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Archive for 01/05/2015

Pe. Joaquim Silvestre | Bodas de Ouro Sacerdotais

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À conversa com… Pe. Joaquim Silvestre

Há 50 anos, quatro jovens foram ordenados Presbíteros na nossa Diocese, pelo que este ano celebramos o seu jubileu sacerdotal. Para os conhecermos melhor fomos ao encontro de cada um deles. Esta semana o Padre Joaquim Silvestre, pároco de Avões, Ferreiros e Samodães, no Arciprestado de Lamego.

Na minha já longa caminhada de sacerdote, são muitos os factos e as pessoas que me ajudaram, não os podendo referir todos, vou tentar recordar alguns.

Recordo a minha família, cristã, católica e praticante. Para falar com sinceridade, não sei quem mais me ajudou na minha decisão de ser sacerdote, se o meu pai, se a minha mãe se os meus irmãos. Todos contribuíram cada qual a seu modo e segundo as suas possibilidades duma forma extraordinária.

Recordo a minha comunidade paroquial, na altura pastoreada pelo Sr. P.e Januário Baptista. Se a minha família me incentivou, não me incentivou menos a minha comunidade, Penela da Beira, que com as suas imensas atividades religiosas incentivou em mim e noutros jovens o ideal de consagração a Deus.

Por essa altura foram muitas as vocações sacerdotais e religiosas que surgiram nessa paróquia, que era um modelo de vida cristã.

Recordo com imensa saudade o Sr. P.e Horácio Pureza, que me acompanhou durante a maior parte do tempo de Seminário, e os passeios que dávamos pelos arredores de Penela, e muitas vezes de Paredes e de Arcas, na descoberta das antiguidades por lá existentes.

Esses passeios não eram só participados pelos seminaristas, mas por todos os jovens universitários de Penela.

SEMINÁRIOS

Já no Seminário de Resende, a figura mais marcante para mim foi o Sr. D. Rafael, ainda felizmente vivo, com o seu dinamismo, marcou aqueles anos com inúmeras atividades religiosas, culturais e desportivas.

No Seminário de Lamego destaco o Sr. Dr. Joaquim Mendes de Castro, pelo seu grande saber e humanismo e o Sr. D. Alberto Cosme do Amaral, na orientação espiritual, nomeadamente nos retiros de preparação para a recepção das ordens menores e do sacerdócio, o Sr. Dr. Veríssimo Peliz, grande mestre na composição de músicas polifónicas, duma beleza impar, quer religiosas quer profanas, cujo espólio era bom que fosse publicado na íntegra pela nossa diocese.

Não posso esquecer, a enorme esperança que todos nós depositávamos no Concílio Vaticano II. O nosso curso foi verdadeiramente o curso conciliar, pois todo o curso teológico, foi vivido em pleno Concílio, como pela ordenação em 1965, ano do encerramento do referido Concílio.

Recordo com tristeza, que esse nosso entusiasmo, não era acompanhado pelos nossos professores e formadores, antes pelo contrário, e éramos nós que através da comunicação social íamos acompanhando os acontecimentos do Concílio. Ler mais…