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JUBILEU DA MISERICÓRDIA: FIM DO ANO JUBILAR
O fim deste ano jubilar dedicado à Misericórdia estava, desde o início, calendarizado: dia 20 de novembro de 2016, Solenidade de Cristo Rei do Universo. Daí que a presente edição do nosso jornal seja a última antes do referido encerramento.
Poderíamos aproveitar o facto para tentar apresentar algum balanço ou para elencar as diversas iniciativas ocorridas. Isto porque, desde a abertura do Ano Jubilar, ocorrida na festa em honra da Imaculada Conceição do ano passado, muito se fez, escreveu, anunciou e pregou sobre a Misericórdia. E acreditamos que a misericórdia foi fundamento para muitas acções e gestos que aproximaram, auxiliaram e ajudaram a crescer e a viver. No entanto, sabemos que o verdadeiro balanço será feito por Deus. Mas não será de excluir um esforço individual que olhe o percurso feito e retire conclusões, ensinamentos e perspectivas.
Por outro lado, olhamos para o Jubileu como um fermento que continuará a motivar vivências naqueles que o acolheram e com os seus objectivos se comprometeram. Aliás, serão a continuidade e a perseverança a “medir” o acolhimento dispensado ao convite eclesial e à adopção de modos de vida marcados pela misericórdia.
Numa reunião, entre tantas em que se participa e falando-se do Jubileu anunciado pelo Papa Francisco, o Pe. Justino, pároco de Vila Nova de Paiva e de Fráguas, “desafiou” o jornal diocesano a publicar, semanalmente, algumas linhas sobre o tema. O repto foi aceite e a missão cumprida, apesar dos evidentes limites.
Assim, ao longo de vários meses, de muitas semanas, aqui se publicaram algumas linhas alusivas ao tema, divulgando a iniciativa e motivando para uma formação que não termina e para a vivência sempre primordial.
Nesta caminhada foram sendo feitas referências à Escritura que importa ler, escutar, meditar e levar para a vida, bem como a diversas publicações que saíram para divulgar vidas, ensinamentos e reflexões. Nas últimas semanas, aqui se deixaram também algumas notas sobre o ensinamento eclesial orientado para a questão social e política, a Doutrina Social da Igreja. Para referir que a Igreja há muito se preocupa com a questão social e que o seu ensinamento, aprofundado ao longo dos anos, visa a edificação de uma sociedade mais justa e mais fraterna.
O ano jubilar que agora termina pode e deve servir, também, para despertar a atenção de muitos para o bem que se faz, apesar de discreto ou arredado dos habituais alinhamentos informativos.
Termina o ano jubilar e, por isso, termina também esta coluna. Não sabemos se foi lida, útil ou divulgada, mas apareceu e manteve-se ao longo dos meses com a vontade de assinalar um percurso e com o objectivo de sublinhar o lema escolhido: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”.
JD, in Voz de Lamego, ano 87/51, n.º 4387, 15 de novembro de 2016