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II Encontro de EMRC Lamego
O concelho de São João da Pesqueira acolheu o II Encontro de alunos de Educação Moral e Religiosa Católica da Diocese de Lamego no dia 22 de maio (sexta-‐feira). Este encontro de alunos de EMRC planeado pelo SDER Lamego contou com a presença de mais de quatrocentos alunos que vieram dos concelhos de Sernancelhe, Tarouca, Mêda, São João da Pesqueira e Foz Côa.
O concelho de São João da Pesqueira acolheu o II Encontro de EMRC. O acolhimento foi feito junto à Escola Profissional e o quartel dos Bombeiros Voluntários. Após o acolhimento de todas as escolas participantes, os alunos da Escola Profissional guiaram os alunos numa pequena caminhada por São João da Pesqueira. A primeira paragem deu-‐se na praça da República para a foto de grupo. De seguida, rumamos ao museu do Vinho para uma visita, para conhecermos melhor a cultura e a tradição do Douro.
As atividades desportivas e radicais realizaram-‐se junto ao rio Douro, em
Ferradosa, possuidora de uma paisagem que as palavras não conseguem descrever. Uma tela pincelada com a vinha, o rio, os barcos de turismo, o comboio e a ondulação típica da paisagem deste local. Escalada, slide, insufláveis, dança e outras atividades ocuparam o resto da manhã dos alunos.
Como um dos objetivos era promover o convívio, os alunos realizaram um
almoço partilhado. A Escola Profissional de São João da Pesqueira preparou um almoço, um manjar digno de um grande evento, para todos os professores, motoristas de autocarros, Proteção Civil, Bombeiros e dinamizadores das diversas atividades.
À tarde, realizou-‐se um concerto musical com a participação do Pe. Marcos
Alvim, a Academia de Música de Sernancelhe e as Escolas de Mêda e Foz Côa. Um momento divertido e descontraído. Contamos também com a presença de D. António Couto, bispo de Lamego.
Um dia diferente na vida destes alunos, uma marca para recordar mais tarde. Aproveitamos para agradecer a excelente organização ao município de São João da Pesqueira, na pessoa do vice-‐presidente, Dr. Vitor Sobral, que desde o primeiro dia acolheu este projeto de braços abertos e nos proporcionou com toda a sua equipa e instituições do seu município (Escola Profissional, GNR e Bombeiros Voluntários) um dia memorável. Obrigado.
Sem dúvida, a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica é uma marca na nossa vida.
Mário Rodrigues Professor de EMRC,
in Voz de Lamego, n.º 4315, ano 85/28, de 26 de maio de 2015
PIEDADE POPULAR | Editorial Voz de Lamego | 26 de maio
O nosso Diretor, Pe. Joaquim Dionísio, no Editorial desta semama da Voz de Lamego, situa-nos e contextualiza-nos com estes meses que se estendem sobretudo de maio até setembro, com peregrinações, festas em honra de santos populares. O desafio será sempre, para todos os cristãos, de educar a fé, recentrando-a no Evangelho, em Jesus Cristo e em tudo o que possa aproximar as pessoas e servir os mais frágeis.
Aí está um bom começo iniciar a leitura desta edição da Voz de Lamego, com diversas reflexões, notícias, anúncio de eventos, aproximando-nos uns dos outros, neste chão da Diocese de Lamego, aberta ao mundo, à sociedade…
PIEDADE POPULAR
A piedade popular, presente nas devoções, festas e peregrinações, continua a ser uma realidade viva, um facto social e um meio de evangelização. De tal forma que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou, em 2002, o “Directório sobre a piedade popular e a liturgia. Princípios e orientações”.
A piedade é um dos sete dons do Espírito Santo, pelo qual o crente vive o seu amor a Deus. Mas é também o reflexo da relação com Deus, feita de afeição e de respeito. O adjetivo “popular” traduz essa maneira simples e sensível de viver a fé, traduzindo seguimento e confiança através do que é corpóreo, sensível e simbólico para apresentar a vida e as necessidades concretas das pessoas. Se é verdade que o termo “popular” pode ser usado depreciativamente por alguns, em oposição a um certo elitismo defendido, a sua utilização neste contexto quer significar apenas “uma espiritualidade encarnada na cultura dos simples, que nem por isso é menos espiritual” (Documento de Aparecida, 263).
Assim, falar de “piedade popular” é fazer referência a festas em honra dos santos padroeiros, a novenas, rosários, vias-sacras, procissões, promessas, peregrinações ou a velas acesas pelas mais diversas intenções… traduzindo e expressando a fé do povo simples em Deus.
Certamente que existem riscos que podem levar a confusões entre o fundo religioso e as formas de criatividade popular, a fé com a superstição, a oração com o vago sentimento de espiritualidade, a chama da fé com o fogo-de-artifício ou o folclore atrativo…
Mas também é verdade que a piedade popular continua a favorecer e a tornar possível a proximidade de alguns com Deus e com a Igreja. E, também por isso, será importante estar atento para a promover e evangelizá-la para a proteger.
in Voz de Lamego, n.º 4315, ano 85/28, de 26 de maio de 2015