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Archive for the ‘Deus’ Category

Editorial Voz de Lamego: São Paulo caiu do cavalo… E eu e tu?

Decorre, entre os dias 18 de 25 de janeiro, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, no hemisfério norte, e na proximidade do Pentecostes, no hemisfério sul. A semana está envolvida pela conversão de São Paulo, que a Igreja celebra a 25 de janeiro. São Paulo, segundo o relato do livro dos Atos dos Apóstolos, perseguia ferozmente os cristãos quando, a caminho de Damasco, caiu do cavalo abaixo. O perseguidor, afinal, era perseguido por Jesus e passa a ser Seu seguidor. Paulo dá-se conta que, ao perseguir os cristãos, estava em contramão a perseguir o próprio Jesus. Perseguindo Jesus, verdadeiro Homem e verdadeiro Deus, Paulo conclui que está a perseguir Aquele em nome do Qual era perseguidor. Para defender Deus, perseguia Deus, perseguia Jesus, perseguindo os cristãos.

É, sem dúvida, uma conversão plasticamente significativa. É repentina! Um milagre perfeito! Sem contar! Sem que nada se pudesse prever! Da noite para o dia! Se virmos como o próprio relata a sua conversão nas cartas que escreve talvez percebamos melhor como Deus ia agindo, silenciosa e eficazmente, no íntimo de São Paulo. Uma pessoa devota, zelosa da religião, autêntica… mais tarde ou mais cedo é possível que se deixe moldar por Deus! Ainda que, diga-se em abono da verdade, seja difícil a conversão num crente fanático e fundamentalista! Mas a Deus nada é impossível!

Também neste aspeto, São Paulo é um desafio e uma provocação. Tanto zelo, tanta persistência, mas é Deus que sai vencedor. A oração é combustível que pode, e deve, dilatar o nosso coração, e o daqueles por quem rezamos, para acolhermos a vontade de Deus, para a Ele, e somente a Ele, nos convertermos de todo o coração.

Em cada ano, um organismo das Igrejas cristãs fica responsável por escolher, propor e refletir um tema e apresentar materiais para uma melhor vivência deste tempo de oração e reflexão pela unidade dos cristãos. Este ano coube ao Conselho das Igrejas do Oriente Médio (MECC), que tem sede no Líbano, que escolheu como tema “Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O” (Mt 2, 2). O porquê desta escolha: “Nunca como nestes tempos difíceis sentimos a necessidade de uma luz que vença as trevas, e essa luz, como proclamam os cristãos, manifestou-se em Jesus Cristo para dar testemunho comum na terra onde Cristo viveu e ressuscitou. Diante da atual crise sanitária internacional, numa região do mundo onde os direitos humanos são sistematicamente espezinhados por injustos interesses políticos e económicos, e que sofre as consequências no plano humano e material da terrível explosão que assolou Beirute em 4 de agosto de 2020, o Grupo ecuménico local tem multiplicado os esforços para apresentar os frutos das sessões de trabalho realizadas na plataforma on-line”.

Por sua vez, o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristão sublinha que “os cristãos do Oriente Médio encontraram na ‘estrela’ uma imagem da vocação cristã. A estrela foi o sinal que guiou os Reis Magos de lugares distantes e de diferentes culturas até o Menino Jesus e representa uma imagem de como os cristãos se unem em comunhão entre eles ao aproximarem-se de Cristo. O tema da Semana quer, portanto, ser um convite para que os cristãos sejam um símbolo como a estrela, que conduz todos os povos a Cristo, o meio pelo qual Deus conduz todos os povos à unidade”.

Os autores dos subsídios acrescentam que a pandemia Covid-19, “a consequente crise económica e o fracasso das estruturas políticas, económicas e sociais que deveriam ter protegido os mais fracos e vulneráveis, evidenciaram o profundo desejo, a nível global, que uma luz brilhe nas trevas”, salientando que a estrela que brilhou no Oriente há dois mil anos “ainda nos chama a ir à Manjedoura, onde Cristo nasceu”.

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 92/10, n.º 4641, 19 de janeiro de 2022

Editorial Voz de Lamego: Noah e as teorias da conspiração

O pequeno Noah esteve desaparecido umas 36 horas. Logo dispararam os alarmes: rapto, negligência dos pais? O que aconteceu? O que se supõe que terá acontecido? Horas e horas de diretos! E, para alguns, a ligação imediata ao caso Maddie.

