SACERDÓCIO E COMUNHÃO | Editorial Voz de Lamego | 27 de junho
A edição desta semana da Voz de Lamego dá grande destaque às Ordenações Sacerdotais que se aproximam rapidademente. O Pe. Joaquim Dionísio, nosso Diretor, faz eco deste acontecimento importante para a vida da Igreja, em particular da Igreja na Diocese de Lamego…
SACERDÓCIO E COMUNHÃO
No próximo domingo, primeiro de julho, a nossa diocese alegra-se com a ordenação sacerdotal dos três diáconos que o nosso jornal apresenta, nesta edição, aos nossos leitores. Em simultâneo, damos graças ao Senhor da Messe pelo dom da vocação e felicitamos estes jovens pela generosa resposta ao chamamento, o caminho percorrido e a decisão tomada.
A propósito, vale a pena recordar uma passagem que o Concílio Vaticano II dirigiu aos padres: “Os presbíteros, tirados dentre os homens e constituídos a favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecerem dons e sacrifícios pelos pecados, convivem fraternalmente com os restantes homens” (PO 3).
No Antigo Testamento, o sacerdote é o “homem do sagrado”, separado dos irmãos. Uma separação que visa recordar-lhe que está ao serviço de Deus, o “totalmente Outro”. O sacerdote faz parte de uma tribo, a tribo de Levi, que não tem território e o sumo-sacerdote deve separar-se do povo para entrar sozinho no santuário.
O sacerdote (padre) do Novo Testamento é o homem da comunhão, o irmão sobre quem o último concílio insiste longamente no que respeita às suas relações com o bispo, com os outros padres e com todos os baptizados. Ele é o irmão, sinal de um Deus que quis incarnar-se, e o coração do seu ministério é a Eucaristia, mistério da união entre a humanidade e Deus. E toda a sua vida deve manifestar o essencial.
Os padres, tal como os demais cristãos, são chamados a não viverem para si próprios, mas a saberem, segundo as exigências da lei da caridade, colocar ao serviço dos outros os dons recebidos (cf. PO 6).
Rogando a Deus pelos esperados membros do nosso presbitério, felicitamos os futuros Padres Ângelo Santos, Diogo Rodrigues e Luís Rafael, a quem desejamos uma vivência plena e apaixonada da missão sacerdotal.
in Voz de Lamego, ano 87/33, n.º 4418, 27 de junho 2017