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Ordenações Diaconais | Luís Rafael | Testemunho Vocacional
VEM E SEGUE-ME
Porquê entrar para o Seminário???
Porquê seguir Jesus? Ser Diácono? Padre?
Sim! Porque na família e na comunidade conheci “um amigo que me ama”…
Sim! Porque o “VEM E SEGUE-ME” gravado na parede da capela do Seminário de Resende me inquietava…
Sim! Porque, pouco a pouco, fui descobrindo o projeto de Deus para a minha vida…
Sim! Porque Ele colocou pessoas únicas no meu caminho para me apoiarem, acompanharem e me formarem…
Sim! Porque o contacto com o Povo de Deus me enche o coração…
Sim! Porque…
Porque… Porque… Porque!?
Não fiquem surpreendidos, mas… há uns anos atrás eu era uma criança muito curiosa!!! Às vezes a minha família já não tinha muita paciência para tantas perguntas e iam respondendo o tradicional: “porque sim!”
Porquê isto? “porque sim!”
Porquê daquela maneira? “porque sim!”
Talvez um dia, na minha ingenuidade infantil tenha perguntado: Porque é que o sol se move no céu? “porque sim!”
Mas toda a gente sabe que: “porque sim! Não é resposta!!!”
É verdade… mas há respostas que por vezes são difíceis de dar…
Podia dar muitas outras razões que justificassem estes passos dados rumo ao serviço de Deus e dos irmãos… mas para os mais curiosos deixo uma resposta universal e que sintetiza o que estou a sentir…
Sim! Porque sim…
Sei que provavelmente devem estar a pensar “porque sim! Não é resposta!!!”
Mas é a melhor maneira que tenho para transmitir tudo aquilo que sinto. Afinal, aos convites que Deus nos faz … a nossa resposta deve ser SIM!
Já pensaste nisso? Porque não dizer-Lhe que sim?
Luís Rafael Azevedo
in Voz de Lamego, ano 87/51, n.º 4387, 15 de novembro de 2016
Ordenações Diaconais | Diogo Rodrigues | Testemunho Vocacional
MISERICÓRDIA DE DEUS
Chamo-me Diogo Rodrigues, sou do lugar de Mazes, da freguesia de Lazarim deste concelho de Lamego. Venho de uma família de três irmãos, sendo eu o mais velho.
Não me lembro do “surgir” da minha vocação. Lembro-me de na escola primária ter dito que queria ser padre e toda a gente achou estranho. Nesse seguimento, manifestei o desejo aos meus pais e eles falaram com o meu pároco, Pe. Agostinho Ramalho, e ele convidou-me, juntamente com um colega da minha terra a fazermos a experiência de pré-seminário.
Feita a experiência, fiz o percurso do Seminário Menor durante seis anos e ingressei no Seminário Maior onde estive durante seis anos, em Lamego, Viseu e Braga.
Ao terminar o percurso do Seminário, a passos largos da Ordenação Diaconal, o que poderei dizer acerca da minha vocação? Que ela nos mostra verdadeiramente o amor de Deus, antes de mais voltado, para todos os seus filhos, chamados à vocação baptismal, e depois porque segundo o seu coração deseja dar pastores ao seu povo. Assim, o Senhor é verdadeiramente o autor da minha vocação e é Ele o verdadeiro protagonista. Por isso continuo a crer na sua misericórdia para comigo e a desejar tal como os discípulos a amá -lo cada vez mais.
Ao fazer-vos passar a minha história de vida, peço-vos mais uma vez que rezeis por todos os Seminários e seminaristas, pedindo ao Senhor da Messe que envie trabalhadores para a sua Messe.
Diogo Rodrigues, in Voz de Lamego, ano 87/51, n.º 4387, 15 de novembro de 2016
Ordenações Diaconais | Ângelo Santos | Testemunho Vocacional
“ELE chama-te”
“Tem confiança, levanta-te Ele chama-te” (Mc 10, 49). Esta provocação feita a Bartimeu conduziu que ele deixasse a beira do caminho para passar a fazer parte do caminho com Ele e com alegria “levantou-se de um salto e foi ter com Jesus” (Mc 10, 50).
Esta perícope evangélica retrata perfeitamente o meu percurso vocacional. O meu percurso vocacional começou em 2008, mas nessa altura eu encontrava-me ainda á beira do caminho. Porém o meu encontrocom Jesus não se operou de uma forma imediata,mas mediada através do testemunho dos sacerdotes, escuta e leitura da Palavra de Deus, leitura da vida daqueles que nos antecederam na fé ou simplesmente de uma brisa suave (1 Rs 19, 11-13). Foram estes meios que Deus usou para despertar em mim a questão vocacional.
Como Bartimeu aceitei entrar no caminho. Nesse sentido no dia 2 de outubro de 2009 entrei para o Seminário Maior de Lamego, num dia de bons auspícios, o dia litúrgico dos anjos da guarda (meus homónimos!). Frequentei o Seminário Maior durante seis anos (2009-2015). Foi um tempo que permitiu-me perceber que ser seminarista não consiste na oblação da vida por um conjunto de ideias ou sistemas de pensamento, mas na descobertado encontro com Jesus, um encontro que não deixa a nossa vida indiferente, um encontro que nos impulsiona para a saída de nós mesmos não permitindo que sejamos jovens e adultos “desempregados das suas vidas” (Daniel Faria), mas servidores da Vida para as vidas.
No período de 2015-2016 fiz uma paragem para uma etapa diferente no percurso vocacional. Durante esta etapa estive ligado a uma Organização Não-Governamental de inspiração cristã, chamada Leigos para o Desenvolvimento.A minha participação nessa organização possibilitou o tempo ideal para apurar a minha decisão vocacional. Graças a este apuramento deu o “salto” definitivo para o seguimento de Jesus através do ministério ordenado.
Por fim, “Tem confiança, levanta-te Ele chama-te” (Mc 10, 49).
Ângelo Santos
in Voz de Lamego, ano 87/51, n.º 4387, 15 de novembro de 2016