Ficámos com a sensação que para alguns teria sido preferível encontrar a criança sem vida ou concluir que tinha sido raptada. Parece que tudo encaixaria melhor! Como é possível que um menino de dois anos e meio tenha sobrevivido tanto tempo e percorrido cerca de 10 km, ao relento e sem comer? Pelo caminho foi largando roupas e calçado…

A preocupação de pais, de autoridades e de muitos voluntários foi encontrá-lo quanto antes com vida. Muitos se regozijaram com a descoberta de Noah com vida. Novas suspeitas?! Uma história mal contada! Para já, tanto quanto se sabe, não há indícios de rapto e/ou ação criminosa.

Semelhanças com o caso Maddie? Pelo menos duas diferenças significativas. Os pais de Noah não saíram para uma noitada, mas saiu o pai para trabalhar, de madrugada, sendo suposto que às oito horas da manhã os dois irmãos ainda estivessem pela cama. Por outro lado, não foi numa cidade pejada de turistas, mas na tranquilidade do campo.

Tempos de suspeita, juízos de opinião rápidos e apressados, sob necessidade de destrinçar qualquer mistério. Quando nos deparamos com situações demasiados óbvias, o grau de suspeita mantém-se ou aprofunda-se ainda mais. Parece que por detrás de tudo há algum tipo de conspiração, que alguém está a mentir ou a sonegar informação! Não podemos confiar em ninguém! Não podemos ser ingénuos e acreditar em tudo o que nos dizem! Anda meio mundo a enganar outro meio!

Um texto que lemos/escutámos por estes dias, traz-nos a figura de Job. Job era um homem justo, piedoso e temente a Deus. Tinha sete filhos e três filhas. Tinha muitas posses, centenas de cabeças de gado. A determinada altura, morrem a mulher, as filhas e os filhos, morrem-lhe os animais. Fica na penúria. Os amigos de Job tentam encontrar uma explicação lógica. Para eles, a culpa é de Job, consequência do seu mau proceder, pois Deus é justo e castiga com conta, peso e medida. Job, olhando para a sua vida, não encontra nada que mereça o castigo de Deus. E clama a Deus por justiça. Deus convida-o a contemplar o mistério das coisas, da criação e da vida. Nem tudo compreenderemos, de uma só vez e para sempre! Também os amigos de Job são chamados à liça, pois enveredam por leituras fáceis e apressadas acerca de Deus e dos Seus mistérios e rapidamente condenam Job colocando em causa a sua honorabilidade. No final, não sancionando inteiramente Job, Deus coloca-se do lado dos seus questionamentos, desafiando-o a não se deixar amedrontar pelo mistério, pois em tudo está presente a bondade divina.

Muitas pessoas ajudaram nas buscas. Muitas rezaram e confiaram na ajuda de Deus. Terá Deus colocado o anjo desta criança em alerta para que nenhum mal lhe acontecesse? Terá iluminado os que se apressaram a ajudar? Claro que há tantas outras situações em que o desfecho é diferente e sobram perguntas sobre a omnipotência de Deus e a Sua benevolência. O próprio Jesus não responde teoricamente às questões de sofrimento, ainda que as desligue de qualquer tipo de moralismo. Jesus faz o que está ao Seu alcance para ajudar, curar, salvar, integrar. Demasiadas vezes tiramos a Deus o poder de intervir na nossa vida e na história do mundo. Noutras, clamamos pela Sua intervenção.

No caso de Noah, ficar-nos-emos pela casualidade, por uma conspiração não explicada, um rapto malsucedido, ou por coincidências milagrosas através das quais Deus Se faz ver?

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 91/32, n.º 4614, 23 de junho de 2021

Editorial Voz de Lamego: Somos lápis nas mãos de Deus

Madre Teresa de Calcutá, a Mãe dos Pobres foi, durante muitos anos, uma voz que se fez ouvir a favor dos mais pobres entre os pobres. O propósito da sua vida: sair pelas ruas ao encontro dos mais pobres, crianças abandonadas, moribundos, leprosos, mães solteiras, para cuidar como se de Cristo se tratasse.

