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Archive for 22/03/2017

CAMINHADA QUARESMA- PÁSCOA | 4.º Domingo da Quaresma

A diferença do olhar de Deus em relação ao nosso é que nós só conseguimos ver as aparências e Ele consegue ver o coração (1 Sam 16,7). É esta faculdade de Deus que indica a Samuel quem é que deve ungir como rei de Israel.

No evangelho Jesus liberta o cego de nascença da sua prisão física. E isso permite-lhe ver quem o curou, quem o salvou. Na cruz será colocada a palavra cegueira, a simbolizar as nossas tantas incapacidades de ver Deus no mundo criado, no que Ele nos oferece cada dia e na pessoa de cada um dos nossos irmãos. Estas cegueiras não são dos olhos, mas do coração.

4.º DOMINGO DA QUARESMA

Preparação: Imprimir a oração anexa no esquema da caminhada e recorta-la em pequenos pedaços para serem distribuídas
Momentos da Eucaristia: – Depois da homilia

– Ofertório

– Pós-comunhão

 

 

Gesto:

A seguir à homilia, colar na cruz a palavra: CEGUEIRA

– Nos cestos do ofertório mandar as orações recortadas para que cada pessoa possa retirar um papel

No momento pós comunhão todos recitam em conjunto, em voz alta, a oração que receberam no ofertório

in Voz de Lamego, ano 87/19, n.º 4404, 21 de março de 2017

CONVERSAS FINAIS | Editorial Voz de Lamego | 21 de março de 2017

A peregrinação do Papa Francisco ao Santuário de Fátima, nos próximos dias 12 e 13 de maio, vai tomando conta das notícias, ocupando um espaço cada vez maior e mais frequente. A Voz de Lamego tem procurado fazer o seu trabalho de informação e e formação à volta da Peregrinação Papal, do Centenário das Aparições, da Mensagem de Fátima.

Há, porém, espaço e tempo para outras notícias, outras reflexões, outros temas. O Diretor da Voz de Lamego, o Pe. Joaquim Dionísio, faz eco das Conversas Finais com o Papa (Emérito) Bento XVI, entrevista-livro que agora chega às bancas nacionais.

CONVERSAS FINAIS

Apesar de publicado em setembro último, só hoje aparece, em português, o livro “Conversas finais”, fruto da mais recente entrevista que Bento XVI concedeu ao alemão Peter Seewald. E são já quatro as entrevistas destes protagonistas que deram outros tantos livros.

O título é sugestivo, não porque inviabilize novas conversas, mas porque revela a serenidade do ancião que se sabe mais próximo do encontro com o Criador. Com naturalidade, sem desespero ou saudosismo, Bento XVI sabe que os seus 89 anos o fazem olhar mais de perto a finitude desta vida, ele que vive uma situação inédita: um Papa reformado!

O livro pode ser encarado como uma espécie de balanço do seu pontificado (2005-2013), sem esquecer as razões da renúncia, a opinião sobre o sucessor ou o futuro da Igreja, ao mesmo tempo que surge como oportunidade para Bento XVI falar de si e dos seus, partilhar memórias e explicar opções, recordar pessoas e factos.

Um dos grandes teólogos do nosso tempo que, apesar da personalidade reservada que o caracteriza, soube aliar humildade e sabedoria. Pode discordar-se das suas posições, criticar-se a sua actuação ou questionar opções, mas não poderá negar-se a singularidade do seu pensamento, a forma didáctica como se expressou e a disponibilidade para servir a Igreja.

E serviu-a quando se apresentou como o “humilde servo da vinha do Senhor”, mas também quando resignou, mostrando que sair pode não ser sinónimo de desistir ou abandonar, mas ser uma outra forma de permanecer e de ser fiel (amar).

Após a renúncia, soube preservar-se de qualquer tentação para aparecer ou fazer-se ouvir, não acompanhando aqueles que se opõem à linha do Papa Francisco e que, possivelmente, gostariam de o ter como “porta-voz”.

in Voz de Lamego, ano 87/19, n.º 4404, 21 de março de 2017