas nossas paróquias, em estátuas, telas e pinturas, nas Igrejas, com altares próprios, e capelas que lhe são dedicadas. É Padroeiro de uma dúzia de paróquias da Diocese: Baldos, Bigorne, Casais do Douro, Castainço, Granja, Granja Nova, Penso, Pereiro, Touro, Vila Chã da Beira, Vila Nova de Paiva, Vila Nova de Souto d’El Rei (Arneirós).

Escolhemos alguém para padrinho/madrinha (de Batismo, de Crisma, na vida universitária) porque nos pode ajudar ou a quem queremos imitar. Assim o Patrono de uma comunidade: alguém que nos inspira a viver o Evangelho e que nos mostra Jesus Cristo com as suas escolhas.

A vida de São Sebastião, naquilo que a tradição assimilou e transmitiu, é um exemplo como a fé ajuda a ultrapassar os obstáculos da vida e como o cristão se pode santificar nas mais diversas profissões e/ou ocupações. Mais forte que tudo é o amor a Deus.

Descendente de uma família nobre, terá nascido em Narbona, sul de França, em meados do século III. Segundo a maioria dos estudiosos, os seus pais eram de Milão, onde cresceu até se mudar para Roma. Em nome da religião enveredou por uma carreira militar, a fim de defender os cristãos numa época de grande perseguição à Igreja. Era estimado pela bondade e nobreza e respeitado por todos. De Milão, o jovem soldado deslocou-se para Roma, onde a perseguição era mais intensa e feroz. O imperador Diocleciano, reconhecendo nele a valentia e desconhecendo a sua religião, nomeou-o capitão general da Guarda Pretoriana. Animava os condenados para que se mantivessem firmes e fiéis a Jesus Cristo. Cada novo mártir que surgia tornava-se um alento e um desafio para Sebastião. Foi denunciado por Fabiano, então Governador Romano. Diocleciano acusou-o de ingratidão. Foi cravado por flechas, até o julgarem morto. A iconografia é muito plástica a seu respeito, inconfundível. São Sebastião é representado com o corpo pejado com várias setas, e surge preso a um tronco de árvore.

Entretanto uma jovem, de nome Irene (santa Irene?) passou e verificou que ainda estava vivo. Levou-o para casa e curou-lhe as feridas. Ainda não completamente restabelecido, voltou junto do imperador para defender os cristãos, condenando-lhe a impiedade e injustiça. Diocleciano mandou que fosse chicoteado até à morte e depois deitado à Cloaca Máxima, o lugar mais imundo de Roma. O corpo foi recuperado e sepultado nas catacumbas da Via Ápia.

Faleceu a 20 de janeiro de 288, ou 300. Logo após o seu martírio começou a ser venerado como santo.

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 89/07, n.º 4493, 15 de janeiro de 2019

Santo Agostinho, Padroeiro secundário da Diocese | Editorial

Vivemos em ambiente de festa na cidade, mas também na diocese.

O verão traz de volta à região familiares e amigos, espalhados pelo país e pelo mundo. As festas populares potenciam o reencontro, a atualização da história, das raízes e daquilo que vai acontecendo por cá e por lá. As invocações de Nossa Senhora referenciam muitas das festas. Marca inelutável, na cidade e na região, a Romaria de Portugal em honra de Nossa Senhora dos Remédios, com o seu ponto alto na solenidade do próximo dia 8 de setembro.

Hoje, 28 de agosto, a Igreja celebra (também) a memória litúrgica de Santo Agostinho, Padroeiro Secundário da nossa Diocese. Os padroeiros são escolhidos pelo testemunho de vida, devoção de uma pessoa ou de uma comunidade, com o propósito de intercessão junto de Deus e exemplo a seguir. Só assim se justifica serem padroeiros, patronos, pais!

São Sebastião é o Padroeiro (principal) da Diocese de Lamego, que escolheu um segundo Padroeiro, Santo Agostinho, pela relevância da sua reflexão teológica, pelos seus ensinamentos que nos ajudam a acolher melhor o Evangelho, para sermos mais fiéis a Jesus Cristo.

Agostinho de Hipona, nasceu em Tagaste, a 13 de novembro de 354. Foi bispo, escritor, teólogo, filósofo, é (re)conhecido como o Doutor da Graça. É uma das figuras mais importantes da história da Igreja.

