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Acidente de velocípede | Faleceu Irmã Maria do Carmo | Alhais
Deus, na Sua Misericórdia Infinita e Insondável, chamou à Sua presença a Irmã Maria do Carmo Martins Lino, do Instituto Jesus, Maria e José, natural da Paróquia dos Alhais.
Será celebrada Eucaristia no Instituto Jesus, Maria e José, em Viseu, pelas 9h00, presidida pelo Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, e, mais tarde, na Paróquia dos Alhais, Zona Pastoral de Vila Nova de Paiva, pelas 12h30, presidida pelo Senhor Bispo D. António Couto, Bispo da nossa Diocese.
A Irmã Maria do Carmo foi uma das 5 religiosas feridas no acidente da bicicleta de 12 lugares que ocorreu na segunda-feira, 16 de novembro. Vítima de traumatismo craneoencefálico.
Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) confirmou a falha de travões e o pânico que se seguiu.
O CIRP, em virtude desta morte decidiu, unanimemente, a cancelar o périplo que o veículo fazia desde Agosto.
A bicicleta, de 12 lugares, como oportunamente aqui demos nota, percorria, desde agosto passado, o país, passando por mosteiros de clausura e lugares mais significativos de muitos santos, visualizando a vida consagrada a Deus e ao próximo..
O Ano da Vida Consagrada foi convocado do pelo Papa Francisco, com início em Novembro de 2014 e final em a 2 de fevereiro de 2016.
FONTE: Rádio Renascença | Agência Ecclesia
Página do Instituto Jesus Maria e José (JMJ): AQUI.
Visita Pastoral de D. António Couto na Paróquia de Alvite
A paróquia de Santo Amaro de Alvite viveu, na passada semana, um acontecimento histórico e profético – a visita pastoral. Quis sua excelência reverendíssima D. António estar connosco, conhecer os nossos anseios e preocupações, as nossas alegrias e esperanças.
O primeiro dia da visita foi passado ao lado dos mais pobres, dos mais débeis, os doentes e idosos desta comunidade. Depois de visitar cada doente que não pode ir ao Centro Comunitário e de lhe oferecer a bênção de Deus e a Santa Unção, foi acolhido no nosso lar. O almoço, simples, permitiu não apenas recuperar as forças físicas, mas serviu de sacristia para a celebração eucarística que se seguiria, com a administração da Santa Unção. Houve ainda tempo, neste primeiro dia, para visitar Espinheiro e o seu Centro Social, bem como a capela onde pode falar ao povo daquilo que realmente é essencial em Jesus, partindo da devoção a Nossa Senhora das Dores ali tão querida. O dia não terminou sem uma reunião com cursilhistas que acorreram em grande número para escutar a voz do pastor.
O segundo dia foi dedicado a instituições, entidades e associações da freguesia. Ao início da tarde o Sr. Bispo foi acolhido na escola, visitou a “CopAlvite” e foi recebido na Junta de Freguesia pelo executivo e assembleia. Esteve ainda presente o Presidente da Associação de Caçadores e elementos da “Gente da Nave”, associação de promoção social e cultural, que nos mostrou como era uma casa e a vida dos alvitanos de outros tempos, na visita à “Casa-Museu”. Este dia mais dedicado à “sociedade civil” teve ainda um momento de partilha e de comunicação do Sr. D. António no salão paroquial, onde contamos também com a presença do Sr. Presidente da Câmara, a que se seguiu um jantar aberto a toda a comunidade e em que nada faltou.
Na sexta-feira, terceiro dia de visita, houve reunião com “a(s)gentes da pastoral” à noite. Durante a tarde o nosso prelado celebrou eucaristia em Porto da Nave, de onde rumamos ao cemitério para manter viva a memória e renovar a oração dos que ali jazem. Houve ainda oportunidade de visitar um aviário e a Quinta dos Caetanos que nos recebeu na sua futura capela, a dedicar a São João Paulo II, a quem continuamos a pedir ajuda para a sua conclusão e sagração.
No quarto dia, sábado, realizou-se o encontro com a centena de crianças e adolescentes da catequese paroquial a quem o senhor bispo apontou caminhos de felicidade. A assembleia preciosa que o escutava pode ainda fazer perguntas e escutar do Sr. D. António palavras sábias, alegres e com uma pitada de bom humor apreciado pelos mais novos. A bênção do cemitério e a inauguração pelas autoridades civis foi o momento que se seguiu a que se juntou o povo. Depois de visitar alguns locais de trabalho, nomeadamente uma vacaria onde foi servido um saboroso lanche (cá fora), o senhor bispo reuniu com os crismandos e o grupo de jovens (JSF) falando-lhes sobretudo do sentido da celebração, dos símbolos, e da responsabilidade que seria assumida.
