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Ordenação Diaconal | Valentim Fonseca | Testemunho
“DEUS É O NOSSO REFÚGIO E A NOSSA FORÇA, AJUDA PERMANENTE NOS MOMENTOS DE ANGÚSTIA” (Sl 46, 2)
Eu, Valentim Manuel Moreira Fonseca, filho de Valentim da Fonseca e Arminda Rodrigues Moreira Fonseca nasci a 26 de Outubro de 1978, na Paróquia de Nossa Senhora das Candeias de Ferreiros de Avões. Cresci numa família numerosa sendo o mais novo de dez filhos, em que a família sempre se baseou em princípios cristãos. Os meus pais sempre viveram da agricultura e, fiz toda a formação na escola primária da minha freguesia, bem como o 6º ano na Telescola.
Terminada esta etapa ingressei na Escola Profissional de Lamego, onde concluí o 9º ano de escolaridade.
O ensino secundário foi feito na Escola D. Luís de Castro em Braga. Ingressei na Faculdade de Teologia em Braga onde fiz o Curso de Teologia, terminando-o no ano de 2006, no grau de licenciatura.
No ano 2007 iniciei o curso de Gestão Turística Cultural e Patrimonial, terminando-o em 2010, no grau de licenciatura.
De 2011 a 2013 estive como Coordenador das Famílias Kolping.
Em 2012 iniciei um acompanhamento de proximidade no Seminário Maior em Lamego, onde fiz estágio pastoral nas Paróquias de Mondim da Beira, Ucanha e Dalvares.
Em 2013 fiz o ano Pastoral no Seminário Maior de Lamego e estágio Pastoral na Paróquia de Ferreirim Lamego.
No ano de 2014/15 encontro-me a fazer estágio pastoral, na Paróquia de Nossa Senhora do Pranto de Vila Nova de Foz-Côa.
Por todo o meu percurso posso exclamar como o Salmista: “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, ajuda permanente nos momentos de angústia” (Sl 46, 2), porque só Ele me dará a força para empreender este novo serviço em prol do Homem e da Igreja.
Com a ajuda de Deus, dos meus familiares e amigos, alcancei o sonho da minha vida.
Louvado seja o Senhor Deus Rico de Misericórdia.
in VOZ DE LAMEGO, n.º 4289, ano 84/51, de 18 de novembro de 2014.
Ordenação diaconal | Fabrício Pinheiro: testemunho
“Como são belos sobre os montes, os pés do mensageiro que anuncia a paz” (Is 52, 7)
A 13 de agosto de 1990, nascia eu, Fabrício António Pinheiro Correia, numa “extensa freguesia de serra, de vinhedos e pomares, pedaço de terra lindo e fecundo, alongando-se pela margem esquerda do célebre Douro” (cf. Paróquia de Penajóia, Um tempo e um espaço à beira Douro). Sim! Refiro-me à minha Penajóia, mais particularmente à povoação de Valclaro e ao lugar da Mata que me viu nascer e crescer.
Como todos os miúdos frequentei a escola e a catequese e, eis que aqui surge o chamamento.
No seio de uma família católica praticante incutem-me os valores morais e o gosto pela oração, que ainda hoje transporto e pretendo levar até ao fim dos meus dias.
Vários anos passaram e o desejo de ser alguém ao serviço dos outros não desapareceu, embora me tentasse enganar a mim próprio. Esta tentativa de engano não surtiu efeito.
No ano de 2004 surge uma proposta: “Olha Fabrício não queres fazer um encontro de Pré-Seminário?”, perguntava-me o pároco de então (Pe. Joaquim Dionísio) a quem muito devo e agradeço a força e a coragem incutida durante os 9 anos que frequentei os Seminários de Resende e de Lamego, aos quais, também devo a minha gratidão pela formação, assim como aos formadores que fizeram de mim aquele que hoje sou. Aceitei a proposta, embora não soubesse muito bem que desafio seria aquele. “Está bem. Eu vou”, respondi. E, de facto, fui. Gostei e, no ano seguinte decidi entrar no Seminário de Nossa Senhora de Lourdes em Resende para o 10º ano.
Não mais me esqueço do quão difícil foi aquele dia 18 de setembro de 2005. Dia de lágrimas e de saudades tentadas ultrapassar pelos colegas mais velhos, mas sem grande efeito. Todavia tudo foi melhorando, e fui forte o suficiente para abraçar a missão para a qual havia sido chamado.
O fim de uma meta iniciou um novo caminho a 21 de setembro de 2008 aquando da minha entrada no Seminário Maior de Lamego, onde iniciei os estudos teológicos. Nesta casa que me ficará gravada na memória e no coração para o resto da vida fui admitido às Ordens Sacras em 24 de abril de 2012 e instituído Leitor e Acólito a 19 de março de 2013 e 2014, respetivamente. Passos pequenos, mas de grande importância para a minha caminhada vocacional.
Muito tenho a agradecer, a muita gente, pelas palavras de coragem e pelo carinho que me foram dando ao longo destes 9 anos de percurso.
Em primeiro lugar agradeço a Deus o dom da vida e da vocação. Aos meus familiares mais próximos (pais, irmã, cunhado e sobrinha) pelo incentivo e pela presença nos momentos de maior dificuldade. A todos párocos que passaram por esta comunidade e dos quais me recordo (Pe. Armando, Pe. António Loureiro, Pe. Joaquim e atualmente Pe. José Fernando) obrigado pela estima e Amizade que frutificou ao longo deste tempo. A toda a comunidade de Penajóia a “minha família em grande dimensão” pela oração e pelo companheirismo. A todos os meus amigos que nunca me deixaram sozinho. Por último a todas as comunidades por onde passei e a todos aqueles e aquelas que, porventura, me tenha esquecido.
Atualmente estou no Seminário Menor de Resende, talvez porque não tenha aprendido tudo, mas agora, para fazer parte da Equipa Formadora no acompanhamento dos seminaristas mais novos. A todos eles a minha gratidão por mais esta etapa da minha vida. Não é uma missão fácil, mas está a ser enriquecedora.
A todos o meu bem-haja. Assim vale a pena exclamar como o Profeta: “Como são belos sobre os montes, os pés do mensageiro que anuncia a paz” (Is 52, 7).
in VOZ DE LAMEGO n.º 4289, ano 84/51, de 18 de novembro de 2014.