Aos 11 anos de idade foi enviado para uma escola, em Madaura, familiarizando-se com a literatura latina, e com as práticas e crenças pagãs. E aos 17 anos, o pai, enviou-o para Cartago, para aí continuar a sua educação na retórica.

Em jovem, juntou-se a uma mulher, de quem teve um filho, Adeodato, vivendo segundo as práticas pagãs. Entretanto, foi para Milão, onde viria a mudar de vida. Santo Ambrósio, Bispo de Milão, de quem Santa Mónica tomava conselhos, teve uma influência decisiva na sua conversão. Nesse tempo, Agostinho mandou a amada de volta para a África e deveria esperar dois anos para contrair casamento legal, mas não esperou, ligando-se a uma segunda concubina.

Durante o Verão de 386, leu um relato da vida de Santo Antão e de Santo Atanásio de Alexandria, deixando-se inspirar por eles. Um dia, enquanto passeava nos seus jardins, ouviu uma voz: “Tolle, lege”; “tolle, lege“, ou seja, “toma e lê”. Abriu a Bíblia ao acaso e leu a passagem de Romanos 13,13-14: nada de comezainas e bebedeiras, nada de devassidão e libertinagens, nada de discórdias e invejas. Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo.

Na Vigília Pascal de 387, fez-se batizar, por Santo Ambrósio, juntamente com o filho. Regressou a África. No caminho a mãe morreu e pouco tempo depois o filho. Vendeu o património e distribuiu pelos pobres. Foi ordenado sacerdote em 391 e em 396 eleito bispo coadjutor de Hipona, donde se tornou Bispo pouco tempo depois.

Morreu em 430, pelo dia 28 de agosto.

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 88/37, n.º 4474, 28 de agosto de 2018

Parada do Bispo celebrou Santa Eufémia

«Eu também acredito em Cristo, eu sou baptizada», disse ela

Eufémia quer dizer que falou bem; e de Santa Eufémia se diz que perante a possibilidade de não ser martirizada, gritou diante dos verdugos: «eu também acredito em Cristo, eu sou baptizada». E acabou por ser mártir, no sentido que esta palavra tem, perante a morte violenta pela fé, não rejeitando a palavra para outros actos iguais nos efeitos, mas diferentes nos motivos.

Santa Eufémia é venerada em Parada do Bispo, freguesia do concelho de Lamego, mas por quem há muita veneração em várias outras paróquias de Portugal, e foi lembrada no dia 1 de novembro corrente na paróquia acima enunciada.

Desde muito cedo começaram a chegar os romeiros, ao que se ouve por ali, com diversos motivos para uma presença que vai desde a «marrã», carne de porco assada no momento e na brasa ao ar livre, aos biscoitos e outros artigos que fazem de uma festa uma feira de utilidades ou simples bugigangas. A pé vão muitos de Lamego e outras terras mais vizinhas; outros vêm de Resende, e do outro lado do rio Douro, de mais longe ou de mais perto se procura o caminho que leva à Capela do lugar, onde há a possibilidade de participar da Eucaristia, receber os sacramentos da Reconciliação e Comunhão, cumprir a promessa feita, mostrar em figuras de cera a dificuldade que foi vencida graças a Santa Eufémia; e ninguém ouse duvidar de uma coisa e/ou da outra. Ler mais…

Festas de Nossa Senhora dos Remédios | 2017

Há Festa em Lamego

 

Tenho diante de mim o cartaz das Festas de Lamego em 2017; um programa vasto, nem sempre com razão de ser, mas é preciso levar ao longe e ao largo a notícia do que se pretende fazer, oferecer a um público mais ou menos exigente, que espera uns dias diferentes daqueles que se vivem ao longo do ano.

Vai-se ouvindo que são dias a mais, que há números que nada dão ao brilho da Festa, mas se ela é a «Romaria de Portugal» tem de mostrar que os dias vão dando razão ao título pomposo que há anos se criou e é preciso justificar.

Pessoalmente é o ano em que tenho visto menos das Festas de Nossa Senhora dos Remédios; a vida nem sempre nos deixa viver como gostaríamos ou é preciso viver em função de algo que temos de comunicar. Ler mais…

Paróquia do Vilar celebrou o Padroeiro: São Bartolomeu

A freguesia de Vilar, concelho de Moimenta da Beira louvou o seu Patrono durante cerca de uma semana, cujos festejos terminaram no dia 25 de Agosto de 2017.

