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Archive for 06/05/2015

MEMÓRIAS DE TIMOR EM LAMEGO | Exposição

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Até 31 de maio…

O Museu de Lamego e o Museu Diocesano de Lamego inauguraram este sábado, 2 de maio, mais uma exposição ao abrigo do projeto [EM]COMUM. “Memórias de Timor em Lamego” constitui uma oportunidade de viajar pelo artesanato tradicional timorense e por um conjunto de peças habitualmente conservadas nas reservas do Museu de Lamego.

Durante a cerimónia de inauguração, que contou com a presença do coordenador da exposição e técnico do Museu de Lamego, José Pessoa, do Diretor do Arquivo-Museu Diocesano, Pe. João Carlos Morgado e de Artur Pombinho, da Associação dos Amigos do Povo de Timor Lorosae de Lamego, foi unanimemente recordado o lamecense Mário Lemos Pires, General e último governador português de Timor Leste, a quem se deve, em última instância, esta exposição, pela doação ao Museu de Lamego de uma réplica miniatural em filigrana de prata da casa tradicional de Lospalos pela sua viúva em 2012.

Desde então, anualmente, o Museu de Lamego assume o compromisso de expor esta peça por ocasião do aniversário da independência de Timor.

Em 2015, juntam-se à Casa de Lospalos doações mais antigas, estas feitas por “um homem deslumbrado pela beleza oriental”, o Comandante Humberto Leitão, como destacaram os presentes. Mais uma vez, os agradecimentos também se direcionaram para a família Mascaranhas Gaivão que voltou a abrir as portas da sua coleção particular e a partilhar com o público as suas próprias memórias.

Todos os contributos reunidos dão origem a “Memórias de Timor em Lamego”, patente até dia 31 de maio, no Museu Diocesano de Lamego.

in Voz de Lamego, n.º 4312, ano 85/25, de 5 de maio de 2015

MAIS MÃE QUE RAINHA | Editorial Voz de Lamego | 5 de maio de 2015

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O mês de Maio é dedicado especialmente a Maria. O Editorial, da responsabilidade do Pe. Joaquim Dionísio, Diretor do nosso Jornal diocesano, Voz de Lamego, foca-se precisamente em Maria, mais Mãe que Rainha, e na sua simplicidade de vida.

Pastoralmente, o mês de Maio é um dos meses mais preenchidos com atividades pastorais: encontros, caminhadas de oração, peregrinações, festas da catequese, Fátima Jovem, Jornadas Diocesanas da Juventude…

 

MAIS MÃE QUE RAINHA

Maio é sinónimo de Maria, a Mãe de Jesus e da Igreja que se desdobra em iniciativas para a louvar e lhe dirigir preces. E a Mãe a todos acolhe, de todos se ocupa e por todos intercede.

Diante do culto que lhe é devido, importa sublinhar a sua proximidade e ter consciência de que Maria levou, na terra, “uma vida semelhante à do comum dos homens, cheia de cuidados domésticos e de trabalhos” (AA 4). Por isso, e tal como lembrou Sta. Teresinha, “é preciso ver a sua vida real e não a sua suposta vida… E a sua vida real devia ser absolutamente simples”.

Maria partilhou a humilde situação social da maioria das mães do povo e viveu “sem pompas nem circunstâncias”, pertencendo ao grupo dos pobres e excluídos… As privações, o trabalho e a incerteza do depois marcaram a vida que viveu naquela aldeia pequena e pobre, rodeada de gente “socialmente insignificante”. Ela não foi rainha em reinos deste mundo, mas esposa e mãe de operários. E a santa francesa acrescentava: “Sabe-se perfeitamente que a Santa Virgem é rainha… mas ela é mais mãe do que rainha”.

M. Unamuno recorda-nos que “os jornais nada dizem da vida silenciosa dos milhões de seres humanos sem história que, em todas as horas do dia e em todos os países do globo, se levantam a uma ordem do sol e vão aos campos continuar o obscuro e silencioso trabalho quotidiano e eterno… Os que fazem barulho na história levantam-se sobre a imensa humanidade silenciosa”.

Assumindo-se como “serva do Senhor” e protagonizando um sim que a singulariza, a mãe de Jesus é exemplo e modelo de tantos e tantos que, discreta e decisivamente, contribuem para a vida.

in Voz de Lamego, n.º 4312, ano 85/25, de 5 de maio de 2015