A Novena de Nossa Senhora dos Remédios – 2016
Apesar da hora, começa sempre às seis da manhã, a Novena não perde pessoas de ano para ano. Pelo contrário, ano após ano, o número de peregrinos cresce.
Como diziam os antigos, a Novena é todo um «trabalho da graça». Só à luz da fé se explica que tanta gente corte ao descanso para se juntar em atitude de louvor e de súplica.
O Santuário fica sempre cheio, sendo necessário ocupar a Sala dos Retratos e o Adro. E se em cada dia, o espaço fica cheio, no dia seguinte aparece ainda mais preenchido.
O que mais impressiona é a comunhão de fé e sentimentos: toda a gente reza, toda a gente canta. Se a Procissão tem, indiscutivelmente, um grande impacto visual, a Novena consegue ter sempre um enorme efeito vivencial. As palavras e os cânticos parecem fazer estremecer as próprias paredes e o próprio tecto.
Este ano, foi estreado um hino, belamente musicado pelo senhor Padre Marcos José Morais Alvim de Magalhães. Entrou rapidamente nos lábios e no coração do povo.
Também foi oferecida uma nova casula, com a particularidade de ter a imagem de Nossa Senhora dos Remédios esculpida na frente e nas costas.
É bom ter presente que a Festa de Nossa Senhora dos Remédios começou, possivelmente no século XVII, com a Novena. E esta mantém-se nos mesmos moldes em que se iniciou. É também um acto de homenagem aos nossos maiores, que nos legaram tão precioso acto de homenagem à Mãe dos Remédios.
À volta da «Mãe da Misericórdia», procurámos, uma vez mais, crescer na fé, louvando a nossa Padroeira. Da Novena não nos afastaremos; para o ano, regressaremos!
S. A. S., in Voz de Lamego, ano 86/42, n.º 4378, 13 de setembro de 2016