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Archive for 04/05/2016

ASEL – Encontro Nacional – 30 de abril de 2016

13087242_164458637284923_6660765560746946853_oNo passado sábado, dia 30 de abril, ocorreu o encontro nacional dos associados da Associação de Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Lamego. Desta vez, tal como previsto e amplamente divulgado, os antigos seminaristas reuniram no Seminário Maior de Lamego e no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.

Tudo se iniciou com a receção dos aselistas, alguns que vinham pela primeira vez, outros que já não vinham há algum tempo e outros que usualmente participam.

Terminada a assembleia-geral estatutária, tendo em vista a apresentação da atividade da associação e a apresentação e aprovação de contas, e onde o presidente da direção lançou o repto a todos os participantes de que, no próximo ano, cada um dos presentes deverá trazer um novo elemento, seguiu-se um beberete, com géneros oferecidos gentilmente pelo E. Leclerc de Lamego, momento de partilha e convívio fraterno, permitindo a recordação de momentos marcantes da passagem pelos seminários diocesanos.

Depois, foi a partida para o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, onde assistimos à Santa Missa, celebrada pelo nosso bispo diocesano, D. António Couto, e concelebrada por D. Jacinto Botelho e por cinco sacerdotes, acolitados por um coro diligentemente dirigido pelo nosso presidente da direção, Luís de Matos.

O almoço decorreu ao ar livre, excelentemente servido por Carlos Trindade, de Resende, que nos mimoseou com iguarias regionais, acompanhadas pela produção vinícola do aselista José João Pina. Durante a tarde, em convívio amigável e cúmplice, recordámos agradavelmente circunstâncias relevantes da nossa vida de seminaristas, ouvindo ainda a música e as canções da Afontuna, composta por alunos e professores do Externato D. Afonso Henriques, Resende, e da jovem Paula Ferreira, que já nos tinha brindado, na Eucaristia, com uma belíssima interpretação vocal da “Ave-Maria” de Gounod, aquando da tradicional deposição de um ramo de flores junto de Nossa Senhora, evocando a figura de Maria como a mãe de todos e representante de todas as mães. Cabe aqui uma palavra de agradecimento à Câmara Municipal de Lamego, que nos cedeu um pequeno palco e um técnico de som para assegurar que tudo funcionaria devidamente, assim como às Caves da Raposeira e aos Fumeiros Porfírio.

Foi ainda feita uma homenagem aos aselistas com 50 e 25 anos de inscrição nos seminários, através da entrega de um diploma alusivo, tendo um aselista que veio pela primeira vez a oportunidade de dar conta da sua satisfação por estar entre nós, tendo-se comprometido a continuar esta viagem e a tentar trazer os seus colegas de seminário.

No próximo ano, 2017, o encontro será em Resende, no dia 29 de abril. Todos foram informados de que, além do “blogue” que a ASEL dinamiza, criou-se uma página na rede social Facebook, para que a nossa atividade possa chegar mais longe e contribua para um sentimento de proximidade maior entre todos os que passaram pelas nossas casas de formação sacerdotal, tendo em vista também o fomento da inscrição de antigos alunos, pois torna-se imprescindível conseguir o maior envolvimento possível de antigos seminaristas para a dinamização da ASEL.

P’la Direção da ASEL

Paulo Pereira Guedes, in Voz de Lamego, ano 86/22, n.º 4361, 3 de maio de 2016

HINO DA ASEL (Letra e música do aselista J. A. Pereira Pinto. Maio de 2012)

1 – ASEL Mais que um nome,

É família unida

Por valores eternos

Que dão sentido à vida.

«Aspirai ao alto»

De S. Paulo a exortação

Cedo foi gravada

Bem fundo em nosso coração.

2 – Isso te devemos,

Maternal abrigo

E te agradecemos

Ó seminário amigo.

Aceita o tributo

Da perene gratidão

Tu que nos congregas

À grande luz do amor cristão.

Tu que nos congregas

À grande luz do amor cristão.

Movimento dos Cursilhos de Cristandade: Jornada jubilar

CC-Mulheres

Na tarde do dia 25 de Abril o Movimento dos Cursilhos de Cristandade na nossa diocese viveu um momento significativo. Na Sé Catedral decorreu o encerramento dos dois cursilhos realizados de 22 a 25 de Abril. Foi a primeira vez que, na nossa diocese,  se realizaram dois cursilhos ao mesmo tempo: o 40º de Senhoras, nas instalações da Obra Kolping, em Lamego, com trinta novas participantes; e o 58º de Homens, no Seminário de Resende, com dezasseis novos participantes. Foi umas boa maneira de assinalar o Ano Santo da Misericórdia, congregando os antigos cursilhistas e os novos em jornada jubilar.

