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Encontro de sacerdotes novos – 2 de fevereiro
Mais de ternura acrescentará valor e presença de Deus
Encontro sacerdotal
Na manhã do dia 2 deste mês, festa da Apresentação do Senhor, os sacerdotes mais jovens da nossa diocese viveram mais um dos seus habituais encontros. Desta vez contaram também com a presença de D. António Couto.
Estes encontros alargados, que não substituem tantos outros que acontecem entre sacerdotes diocesanos, são momentos marcados pela oração comum, pelo diálogo fraterno e sincero e pela partilha de situações que a todos envolvem. No fundo, procura-se, também desta forma, fomentar a comunhão sacerdotal e fortalecer a pertença ao presbitério diocesano.
Pelo menos uma vez por ano convidamos o nosso bispo para estar connosco. E nada melhor que realizar tal encontro no Seminário, a casa de todos.Apesar das ausências, algumas justificadas, foram 15 os sacerdotes presentes, dispersos pastoralmente pelos diferentes arciprestados.
O encontro iniciou com a oração da Hora Intermédia e prosseguiu com uma breve palavra de D. António, que começou por louvar e agradecer o esforço e a dedicação de todos, consciente de que “uma vida sacerdotal é exigente”.
Ao referir a festa da Apresentação do Senhor, também conhecida como “festa dos encontros”, o nosso bispo sublinhou a responsabilidade comum de acompanhar os demais com amor, levando-os a encontrarem o amor de Deus, eterno e radical. A tarefa dos sacerdotes é exigente e, para a cumprir, todos devem vincular-se a Jesus e à sua maneira de viver, para “evitar rotinas ou deixar esmorecer a vida sacerdotal”.
A propósito do Ano da Misericórdia em curso, chamou a atenção para uma maior sensibilidade eclesial para a palavra “ternura”, capaz de aproximar da misericórdia de Deus que protagoniza connosco um “amor entranhado” que deve ser imitado. Porque, “contra uma certa maneira de estar e de fazer, um pouco mais de ternura acrescentará valor e presença de Deus”.
Depois, falando de oração e estudo, aconselhou todos a evitarem um certo activismo que pode levar ao vazio, já que “não se consegue dizer algo de importante sem passar tempo a rezar e a meditar”. Para isso, será necessário que cada um se deixe ocupar pela ternura de Deus, promovendo “espaços de passividade, diálogo e oração”, evitando assim a vivência de um ministério como se de um serviço social se tratasse.
A terminar, reforçou a importância do encontro, com Deus, com os outros, “ao som da oração e do povo”.
O diálogo aconteceu depois, de forma viva e interessada, marcado pela partilha de experiências e pela vontade de bem servir a Igreja. Antes do almoço que encerrou o encontro, tempo ainda para agendar o próximo, marcado para o dia 12 de Abril, a partir das 10h30, na paróquia de Numão, na zona pastoral de Vila Nova de Foz Côa, onde seremos acolhidos pelo Padre António Júlio.
JD, in Voz de Lamego, ano 86/12, n.º 4349, 9 de fevereiro de 2016