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Archive for 17/10/2015

LEIGOS DA BOA NOVA – Testemunho

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I.M. – Ao falar da experiência missionária que teve este verão no Chibuto, Moçambique, é inevitável que o Pedro fale dos Leigos da Boa Nova.

Um retiro de Advento em que o Grupo de Jovens da Sé participou em 2013, um testemunho missionário dado por um jovem, outros jovens que o ouvem … há um que fica curioso, quer saber mais, quer alargar as suas vivências religiosas, quer conhecer outros modos de viver a Fé; daí a contactar os L.B.N. foi um instantinho, certo Pedro?

PEDRO – Sim, logo que voltei para casa contactei-os para saber como poderia juntar-me a eles porque achei muito interessante o seu trabalho; de repente o que fazia pareceu-me muito limitado; quer dizer, cresci numa família cristã e sempre frequentei a catequese e o Grupo de Jovens da Sé (o que não é pouco, porque são muito activos!), fiz vários retiros e já passei uma Páscoa em Taizé com a minha família (foi fenomenal!); tento ser um bom cristão, mas faltava-me sair deste meio protegido, crescer interiormente e fortalecer a minha própria Fé ao ir ter com os outros que estão em condições diferentes e tentar que a minha presença e acções lhes levasse Deus, que eu próprio fosse um veículo da Palavra de Deus.

I.M. Foi difícil a integração?

PEDRO – Foi muito fácil! Colheram-me e integraram-me logo nas suas actividades e fui participando em tudo o que podia, porque algumas vezes era complicado uma vez que a sede é em Cucujães e havia actividades em Braga, Fátima, etc, mas também nisso foram compreensivos. É uma equipa muito simpática e coesa, senti-me em família.

I.M. – Tiveste a tua primeira missão em Portugal?…

PEDRO – Sim, no verão de 2014. Foi uma preparação para a missão deste ano, porque apesar dos destinatários e o trabalho serem diferentes, me preparou para lidar melhor com as pessoas e vê-las como filhos de Deus, seja qual for a sua proveniência, e a fazer tudo com alegria porque sei que Jesus está comigo.

I.M. O facto de esta missão em Portugal ter corrido bem foi decisivo para a missão em Moçambique?

PEDRO – Claro! Eu fiquei com mais vontade de participar, e também permitiu aos L.B.N. conhecerem-se melhor e verem se eu tinha perfil para participar lá fora, porque se vou para uma missão no exterior a ideia é ajudar, não atrapalhar!

I.M. – Como surgiu a Missão do Chibuto como opção para o teu trabalho?

PEDRO – Os L.B.N. têm Missões em Angola, Moçambique, Brasil, Guiné-Bissau. Cada uma delas (alguns países têm mais do que uma) tem um grupo específico de destinatários e projectos bem estruturados de ajuda relacionados com o desenvolvimento pessoal, social e económico, além de levar, claro, a Palavra de Deus e apoiar a Igreja local e a população em geral em tudo o que for necessário.

Os conhecimentos que os dirigentes dos L.B.N. tinham sobre mim foram importantes para decidirem aonde poderia ajudar mais. Adorei quando soube que iria para Moçambique.

Tenho ainda muito para contar, mas para terminar por agora quero apelar aos jovens que têm vontade de fazer trabalho humanitário que não hesitem, vão em frente, não é tão complicado como parece e vale mesmo a pena.

in Voz de Lamego, ano 85/46, n.º 4333, 13 de outubro