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DEUS E OS APANHADOS | Editorial Voz de Lamego | 18 de novembro

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Em vésperas do Dia da Catedral, o destaque da Voz de Lamego desta semana vai para a Sé Catedral de Lamego, cujo dia festivo (Dedicação em 20 de novembro de 1776) será no próximo Domingo, 23 de de novembro, solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Neste dia haverá a Ordenação de 2 novos Diáconos, o Valentim e o Fabrício, que se encontram em retiro no Mosteiro de Avessadas. Nas páginas centrais, ainda a vivência da Semana dos Seminários, em forma de agradecimento, e o testemunho dos dois candidatos ao sacerdócio que por ora vãos er ordenados Diáconos.

Como habitualmente, em cada semana, sugerimos como leitura inicial e contextualizadora do Editorial da Voz de Lamego, da responsabilidade do seu Diretor, que nesta semana evoca o olhar misericordioso de Deus, e que se liga à Sua realeza divina.

DEUS E OS APANHADOS

Certo pároco tinha, no seu quintal, uma árvore cheia de belos frutos que se tornaram apetecíveis aos que passavam. Para evitar tentações e precaver-se da cobiça alheia, o dono dos frutos colocou, perto da árvore, um visível cartaz com a afirmação, em jeito de aviso dissuasor: “Deus vê tudo”. Apesar disso, um dia, ao chegar a casa, viu que a árvore já não tinha frutos. E reparou no que alguém acrescentara ao cartaz: “Mas não acusa ninguém.”

A estória tem a sua graça. Mas pode servir também à meditação e trazer-nos algum ensinamento.

Se é verdade que Deus tudo vê, também é verdade que os seus olhos não são lentes de câmaras intrometidas, ansiosas por nos apanhar numa situação cómica ou em flagrante, num momento desprevenido; nem é o olhar intimidante do polícia que espreita as nossas debilidades e transgressões.

A nossa fé oferece-nos a visão de um Deus misericordioso e amoroso, cujo aparente “silêncio” acerca dos nossos pecados não precisa ser interpretado como sinal da sua inexistência, mas, em vez disso, como uma expressão da sua paciência e disponibilidade para perdoar.

Através da Reconciliação, Deus dá-nos a possibilidade de experimentar o seu perdão, concedendo-nos uma alegria libertadora. E convida-nos a reagir à sua magnanimidade e confiança. Como? Através de exigências responsáveis que podemos e devemos impor a nós próprios.

O Senhor, Rei do Universo que celebramos domingo, não cessa de nos olhar e de nos ver tal como somos. Mas também não deixa de acreditar em nós e de esperar a nossa conversão. Por isso, a pregação da Igreja, continuamente, nos alertar quanto ao olhar Deus: não para ameaçar, mas para convidar à confiança e apelar à mudança.

Pe. Joaquim Dionísio, VOZ DE LAMEGO, n.º 4289, ano 84/51, de 18 de novembro de 2014.

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