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Centenário das Aparições de Fátima em Moimenta da Beira
O auditório Pe. Bento da Guia, em Moimenta da Beira, apropriadamente adornado para o efeito, encheu com cerca de 200 pessoas, na passada sexta feira, dia 10 de março, para uma calorosa receção à Irmã Ângela Coelho, postuladora da causa de canonização dos Beatos Jacinta e Francisco Marto e vice-postuladora da causa da beatificação da Irmã Lúcia.
A iniciativa levada a cabo pelo Arciprestado de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço teve como objetivo uma maior formação e consciencialização da Mensagem e do fenómeno “ Fátima”, neste primeiro centenário das Aparições aos três Pastorinhos.
A criar a ambiência inicial esteve o grupo coral de Moimenta da Beira que interpretou canções de índole Mariana.
A apresentação da ilustre conferencista, freira e médica, coube ao Pe. Diamantino Alvaíde que traçou o seu perfil biográfico, académico e religioso.
“Sem Amor nenhuns olhos são videntes”. Foi a partir desta epígrafe torguiana que a Irmã Ângela construiu, em linguagem clara, viva e concisa, a sua preleção, advertindo que só com Amor se pode ir mais além. Ao apresentar a família dos Pastorinhos chamou a atenção para a importância dos pais e dos avós na educação dos valores da fé na vida das nossas crianças. Explicitou pormenorizadamente traços da infância dos Pastorinhos, da personalidade própria de cada um, um Francisco muito pacífico e a Jacinta muito “ rabita”, que foram mudando e moldando após o contacto com a “ Senhora mais brilhante que o sol”. Como na vida de todos, também neles se operou a conversão, dirigindo as suas vidas para o amor de Deus e da Humanidade, “os pobres pecadores”. Ler mais…
Aprofundar a Mensagem de Fátima com a Irmã Ângela Coelho
O Movimento da Mensagem de Fátima promoveu, no passado sábado, dia 11 de março, no Seminário Maior de Lamego, um encontro de formação de aprofundamento da Mensagem de Fátima. Esteve presente mais de uma centanta de participantes, entre fiéis leigos, um diácono e sacerdotes, de vários arcipreastados e zonas pastorais da nossa Diocese.
A Irmã Ângela Coelho orientou este encontro no qual fez uma bela exposição e apresentação de alguns traços essenciais da Mensagem de Fátima, com simplicidade, beleza e profundidade. Sempre com um sorriso no rosto, próprio de quem reflete a luz da alegria que brota do Evangelho, a Irmã Ângela cativou a assembleia com o seu enorme e fundamentado conhecimento da Mensagem de Fátima.
Nossa Senhora apareceu na Cova da Iria, escolheu três crianças, falou na nossa língua e deixou uma Mensagem para o mundo. Mensagem mística e profética, de misericórdia, de paz e de esperança, que continua atual. O seu conhecimento e aprofundamento tem cada vez mais sentido neste nosso mundo de hoje.
Lembrando e citando a Carta Pastoral no Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, da Conferência Episcopal Portuguesa, intitulada: “Fátima, Sinal de Esperança para o nosso tempo” e a que a Irmã Ângela fez referência, destacamos o que os bispos portugueses dizem: “Ao longo de todos estes cem anos, a peregrinação a Fátima revitalizou a fé de muitos crentes cansados, suscitou a conversão eclesial de muitos batizados desorientados, tornou possível que muitos indiferentes redescobrissem o Evangelho, suscitou uma religiosidade que plasmou a vida de grande parte do nosso povo”( nº 4). Os nossos bispos também referem quase no final da mesma Carta: “Fiéis ao carisma de Fátima, somos chamados a acolher o convite à promoção e defesa da paz entre os povos, denunciando e opondo-nos aos mecanismos perversos que enfrentam raças e nações: a arrogância racionalista e indivudualista, o egoísmo indiferente e subjetivista, a economia sem moral ou política sem compaixão. Fátima ergue-se como palavra profética de denúncia do mal e compromisso com o bem, na promoção da justiça e da paz, na valorização e respeito pela dignidade de cada ser humano” (nº 15).
Conhecer e viver a Mensagem de Fátima deve ser a atitude a tomar durante este Ano do Centenário e, como Ela prometeu a Lúcia: o seu “Coração Imaculado” será sempre o nosso refúgio no tempo das tribulações.
Saibamos pois, como os Pastorinhos, responder aos apelos de Nossa Senhora.
O Secretariado Diocesano
in Voz de Lamego, ano 87/18, n.º 4403, 14 de março de 2017