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Convívio Fraterno 1296: testemunhos
O meu convívio foi o 1296, que se realizou dos dias 5 a 8 de fevereiro de 2016. O local onde tudo aconteceu foi na obra Kolping, em Lamego.
O convívio fraterno é algo que não se consegue explicar, nem eu vou fazê-lo porque não posso. Quem quiser saber o que é, que experimente, não se irá arrepender. Mas, atenção, pois nem todos são capazes de perder dias de folia para se encontrarem com Deus. Nós, os convivas 1296 fomos capazes de deixar o mundo lá fora, para ir viver a festa com o nosso amigo Jesus Cristo (J.C).
No dia em que cheguei, dia 5, tudo era estranho e ao mesmo tempo curioso. Curioso devido ao que ouvia de antigos convivas, esses mesmos nunca contaram o que lá aconteceu, apenas diziam que era uma aventura a não perder, daí a estranheza. Neste mesmo dia senti algo inexplicável.
Nos dias seguintes, as manhãs estavam frias e chuvosas, mas nada me fez desanimar. A receção que nos faziam, a cada dia, era acolhedora, com muita alegria e assim sentíamos cada vez mais especiais. Durante estes dias, fui sentindo que muitas vezes deixo Deus de lado, que me esqueço Dele e que não lhe dou o valor que tanto Ele merece. As reflexões que fui fazendo fizeram-me pensar na minha vida, no valor que ela tem, na pessoa que sou para mim e para os outros e em Deus. Ler mais…
DIA DIOCESANO DE CATEQUISTAS | 20 de fevereiro
No passado dia 20 de fevereiro, no Centro Pastoral de Almacave – Lamego, realizou-se o encontro diocesano de catequistas da diocese de Lamego. Este ano, como estamos a viver o Ano Jubilar da Misericórdia, os catequistas tiveram a oportunidade de refletir sobre a sensibilidade que todo o cristão deve ter para com o seu próximo, para assim poder fazer a experiência da Misericórdia.
Assim, o encontro começou pelas 10h00 com a oração da manhã. Após termos louvado o Senhor, iniciamos a reflexão orientada pelo Sr. D. António Couto, Bispo da nossa diocese. O Sr. Bispo começou por realçar a importância do testemunho e ação eclesial do catequista.
Partindo do capitulo 2 do Livro de Daniel – história do sonho do rei Nabucodonosor – o Sr. Bispo, através da imagem da estátua com cabeça de ouro, braços e tronco de prata, ventre e coxas de bronze, pernas de ferro e pés de barro, apontou as imperfeições que compõem o homem da sociedade do nosso tempo: cabeça de ouro símbolo de poder, ambição, importância, orgulho, opulência, dinheiro, lucro; peito e braços de prata: sinal de sedução, luxo, prazer, vaidade; ventre e coxas de bronze e pernas de ferro: representam a guerra e a violência; pés de barro: mostram a inutilidade. Se a sociedade é imperfeita e não serve para nada, o que fazer? Mudar o material da estátua! Assim, na cabeça devemos colocar bom senso, grandes ideais, usar os olhos para vez a Beleza, usar o ouvidos para ouvirmos o Bem, o ar que nos entra pelo nariz é de todos e isso é sinal de fraternidade, usar a boca para comunicarmos – encontro com o outro. Devemos substituir a prata do peito e braços por um coração sensível, braços capazes de acolher, mãos abertas para poderem dar e receber. No ventre, coxas e pernas de ferro, devemos dar lugar à Misericórdia. Sendo o ventre humano um lugar frágil, não tem osso que o protege e psicologicamente é aí que sentimos de imediato as noticias alegres ou tristes, é aí que despertamos para a Misericórdia. É aí que sentimos o desejo da experiência da Misericórdia. Devemo-nos deixar tomar pela sensibilidade que nos vem de Deus, para que esta agite o nosso ventre e sejamos levados a agir já, no imediato, ao encontro do nosso próximo e usar a Misericórdia para com ele. Desta forma, como catequistas que somos, o Sr. Bispo desafiou-nos a tornar os catequizandos que nos são confiados a serem mais sensíveis, a estarem aptos a serem invadidos pela Misericórdia, a fim de poderem agir já, no imediato, ao encontro daqueles que mais precisam.