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Archive for 29/01/2017

Aniversário de Tomada de Posse de D. António Couto

nan_7845Nomeado pelo Papa Bento XVI, no dia 19 de novembro de 2011, D. António José da Rocha Couto assumiu  no dia 29 de janeiro, a cátedra de Lamego, sucedendo a D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho, que esteve à frente da diocese durante 12 anos. D. Jacinto tomou ao seu encargo a diocese em 19 de março de 2000. Tendo completado 75 anos de idade em 11 de setembro de 2010, pediu a resignação, que foi aceite pelo Papa, mantendo-se, depois da aceitação da resignação, como Administrador Apostólico da diocese.

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A cidade de Lamego encheu-se de cor e sobretudo de cristãos para acolher o seu novo Bispo.

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Pelas 15h30, D. António, recebido pelo Administrador Apostólico, pelo Mons. Vigário-Geral e pelo Presidente  da Câmara Municipal de Lamego, no Seminário Maior de Lamego, segue no carro da Diocese até à Sé Catedral. Aqui é recebido por uma multidão em festa. À entrada para a Sé é saudado pelo Deão do Cabido e pelo Sr. Presidente da Câmara de Lamego.

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Pelas 16h00 o início da celebração eucarística. D. Jacinto presidiu à Procissão de entrada. Depois da saudação inicial, a Bula de Nomeação foi lida pelo Núncio Apostólico em Portugal e o Sr. D. Jacinto cedeu o lugar da presidência ao Sr. D. António, dirigindo-lhe algumas palavras de passagem de testemunho, como Bispo cessante e como diocesano (lembremos que D. Jacinto é natural da Diocese de Lamego e pertence ao presbitério desta diocese). A partir do momento em que assume a presidência da celebração, D. António passa também a presidir como Pastor à Diocese de Lamego

Presentes na tomada de posse, os Bispos de Portugal, muitos sacerdotes de Lamego, do Porto, de onde D. António é natural (Marco de Canaveses), de Braga, onde esteve nos últimos 4 anos como Bispo Auxiliar, dos Missionários da Boa Nova, autoridades civis da cidade e da diocese, muitos cristãos. A Sé Catedral foi pequena para acolher tanta gente. Muitas pessoas acompanharam a celebração em frente à Sé através dos plasmas aí colocados para este efeito.

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D. António deixou claro que o mensageiro, o enviado, mais que a mensagem, comunica Aquele que O envia…

Quase a terminar a celebração, a leitura da ATA de tomada de posse, pelo Chanceler da Cúria, Mons. Germano José Lopes.

Como cristãos, pedimos a Deus que esteja com o D. António e com as Suas preocupações pastorais. O Bispo é e referência de comunhão com Jesus Cristo, com as outras dioceses e seus bispos e com o Papa, sucessor de Pedro.

Fotos: KYMAGEM. Poderá ver mais fotos AQUI (também da Kymagem)

Aniversário da Tomada de Posse de D. António Couto

D. António José da Rocha Couto, assumiu a Diocese de Lamego há 5 anos, no dia 29 de janeiro de 2012, sucedendo a D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho. Vale a pena rever algumas imagens deste dia festivo para a nossa mui nobre Diocese de Lamego, sob o padroado de São Sebastião:

 

Centenário das Aparições de Fátima: Revelações privadas

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Falar de aparições é fazer referência às “revelações privadas”, que importa diferenciar da Revelação. A propósito, e procurando ajudar a evitar excessos ou confusões, aqui se recordam algumas afirmações simples e claras.

A Revelação consiste na comunicação que Deus faz de Si próprio e do Seu projecto de salvação em favor de todos os homens, a fim de os tornar Seus filhos, unidos a Cristo através do Espírito. Trata-se de uma iniciativa divina, a partir da qual Deus entra em diálogo com a humanidade e desenvolve-se por acções e palavras em que Deus condiz livremente o Seu diálogo com os homens para lhes dar esperança e futuro. E Deus torna os homens capazes de Lhe responder, de acolher a Sua presença e de participar na Sua vinda.

Esta Revelação foi acontecendo ao longo da história da humanidade (Heb 1, 1-2) e atingiu o seu cume em Jesus Cristo. Em Jesus Cristo, Deus cumpriu a Sua revelação. Disse-Se e deu-Se a Si próprio, comunicou tudo o que tinha a comunicar. Nada pode ser acrescentado, até ao dia em que a condição humana seja transfigurada para além da história e o Senhor Se manifeste na Sua vinda gloriosa, tal como no-lo ensina o Catecismo da Igreja Católica: “No decurso dos séculos tem havido revelações ditas ‘privadas’, algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. Todavia, não pertencem ao depósito da fé. O seu papel não é ‘aperfeiçoar’ ou ‘completar’ a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa determinada época da história. Guiado pelo Magistério da Igreja, o bom-senso dos fiéis sabe discernir e guardar o que nesta revelações constitui um apelo autentico de Cristo ou dos seus santos à Igreja. A fé cristã não pode aceitar ‘revelações’ que pretendam ultrapassar ou corrigir a Revelação de que Cristo é o acabamento. É o caso de certas religiões não-cristãs, e também de certas seitas recentes, fundadas sobre semelhantes revelações” (n.º 67).

Resumindo, as aparições e respectivas revelações privadas, reconhecidas como autênticas pela Igreja, são sinal da presença de Deus no mundo, mas não acrescentam nada ao conteúdo da Revelação. Aliás, a prudente demora no reconhecimento da autenticidade das mesmas é fundamental para poder aferir da sua concordância com a Revelação e para discernir se estamos diante de invenção/perturbação humana ou manifestação divina.

Sendo assim, donde lhe vem a importância ou a utilidade?

A resposta é fácil e está contida na citação do CIC: as revelações particulares poderão chamar a atenção para aspectos pontuais do Evangelho e servirão para ajudar a viver, numa certa época, o mesmo Evangelho, reavivando a fé e o empenhamento de conversão.

Por outro lado, frequentemente ouvimos a pergunta: “É preciso acreditar nas aparições para ser católico?” Este poderá ser o tema da próxima semana.

JD, in Voz de Lamego, ano 87/11, n.º 4396, 24 de janeiro de 2017