CC-homens

Os que viveram pela primeira vez esta experiência, provenientes de diferentes núcleos paroquiais e com diversas tonalidades nas idades e na referência cristã, sentiram-na como uma experiência que a todos deixou enriquecidos e com novas perspetivas na abordagem da vida. Manifestaram-no claramente, na Catedral, onde, pelas 16.00, depois de uma caminhada simbólica a partir da Capela do Espírito Santo, entraram atravessando a Porta Santa, e se viram surpreendidos por uma moldura humana acolhedora e feliz, formada por muitos daqueles que um dia viveram experiência semelhante.

Proporcionou-se uma tarde de ação de graças, em que os novos cursilhistas partilharam as suas vivências semeando esperança e alegria no coração de todos. O Senhor Bispo, D. António Couto presidiu à celebração da Eucaristia, às 18.30, tendo na homilia, relevado o papel dos leigos na missão da Igreja e a sua aptidão para concretizar os desafios que a Igreja sente de ir ao encontro de todos, levando a Boa Nova de Jesus.

No final era notória  a alegria de todos e a vontade de continuar por estes caminhos de evangelização. Jornadas como esta são um estímulo para as Equipas Animadoras dos Cursilhos e para os Párocos e Leigos comprometidos, que fazem do MCC um apoio para a caminhada cristã das suas comunidades.

O Secretariado Diocesano do MCC,

in Voz de Lamego, ano 86/22, n.º 4361, 3 de maio de 2016

TERRA E FECUNDIDADE | Editorial Voz de Lamego | 3 de maio de 2016

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A Voz de Lamego desta semana destaca, entre outras temáticas, o encontro nacional da Asel, a Visita Pastoral de D. António Couto na Zona Pastoral de Sernancelhe, em concreto em Tabosa da Cunha e Ponte do Abade, a Jornada Jubilar dos Cursilhos de Cristandade, e a entrevista com o Pe. João Carlos, Pró Vigário Geral, sobre a mais recente Exortação Apostólica do Papa Francisco, “A Alegria do Amor”…

Por sua vez, o Pe. Joaquim Dionísio, no Editorial fala de terra e fecundidade, mas sobretudo de Maria, a Terra sagrada da Igreja. Boa leitura, aqui está o pórtico da edição desta semana da Voz de Lamego:

TERRA E FECUNDIDADE

O mês iniciado convida a contemplar Maria que, entre outros títulos, nos habituámos a apelidar como Mãe de Misericórdia, certos de que “a doçura do seu olhar nos acompanha” (MV 24).

Nas famílias e nas comunidades, a sós ou em grupo, dentro de casa, da igreja ou da capela, pela estrada fora ou num santuário, a vivência cristã destes dias é marcada pela devoção mariana.

Alguns Padres chamaram a Maria “terra sagrada da Igreja” para sublinhar a sua humana e pronta disponibilidade para servir, bem como a sua humilde fecundidade para acolher e frutificar. Porque a fecundidade é sempre fruto de uma escuta atenta e de uma contínua vontade de conversão. Rezar é também deixar-se assumir Palavra semeada.

Foi assim que Maria fez: ofereceu-se a si própria como terra, pôs-se à disposição, deixou-se usar e consumir para ser transformada. Assumindo-se como “serva do Senhor”, parece que se apaga, mas, na verdade, a sua dádiva permitirá ser “louvada por todas as gerações”.

Daí que, neste e noutros meses, possamos aprender com ela a tornarmo-nos “terra fecunda para semente” que é a Palavra. E isso nem sempre é fácil e cómodo.

Uma peregrinação de quilómetros é exigente, cumprir uma promessa de joelhos é difícil, oferecer velas e flores demonstra carinho… mas a verdade é que o louvor a Maria pode concretizar-se, sobretudo, por esta disponibilidade para acolher a Palavra e oferecer-lhe condições para frutificar. A oração diária poderá passar também pela meditação da Palavra de Deus, por um sério exame de consciência, pelo identificar das lacunas e, mais importante, pela resolução tomada e assumida.

No meio do activismo em que, às vezes, nos enredamos, Maria ensina-nos que não somos um “produto acabado” e que o crescimento individual, comunitário, eclesial se concretizará se nos assumirmos como “terra sagrada para a Palavra”.

in Voz de Lamego, ano 86/22, n.º 4361, 3 de maio de 2016