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FINALIDADE PASTORAL | Editorial Voz de Lamego | 30.junho.2015

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Mais uma edição da Voz de Lamego repleta de notícias, reflexões, eventos, na vida social, cultural e religiosa, com muitos motivos para dispensar largos minutos na sua leitura. Como sempre, apresentamos no blogue, com o mesmo nome, alguns textos, com a preocupação de serem os mais abrangentes, ainda que concretizando em espaços pastorais, paróquias, pessoas, movimentos, prevalecendo sobretudo as notícias ligadas à Igreja na Diocese de Lamego, mas sem descurar, seguindo a opção da Voz de Lamego, outras notícias ou reflexões sobre a região e sobre a Igreja no seu todo.

Como sempre, em cada semana, em cada nova edição, sugerimos de início o Editorial, proposta de reflexão e de desafio do Pe. Joaquim Dionísio, Diretor da Voz de Lamego. Esta semana, neste tempo que sobrevêm as festas populares de verão, reflexão sobre os motivos que nos levam à festa e as festas que se desviam na preocupação pastoral e religiosa…

FINALIDADE PASTORAL

Os cristãos sabem e sentem que são amados e, por isso, a alegria e a serenidade que são chamados a protagonizar é muito mais que o ruído exterior ou a aparência estéril. E mesmo quando não conseguem corresponder devidamente ao dom recebido, sabem que o amor de Deus sempre será maior que a sua queda.

Por isso, tinha alguma razão o filósofo que não compreendia os rostos tristes dos cristãos que observava ao saírem das celebrações. Como se pode estar triste quando se está junto de quem nos ama assim? Será porque algumas pregações se empenhavam mais em difundir o medo do que o amor de Deus? Certamente que ninguém se alegra quando tem medo; quer é sair dali o mais rápido possível!

Este período estival, sinónimo de festa e de convívio, é também oportunidade para testemunhar a alegria cristã. O homem precisa de festa, de expressar alegria e júbilo, afirmando a vida e a criação. Fugindo à monotonia dos dias, a festa expressa liberdade e pode proporcionar destaque ao génio peculiar de um povo, com os seus valores e expressões, bem como a socialização, fortalecendo e alargando relações familiares e comunitárias.

Mas, às vezes, a festa aos santos pode ser, do ponto de vista religioso, esvaziada do conteúdo especificamente cristão – a honra prestada a Cristo num dos seus membros – e transformar-se numa manifestação meramente social, folclórica, marcada pela mesa e pelo ruído. E quantas vezes, pessoas sinceramente empenhadas, julgando “fazer a festa”, se afastam do seu significado pelos comportamentos que protagonizam?

Assim, a verdadeira festa vivida em honra dos santos venerados pela Igreja exige uma apreensão da “finalidade pastoral” do culto dos santos: a glorificação de Deus e o compromisso de levar uma vida modelada no ensino e exemplo de Jesus Cristo.

in Voz de Lamego, n.º 4320, ano 85/33, de 30 de junho de 2015

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