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TERRA E FECUNDIDADE | Editorial Voz de Lamego | 3 de maio de 2016

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A Voz de Lamego desta semana destaca, entre outras temáticas, o encontro nacional da Asel, a Visita Pastoral de D. António Couto na Zona Pastoral de Sernancelhe, em concreto em Tabosa da Cunha e Ponte do Abade, a Jornada Jubilar dos Cursilhos de Cristandade, e a entrevista com o Pe. João Carlos, Pró Vigário Geral, sobre a mais recente Exortação Apostólica do Papa Francisco, “A Alegria do Amor”…

Por sua vez, o Pe. Joaquim Dionísio, no Editorial fala de terra e fecundidade, mas sobretudo de Maria, a Terra sagrada da Igreja. Boa leitura, aqui está o pórtico da edição desta semana da Voz de Lamego:

TERRA E FECUNDIDADE

O mês iniciado convida a contemplar Maria que, entre outros títulos, nos habituámos a apelidar como Mãe de Misericórdia, certos de que “a doçura do seu olhar nos acompanha” (MV 24).

Nas famílias e nas comunidades, a sós ou em grupo, dentro de casa, da igreja ou da capela, pela estrada fora ou num santuário, a vivência cristã destes dias é marcada pela devoção mariana.

Alguns Padres chamaram a Maria “terra sagrada da Igreja” para sublinhar a sua humana e pronta disponibilidade para servir, bem como a sua humilde fecundidade para acolher e frutificar. Porque a fecundidade é sempre fruto de uma escuta atenta e de uma contínua vontade de conversão. Rezar é também deixar-se assumir Palavra semeada.

Foi assim que Maria fez: ofereceu-se a si própria como terra, pôs-se à disposição, deixou-se usar e consumir para ser transformada. Assumindo-se como “serva do Senhor”, parece que se apaga, mas, na verdade, a sua dádiva permitirá ser “louvada por todas as gerações”.

Daí que, neste e noutros meses, possamos aprender com ela a tornarmo-nos “terra fecunda para semente” que é a Palavra. E isso nem sempre é fácil e cómodo.

Uma peregrinação de quilómetros é exigente, cumprir uma promessa de joelhos é difícil, oferecer velas e flores demonstra carinho… mas a verdade é que o louvor a Maria pode concretizar-se, sobretudo, por esta disponibilidade para acolher a Palavra e oferecer-lhe condições para frutificar. A oração diária poderá passar também pela meditação da Palavra de Deus, por um sério exame de consciência, pelo identificar das lacunas e, mais importante, pela resolução tomada e assumida.

No meio do activismo em que, às vezes, nos enredamos, Maria ensina-nos que não somos um “produto acabado” e que o crescimento individual, comunitário, eclesial se concretizará se nos assumirmos como “terra sagrada para a Palavra”.

in Voz de Lamego, ano 86/22, n.º 4361, 3 de maio de 2016

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