Pelo caminho, muitos contratempos, insinuações, críticas mordazes, dentro e fora da Igreja. Instalou-se, originalmente, num país e num contexto muito adverso, a Índia, em Calcutá, com as questões religiosas à mistura. O Hinduísmo e o carma. A pessoa sofre porque tem de sofrer, é porque cometeu pecados na vida anterior e tem de pagar por eles. Por outro lado, a sua ação mostrava uma cidade miserável, cheia de imundice, sem cuidados de saúde básicos nem qualquer sistema de educação que respondesse ao analfabetismo endémico.

Com o tempo, as Missionárias da Caridade espalharam-se pelo mundo inteiro. Depois de receber o Prémio Nobel da Paz ficou ainda mais conhecida, permitindo a implantação da congregação.

Quando lhe diziam que era necessário mais organização e coordenação, testemunhava a sua fé amadurecida num Deus providente e na necessidade de atender cada pessoa.

Não basta prover às necessidades básicas e imediatas, é necessário erradicar a pobreza e criar estruturas para que os países mais pobres tenham acesso à educação, à saúde, à habitação condigna, à alimentação. Porém, enquanto se pensa, se traçam metas e delineiam estratégias, não se podem deixar as crianças esfomeadas, desnutridas a morrer, ou os moribundos na berma da estrada. A Mãe dos Pobres nunca perdeu de vista a ajuda imediata e concreta aos mais necessitados.

Uma das suas expressões bem conhecidas: «Eu sou um lápis nas mãos de Deus. Ele usa-me para escrever o que quer. O lápis não tem nada a ver com tudo isto. O lápis só deve ser usado». Os sábios e os santos são feitos deste calibre. Os sábios sabem bem que têm muito a aprender e a caminhar. Os santos sabem bem que o bem neles realizado ou realizável tem outra origem e outro obreiro, o próprio Deus. Para isso, cada um de nós, a caminho da santidade, tem a missão de ser o lápis pelo qual Deus escreve. Ser ponte, ser instrumento, ser portador da Boa Nova, apalavrador da esperança, militante da paz, semeador de misericórdia! Esta consciência torna-nos humildes diante do muito que há pela frente e liberta-nos da presunção que, mais tarde ou mais cedo, nos conduziria ao desencanto ou à prepotência. Se Deus é Deus e se deixamos que Ele seja Deus, então não haverá lugar à desistência. Pode haver momentos mais tenebrosos. Também os houve na vida de Santa Teresa de Calcutá, como na vida de muitos santos, mas permaneceu indelevelmente marcada no coração a confiança em Deus e nos Seus desígnios insondáveis.

Na senda de Madre Teresa, podemos abraçar grandes causas, mas tudo começa aqui, agora, com quem bate à minha porta, com quem me encontro ao sair de casa (ou dentro de casa). É um movimento constante. Sem tréguas. O modo é o de Jesus Cristo. “Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo” (Jo 5, 17-30).

No último Colégio de Arciprestes, o nosso Bispo, D. António, sublinhava precisamente este modo de ser e de agir. É necessária a programação, momentos específicos, mas antes e para além da programação, há o essencial, o paradigmático, que é Jesus. Fazem-se acentuações, que ajudam a refletir e a viver, mas o propósito é acolher, viver e testemunhar o Evangelho da alegria, tornando-o palpável e significativo para todos, no discurso e na vida, nas palavras e nas obras.

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 91/27, n.º 4609, 18 de maio de 2021

Editorial da Voz de Lamego: A vida, a verdade, o amor e o bem

Portugal foi dos primeiros países a abolir a pena de morte e um dos primeiros a legalizar a eutanásia. Somos primeiros em muitas coisas, também na pobreza, nas desigualdades sociais e na corrupção.

Na passada sexta-feira, 29 de janeiro, em dias de tragédia nacional, o Parlamento português aprovou a lei que promove a eutanásia, invertendo o que é um direito inalienável, desde tempos imemoriáveis, remontando ao juramento de Hipócrates. A Declaração Universal dos Direitos Humanos consagra este direito, no Artigo 3.º: “Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.” A Constituição da República Portuguesa, diz, no Artigo 24.º: “1. A vida humana é inviolável.”

A vida é um direito antes dos direitos. Sem vida não há direitos.