A Princesa do Távora rejubilou de alegria não só pela grandeza dos festejos do seu Protetor mas também e, sobre tudo, pela satisfação daquelas Ações de Graças comportarem tanta população religiosa.

Dezenas de famílias emigradas na União Europeia, na América, na África, com as famílias imigradas em todo este país à Beira Mar Plantado, com os poucos habitantes encheram as ruas daquela princesa do Távora e o Templo da Igreja Matriz tornando a freguesia mais alegre, mais movimentada e mais rica.

O mais alegre e importante dia foi o dia 24, dia da Missa Solene em louvor de São Bartolomeu, cuja Eucaristia foi presidida pelo Padre Dr. Barroco que teceu elogios ao Padroeiro, aconselhando os presentes a seguiram um modelo de vida semelhante à do Santo.

Importante foi também a extensa procissão, que comportava cerca de 25 figuras bíblicas, que percorreu as principais ruas da freguesia, transportados em tratores, exceção feita a São Bartolomeu que foi transportado por 4 pessoas, como costume. Aquela imponente cerimónia foi abrilhantada pela Banda Musical de Riodades.

Parabéns à Comissão de Festas do Padroeiro pela elevada dedicação nos milhares de passos que tiveram de dar para que os Festejos em honra do Padroeiro atingissem tão solene e tão nobre imponência.

Parabéns ao Senhor Padre Barroco e a todos quantos comparticiparam e projetaram tão eloquente e solene ato religioso e social, cuja concretização constituiu pleno sucesso.

Manuel Fernandes Ribeiro, in Voz de Lamego, ano 87/40, n.º 4425, 29 de agosto 2017

75 anos depois, Vila da Ponte afirma-se como comunidade sacerdotal

Celebrou-se no dia 2 de julho, na Sé Catedral de Lamego, a ordenação sacerdotal (presbiteral) de três jovens diáconos: Ângelo Santos, Diogo Rodrigues e Luís Rafael.

Felizmente, não é rara a celebração do Sacramento da Ordem na diocese de Lamego – de diáconos, presbíteros e, mesmo, bispos. E este é sempre um acontecimento notável e momento de oferta da graça divina. E, porque desde 26 de julho de 1942 a paróquia de Vila da Ponte, apesar de várias tentativas, não foi coberta eficazmente pelo dom da oferta de um sacerdote à Igreja, este é um dia extremamente festivo para esta comunidade de fé viva e intensa. E, mais do que se interrogar porque só agora isto acontece, apesar do zelo dos pastores (cuja preocupação pela organização paroquial poderá de certo modo ter-se sobreposto ao incremento pastoral da fé, só Deus o sabe!) e dos catequistas e da piedade de tanta gente da paróquia, o dia é de ação de graças pelo dom de Deus. Agora, com efeito, o Padre Luís Rafael é testemunho vivo duma comunidade sacerdotal, povo de Deus, nação santa, plantada à beira do Távora.

Dos quatro sacerdotes que foram ordenados naquele ano de 1942, na igreja paroquial de Vila Ponte – um deles era o excecional Cónego José Cardoso de Almeida, dali natural – e daqueles dois que lá receberam a ordem de diácono, um, e subdiácono, o outro, já nenhum se conta fisicamente entre nós. Mas agora, o dia, sem deixar de ser de memória por todos os que partiram, é sobretudo de festa por quem agora surge como servidor de Deus e dos homens!

Aos presbíteros, pela sagrada Ordenação é conferido um sacramento por força do qual eles são assinalados, “pela unção do Espírito Santo, com um caráter particular e, de tal modo ficam configurados a Cristo sacerdote, que podem agir na pessoa de Cristo Chefe” (Vat. II, PO, n. 2). Por isso, os presbíteros têm parte no sacerdócio e missão do Bispo. Zelosos cooperadores da Ordem episcopal, chamados a servir o povo de Deus, constituem com o seu Bispo um único presbitério com diversas funções. (cf Vat. II, LG, n. 28). É um sacramento que imprime o caráter particular de configuração com Cristo sacerdote.

Pela imposição das mãos do Bispo e a Oração de Ordenação é conferido aos candidatos o dom do Espírito Santo para o múnus de presbíteros – os presbíteros também impõem as mãos aos candidatos juntamente com o Bispo, para significarem a receção no presbitério.

