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Os Meninos da caverna… visto a partir das redes sociais
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“O que mais chamou a atenção no salvamento dos meninos da caverna da Tailândia foram a falta de gritos histéricos, de chantagens emocionais e de tentativas dos pais de culpar alguém, tão comuns, infelizmente, na nossa cultura.
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O comportamento propositadamente controlado, para que não piore a situação nem acrescente variáveis indesejáveis, constitui belo exemplo de como lidar, de forma inteligente, com dificuldades extremas. O que fica de mais relevante no episódio são: o comportamento dos meninos, o dos pais e a generosidade daqueles que arriscaram a vida para salvá-los.”
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“Marinha Tailandesa diz que não sabe se resgate em caverna é milagre ou ciência”
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A corda guia usada pelo mergulhador acabou a determinada altura. Aí o mergulhador sobe para tomar ar e é precisamente quando encontra os meninos sentados à sua frente. Ele disse que se a corda fosse mais longa teria passado debaixo de água e não os teria encontrado.
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Apenas um dos meninos sabia inglês e pode comunicar com o mergulhador britânico. É o único cristão do grupo e aprendeu idioma num projeto missionário organizado pela sua igreja
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A chuva manteve-se discreta durante 3 dias, não afetando a operação. No entanto, choveu muito nas áreas ao redor.
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Um mergulhador relata que logo após todos saírem da caverna as bombas de água pararam de funcionar. Se tivesse acontecido antes seria um grande desastre.
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Um dia depois do resgate choveu o dia todo e a caverna ficou totalmente inundada
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Todos os meninos foram resgatados em condições de saúde surpreendentes que nem os médicos conseguiram explicar.
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Mesmo diante de inúmeras diferenças linguísticas e culturais, foram coordenados procedimentos sem qualquer dificuldade de entendimento
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Em todo o mundo os homens rezaram para que as crianças e treinador fossem resgatadas com vida e com saúde.
HL, in Voz de Lamego, ano 88/33, n.º 4470, 17 de julho de 2018
DESTINO DO PATRIMÓNIO | Editorial Voz de Lamego | 17.julho.2018
DESTINO DO PATRIMÓNIO
Nos últimos dois dias de novembro, decorrerá, no Vaticano, um congresso internacional para debater o destino a dar às igrejas que deixem de estar afectas ao culto das comunidades católicas.
A desertificação humana de muitas regiões, o abandono da prática religiosa e a escassez de clero têm levado ao encerramento e abandono de igrejas e locais de culto. E o que se passa noutros países vem a caminho, sobretudo do interior português, cada vez mais idoso e vazio. Mas não será apenas uma questão de utilização; também a sua preservação está em jogo.
Por muito que nos entristeça, as nossas comunidades, por si só, não terão possibilidade de assumir todos os encargos que um tal património arquitectónico exige. Se até há pouco tempo a comunidade se movimentava para conseguir meios que lhe permitissem construir e preservar, agora esperam-se orientações para reutilizar os espaços, já que a diminuição das comunidades e das ofertas não será suficiente para tudo.
E é aqui que entra a necessidade de garantir financiamento. A par do contributo dos fiéis, dos peditórios e ofertas, privadas ou de dinheiros públicos, será preciso pensar na forma de conseguir algum apoio junto de quantos visitam e usufruem de tal património. Trata-se de garantir meios para a sua preservação.
E o que acontecerá aos imóveis com limitado interesse turístico ou que estejam fora dos circuitos a visitar?
O assunto não é novo, a solução encontrada em alguns países europeus pode não ser a melhor, mas existe a vontade de debater e encontrar critérios que salvaguardem o valor de símbolo espiritual, cultural e social dos imóveis no seio da comunidade.
Certamente que aparecerão propostas e soluções. Mas tudo isto nos recorda que somos um povo que caminha na história e que devemos encontrar respostas para as diferentes circunstâncias.
Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/33, n.º 4470, 17 de julho de 2018