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Apontamento social: LEVAR A PALAVRA A CANTAR
Sempre ouvi dizer que cantar é rezar duas vezes. Seja ou não verdade ( os muito desafinados pode ser preferível que só rezem…), não podemos negar as potencialidades da música na evangelização.
É com cânticos simples que iniciamos os meninos na catequese; é com cânticos originais e apelativos que entusiasmamos uma assembleia de jovens ; é com cânticos espirituais e apropriados aos vários momentos da celebração que enriquecemos e dignificamos uma eucaristia.
Há cânticos para todos os gostos, simples ou sofisticados, modernos ou conservadores, calmos ou mais mexidos, que transmitem alegria ou agradecimento, reverência, louvor, pedidos, ou apenas o Amor, de Deus por nós e de nós por Deus; e há os muito especiais cânticos marianos, culto tão querido ao coração do povo português.
Dei por mim a pensar, quase sem querer, na sorte que temos, em particular na nossa Diocese, mas também no resto do país, em termos tantos padres com gosto pela música e que trabalham essa área como ninguém, produzindo belíssimas obras, sublimes e espirituais , sem deixarem de ser alegres e apelativas, e que “correm” paróquia atrás de paróquia, participando em concertos, fazendo cantar o público, entusiasmando jovens e menos jovens com a Palavra que transmitem pela música, e deixando atrás de si modos diferentes, e talvez mais eficazes, de trazer as pessoas a Deus, de fazer com que os “esquecidos” se lembrem mais da importância do Senhor na sua vida, de o terem mais presente no seu dia a dia cada vez que cantarolam “aquele” cântico que ouviram e ficou gravado inconscientemente.
Ontem, domingo, o padre Marcos apresentou o novo hino á Sra dos Remédios; hoje, o padre Vítor esteve na RTP com alguns paroquianos que também aprenderam a louvar cantando; ambos são da nossa Diocese.
Por ambos, e por tantos outros que transmitem o Amor de Deus com alegria, temos que estar gratos.
A eles e a Deus.
IM, in Voz de Lamego, ano 86/34, n.º 4370, 5 de julho de 2016