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A celebração do Natal do Senhor tem o seu ponto alto na Missa do Galo
Cumprindo a tradição, mas não só, também por convicção, os cristãos da nossa diocese, das paróquias irmãs da Sé e de Almacave, de Cepões, Cambres, Avões, Penude, Britiande, e muitas mais, reencontraram-se na Sé de Lamego para juntos celebrarem a primeira Eucaristia do Dia de Natal.
Para muitos é um reencontro anual, em particular para os filhos da terra ausentes que nesta época retornam á terra onde cresceram para passar “as festas”.
É, por todos os motivos, uma missa mágica e emocionante, vivida com um espírito muito próprio, impossível de reproduzir noutras celebrações, e que, com as memórias das muitas Missas do Galo da nossa infância, estabelece um fio condutor que reafirma a nossa identidade de cristãos, Filhos de Deus, unidos á volta do Menino, um sentido de pertença que não nos deixa desviar do que é importante na nossa vida.
Este ano tivemos connosco, não física mas espiritualmente, os nossos irmãos cristãos das terras massacradas da Síria e do Iraque, que finalmente puderam celebrar o Natal, mas em igrejas em ruínas , desabrigados do frio intenso, sem condições de conforto, mas imensamente felizes por poderem rezar e estar juntos ! Que lição para nós, cristãos acomodados !
Foi uma missa alegre, mas sempre com a inquietude de espírito que advém de sabermos que ainda há quem seja perseguido por ser cristão, e por eles rezamos sempre, não só hoje,mas ao longo de todo o ano.
O beijo com que recebemos o Menino Jesus irá transformar-se ao longo de 2017 num grande beijo a todos os nossos irmãos em Cristo, sob a forma de oração, caridade, misericórdia, uma mão estendida, um gesto de carinho…
IM, in Voz de Lamego, ano 87/08, n.º 4393, 3 de janeiro de 2017
Vigília de Oração pelas Famílias – 30 de dezembro de 2017
No passado dia 30 de dezembro, o Departamento Diocesano da Pastoral Familiar promoveu, na Igreja Catedral de Lamego, a celebração de uma Vigília de Oração pelas Famílias.
A celebração foi presidida pelo nosso Bispo, D. António Couto, acompanhado pelo Pró-Vigário Geral, Padre João Morgado, pelo Pároco da Sé, Cónego José Ferreira, pelo Diretor da Comissão Diocesana para o Laicado e Família, Padre Adriano Assis, e das famílias que, apesar do frio que se sentia, quiseram estar presentes.
Com o Senhor Sacramentado sobre o Altar e depois de proclamada a Palavra, as famílias consagraram-se a Deus, num ato significativo de oferecimento e a manifestação da vontade de serem d’Ele e Lhe pertencerem por inteiro. Na expressão visível deste compromisso, cada uma das famílias presentes inscreveu o seu nome num cartão colorido que colocou depois na “Árvore das Famílias”. A cada uma das famílias (foram 36 as que colocaram o seu cartão na “Árvore das Famílias), foi entregue, como lembrança, uma pequena imagem da Sagrada Família.
Este momento de oração culminou com a Bênção do Santíssimo Sacramento.
A diocese de Lamego assinalou assim o dia da Sagrada Família com este momento de oração pelas famílias. Celebrar a sua festa é recordar que o amor familiar é a experiência humana do amor infinito do Deus da Vida. Nesta Vigília, pedimos de modo especial que a Sagrada Família de Nazaré, pela fidelidade com que viveu a missão recebida de Deus, seja o modelo inspirador de todas as famílias.
Um agradecimento muito especial ao Grupo de Jovens da paróquia da Sé por, mais uma vez, ter dado resposta pronta e ter animado, tão bem, esta celebração.
Pelo Departamento Diocesano da Pastoral Familiar,
in Voz de Lamego, ano 87/08, n.º 4393, 3 de janeiro de 2017
COMPROMISSO E INDIFERENÇA | Editorial Voz de Lamego
Início de novo ano civil e de volta o Jornal Diocesano, Voz de Lamego, recuperando algumas notícias sobre o Natal, celebrações, momentos, desafios. Também o seu Diretor, Pe. Joaquim Dionísio, nos deixa o desafio do compromisso contra a indiferença, ousadia, vontade e envolvimento…
COMPROMISSO E INDIFERENÇA
No início de um novo ano civil e de uma nova etapa que desejamos cumprir com alegria e serenidade, vemo-nos solidariamente a caminho e formulamos votos para que cada um alcance a meta e se sinta amparado pela graça divina.
Como sempre, o novo ano afigura-se pleno de oportunidades e fazem-se promessas para ser, viver, estar, ir… Porque há vontade em conseguir, disponibilidade para começar e continuar, sonhos para concretizar. Se o conseguimos ou não, isso serão contas que ficam para depois.
Por agora, importante e urgente é querer e ousar, para não desperdiçar oportunidades e dons recebidos. Porque a vida não se vive, verdadeiramente, sem envolvimento. Neste caso, o pior que poderia acontecer-nos seria a indiferença, presente numa vida nem quente nem fria, sem protagonismo, desperdiçando o que se é e adiando o que se poderia ser e conseguir.
Um novo ano ou um novo dia exigem-nos disponibilidade atenta e contínua para não se tornarem oportunidades menos conseguidas. E assumir-se disponível pressupõe vontade de arriscar, abertura à novidade e compromisso.
É verdade que não conseguimos controlar tudo e que a surpresa e o inesperado podem surgir, entrar porta dentro e transtornar sonhos e metas, desviando do caminho e incutindo desânimo. Mas nunca serão momentos perdidos aqueles em que se ousou iniciar uma caminhada ponderada e desejada, o bem que se fez, os gestos e as palavras que ajudaram, a fé assumida e testemunhada…
No início de um novo ano civil, incapazes de dizer já como serão os seus dias, resta-nos a vontade de arriscar e de querer preencher, de maneira consciente e responsável, o tempo que nos é dado e o desejo de fazer bem todas as coisas. Isso será cumprir a vida e tornará 2017 uma etapa conseguida.
Boa caminhada!
in Voz de Lamego, ano 87/08, n.º 4393, 3 de janeiro de 2017