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Festa de Natal no Seminário Maior de Lamego
Seminário Maior de Lamego | Ceia de Natal
Na passada sexta-feira, dia 19 de dezembro, ocorreu no Seminário Maior de Lamego a Ceia de Natal de/para toda a família.
Depois da chegada de Braga, do último dia de aulas, às 18:30h celebramos a Eucaristia, presidida pelo nosso bispo, D. António Couto. Nesta celebração teve lugar a instituição de ministérios a alguns dos nossos seminaristas: no ministério de Leitor o Diogo André Costa Rodrigues, natural da paróquia de Lazarim, e o Luís Rafael Teles Azevedo, natural da paróquia de Vila da Ponte; no ministério de Acólito o Ângelo Fernando Gregório Ramos Santos, natural da paróquia de Vila Nova de Souto d’El-Rei, e o Joel Pedro Silva Valente, natural da paróquia do Granjal.
Durante a homilia, o nosso bispo, referiu que o leitor é aquele que tem como função ler e viver a Palavra de Deus, para assim viver sempre nas mãos de Deus, Ele que é “figura” para a vida de todos. Do mesmo modo, apontou também que o acólito é aquele que é instituído para servir ao altar. Este servir, nas palavras de D. António Couto, é servir Deus e os irmãos, é andar à volta de Deus, na sua presença, para que sejamos uma bênção para todos os irmãos.
Terminada a Eucaristia seguiu-se o jantar de Natal, onde as batatas e o bacalhau não faltaram. Este jantar é sempre momento de alegria e convívio, não só com as famílias, mas também para com as congregações religiosas da cidade e outros convidados, que neste dia não querem deixar de estar presentes. No fim do jantar ainda houve tempo para nos deleitarmos sobre alguns cânticos e poemas de Natal.
Foi, sem dúvida, um dia bastante rico. Aos novos instituídos, que o Senhor abençoe, proteja e dê coragem a todos, para que possam chegar com mais confiança e ânimo ao sacerdócio.
Vítor Carreira, IV Ano, in VOZ DE LAMEGO, n.º 4294, ano 84/56, de 23 de dezembro de 2014
Festa de Natal no Seminário Menor de Resende
Chama…
O mundo vai rodando,
Não para de girar.
Os dias e os anos vão passando.
As estações sempre a mudar.
Uma nova luz surge
No seio do frio invernal:
Uma chama que arde forte
E viva vai aumentando,
No primeiro Natal.
Mas os anos vão passando
E os tempos mudando.
E as gerações se transformam.
E o amor enfraquece…
Sofre…
Morre…
Já não aquece.
Então a luz a Terra contempla
O seu tormento se dilata,
Pois a escuridão a envolvera
E, assim, aos poucos a mata.
Mas, então, chega a clara noite
Em que nasce o Salvador:
Os corações se abrem
E partilham o amor.
A tristeza passa a alegria,
A ofensa a perdão.
A luz se deflagra
E acaba a escuridão.
Mas o mundo vai rodando,
E não para de girar.
Os dias e anos vão passando.
As gerações sempre a mudar.
E a chama eternamente pena.
Todo o tempo a diminui…
Apenas nesse Nascimento
Se, intensamente, restitui.
Só neste dia o mundo se abre
E se deixa entregar à luz…
Só neste dia o amor é mais forte…
Só neste dia o bem o conduz…
O tempo nunca vai parar.
A luz sempre vai arder
E mais intensa se tornará,
Se no coração se atear,
E para sempre aí queimar,
Em todo o humano ser.
Ilídio M. C. Ferreira, Seminarista do Seminário de Resende,
in VOZ DE LAMEGO, n.º 4294, ano 84/56, de 23 de dezembro de 2014
NATAL, DOM DE DEUS | Editorial Voz de Lamego | 23 de dezembro
Em vésperas de Natal, a edição desta semana da Voz de Lamego, como expectável, é dedicado especialmente ao Natal, nas reflexões propostas, na divulgação de notícias e de eventos. No entanto, outros motivos de relevo, como a Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial da Paz, a participação de D. António Couto nas Ceias de Natal do Seminário Maior de Lamego e do Seminário Menor de Resende; a instituição de ministérios.
Também o Editorial nos fala de Natal, como Dom do amor de Deus. Natal uma festa que não conhece fronteiras:
NATAL, DOM DE DEUS
Somos testemunhas da alegria que o nascimento de uma criança suscita numa família. Diante da maravilha que é a vida, tudo ganha um sentido novo e festivo. A atenção dispensada ao novo pequeno ser, tão frágil e o mais belo do mundo, é contínua. E o amor que a sua chegada fez aparecer no coração de todos é acompanhado por uma enorme alegria.
Com a criança que nasce, a nova vida que os seus pais vivem chama-se, de verdade, “esperança”. Não a esperança motivada pelos maus momentos que fazem acreditar em melhores dias. Nem a esperança motivada pela tristeza que nos invade e nos leva a esperar uma eventual felicidade. Aqui trata-se de uma esperança que faz viver aqueles pais e demais familiares o “hoje” de maneira plena.
Com um nascimento, tudo adquire um sentido belo e pleno. E os que rodeiam o novo ser comprometem-se totalmente, aqui e agora, com o que nasce. A criança mobiliza o amor, a atenção, a alegria. Com ela, a esperança verdadeira nasceu.
Eis o mistério do Natal!
A história de Israel é orientada para a vinda do Messias, esperado com paciência e ardor. O Natal é o fim dessa espera, a concretização de uma promessa num hoje que se vive com alegria. O menino que contemplamos na simplicidade e pobreza do presépio mostra-nos que Ele não quer rivalizar com outros bens. Ele é a verdadeira esperança. Com ele vem uma nova vida!
Natal é a festa de uma numerosa família que não conhece fronteiras, espaços ou tempos. Uma família sempre em construção, tais sãos os muros que separam os homens. Uma família que se constrói a partir do acolhimento do amor de Deus, dom concedido a todos pela incarnação do Verbo.
in VOZ DE LAMEGO, n.º 4294, ano 84/56, de 23 de dezembro de 2014