Antes de ser direito, a vida é dom. A origem da vida não me cabe nem a mim nem a ti. O controlo sobre a própria vida tornou-se um direito narcisista: a minha vida só a mim diz respeito, o meu corpo, o que faço, o que como, o que visto e o que compro. Ninguém tem nada a ver com isso. Curiosamente, a nossa dependência aos outros é incontornável, na alimentação, no vestuário, na habitação…

Atenção, não podemos e não devemos menosprezar o sofrimento de uma pessoa concreta, ou de uma família, e as situações limite que vive. Há situações em que parece não haver saída, tal o sofrimento, a angústia, a incerteza e o medo do futuro. Porém, a nossa opção é deixá-la decidir se vive ou se morre, se deixa viver ou se mata? Afastamo-nos da pessoa quando ela mais precisa de nós, quando sofre? Ou, decidimos estar do lado dessa pessoa, ou família, escutá-la, fazendo-lhe sentir que não vamos embora, que estamos ali para ela?

Ao Estado compete assegurar a igualdade de direitos e garanti-los, assegurar a todos o direito à vida, à justiça e à habitação, à educação e aos cuidados de saúde, à igualdade de oportunidades e à liberdade de opinião e de circulação. Não lhe cabe a tutela da vida humana. Hoje, o Estado responsabiliza-se por antecipar a morte a pedido; amanhã, o pedido poderá ser obrigatório, até para criar mais vagas nos hospitais e racionalizar os recursos humanos.

Tantos profissionais que gastam a vida para cuidar e salvar o máximo de vidas. É uma tragédia. Os incêndios de 2017 chocaram-nos! As mortes diárias por COVID-19 já ultrapassam as três centenas. A pressão sobre os hospitais é imensa!

Sinal do Parlamento: facilitar a morte! Uma pessoa está a sofrer? O Serviço Nacional de Saúde ajuda-a a morrer? E para quando o acesso universal a cuidados continuados e paliativos?

Absoluto só Deus. A vida é um valor supremo, referencial para outros valores que pressupõe e exige. Ora vejamos: Jesus morre por amor, para que tenhamos vida abundante.  O filósofo Sócrates morre pela verdade. Martin Luther King e Mahatma Gandhi morrem pela liberdade e igualdade Os Apóstolos e os mártires morrem pela fé. Há pessoas que morrem ou são sacrificadas por serem honestas. Santa Teresa de Calcutá preencheu a sua vida a cuidar dos mais pobres e abandonados.

Ninguém, pelo menos para já, é obrigado a recorrer à eutanásia. A nós, cristãos cabe-nos cuidar, dar razões da nossa fé e da nossa esperança, amar e servir, acompanhar, não desistir de ninguém, ninguém deixar para trás, testemunhar a beleza e o sentido da vida, do início ao fim, não escondendo as dificuldades do caminho.

Pe. Manuel Gonçalves, in Voz de Lamego, ano 91/12, n.º 4594, 2 de fevereiro de 2021

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Falecimento do Padre Hermínio dos Santos | 1933-2020

O Senhor Deus, Pai de Misericórdia Infinita, chamou à sua Presença o reverendo Padre Hermínio Bernardo dos Santos, antigo pároco de Samodães.

Nasceu a 12 de março de 1933, em Vila da Rua, concelho de Moimenta da Beira

Quando completou a instrução primária foi convidado pelo seu pároco para ser sacerdote e em 1945 entrou no Seminário Menor de Resende, seguindo para o Seminário Maior, três anos mais tarde, tendo terminado o curso filosófico, hoje equivalente ao 1.º ano do curso filosófico-teológico. Deixando, nessa ocasião o Seminário.

Viria a contrair matrimónio que durou quatro décadas, até à morte da esposa. Tiveram 10 filhos.

Foi funcionário dos correios, advogado e professor do ensino superior, mas o “chamamento do Senhor para trabalhar na Sua vinha” foi maior. Com a viuvez regressou ao Seminário, para completar os estudos superiores e ser ordenado sacerdote, o que viria a acontecer no 29 de julho de 2006, na Sé de Lamego. Tornou-se sacerdote aos 73 anos de idade.

Faleceu a 18 de abril de 2020, aos 87 anos de idade, no Lar Sacerdotal do Porto e foi sepultado no Domingo da Divina Misericórdia, 19 de abril, em Vila da Rua, seguindo as normas em vigor atualmente para os funerais.

