Arquivo

Archive for 29/07/2016

TAIZÉ, UM OÁSIS DE PAZ E MISERICÓRDIA

almacave-taizé

Em Taizé, tal como se acolhem jovens com idades entre os 15 e os 29 anos, também é possível acolher adultos com mais de 30 anos de idade. Contudo, devido ao grande número de jovens e às condições muito simples de acolhimento que são oferecidas,

os adultos podem participar individualmente ou como casal, levando os seus filhos, ou então em pequenos grupos organizados com o máximo de 7 pessoas. Neste ano em que se celebra a XXXI Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia (Polónia), e pelo facto de um grupo dos nossos jovens participar neste grade acontecimento jubilar para a juventude de todo o mundo, a Paróquia de Almacave organizou a peregrinação anual a Taizé de 31 de julho a 7 de agosto apenas com um grupo de adultos da comunidade paroquial.

Porquê esta aventura de peregrinar até Taizé?

Ir a Taizé é ser acolhido por uma comunidade ecuménica marcada por duas aspirações: avançar numa vida de comunhão com Deus através da oração e assumir a responsabilidade de ser fermento de paz, de confiança e de misericórdia no nosso meio e no mundo em que vivemos. Em Taizé, a oração comunitária, os cânticos, o silêncio e a meditação pessoal podem ajudar a redescobrir e aprofundar a presença de Deus na nossa vida e a encontrar uma paz interior, uma nova razão de viver ou de acreditar profundamente que é possível, um dia, tornar o nosso mundo mais fraterno, sem medos e mais belo para os outros, tal como o sonhou o Irmão Roger, fundador desta comunidade Ecuménica.

Estar em Taizé é fazer a experiência de uma vida simples e pobre, partilhada com os outros sem preconceitos sociais.   A partir daqui, esquecemos um mundo repleto de stress, futilidades e de temores, e encontramos uma comunidade que nos transmite uma paz espiritual difícil de antever. Estar em Taizé é estar num mundo à parte, sem isolamentos. As pessoas que encontramos, sejam de outros países, de outras culturas ou de diferentes confissões religiosas conseguem sempre transmitir alegria, tranquilidade, esperança, fé, paz e simplicidade. Ao contrário do que seria de esperar, a vida em Taizé não é monótona: as orações comunitárias três vezes ao dia são indispensáveis, as reflexões da palavra são enriquecedoras e o trabalho de voluntariado tem sempre a marca do servir o outro. Regressamos sempre à nossa Paróquia com vontade de sermos semeadores da paz e da simplicidade que ali vivemos e recebemos. Mas também com um desejo enorme de voltar a beber da Fonte da Vida que jorra em Taizé.

FS, in Voz de Lamego, ano 86/37, n.º 4373, 26 de julho de 2016

Passeio Paroquial Vila Nova de Paiva e Fráguas – 2016

DCIM117GOPRO

Eram as sete e meia da matina do 10 de Julho e já o condutor do autocarro nos esperava há meia hora. Era o início de mais um passeio paroquial, desta vez, com destino ao Santuário de Nossa Senhora de La Salette junto a Oliveira de Azeméis.

A viagem decorreu com a normalidade característica destas viagens. Os dois autocarros encontraram-se junto ao restaurante «As Cubatas» junto a Albergaria-a-Velha para uma primeira paragem de descanso, café… e seguimos para o parque eo pequeno Santuário de La Salette, obra de há cerca de um século.

Mas este santuário é a sequência deu ma pequena capela construída em 1870 no mesmo local devido à interpretação como milagre, de uma chuvada, em Julho, no decorrer de uma procissão pedindo chuva. Só depois, devido à popularidade do culto na capelinha se construiu esta capela-santuário de que admirámos sobretudo as linhas góticas, os vitrais e a rosácea. Os vitrais, vistos do interior, são uma pequena maravilha.

À volta, ladeando a capela, um parque bem espaçoso em que não falta um lago com barquitos, patos, peixes… mesas de pedra, árvores exóticas e as apetecidas sombras neste tórrido mês de Julho.

Esperou-se que o santuário ficasse livre para que, pelas 12h30, fosse celebrada, pelo nosso pároco, a solene missa dominical.

Já as barrigas davam horas, o almoço soube a pouco. É a parte mais interessante, segundo muitos. À volta da mesa conversa-se, partilham-se as iguarias dos farnéis cuidadosamente embalados e trazidos. É este convívio que torna estas viagens mais interessantes aproximando as pessoas. Alguém dizia mesmo que, sem a partilha do farnel, o passeio paroquial quase não teria sentido. E isto leva o seu tempo! É que um lanche assim partilhado quer-se bem saboreado!

Daí que no trajecto seguinte, em direcção ao Mosteiro de Arouca, não faltasse quem cambaleasse embalado pelos solavancos do autocarro. Paragem rápida com visita à igreja convidando a uma visita mais demorada sobretudo ao museu de arte sacra.

A subida pachorrenta até à capela de Nossa Senhora da Mó fez calafrios a alguns pelos precipícios que rodeavam a estrada íngreme. De beleza medieval, nela se encontra pequena imagem, pensa-se que do século XVI, devidamente resguardada. Saliente-se aqui, tal como no Santuário de La Salette, a vista panorâmica.

E a viagem assumiria, a partir daqui, com um sentido mais apaixonado. Dividiam-se as opiniões. Enquanto uns achavam melhor continuar o convívio abrindo de novo os farnéis, o melhor da festa, outros já só pensavam em ver a final do Europeu 2016. Depois de várias tentativas de aparcamento não se descobriu um lugar apetecível e, depois de olharmos para os Passadiços do Paiva convidando a uma visita, acabámos por chegar ao destino bem a tempo de ver na TV o Portugal-França, a final do Europeu de Futebol.

Manuel Proença, in Voz de Lamego, ano 86/37, n.º 4373, 26 de julho de 2016