Pelo sacramento da Ordem, os presbíteros, exercem, no que lhes compete, o “múnus de ensinar em nome de Cristo, nosso Mestre”; distribuem “a todos a palavra de Deus” que receberam com alegria; e, “meditando na lei do Senhor”, procuram crer o que leem, ensinar o que creem e viver o que ensinam.

Exercem também o múnus de santificar. Com efeito, pelo seu ministério, “se realiza plenamente o sacrifício espiritual dos fiéis, unido ao sacrifício de Cristo, que, juntamente com eles, é oferecido” pelas suas mãos sobre o altar, de modo sacramental, na celebração dos santos mistérios.

Enfim, unidos e atentos ao Bispo, congregam os fiéis numa só família para os poderem conduzir a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo; e trazem sempre diante de si o exemplo do Bom Pastor que veio, não para ser servido mas para servir e buscar e salvar o que estava perdido.

Assim, desprovidos de si mesmos, enchem-se de Deus e dedicam-se de corpo e alma ao serviço dos homens através da Igreja.

Louro de Carvalho, in Voz de Lamego, ano 87/34, n.º 4419, 4 de julho 2017

Paróquia das Monteiras celebrou o seu Padroeiro: Espírito Santo

Hoje, domingo de Pentecostes celebrou-se a festa religiosa do Divino Espírito Santo, padroeiro da paróquia de Monteiras.
As cerimónias iniciariam às 11:15, com a celebração da Santa Missa, pelo Rev. Pe. Valentim Fonseca. Pela primeira vez, esta solenidade contou com a animação do Grupo de Folclore da Associação Desportiva, Cultural e Recreativa Relvense, quer nos cânticos litúrgicos assim como nas respetivas leituras. No final da Santa Missa, o pároco proferiu uma oração de bênção sobre a bandeira do respetivo Grupo de Folclore.
Deu-se encerramento às cerimónias religiosas, com a procissão em honra do Santíssimo Sacramento, no seu percurso tradicional na aldeia de Monteiras.
No contexto recreativo programado para o festival de folclore procedeu-se à cerimónia solene do hastear das bandeiras, pelas 15:00, com a presença do Sr. Presidente do Município de Castro Daire, Fernando Carneiro, Sra. Presidente da Associação Desportiva, Cultural e Recreativa Relvense, Dra Helena Magueija, Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Monteiras, Américo Silva, Pároco de Paróquia Monteiras , Valentim Manuel Moreira Fonseca e Sr. Major, Serafim Esteves. Contamos também com a presença do Sr. Vereador da Educação e da Cultura, Dr. Rui Braguês.
O festival contou também com a participação de outros grupos tais como:
– Rancho Folclórico da Associação Independente de Sanfins de Ferreira (Paços de Ferreira)
– Rancho Folclórico Flores do Campo (Nazaré)
Por motivos de força maior não foi possível a presença do Rancho Folclórico do Paraíso de Santa Eufémia (Entre os Rios).
A festividade contou com a presença dos nossos conterrâneos e a adesão de um grande público, onde se sentiu a partilha dos verdadeiros aromas da Freguesia de Monteiras, num grandioso jantar convívio.

Lurdes Maravilha, in Voz de Lamego, ano 87/30, n.º 4415, 6 de junho 2017

Seminário de Nossa Senhora de Lourdes em Festa

20170211_121037_1486979560345-copia

No passado sábado o Seminário Menor de Resende celebrou em Festa a Solenidade da sua Padroeira, Nossa Senhora de Lourdes. Desde que há memória, este dia é sempre vivido pela comunidade do Seminário com grande alegria, porque celebramos a Mãe de Deus que se dignou apareceu em 1958 a Bernardete de Soubirous na gruta de Massabielle perto de Lourdes em França e  por intermédio desta humilde menina, chamou os pecadores à conversão, despertando na Igreja um intenso movimento de oração e de caridade, sobretudo em benefício dos pobres e dos doentes.

Este é também um dia para acolher e chamar ao Seminário os familiares e os párocos dos nossos Seminaristas. Este ano não foi exceção. Pela manhã começaram a chegar os pais, familiares e alguns párocos.

O primeiro momento foi de receção e de boas vindas. No salão do Seminário, as Irmãs da Comunidade Servas de Maria do Coração de Jesus presentearam-nos com alguns cânticos de mensagem sempre acompanhados de gestos que nos trouxeram alegria e boa disposição. Ler mais…