O Senhor Bispo, D. António Couto, faz saber da sua oração e comunhão, agradecendo a Deus o dom da vida deste irmão sacerdote, com o todo o percurso de vida, na vivência do Matrimónio e na riqueza da paternidade, primeiro biológica e depois sacerdotal. Também em nome do presbitério de Lamego, D. António partilha este momento de sofrimento e luto, com os familiares mais diretos, mormente os seus descendentes e confia-o, na oração ao Deus da Vida, Aquele que ressuscitou Jesus Cristo, também a nós nos ressuscitará.

Que o Senhor lhe conceda o eterno descanso.

Celebração da Vigília Pascal – Sé de Lamego – 11 de abril de 2020

No sábado santo, 11 de abril, o Senhor Bispo, D. António, presidiu, na Sé de Lamego, à Vigília Pascal deste ano de 2020 em que nos encontramos confinados a nossas casas em virtude da pandemia do COVID 19. A Eucaristia foi transmitida, via Facebook na página da Diocese em colaboração estreita com a Rádio Clube de Lamego.

Celebração da Paixão do Senhor – Sé de Lamego – 10 de abril de 2020

Na sexta-feira santa, teve lugar, na Sé de Lamego, a celebração da Paixão do Senhor, presidida pelo nosso Bispo, D. António, e transmitida pela rádio e via Facebook, pelas páginas da Diocese de Lamego e da Paróquia da Sé, seguindo a emissão da Rádio Clube de Lamego.

Ceia do Senhor – Sé de Lamego – 9 de abril de 2020

Como expectável, a celebração do Tríduo Pascal foi muito diferente de anos anteriores, com igrejas praticamente vazias. Daí também a aposta na transmissão das celebrações para que mais pessoas pudessem sintonizar-se com os mistérios celebrados, ainda que afastados pelas circunstâncias do tempo presente.

Na quinta-feira santa, 9 de abril, a celebração da Ceia Pascal, presidida pelo nosso Bispo, D. António Couto, na Sé de Lamego, com transmissão nas páginas da Diocese e da Paróquia da Sé, em colaboração com a Rádio Clube de Lamego, que transmitiu via rádio e também em vídeo direto pela respetiva página no Facebook.

Falecimento do Padre José Tomás Borges | 1938-2020

O padre José Tomás Borges, era natural da Paróquia de Paus, na Zona Pastoral de Resende, onde nasceu a nasceu a 4 de julho de 1938,  em Paus e membro da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN), a que pertence também o nosso Bispo, e faleceu a 7 de abril, aos 81 anos de idade.

A SMBN recorda-o como “um homem muito delicado e respeitador; dialogante e com grande capacidade de escuta, pelo que era procurado por muita gente… Dedicou toda a sua vida à formação inteletual e espiritual. Amava profundamente a Sociedade Missionária da Boa Nova, como parcela da Igreja. Que o Senhor o receba na sua luz”.

Foi ordenado presbítero em Cucujães, a 28 de julho de 1963, tendo desempenhado a sua Missão no Seminário das Missões, em Maputo, Valadares e Tomar; foi vigário-geral da Sociedade Missionária de 1986 a 1990.

O Sr. Bispo de Lamego, D. António, em seu nome e do presbitério de Lamego, une-se na oração e na comunhão espiritual a todos os familiares e amigos, e à SMBN, na certeza, da fé, da ressurreição dos mortos, onde, um dia, todos nos encontraremos.

Falecimento da irmã do Padre Albano Cardoso

O Senhor Deus, Pai de Misericórdia infinita, chamou a Si, à Sua morada eterna, a Sra. Dona Lourdes Cardoso, irmã do Padre Fernando Albano Cardoso, pároco Longa, da Granja do Tedo, de Vale de Figueira e de Nagosa.

O Senhor Bispo, D. António, em seu nome e do presbitério de Lamego, a que preside, manifesta as suas condolências à família e amigos, de forma particular ao Pe. Albano, sublinhando a comunhão espiritual na oração e na certeza da fé que nos garante a vida eterna, a ressurreição no Coração de Deus.

Face aos isolamento social, em virtude da pandemia, a presença física será diminuta, mas não a oração, não a comunhão, não a esperança da vida eterna.

Que o Deus de todo o bem a acolha calorosamente no Seu reino de glória, junto de Quem intercederá por nós, levando até Ele, Senhor nosso Deus, os nossos propósitos e intenções. E que os familiares sintam o aconchego de Deus e a ternura da Virgem Santa Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa.