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Aniversário de Tomada de Posse de D. António Couto
Nomeado pelo Papa Bento XVI, no dia 19 de novembro de 2011, D. António José da Rocha Couto assumiu no dia 29 de janeiro, a cátedra de Lamego, sucedendo a D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho, que esteve à frente da diocese durante 12 anos. D. Jacinto tomou ao seu encargo a diocese em 19 de março de 2000. Tendo completado 75 anos de idade em 11 de setembro de 2010, pediu a resignação, que foi aceite pelo Papa, mantendo-se, depois da aceitação da resignação, como Administrador Apostólico da diocese.
A cidade de Lamego encheu-se de cor e sobretudo de cristãos para acolher o seu novo Bispo.
Pelas 15h30, D. António, recebido pelo Administrador Apostólico, pelo Mons. Vigário-Geral e pelo Presidente da Câmara Municipal de Lamego, no Seminário Maior de Lamego, segue no carro da Diocese até à Sé Catedral. Aqui é recebido por uma multidão em festa. À entrada para a Sé é saudado pelo Deão do Cabido e pelo Sr. Presidente da Câmara de Lamego.
Pelas 16h00 o início da celebração eucarística. D. Jacinto presidiu à Procissão de entrada. Depois da saudação inicial, a Bula de Nomeação foi lida pelo Núncio Apostólico em Portugal e o Sr. D. Jacinto cedeu o lugar da presidência ao Sr. D. António, dirigindo-lhe algumas palavras de passagem de testemunho, como Bispo cessante e como diocesano (lembremos que D. Jacinto é natural da Diocese de Lamego e pertence ao presbitério desta diocese). A partir do momento em que assume a presidência da celebração, D. António passa também a presidir como Pastor à Diocese de Lamego
Presentes na tomada de posse, os Bispos de Portugal, muitos sacerdotes de Lamego, do Porto, de onde D. António é natural (Marco de Canaveses), de Braga, onde esteve nos últimos 4 anos como Bispo Auxiliar, dos Missionários da Boa Nova, autoridades civis da cidade e da diocese, muitos cristãos. A Sé Catedral foi pequena para acolher tanta gente. Muitas pessoas acompanharam a celebração em frente à Sé através dos plasmas aí colocados para este efeito.
D. António deixou claro que o mensageiro, o enviado, mais que a mensagem, comunica Aquele que O envia…
Quase a terminar a celebração, a leitura da ATA de tomada de posse, pelo Chanceler da Cúria, Mons. Germano José Lopes.
Como cristãos, pedimos a Deus que esteja com o D. António e com as Suas preocupações pastorais. O Bispo é e referência de comunhão com Jesus Cristo, com as outras dioceses e seus bispos e com o Papa, sucessor de Pedro.
Fotos: KYMAGEM. Poderá ver mais fotos AQUI (também da Kymagem)
Aniversário da Tomada de Posse de D. António Couto
D. António José da Rocha Couto, assumiu a Diocese de Lamego há 5 anos, no dia 29 de janeiro de 2012, sucedendo a D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho. Vale a pena rever algumas imagens deste dia festivo para a nossa mui nobre Diocese de Lamego, sob o padroado de São Sebastião:
Centenário das Aparições de Fátima: Revelações privadas
Falar de aparições é fazer referência às “revelações privadas”, que importa diferenciar da Revelação. A propósito, e procurando ajudar a evitar excessos ou confusões, aqui se recordam algumas afirmações simples e claras.
A Revelação consiste na comunicação que Deus faz de Si próprio e do Seu projecto de salvação em favor de todos os homens, a fim de os tornar Seus filhos, unidos a Cristo através do Espírito. Trata-se de uma iniciativa divina, a partir da qual Deus entra em diálogo com a humanidade e desenvolve-se por acções e palavras em que Deus condiz livremente o Seu diálogo com os homens para lhes dar esperança e futuro. E Deus torna os homens capazes de Lhe responder, de acolher a Sua presença e de participar na Sua vinda.
Esta Revelação foi acontecendo ao longo da história da humanidade (Heb 1, 1-2) e atingiu o seu cume em Jesus Cristo. Em Jesus Cristo, Deus cumpriu a Sua revelação. Disse-Se e deu-Se a Si próprio, comunicou tudo o que tinha a comunicar. Nada pode ser acrescentado, até ao dia em que a condição humana seja transfigurada para além da história e o Senhor Se manifeste na Sua vinda gloriosa, tal como no-lo ensina o Catecismo da Igreja Católica: “No decurso dos séculos tem havido revelações ditas ‘privadas’, algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. Todavia, não pertencem ao depósito da fé. O seu papel não é ‘aperfeiçoar’ ou ‘completar’ a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa determinada época da história. Guiado pelo Magistério da Igreja, o bom-senso dos fiéis sabe discernir e guardar o que nesta revelações constitui um apelo autentico de Cristo ou dos seus santos à Igreja. A fé cristã não pode aceitar ‘revelações’ que pretendam ultrapassar ou corrigir a Revelação de que Cristo é o acabamento. É o caso de certas religiões não-cristãs, e também de certas seitas recentes, fundadas sobre semelhantes revelações” (n.º 67).
Resumindo, as aparições e respectivas revelações privadas, reconhecidas como autênticas pela Igreja, são sinal da presença de Deus no mundo, mas não acrescentam nada ao conteúdo da Revelação. Aliás, a prudente demora no reconhecimento da autenticidade das mesmas é fundamental para poder aferir da sua concordância com a Revelação e para discernir se estamos diante de invenção/perturbação humana ou manifestação divina.
Sendo assim, donde lhe vem a importância ou a utilidade?
A resposta é fácil e está contida na citação do CIC: as revelações particulares poderão chamar a atenção para aspectos pontuais do Evangelho e servirão para ajudar a viver, numa certa época, o mesmo Evangelho, reavivando a fé e o empenhamento de conversão.
Por outro lado, frequentemente ouvimos a pergunta: “É preciso acreditar nas aparições para ser católico?” Este poderá ser o tema da próxima semana.
JD, in Voz de Lamego, ano 87/11, n.º 4396, 24 de janeiro de 2017