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Archive for 15/03/2017

Papa Francisco: Sou um pecador, limitado, um homem comum

O jornalista iniciou a conversa com o Pontífice ressaltando que se diz que o Papa tenha ficado fascinado, em Augsburgo, por um quadro de Nossa Senhora Desatadora dos Nós pintado por um artista barroco no século XVIII. Francisco respondeu que não é verdade, pois nunca foi a Augsburgo.

O repórter insistiu, afirmando que a fonte é crível. O Papa respondeu: “Os jornalistas são assim”, e sorriu. “A história é que uma religiosa que eu conhecia, me enviou um cartão de Natal com a imagem de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Eu vi e interessei-me. O quadro retoma uma frase de Irineu de Lyon. O doador da obra enfrentava dificuldades com a esposa. Ele procurou o conselho de um sacerdote jesuíta. Esse padre pegou numa fita longa e branca que foi usada para a cerimónia do matrimónio e pediu a Nossa Senhora, porque tinha lido a frase de Irineu, que o nó de Eva foi desatado pela obediência de Maria. Então, pediu a Nossa Senhora para desatar esses nós”.

O jornalista prossegue: Os nós representam os problemas não resolvidos? “Sim”, responde o Papa. “O quadro foi pintado como ação de graças, porque no final, Nossa Senhora concedeu a graça ao casal”. Ler mais…

ESPERANÇA E SENTIDO | Editorial Voz de Lamego | 14 de março

O Jornal Diocesano é a Voz da Diocese de Lamego e da região, com notícias, reflexões, eventos. Nesta edição destaque para a figura de São José e para o Dia do Pai, lembrando que liturgicamente este ano a solenidade ocorre no dia 20, pois no dia 19 de março celebra-se o 3.º Domingo da Quaresma, para o Centenário das Aparições, com a presença da Irmã Ângela Coelho em Moimenta da Beira e na cidade de Lamego, Caminhada da Quaresma, Semana Nacional Cáritas…

O Pe. Joaquim Dionísio, no Editorial desta semana desafia à esperança que nos renova, abrindo-nos ao futuro…

ESPERANÇA E SENTIDO

Na passada semana, aqui se escrevia sobre a necessidade de acolher e conceder o perdão para libertar do passado menos conseguido, mas também como ocasião para fortalecer a esperança, a tal virtude teologal que o apóstolo Pedro dizia ser importante testemunhar (1 Pd 3, 15)

Pode ser angustiante assumir a irrevogabilidade do passado e a imprevisibilidade do futuro, a experiência do envelhecimento e a perspectiva da morte. Contudo, apesar das circunstâncias, contratempos, provocações, derrotas, pecados… a esperança renova, afastando o cenário sombrio e ajudando a interpretar os acontecimentos à luz da eternidade que os transcende.

A esperança pode ser entendida como um “olhar aberto sobre o futuro”, apesar da ignorância que nos acompanha, um impulso, uma boa disposição… A sua presença exprime confiança de quem a protagoniza e dá alento a quem a testemunha. Não se trata, pois, de uma espécie de distracção sobre o presente doloroso para “aliviar” a pesada carga, uma ilusão ou falta de bom senso.

A Bíblia não cessa de referir a esperança, de sublinhar a alegria e a confiança de quem a mantém viva, com perseverança e paciência, e de recordar o seu fundamento: Deus. A verdadeira esperança tem em Deus e nas Suas promessas o seu fundamento e n´Ele se sustenta.

A esperança em Deus não dispensa a participação de cada um, o compromisso e o pôr a render dos talentos, como recorda o último Concílio: “a Igreja ensina que a importância das tarefas terrenas não é diminuída pela esperança escatológica, mas que esta antes reforça com novos motivos a sua execução” (GS 21).

A esperança não aliena nem se apresenta como um “seguro contra todos os riscos”, mas como um dom que nos concede a certeza de que a vida tem sentido, independentemente das quedas ou contratempos.

in Voz de Lamego, ano 87/18, n.º 4403, 14 de março de 2017