No domingo, dia do Senhor, o grupo coral fez-nos estremecer de emoção e assim entrarmos nos mistérios de Deus. A Eucaristia, momento altíssimo para os crismandos, mas também para todos nós, foi de uma solenidade catedralícia. A unção com que foi vivida e o sorriso terno e amável de todos demonstrava bem a paz vivida, experimentada, por cada um, possível a quem sente Jesus presente no meio da sua comunidade. A fechar com chave de ouro o almoço do Sr. Bispo com sacerdotes desta zona pastoral reforçando a comunhão e a unidade dos servidores do povo de Deus.
Estes dias inesquecíveis trouxeram-nos um pastor simples, como nós, que veio para estar connosco, não fazendo apenas uma visita de médico, de um observador externo ou de um auditor da qualidade. Foi a visita de um “pai”, sucessor dos apóstolos e continuador da sua missão, que veio para estar e ficar e ainda que tenha de ir pregar a outras paragens, não deixará de estar presenta na oração e no coração. Estão de parabéns todos os que preparam e viveram esta Visita Pastoral.
Jorge Gomes, in Voz de Lamego, ano 85/51, n.º 4338, 17 de novembro
Vaticano – CONVERSÃO | Editorial Voz de Lamego | 17 de novembro
No passado dia 14 de novembro, dentro da Semana dos Seminários (8 a 15 de novembro), realizou-se, no Seminário Maior de Lamego, a ASSEMBLEIA DO CLERO, tendo como principal orador o Pe. José Frazão Correia, sj (sacerdote jesuíta), Superior Provincial da Companhia de Jesus em Portugal. Assim sendo, a edição posterior à referida Assembleia dá-lhe o devido destaque, bem como à vivência da Semana dos Seminários.
Outro tema em destaque é a Visita Pastoral de D. António Couto na Paróquia de Santo Amaro de Alvite. Relembra-se que decorre a Visita Pastoral na Zona Pastoral de Moimenta da Beira e que se prolonga até abril do próximo ano.
O Editorial, do Pe. Joaquim Dionísio, traz à reflexão acontecimentos que expõem o Vaticano, sublinhando a necessidade e a urgência da conversão, a todos os níveis, conversão que começa por cada um, como bem sublinhava Madre Teresa de calcutá.
Vaticano – CONVERSÃO
Alguém questionou Madre Teresa de Calcutá sobre o que mudar na Igreja e ela respondeu: tu e eu! A resposta indica que todos os baptizados são Igreja e que há razões para mudar. A reforma da Igreja é mais do que a alteração de estruturas; deve, sobretudo, abranger comportamentos.
Por estes dias foram notícia alguns factos ocorridos no Vaticano, envolvendo pessoas e números. Já se sabe que a comunicação social tem a particularidade de divulgar o menos bom, belo e justo protagonizado por uns quantos, levando a que muitos tomem o todo pela parte.
Se a divulgação dos factos deve envergonhar e converter os protagonistas, também é verdade que fortalece a determinação de quem procura acabar com tais situações. E louva-se o empenho do Papa para pôr cobro a exageros, a gastos exorbitantes ou a mordomias pouco cristãs. O mundo é testemunha da sua sobriedade, embora o seu exemplo tarde em contagiar alguns próximos.
O escrutínio prévio dos nomeados, o acabar com certas regalias, o combate aos instalados e carreiristas, a rotatividade, a transparência e o controlo poderão contribuir para uma maior verdade.
Apesar dos limites dos seus membros, a Igreja continua a sua missão, protagonizando uma presença que vivifica e um serviço que respeita e eleva a dignidade humana. E quantas vezes o faz em circunstâncias difíceis, sem apoios, ao lado dos perseguidos, dos que sofrem, dos doentes e marginalizados.
A maioria dos bispos e sacerdotes e consagrados vive sem luxos, à vista de todos, no meio do povo cristão, testemunhando exemplos e histórias de vida que incarnam o evangelho. Acreditamos que, no Vaticano, muitos se inserem neste grupo e cumprem a sua missão de forma exemplar.
A comunicação social tem tendência a esquecer tais exemplos, mas sabemos quanto o mundo cresce e se eleva com tais vidas.
in Voz de Lamego, ano 85/51, n.º 4338, 17 de novembro