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Dia Sacerdotal do Arciprestado: Mêda . Foz Côa . Pesqueira . Penedono
“Ai, rio Douro, rio Douro, és mais bonito que o Rio de Janeiro…”
Gritei eu ao chegar à ponte de Régua em exagero de emoção, da última vez que fui ao Brasil onde viviam os meus pais.
Hoje na viagem de barco do Pocinho a Barca de Alva, patrocinado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Coa , apetecia-me confirmar: é bonito demais este rio cheio de água, com montes céu e nuvens de calor, a admirá-lo…
À volta do meio dia, esperámos uns minutos a ver barcos e turistas, até chegar o sr Bispo, Vigário Geral e Pró-Vigário, para este passeio de beleza, de boa disposição e comunhão de diálogo e alegria. A temperatura durante a tarde deste dia seis de Setembro, começou a subir e foi até 48 graus à sombra. Nem por isso se perdeu o apreço pela brisa quente e fresca que corria neste vale de água e vinho., com barcos de turistas e desportistas em busca de paz e segurança.
Cantou-se “A Romaria de Elis Regina a rezar a Nossa Senhora da Aparecida, com fados e música popular e uma ou outra anedota a deixar rastos de brincadeira. O almoço servido por um restaurante de Foz Coa era saboroso e com serviço de qualidade e gentileza.
Ao longo do passeio, o Pe Ferraz, sem pretenção de guia turístico, informou sobre um ou outro pormenor que tinham a ver com quintas de vinho, turismo rural, afluentes do Douro, encostas de carrascos e javalis, montarias, amendoeiras, oliveiras e laranjais.
Até Barca de Alva, passámos pelos concelhos de Castelo Melhor e Freixo-de-Espada à Cinta, sentindo a beleza e a rudeza deste Douro superior e profundo que eu desconhecia, ao vê-lo, em criança e ao longe, a descer da estação da Ermida e de Mirão, mesmo aos pés do Marão. Daí, o encanto especial da descoberta deste último reduto do Douro até à fronteira espanhola.
No regresso a casa e ao chegarmos às termas de Longroiva fomos surpreendidos por um pequeno tufão com vento e granizo que deve ter feito estragos em algumas vinhas.
O Pe. Jorge foi o condutor da carrinha que nos levou da Mêda até ao Pocinho e ficamos-lhe gratos pela alegria da condução.
Por último, agradecemos aos Peadres Basílio e Ferraz o empenho para que este passeio fosse o que foi: um momento bonito da vida do arciprestado. Ao nosso Bispo, ao nosso Vigário Geral, Pró Vigário e Irmão Missionário, a nossa gratidão pelo gosto de estarem connosco
Pe. Moura, in Voz de Lamego, ano 86/42, n.º 4378, 13 de setembro de 2016
Um Mosteiro em festa Canto Cisterciense em S. João de Tarouca
Tradições antigas, recriações modernas de vidas entregues à oração, à meditação, ao trabalho, pensamento em Deus, mãos na terra onde era preciso viver… Não é um simples resumo da vida monástica em S. João de Tarouca ao longo de alguns séculos, talvez um olhar curioso pelo que se leu, ouviu e pôde verificar na história da vida num Mosteiro.
Aprendi que os Monges chegaram a Portugal com a ideia primeira de ajudar nas Cruzadas, mas acedendo ao pedido que o nosso primeiro Rei lhes fez por intermédio de um Bispo do Porto, D. João Peculiar; o Porto era lugar de abastecimento dos navios dos Cruzados e, entretanto, outra perspectiva lhes era proposta: ajudar Portugal no seu povoamento, no seu desenvolvimento para o qual era muito importante o conhecimento trazido dos Países mais a Norte da Europa. Ler mais…